RESUMEN
Objective: Identify the predictors associated with delayed union at 6 months and non-union at 12 months in tibial shaft fractures treated with intramedullary nailing (IMN). Methods: This retrospective longitudinal study included a cohort of 218 patients who sustained tibial shaft fractures and received IMN between January 2015 and March 2022. We gathered data on a range of risk factors, including patient demographics, trauma intensity, associated injuries, fracture characteristics, soft tissue injuries, comorbidities, addictions, and treatment-specific factors. We employed logistic bivariate regression analysis to explore the factors predictive of delayed union and non-union. Results: At the 6-month follow-up, the incidence of delayed union was 28.9%. Predictors for delayed union included flap coverage, high-energy trauma, open fractures, the use of external fixation as a staged treatment, the percentage of cortical contact in simple type fractures, RUST score, and postoperative infection. After 12 months, the non-union rate was 15.6%. Conclusion: the main predictors for non-union after IMN of tibial shaft fractures are related to the trauma energy. Furthermore, the initial treatment involving external fixation and postoperative infection also correlated with non-union. Level of Evidence III; Retrospective Longitudinal Study.
Objetivo: identificar os fatores preditivos associados ao atraso de consolidação em 6 meses e à não união em 12 meses em fraturas da diáfise da tíbia tratadas com haste intramedular (HIM). Métodos: O estudo longitudinal retrospectivo de coorte incluiu 218 pacientes, que apresentaram fraturas da díafise da tíbia e receberam HIM entre janeiro de 2015 e março de 2022. Os desfechos principais pesquisados foram atraso de consolidação em 6 meses de acompanhamento, e não união em 12 meses. Coletou-se dados de uma variedade de fatores de risco. Utilizou-se análise de regressão logística bivariada para explorar os fatores preditivos de atraso de consolidação e não união. Resultados: Aos 6 meses, a incidência de atraso de consolidação foi de 28,9%. Os preditores de atraso de consolidação incluem cobertura de retalho, trauma de alta energia, fraturas expostas, uso de fixação externa como tratamento estagiado, porcentagem de contato cortical em fraturas simples, escore RUST e infecção pós-operatória. Após 12 meses, a taxa de não união foi de 15,6%, com fatores preditivos sendo necessidade de cobertura por retalho, lesão vascular, trauma de alta energia, fraturas expostas, uso de fixação externa como tratamento estagiado, porcentagem de contato cortical em fraturas simples e infecção pós-operatória. Nível de Evidência III; Estudo Longitudinal Retrospectivo.
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Objective: Assess complications and risks in staged femoral shaft fracture treatment using external fixation and intramedullary nailing (DCO). Methods: Analysis involved 37 patients with 40 fractures, mostly male (87.5%), average age 32.9 years. Data included ASA score, AO/OTA and Gustilo classifications, Glasgow Coma Score, Injury Severity Score, times to external fixation and conversion, ICU duration, nail type, and reaming status. Complications tracked were mortality, deep infection, and non-union. Results: Predominant fracture type was AO/OTA A (45%), with 40% open (Gustilo A, 93.8%). Average ISS was 21; GCS was 12.7. Median ICU stay was 3 days; average time to conversion was 10.2 days. Retrograde nails were used in 50% of cases, with reaming in 67.5%. Complications included deep infections in 5% and non-union in 2.5%. Conclusion: DCO strategy resulted in low infection and non-union rates, associated with lower GCS and longer ICU stays. Level of Evidence III; Retrospective Cohort Study.
Objetivo: Analisar taxa de complicações e riscos no tratamento estagiado de fraturas diafisárias do fêmur com fixador externo e conversão para haste intramedular (DCO). Métodos: Estudo com 37 pacientes, 35 masculinos, idade média de 32,9 anos, abordando escores ASA, classificação AO/OTA, Gustilo, Glasgow e ISS, tempo até a fixação externa, na UTI e tipo de haste. Complicações como mortalidade, infecção profunda e não união foram registradas. Resultados: Fraturas tipo AO/OTA A foram as mais comuns (45%), com 40% expostas (Gustilo A, 93,8%). ISS médio de 21 e ECG de 12,7. Média de 3 dias na UTI e 10,2 dias até a conversão. Uso de haste retrógrada em 50% dos casos e fresagem em 67,5%. As complicações incluíram infecção profunda em 5% e não união em 2,5%. A não união correlacionou-se com baixo ECG e tempo prolongado na UTI. Conclusão: A estratégia de DCO mostrou-se eficaz com baixas taxas de infecção e não união, associada a baixo ECG e tempo na UTI. Nível de Evidência III; Estudo de Coorte Retrospectivo.
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ABSTRACT Objective: Identify the predictors associated with delayed union at 6 months and non-union at 12 months in tibial shaft fractures treated with intramedullary nailing (IMN). Methods: This retrospective longitudinal study included a cohort of 218 patients who sustained tibial shaft fractures and received IMN between January 2015 and March 2022. We gathered data on a range of risk factors, including patient demographics, trauma intensity, associated injuries, fracture characteristics, soft tissue injuries, comorbidities, addictions, and treatment-specific factors. We employed logistic bivariate regression analysis to explore the factors predictive of delayed union and non-union. Results: At the 6-month follow-up, the incidence of delayed union was 28.9%. Predictors for delayed union included flap coverage, high-energy trauma, open fractures, the use of external fixation as a staged treatment, the percentage of cortical contact in simple type fractures, RUST score, and postoperative infection. After 12 months, the non-union rate was 15.6%. Conclusion: the main predictors for non-union after IMN of tibial shaft fractures are related to the trauma energy. Furthermore, the initial treatment involving external fixation and postoperative infection also correlated with non-union. Level of Evidence III; Retrospective Longitudinal Study.
