RESUMEN
Introdução: A Paralisia Facial é uma das sequelas mais comuns em pacientes pós- Acidente Vascular Cerebral, podendo ocasionar uma série de consequências negativas para autopercepção. Objetivos: Avaliar autopercepção dos pacientes quanto à paralisia facial pós-Acidente Vascular Cerebral na fase aguda e verificar se está relacionada às condições sociodemográficas e clínicas. Método: Trata-se de estudo descritivo observacional com 86 pacientes com paralisia facial pós-Acidente Vascular Cerebral. Os critérios de inclusão foram idade acima de 18 anos, escala de Glasgow maior que 13 e compreensão preservada. Dados sócio-demográficos e clínicos foram extraídos do prontuário. A mímica facial foi avaliada com protocolo House & Brackmann (1985) e a autopercepção quanto aos incômodos físicos e psicossociais pelo questionário de auto-avaliação da condição facial. Foram realizadas análises descritiva e de associação com significância estatística de 5%. Resultados: O grau de comprometimento da paralisia facial variou entre moderado a paralisia total. A maioria dos pacientes avaliou a face em repouso como boa, movimento da face como péssima e ruim, sendo os lábios com pior classificação. Os pacientes relataram muito prejuízo nas atividades sociais, muita insatisfação com a face e médio prejuízo da alimentação. A análise de associação revelou que a autopercepção da face em repouso está associada ao sexo e ao comprometimento neurológico. Conclusão: Os pacientes na fase aguda do Acidente Vascular Cerebral possuem autopercepção de que a paralisia facial impacta no movimento dos lábios e atividades psicossociais, sendo pior para as mulheres e naqueles com o nível de comprometimento neurológico moderado e grave.
Introduction: Facial palsy is one of the most common sequelae in post-stroke patients, bringing a series of negative consequences for self-perception. Objective: To evaluate patients' self-perception regarding facial palsy after acute stroke and verify if it is related to sociodemographic and clinical conditions. Method: This is a descriptive observational study with 86 patients with facial paralysis after acute stroke admitted to a public hospital. The inclusion criteria were age over 18 years, Glasgow scale above 13 and preserved understanding. Socio-demographic and clinical data were extracted from the medical records. Facial mimicry was assessed using the House & Brackmann protocol (1985) and self-perception of physical and psychosocial discomfort using the facial condition self-assessment questionnaire. Descriptive and association analyses were performed with statistical significance of 5%. Results: The degree of impairment of facial paralysis varied from moderate to total paralysis. Most patients rated the resting face as good, face movement as very bad and bad, with the lips being the worst rated. The patients reported a lot of damage in social activities, a lot of dissatisfaction with the face and medium impairment on eating. The association analysis revealed that self-perception of the face at rest is associated with sex and neurological impairment. Conclusion: Patients in the acute phase of stroke have a self-perception that facial paralysis impacts on lip movement and psychosocial activities, being worse for women and those with moderate and severe neurological impairment.
Introducción: La parálisis facial es una de las secuelas más comunes en pacientes post-accidente cerebrovascular, que puede causar una serie de consecuencias negativas para la auto-percepción. Objetivos: Evaluar la auto-percepción de los pacientes con respecto a la parálisis facial después del accidente cerebrovascular en la fase aguda y verificar si está relacionada con condiciones sociodemográficas y clínicas. Método: Este es un estudio descriptivo observacional con 86 pacientes con parálisis facial después del accidente cerebrovascular. Los criterios de inclusión tenían una edad superior a los 18 años, glasgow escalaba más de 13 y se conservaba la comprensión. Los datos sociodemográficos y clínicos se extrajeron de los registros médicos. El mimetismo facial fue evaluado usando el protocolo house &brackmann (1985) y la auto-percepción de las molestias físicas y psicosociales explora la autoevaluación de la condición facial. Se realizaron análisis descriptivos y asociativos con una significación estadística del 5%. Resultados: El grado de afectación de la parálisis facial osciló entre la parálisis moderada y total. La mayoría de los pacientes calificaron la cara en reposo como buena, el movimiento facial como malo y malo, siendo los labios los peor valorados. Los pacientes reportaron mucho deterioro en las actividades sociales, mucha insatisfacción con el deterioro facial y medio de los alimentos. El análisis de la asociación reveló que la autopercepción de la cara en reposo se asocia con el sexo y el deterioro neurológico. Conclusión: Los pacientes en la fase aguda del accidente cerebrovascular tienen la autopercepción de que la parálisis facial afecta el movimiento de los labios y las actividades psicosociales, siendo peor para las mujeres y aquellos con el nivel de deterioro neurológico moderado y grave.