RESUMO Objetivo: identificar os fatores preditivos associados ao atraso de consolidação em 6 meses e à não união em 12 meses em fraturas da diáfise da tíbia tratadas com haste intramedular (HIM). Métodos: O estudo longitudinal retrospectivo de coorte incluiu 218 pacientes, que apresentaram fraturas da díafise da tíbia e receberam HIM entre janeiro de 2015 e março de 2022. Os desfechos principais pesquisados foram atraso de consolidação em 6 meses de acompanhamento, e não união em 12 meses. Coletou-se dados de uma variedade de fatores de risco. Utilizou-se análise de regressão logística bivariada para explorar os fatores preditivos de atraso de consolidação e não união. Resultados: Aos 6 meses, a incidência de atraso de consolidação foi de 28,9%. Os preditores de atraso de consolidação incluem cobertura de retalho, trauma de alta energia, fraturas expostas, uso de fixação externa como tratamento estagiado, porcentagem de contato cortical em fraturas simples, escore RUST e infecção pós-operatória. Após 12 meses, a taxa de não união foi de 15,6%, com fatores preditivos sendo necessidade de cobertura por retalho, lesão vascular, trauma de alta energia, fraturas expostas, uso de fixação externa como tratamento estagiado, porcentagem de contato cortical em fraturas simples e infecção pós-operatória. Nível de Evidência III; Estudo Longitudinal Retrospectivo.
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ABSTRACT Objective: Assess complications and risks in staged femoral shaft fracture treatment using external fixation and intramedullary nailing (DCO). Methods: Analysis involved 37 patients with 40 fractures, mostly male (87.5%), average age 32.9 years. Data included ASA score, AO/OTA and Gustilo classifications, Glasgow Coma Score, Injury Severity Score, times to external fixation and conversion, ICU duration, nail type, and reaming status. Complications tracked were mortality, deep infection, and non-union. Results: Predominant fracture type was AO/OTA A (45%), with 40% open (Gustilo A, 93.8%). Average ISS was 21; GCS was 12.7. Median ICU stay was 3 days; average time to conversion was 10.2 days. Retrograde nails were used in 50% of cases, with reaming in 67.5%. Complications included deep infections in 5% and non-union in 2.5%. Conclusion: DCO strategy resulted in low infection and non-union rates, associated with lower GCS and longer ICU stays. Level of Evidence III; Retrospective Cohort Study.
RESUMO Objetivo: Analisar taxa de complicações e riscos no tratamento estagiado de fraturas diafisárias do fêmur com fixador externo e conversão para haste intramedular (DCO). Métodos: Estudo com 37 pacientes, 35 masculinos, idade média de 32,9 anos, abordando escores ASA, classificação AO/OTA, Gustilo, Glasgow e ISS, tempo até a fixação externa, na UTI e tipo de haste. Complicações como mortalidade, infecção profunda e não união foram registradas. Resultados: Fraturas tipo AO/OTA A foram as mais comuns (45%), com 40% expostas (Gustilo A, 93,8%). ISS médio de 21 e ECG de 12,7. Média de 3 dias na UTI e 10,2 dias até a conversão. Uso de haste retrógrada em 50% dos casos e fresagem em 67,5%. As complicações incluíram infecção profunda em 5% e não união em 2,5%. A não união correlacionou-se com baixo ECG e tempo prolongado na UTI. Conclusão: A estratégia de DCO mostrou-se eficaz com baixas taxas de infecção e não união, associada a baixo ECG e tempo na UTI. Nível de Evidência III; Estudo de Coorte Retrospectivo.
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Objectives: Evaluate bone healing time, consolidation, and the complication rate between the minimally invasive plate osteosynthesis and open reduction with plate osteosynthesis in humeral diaphyseal fractures with an intact wedge (AO 12B2). Methods: A retrospective study was carried out between 2016 and 2020. The medical records and radiographs of 18 patients were analyzed, and data were collected regarding the time of consolidation, age, sex, plate size, number of screws, complications such as iatrogenic injury damage to the radial nerve, material failure, and postoperative infection. Results: No statistically significant differences were observed in the variables of age, sex, plate size, and number of screws used or in the RUSHU index (Radiographic Union Score for Humeral fractures). There were no postoperative infections, material failure, or need for reoperation, nor cases of secondary radial nerve injury. After one year, all patients had a consolidation index analyzed by RUSHU >11. Conclusion: both techniques showed similar results, with a high consolidation rate and low rates of complications or iatrogenic damage to the radial nerve. Evidence level III; Retrospective comparative study .
Objetivos: Comparar o tempo de consolidação e o índice de complicações entre os métodos de osteossíntese com placa minimamente invasiva e estabilidade absoluta através da placa nas fraturas diafisárias do úmero com cunha intacta (AO 12B2). Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo entre os anos de 2016 e 2020. Foram analisados os prontuários e radiografias de 18 pacientes e coletados dados referentes a: tempo de consolidação, idade, sexo, tamanho da placa, número de parafusos, presença de complicações como lesão iatrogênica do nervo radial, falha do material e infecção pós operatória. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis de idade, sexo, tamanho da placa e número de parafusos utilizados, ou no índice de RUSHU (Radiographic Union Score for Humeral fractures). Não houve casos de infecção pós-operatória, falha do material ou necessidade de reoperação, nem casos de lesão secundária do nervo radial. Após 1 ano todos os pacientes tiveram índice de consolidação analisado pelo RUSHU >11. Conclusão: Ambas as técnicas se mostraram com resultados similares, com alta taxa de consolidação e baixas taxas de complicações ou lesão iatrogênica do nervo radial. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .
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Introduction: Tibial shaft fracture is the most common long-bone fracture, and the standard treatment is intramedullary (IM) nail fixation. Regardless of the development of this technique pseudoarthrosis remains prevalent. Objectives: Evaluate the correlation between wedge fragment size and displacement, displacement of the main fragments of the 42B2 type, and pseudoarthrosis incidence. Methods: We retrospectively assessed all patients with 42B2 type fracture treated with IM nailing between January, 2015 and December, 2019. Six radiographic parameters were defined for preoperative radiographs in the anteroposterior (AP) and lateral views. Another six parameters were defined for postoperative radiographs at three, six, and 12 months. The Radiographic Union Score for Tibial Fractures score was used to assess bone healing. Results: Of 355 patients with tibial shaft fractures, 51 were included in the study. There were 41 (82.0%) male patients, with a mean age of 36.7 years, 37 (72.5%) had open fractures, and 28 (54.9%) had associated injuries. After statistical analysis, the factors that correlated significantly with nonunion were wedge height > 18 mm, preoperative translational displacement of the fracture in the AP view > 18 mm, and final distance of the wedge in relation to its original anatomical position after IM nailing > 5 mm. Conclusion: Risk factors for nonunion related to the wedge and42B2 fracture are wedge height > 18 mm, initial translation in the AP view of the fracture > 18 mm, and distance > 5 mm of the wedge from its anatomical position after IM nailing. Evidence level III; Retrospective comparative study .
Introdução: A fratura da diáfise da tíbia é a fratura mais comum dentre os ossos longos, sendo o tratamento padrão a fixação com haste intramedular (HIM). Independentemente do desenvolvimento da técnica cirúrgica, a pseudoartrose continua prevalente. Objetivo: Avaliar a associação entre o tamanho e o desvio da cunha, os desvios dos fragmentos principais do tipo 42B2 e a incidência de pseudoartrose. Métodos: Avaliamos, retrospectivamente, todos os pacientes com fraturas tipo 42B2 tratados com hastes intramedulares entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Seis parâmetros radiográficos foram definidos para as radiografias pré-operatórias nas incidências anteroposterior (AP) e perfil. Outros seis parâmetros foram definidos para as radiografias pós-operatórias em 3, 6 e 12 meses de acompanhamento pós-operatório. O Escore Radiográfico de União para as Fraturas da Tíbia (RUST) foi o instrumento usado para avaliar a consolidação óssea. Resultados: Dos 355 pacientes com fraturas da diáfise da tíbia, 51 foram incluídos no estudo. Os pacientes incluídos foram 41 (82,0%) do sexo masculino, com idade média de 36,7 anos, 37 (72,5%) com fraturas expostas e 28 (54,9%) com lesões associadas. Após análise estatística, os fatores que se correlacionaram significativamente com a não consolidação foram a altura da cunha > 18 mm, o deslocamento translacional pré-operatório da fratura na incidência AP > 18 mm e a distância final da cunha em relação à sua posição anatômica original após a cravação do MI > 5 mm. Conclusão: Os fatores de risco para a pseudartrose relacionada com a fratura em cunha e42B2 são a altura da cunha > 18 mm, a translação inicial na vista AP da fratura > 18 mm e a distância > 5 mm da cunha em relação à sua posição anatómica após a fixação IM. Nível de evidência III; estudo comparativo retrospectivo. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .
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INTRODUCTION: Hip fracture in elderly individuals is frequent and is related to a high rate of mortality. Finding the best predictor of death will help to develop better patient care. Aim - To analyze the reliability of the clinical data and assessment scores to predict mortality in acute hip fracture in elderly patients. PATIENT AND METHODS: Prospective data were collected from all patients > 65 years with acute hip fracture from May to October 2020. The clinical data collected were age, sex, comorbidities, medication, type of fracture and presence of delirium. The assessment scores were ASA, Lee, ACP and Charlson. RESULTS: The statistically significant results were age > 80 years (OR 1.121 IC95% [1.028-1.221] p = 0.0101) and number of medications (OR5.991 95% CI [2.422-14.823] p <0.001). Three scores showed a correlation with mortality: ASA score (p = 0.017), Lee score (p = 0.024) and ACP score (p = 0.013). The Charlson Comorbidity Index did not correlate with mortality (p = 0.172). CONCLUSION: To stratify the risk of death, both clinical data and scores should be used. The best clinical indicators are age and number of medications, and the scores are ASA, Lee and ACP.
Asunto(s)
Fracturas de Cadera , Humanos , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Estudios Prospectivos , Reproducibilidad de los Resultados , Factores de Riesgo , Comorbilidad , Estudios RetrospectivosRESUMEN
ABSTRACT Objectives: Evaluate bone healing time, consolidation, and the complication rate between the minimally invasive plate osteosynthesis and open reduction with plate osteosynthesis in humeral diaphyseal fractures with an intact wedge (AO 12B2). Methods: A retrospective study was carried out between 2016 and 2020. The medical records and radiographs of 18 patients were analyzed, and data were collected regarding the time of consolidation, age, sex, plate size, number of screws, complications such as iatrogenic injury damage to the radial nerve, material failure, and postoperative infection. Results: No statistically significant differences were observed in the variables of age, sex, plate size, and number of screws used or in the RUSHU index (Radiographic Union Score for Humeral fractures). There were no postoperative infections, material failure, or need for reoperation, nor cases of secondary radial nerve injury. After one year, all patients had a consolidation index analyzed by RUSHU >11. Conclusion: both techniques showed similar results, with a high consolidation rate and low rates of complications or iatrogenic damage to the radial nerve. Evidence level III; Retrospective comparative study .
RESUMO Objetivos: Comparar o tempo de consolidação e o índice de complicações entre os métodos de osteossíntese com placa minimamente invasiva e estabilidade absoluta através da placa nas fraturas diafisárias do úmero com cunha intacta (AO 12B2). Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo entre os anos de 2016 e 2020. Foram analisados os prontuários e radiografias de 18 pacientes e coletados dados referentes a: tempo de consolidação, idade, sexo, tamanho da placa, número de parafusos, presença de complicações como lesão iatrogênica do nervo radial, falha do material e infecção pós operatória. Resultados: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas variáveis de idade, sexo, tamanho da placa e número de parafusos utilizados, ou no índice de RUSHU (Radiographic Union Score for Humeral fractures). Não houve casos de infecção pós-operatória, falha do material ou necessidade de reoperação, nem casos de lesão secundária do nervo radial. Após 1 ano todos os pacientes tiveram índice de consolidação analisado pelo RUSHU >11. Conclusão: Ambas as técnicas se mostraram com resultados similares, com alta taxa de consolidação e baixas taxas de complicações ou lesão iatrogênica do nervo radial. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .
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ABSTRACT Introduction: Tibial shaft fracture is the most common long-bone fracture, and the standard treatment is intramedullary (IM) nail fixation. Regardless of the development of this technique pseudoarthrosis remains prevalent. Objectives: Evaluate the correlation between wedge fragment size and displacement, displacement of the main fragments of the 42B2 type, and pseudoarthrosis incidence. Methods: We retrospectively assessed all patients with 42B2 type fracture treated with IM nailing between January, 2015 and December, 2019. Six radiographic parameters were defined for preoperative radiographs in the anteroposterior (AP) and lateral views. Another six parameters were defined for postoperative radiographs at three, six, and 12 months. The Radiographic Union Score for Tibial Fractures score was used to assess bone healing. Results: Of 355 patients with tibial shaft fractures, 51 were included in the study. There were 41 (82.0%) male patients, with a mean age of 36.7 years, 37 (72.5%) had open fractures, and 28 (54.9%) had associated injuries. After statistical analysis, the factors that correlated significantly with nonunion were wedge height > 18 mm, preoperative translational displacement of the fracture in the AP view > 18 mm, and final distance of the wedge in relation to its original anatomical position after IM nailing > 5 mm. Conclusion: Risk factors for nonunion related to the wedge and42B2 fracture are wedge height > 18 mm, initial translation in the AP view of the fracture > 18 mm, and distance > 5 mm of the wedge from its anatomical position after IM nailing. Evidence level III; Retrospective comparative study .
RESUMO Introdução: A fratura da diáfise da tíbia é a fratura mais comum dentre os ossos longos, sendo o tratamento padrão a fixação com haste intramedular (HIM). Independentemente do desenvolvimento da técnica cirúrgica, a pseudoartrose continua prevalente. Objetivo: Avaliar a associação entre o tamanho e o desvio da cunha, os desvios dos fragmentos principais do tipo 42B2 e a incidência de pseudoartrose. Métodos: Avaliamos, retrospectivamente, todos os pacientes com fraturas tipo 42B2 tratados com hastes intramedulares entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Seis parâmetros radiográficos foram definidos para as radiografias pré-operatórias nas incidências anteroposterior (AP) e perfil. Outros seis parâmetros foram definidos para as radiografias pós-operatórias em 3, 6 e 12 meses de acompanhamento pós-operatório. O Escore Radiográfico de União para as Fraturas da Tíbia (RUST) foi o instrumento usado para avaliar a consolidação óssea. Resultados: Dos 355 pacientes com fraturas da diáfise da tíbia, 51 foram incluídos no estudo. Os pacientes incluídos foram 41 (82,0%) do sexo masculino, com idade média de 36,7 anos, 37 (72,5%) com fraturas expostas e 28 (54,9%) com lesões associadas. Após análise estatística, os fatores que se correlacionaram significativamente com a não consolidação foram a altura da cunha > 18 mm, o deslocamento translacional pré-operatório da fratura na incidência AP > 18 mm e a distância final da cunha em relação à sua posição anatômica original após a cravação do MI > 5 mm. Conclusão: Os fatores de risco para a pseudartrose relacionada com a fratura em cunha e42B2 são a altura da cunha > 18 mm, a translação inicial na vista AP da fratura > 18 mm e a distância > 5 mm da cunha em relação à sua posição anatómica após a fixação IM. Nível de evidência III; estudo comparativo retrospectivo. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .
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Objective: evaluate the functional treatment outcome of deviated transverse olecranon fractures (Mayo 2A) after treatment with tension-banded intramedullary screw (PIBT) compared to classical tension band (BTC). Methods: Prospectively collect all deviated transverse olecranon fractures from 2012 to 2016 and randomize them into PIBT and BTC groups. Range of motion (ROM) was measured after 2 and 5 weeks, 3 and 6 months, and 1 and 2 years. Functional assessments (DASH, Oxford Elbow Score, and Mayo Elbow Performance Index) were performed after 3 and 6 months and 1 and 2 years. Complications were collected up to 2 years of follow-up. Results: 22 patients were included, 11 in each group. The mean age was 47.9 years, and the left side was injured in 13 (59.0%) patients. All patients completed the 2-year follow-up. There was no ROM difference at any time between the two groups (p> 0.005). Flexion and extension gain was maximum at three months and remained unchanged until two years. Neither flexion nor extension returned to normal, missing around 10°. Pronation and supination returned to normal. All three functional scores showed almost complete recovery of elbow function after three months postoperatively, with no difference between the groups. No group had complications, no reoperation, and no implant removal. Conclusion: PIBT had similar results in ROM and functional score compared to BTC. Both had low complication rates and no need for implant removal. Level of evidence I; Randomized Trial .
Objetivo: Avaliar o resultado funcional do tratamento das fraturas transversas desviadas do olécrano (Mayo 2A) após o tratamento com parafuso intramedular com banda de tensão (PIBT) em comparação com a banda de tensão clássica (BTC). Métodos: Foram coletados prospectivamente todas as fraturas transversas do olécrano desviadas de 2012 a 2016 e randomizá-las em dois grupos: PIBT e BTC. A amplitude de movimento (ADM) foi medida após 2 e 5 semanas, 3 e 6 meses e 1 e 2 anos. As avaliações funcionais (DASH, Oxford Elbow Score e Mayo Elbow Performance Index) foram realizadas após 3 e 6 meses e 1 e 2 anos. As complicações foram coletadas até 2 anos de acompanhamento. Resultados: Foram incluídos 22 pacientes, 11 em cada grupo. A idade média foi de 47,9 anos, e o lado esquerdo foi lesado em 13 (59,0%) pacientes. Todos os pacientes completaram o acompanhamento de 2 anos. Não houve diferença na ADM em nenhum momento entre os dois grupos (p> 0,005). O ganho de flexão e extensão foi máximo aos 3 meses e permaneceu inalterado até 2 anos. Nem a flexão nem a extensão voltaram ao normal, faltando em torno de 10º. A pronação e a supinação voltaram ao normal. Todos os três escores funcionais mostraram uma recuperação quase completa da função do cotovelo após 3 meses de pós-operatório, sem diferença entre os grupos. Nenhum grupo apresentou complicações, nem reoperação ou retirada do implante. Conclusão: O PIBT teve resultados semelhantes na ADM e pontuação funcional em comparação com o BTC. Ambos tiveram baixas taxas de complicações e não há necessidade de remover implantes. Nível de evidência I; Estudo clínico randomizado.
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Objective: Determine complications' incidence and risk factors in high-energy distal femur fractures fixed with a lateral locked plate. Methods: Forty-seven patients were included; 87.2% were male, and the average age was 38.9. The main radiographic parameters collected were distal lateral femoral angle (DFA), distal posterior femoral angle (DPLF), comminution length, plate length, screw working length, bone loss, and medial contact after reduction and plate-bone contact, location of callus formation, and implant failure. The complications recorded were nonunion, implant failure, and infection. Results: Complex C2 and C3 fractures accounted for 85.1% of cases. Open fractures accounted for 63.8% of cases. The mean AFDL and AFDP were 79.8 4.0 and 79.3 6.0, respectively. The average total proximal and distal working lengths were 133.3 42.7, 60.4 33.4, and 29.5 21.8 mm, respectively. The infection rate was 29.8%, and the only risk factor was open fracture (p = 0.005). The nonunion rate was 19.1%, with longer working length (p = 0.035) and higher PDFA (p = 0.001) as risk factors. The site of callus formation also influenced pseudoarthrosis (p = 0.034). Conclusion: High-energy distal femoral fractures have a higher incidence of pseudoarthrosis and infection. Nonunion has greater working length, greater AFDL, and absence of callus formation on the medial and posterior sides as risk factors. The risk factor for infection was an open fracture. Level of Evidence III; Retrospective Cohort Study .
Objetivos: Determinar a incidência e os fatores de risco de complicações nas fraturas de alta energia das fraturas distais do fêmur fixadas com placa bloqueada lateral. Métodos: Foram incluídos 47 pacientes, sendo 87,2% homens e idade média de 38,9 anos. Os principais parâmetros radiográficos coletados foram o ângulo femoral distal lateral (AFDL), ângulo femoral distal posterior (AFDP), comprimento da cominuição, comprimento da placa, comprimento de trabalho dos parafusos, perda óssea, contato medial após a redução e contato placa-osso, localização da formação do calo e falha do implante. As complicações registradas foram não união, falha do implante e infecção. Resultados: Fraturas complexas C2 e C3 representaram 85,1% dos casos. As fraturas expostas corresponderam a 63,8% dos casos. O AFDL e AFDP médios foram 79,8° ± 4,0° e 79,3°± 6,0°, respectivamente. Os comprimentos de trabalho total, proximal e distal médios foram 133,3 ± 42,7, 60,4 ± 33,4 e 29,5 ± 21,8 mm, respectivamente. A taxa de infecção foi de 29,8% e o único fator de risco foi a fratura exposta (p = 0,005). A taxa de não união foi de 19,1%, com maior comprimento de trabalho (p = 0,035) e maior PDFA (p = 0,001) como fatores de risco. O local de formação do calo também influenciou na pseudoartrose (p = 0,034). Conclusões: Fraturas distais do fêmur de alta energia apresentam maior incidência de pseudoartrose e infecção. A não união tem como fatores de risco maior comprimento de trabalho, maior AFDL e ausência de formação de calo nos lados medial e posterior. O fator de risco para infecção foi a fratura exposta. Nível de evidência III; Estudo de Coorte Retrospectivo .
RESUMEN
Objective: Radiographically evaluate the quality of reduction over six weeks of follow-up in patients with surgically treated deviated acetabular fractures who underwent rehabilitation with immediate loading as tolerated and compare this with the results of the unloaded protocol. Methods: We retrospectively evaluated the records of 137 patients with deviated acetabular fractures treated with open reduction and internal fixation. Sixty-six (48.2%) patients underwent postoperative rehabilitation with immediate loading as tolerated, while 71 (51.8%) patients completed rehabilitation using a no-load protocol. The quality of the reduction was assessed radiographically by measuring the fracturing step and gap on radiographs taken immediately after surgery and three and six weeks after surgery. Results: Comparing the joint step, group 1 had an average of 0.44 ± 1.4 mm, 0.47 ± 1.5 mm, and 0.51 ± 1.6 mm immediately, three and six weeks after surgery, respectively. Group 2 had a mean step of 0.24 ± 0.8 mm, 0.27 ± 0.9 mm, and 0.37 ± 1.2 mm immediately, three, and six weeks after surgery. No statistically significant differences were observed between the groups. With a joint gap, group 1 had a mean of 1.89 ± 1.7 mm, 2.12 ± 1.8 mm, and 2.36 ± 2.1 mm; and group 2 had a mean of 2.16 ± 2.4 mm, 2.47 ± 2.6 mm, and 2.67 ± 2.8 mm in the immediate postoperative period, three, and six weeks, respectively. There was also no statistical difference between groups in these measurements. Conclusion: Immediate loading after surgical treatment of deviated acetabular fracture had no negative impact on radiographic reduction parameters and had similar results to the protocol without weight bearing. Level of evidence III; Therapeutic Retrospective Cohort Study .
Objetivo: Avaliar radiograficamente a qualidade da redução ao longo de 6 semanas de acompanhamento em pacientes com fratura desviada do acetábulo tratados cirurgicamente e submetidos à reabilitação com carga imediata conforme tolerado e comparar com os resultados do protocolo sem carga. Métodos: Avaliamos retrospectivamente os prontuários de 137 pacientes com fraturas desviadas do acetábulo que foram tratadas com redução aberta e fixação interna. Sessenta e seis (48,2%) pacientes foram submetidos à reabilitação pós-operatória com carga imediata conforme tolerado, enquanto 71 (51,8%) pacientes completaram a reabilitação utilizando um protocolo sem carga. A qualidade da redução foi avaliada radiograficamente pela medição do degrau da fratura e do gap nas radiografias feitas imediatamente após a cirurgia e três e seis semanas após a cirurgia. Resultados: Comparando o degrau articular, o grupo 1 teve uma média de 0,44 ± 1,4 mm, 0,47 ± 1,5 mm e 0,51 ± 1,6 mm imediatamente, três e seis semanas após a cirurgia, respectivamente. O grupo 2 teve um degrau médio de 0,24 ± 0,8 mm, 0,27 ± 0,9 mm e 0,37 ± 1,2 mm imediatamente, três e seis semanas após a cirurgia. Não foram observadas diferenças estatísticas significantes entre os grupos. Com gap articular, o grupo 1 teve uma média de 1,89 ± 1,7 mm, 2,12 ± 1,8 mm e 2,36 ± 2,1 mm; e o grupo 2 de 2,16 ± 2,4 mm, 2,47 ± 2,6 mm e 2,67 ± 2,8 mm nos pós-operatório imediato, três e seis semanas, respectivamente. Também não houve diferença estatística entre os grupos nessas medidas. Conclusão: A carga imediata após o tratamento cirúrgico da fratura do acetábulo desviada não teve impacto negativo nos parâmetros de redução radiográfica e teve resultados semelhantes em comparação com o protocolo sem descarga de peso. Nível De Evidência III; Estudo Terapêutico de Coorte Retrospectivo .
RESUMEN
Due to the pandemic of COVID-19, many outpatient services were suspended, affecting hundreds of patients. As a result, several countries were forced to seek strategies to readapt their health systems, one of which was the expansion of telemedicine. Currently, telemedicine is used for several specialties, facilitating the treatment and follow-up of patients who have difficulty accessing it. Tele-orthopedics, telemedicine applied to the orthopedic specialty, allows orthopedic care to be offered to patients regardless of distance. By reducing travel time, waiting time, and costs, tele-orthopedics presents high patient satisfaction, allowing greater rehabilitation effectiveness after surgery and treatment compliance. There is much information in the current literature about telemedicine's legal and ethical aspects, but it is fragmented. This article aims to present a general explanation of these legal and ethical aspects, emphasizing tele-orthopedics. The ethical principles of autonomy, beneficence, non-maleficence and justice must be respected, as well the privacy and confidentiality during a teleconsultation. In this respect, orthopedic surgeons should be governed by traditional moral and ethical precepts. Still, they must also adapt to the new norms and laws regulating telemedicine use. Level of Evidence V: Expert Opinion.
Com a pandemia da COVID-19, muitos atendimentos ambulatoriais foram suspensos, afetando centenas de pacientes. Isso forçou diversos países a buscarem estratégias para readaptar seus sistemas de saúde e, uma delas, foi a expansão da telemedicina. Atualmente, a telemedicina está sendo utilizada para diversas especialidades, facilitando o tratamento e o acompanhamento de pacientes que possuem dificuldade de acesso. A tele-ortopedia, telemedicina aplicada à especialidade ortopédica, permite a oferta dos cuidados ortopédicos a pacientes independente da distância. Por reduzir tempo de viagem, tempo de espera e custos, a tele-ortopedia, apresenta alta satisfação por parte pacientes, o que permite maior efetividade na reabilitação após cirurgias e adesão ao tratamento. Há na literatura atual diversas informações acerca dos aspectos legais e éticos da telemedicina, contudo são informações fragmentadas. Este artigo visa proporcionar uma explanação geral sobre esses aspectos éticos e legais, com ênfase na tele-ortopedia. Os princípios éticos da autonomia, beneficência, não-maleficiência e justiça devem ser respeitados, da mesma forma a privacidade e confidencialidade durante uma teleconsulta. Com isso, os ortopedistas devem ser regidos pelos tradicionais preceitos morais e éticos, mas também, devem se adequar as novas normas e leis que regulamentam o uso da telemedicina. Nível de evidência V: Opinião do especialista.
RESUMEN
INTRODUCTION: open tibial fractures are challenging due to the frequent severe bone injury associated with poor soft tissue conditions. This is relevant in low- and middle-income countries, mainly related to delayed definitive fixation and lack of adequate training in soft tissue coverage procedures. Due to these factors, open tibial fracture is an important source of disability for Latin American countries. Herein we sought to provide an epidemiological overview of isolated open tibial shaft fracture across seven hospitals in southern cone of Latin America. The secondary goal was to assess the impact on quality of life based on return-to-work rate (RWR). METHODS: patients with an isolated open tibial shaft fracture treated in seven different hospitals from Brazil and Argentina from November 2017 to March 2020 were included in the study. Clinical and radiographic results were evaluated throughout the 120-day follow-up period. Final evaluation compared RWR with the SF-12 questionnaire, bone healing, and gait status. RESULTS: Seventy-two patients were treated, 57 followed for 120 days and 48 completed the SF-12 questionnaire. After 120 days, 70.6% had returned to work, 61.4% had experienced bone healing. Age, antibiotic therapy, type of definitive treatment, and infection significantly influenced the RWR. Gait status exhibited strong correlations with RWR and SF-12 physical component score. CONCLUSIONS: Isolated open tibial shaft fractures are potentially harmful to the patient's quality of life after 120 days of the initial management. RWR is significantly higher for younger patients, no history of infection, and those who could run in the gait status assessment.
Asunto(s)
Calidad de Vida , Fracturas de la Tibia , Humanos , América Latina , Estudios Prospectivos , Fracturas de la Tibia/cirugía , HospitalesRESUMEN
Objective: To assess the complications in patients with severe slipped capital femoral epiphysis treated with the Dunn or modified Dunn procedure from 2012 to 2018 at the Institute of Orthopedics and Traumatology, Medical School, Universidade de São Paulo. Methods: Analysis of medical records, preoperative and postoperative radiographs with at least one year of radiographic follow-up of patients with severe slipped capital femoral epiphysis. Results: We reviewed the complications in 19 operated cases from 2012 to 2018, out of which 36.8% had osteonecrosis of the femoral head, one patient had chondrolysis, and another had postoperative infection. Conclusion: The osteonecrosis rate observed in this series of cases is similar to that described in other orthopedic facilities. We assessed factors that could potentially influence this outcome, including other characteristics of the patient (obesity, endocrine diseases, and history of sports activities) and of the health system. Level of Evidence III, Restropective Case Series.
Objetivo: Avaliar as complicações apresentadas nos pacientes com epifisiolistese grave tratados por meio do procedimento de Dunn ou Dunn Modificado entre 2012 e 2018 no IOT-FMUSP. Métodos: Análise de prontuários, radiografias pré-operatórias e radiografias pós-operatórias com pelo menos 1 ano de seguimento radiográfico dos pacientes com epifisiolistese grave. Resultados: Analisou-se a presença de complicações em 19 casos operados de 2012 a 2018. Desses pacientes, 36,8% apresentaram osteonecrose da cabeça femoral, oi observada condrólise em 1 paciente e infecção pós-operatória em 1 paciente. Conclusão: A taxa de osteonecrose observada nesta série de casos está próxima à descrita em outros serviços. Alguns fatores que potencialmente influenciariam neste desfecho poderiam ter sido avaliados, como outras características do paciente (obesidade, doenças endócrinas e atividade esportiva) e do sistema de saúde. Nível de Evidência III, Série Retrospectiva de Casos .
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ABSTRACT Introduction: open tibial fractures are challenging due to the frequent severe bone injury associated with poor soft tissue conditions. This is relevant in low- and middle-income countries, mainly related to delayed definitive fixation and lack of adequate training in soft tissue coverage procedures. Due to these factors, open tibial fracture is an important source of disability for Latin American countries. Herein we sought to provide an epidemiological overview of isolated open tibial shaft fracture across seven hospitals in southern cone of Latin America. The secondary goal was to assess the impact on quality of life based on return-to-work rate (RWR). Methods: patients with an isolated open tibial shaft fracture treated in seven different hospitals from Brazil and Argentina from November 2017 to March 2020 were included in the study. Clinical and radiographic results were evaluated throughout the 120-day follow-up period. Final evaluation compared RWR with the SF-12 questionnaire, bone healing, and gait status. Results: Seventy-two patients were treated, 57 followed for 120 days and 48 completed the SF-12 questionnaire. After 120 days, 70.6% had returned to work, 61.4% had experienced bone healing. Age, antibiotic therapy, type of definitive treatment, and infection significantly influenced the RWR. Gait status exhibited strong correlations with RWR and SF-12 physical component score. Conclusions: Isolated open tibial shaft fractures are potentially harmful to the patient's quality of life after 120 days of the initial management. RWR is significantly higher for younger patients, no history of infection, and those who could run in the gait status assessment.
RESUMO Introdução: o tratamento de fraturas expostas isoladas da diáfise da tíbia (FEIDT) apresenta desafios por frequentemente associar severa lesão óssea com condições ruins de tecido mole, fatores relevantes em países de média e baixa renda, especialmente devido a atrasos na implementação da fixação definitiva e falta de treinamento adequado no manejo de tecidos moles. Consequentemente, FEIDTs representam importante fonte de incapacitação na América Latina. Este estudo objetivou apresentar uma visão geral das FEIDTs em sete hospitais do cone sul da América Latina. O objetivo secundário foi avaliar o seu impacto na qualidade de vida baseado na taxa de retorno ao trabalho (TRT). Métodos: foram incluídos no estudo pacientes com FEIDT tratados em sete hospitais de Brasil e Argentina entre novembro de 2017 e março de 2020. Resultados clínicos e radiográficos foram analisados num período de 120 dias. Avaliação final comparou TRT com o questionário SF-12, consolidação óssea e condições de marcha. Resultados: setenta e dois pacientes foram tratados, 57 seguidos por 120 dias e 48 completaram o questionário SF-12. Após 120 dias, 70,6% havia retornado ao trabalho, 61,4% tinha fratura consolidada. Idade, antibioticoterapia, tipo de tratamento definitivo e infecção influenciaram significativamente na TRT. A condição de marcha apresentou forte correlação com TRT e o componente físico do SF-12. Conclusão: FEIDTs são potencialmente deletérias à qualidade de vida dos pacientes 120 dias após o tratamento inicial. TRT é significativamente maior para pacientes mais jovens, sem história de infecção e que conseguem correr na avaliação da condição de marcha..
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ABSTRACT Due to the pandemic of COVID-19, many outpatient services were suspended, affecting hundreds of patients. As a result, several countries were forced to seek strategies to readapt their health systems, one of which was the expansion of telemedicine. Currently, telemedicine is used for several specialties, facilitating the treatment and follow-up of patients who have difficulty accessing it. Tele-orthopedics, telemedicine applied to the orthopedic specialty, allows orthopedic care to be offered to patients regardless of distance. By reducing travel time, waiting time, and costs, tele-orthopedics presents high patient satisfaction, allowing greater rehabilitation effectiveness after surgery and treatment compliance. There is much information in the current literature about telemedicine's legal and ethical aspects, but it is fragmented. This article aims to present a general explanation of these legal and ethical aspects, emphasizing tele-orthopedics. The ethical principles of autonomy, beneficence, non-maleficence and justice must be respected, as well the privacy and confidentiality during a teleconsultation. In this respect, orthopedic surgeons should be governed by traditional moral and ethical precepts. Still, they must also adapt to the new norms and laws regulating telemedicine use. Level of Evidence V: Expert Opinion.
RESUMO Com a pandemia da COVID-19, muitos atendimentos ambulatoriais foram suspensos, afetando centenas de pacientes. Isso forçou diversos países a buscarem estratégias para readaptar seus sistemas de saúde e, uma delas, foi a expansão da telemedicina. Atualmente, a telemedicina está sendo utilizada para diversas especialidades, facilitando o tratamento e o acompanhamento de pacientes que possuem dificuldade de acesso. A tele-ortopedia, telemedicina aplicada à especialidade ortopédica, permite a oferta dos cuidados ortopédicos a pacientes independente da distância. Por reduzir tempo de viagem, tempo de espera e custos, a tele-ortopedia, apresenta alta satisfação por parte pacientes, o que permite maior efetividade na reabilitação após cirurgias e adesão ao tratamento. Há na literatura atual diversas informações acerca dos aspectos legais e éticos da telemedicina, contudo são informações fragmentadas. Este artigo visa proporcionar uma explanação geral sobre esses aspectos éticos e legais, com ênfase na tele-ortopedia. Os princípios éticos da autonomia, beneficência, não-maleficiência e justiça devem ser respeitados, da mesma forma a privacidade e confidencialidade durante uma teleconsulta. Com isso, os ortopedistas devem ser regidos pelos tradicionais preceitos morais e éticos, mas também, devem se adequar as novas normas e leis que regulamentam o uso da telemedicina. Nível de evidência V: Opinião do especialista.
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ABSTRACT Objective Determine complications' incidence and risk factors in high-energy distal femur fractures fixed with a lateral locked plate. Methods Forty-seven patients were included; 87.2% were male, and the average age was 38.9. The main radiographic parameters collected were distal lateral femoral angle (DFA), distal posterior femoral angle (DPLF), comminution length, plate length, screw working length, bone loss, and medial contact after reduction and plate-bone contact, location of callus formation, and implant failure. The complications recorded were nonunion, implant failure, and infection. Results Complex C2 and C3 fractures accounted for 85.1% of cases. Open fractures accounted for 63.8% of cases. The mean AFDL and AFDP were 79.8 4.0 and 79.3 6.0, respectively. The average total proximal and distal working lengths were 133.3 42.7, 60.4 33.4, and 29.5 21.8 mm, respectively. The infection rate was 29.8%, and the only risk factor was open fracture (p = 0.005). The nonunion rate was 19.1%, with longer working length (p = 0.035) and higher PDFA (p = 0.001) as risk factors. The site of callus formation also influenced pseudoarthrosis (p = 0.034). Conclusion High-energy distal femoral fractures have a higher incidence of pseudoarthrosis and infection. Nonunion has greater working length, greater AFDL, and absence of callus formation on the medial and posterior sides as risk factors. The risk factor for infection was an open fracture. Level of Evidence III; Retrospective Cohort Study.
RESUMO Objetivos Determinar a incidência e os fatores de risco de complicações nas fraturas de alta energia das fraturas distais do fêmur fixadas com placa bloqueada lateral. Métodos Foram incluídos 47 pacientes, sendo 87,2% homens e idade média de 38,9 anos. Os principais parâmetros radiográficos coletados foram o ângulo femoral distal lateral (AFDL), ângulo femoral distal posterior (AFDP), comprimento da cominuição, comprimento da placa, comprimento de trabalho dos parafusos, perda óssea, contato medial após a redução e contato placa-osso, localização da formação do calo e falha do implante. As complicações registradas foram não união, falha do implante e infecção. Resultados Fraturas complexas C2 e C3 representaram 85,1% dos casos. As fraturas expostas corresponderam a 63,8% dos casos. O AFDL e AFDP médios foram 79,8° ± 4,0° e 79,3°± 6,0°, respectivamente. Os comprimentos de trabalho total, proximal e distal médios foram 133,3 ± 42,7, 60,4 ± 33,4 e 29,5 ± 21,8 mm, respectivamente. A taxa de infecção foi de 29,8% e o único fator de risco foi a fratura exposta (p = 0,005). A taxa de não união foi de 19,1%, com maior comprimento de trabalho (p = 0,035) e maior PDFA (p = 0,001) como fatores de risco. O local de formação do calo também influenciou na pseudoartrose (p = 0,034). Conclusões Fraturas distais do fêmur de alta energia apresentam maior incidência de pseudoartrose e infecção. A não união tem como fatores de risco maior comprimento de trabalho, maior AFDL e ausência de formação de calo nos lados medial e posterior. O fator de risco para infecção foi a fratura exposta. Nível de evidência III; Estudo de Coorte Retrospectivo.
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ABSTRACT Objective Radiographically evaluate the quality of reduction over six weeks of follow-up in patients with surgically treated deviated acetabular fractures who underwent rehabilitation with immediate loading as tolerated and compare this with the results of the unloaded protocol. Methods We retrospectively evaluated the records of 137 patients with deviated acetabular fractures treated with open reduction and internal fixation. Sixty-six (48.2%) patients underwent postoperative rehabilitation with immediate loading as tolerated, while 71 (51.8%) patients completed rehabilitation using a no-load protocol. The quality of the reduction was assessed radiographically by measuring the fracturing step and gap on radiographs taken immediately after surgery and three and six weeks after surgery. Results Comparing the joint step, group 1 had an average of 0.44 ± 1.4 mm, 0.47 ± 1.5 mm, and 0.51 ± 1.6 mm immediately, three and six weeks after surgery, respectively. Group 2 had a mean step of 0.24 ± 0.8 mm, 0.27 ± 0.9 mm, and 0.37 ± 1.2 mm immediately, three, and six weeks after surgery. No statistically significant differences were observed between the groups. With a joint gap, group 1 had a mean of 1.89 ± 1.7 mm, 2.12 ± 1.8 mm, and 2.36 ± 2.1 mm; and group 2 had a mean of 2.16 ± 2.4 mm, 2.47 ± 2.6 mm, and 2.67 ± 2.8 mm in the immediate postoperative period, three, and six weeks, respectively. There was also no statistical difference between groups in these measurements. Conclusion Immediate loading after surgical treatment of deviated acetabular fracture had no negative impact on radiographic reduction parameters and had similar results to the protocol without weight bearing. Level of evidence III; Therapeutic Retrospective Cohort Study.
RESUMO Objetivo Avaliar radiograficamente a qualidade da redução ao longo de 6 semanas de acompanhamento em pacientes com fratura desviada do acetábulo tratados cirurgicamente e submetidos à reabilitação com carga imediata conforme tolerado e comparar com os resultados do protocolo sem carga. Métodos Avaliamos retrospectivamente os prontuários de 137 pacientes com fraturas desviadas do acetábulo que foram tratadas com redução aberta e fixação interna. Sessenta e seis (48,2%) pacientes foram submetidos à reabilitação pós-operatória com carga imediata conforme tolerado, enquanto 71 (51,8%) pacientes completaram a reabilitação utilizando um protocolo sem carga. A qualidade da redução foi avaliada radiograficamente pela medição do degrau da fratura e do gap nas radiografias feitas imediatamente após a cirurgia e três e seis semanas após a cirurgia. Resultados Comparando o degrau articular, o grupo 1 teve uma média de 0,44 ± 1,4 mm, 0,47 ± 1,5 mm e 0,51 ± 1,6 mm imediatamente, três e seis semanas após a cirurgia, respectivamente. O grupo 2 teve um degrau médio de 0,24 ± 0,8 mm, 0,27 ± 0,9 mm e 0,37 ± 1,2 mm imediatamente, três e seis semanas após a cirurgia. Não foram observadas diferenças estatísticas significantes entre os grupos. Com gap articular, o grupo 1 teve uma média de 1,89 ± 1,7 mm, 2,12 ± 1,8 mm e 2,36 ± 2,1 mm; e o grupo 2 de 2,16 ± 2,4 mm, 2,47 ± 2,6 mm e 2,67 ± 2,8 mm nos pós-operatório imediato, três e seis semanas, respectivamente. Também não houve diferença estatística entre os grupos nessas medidas. Conclusão A carga imediata após o tratamento cirúrgico da fratura do acetábulo desviada não teve impacto negativo nos parâmetros de redução radiográfica e teve resultados semelhantes em comparação com o protocolo sem descarga de peso. Nível De Evidência III; Estudo Terapêutico de Coorte Retrospectivo.
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ABSTRACT Objective evaluate the functional treatment outcome of deviated transverse olecranon fractures (Mayo 2A) after treatment with tension-banded intramedullary screw (PIBT) compared to classical tension band (BTC). Methods Prospectively collect all deviated transverse olecranon fractures from 2012 to 2016 and randomize them into PIBT and BTC groups. Range of motion (ROM) was measured after 2 and 5 weeks, 3 and 6 months, and 1 and 2 years. Functional assessments (DASH, Oxford Elbow Score, and Mayo Elbow Performance Index) were performed after 3 and 6 months and 1 and 2 years. Complications were collected up to 2 years of follow-up. Results 22 patients were included, 11 in each group. The mean age was 47.9 years, and the left side was injured in 13 (59.0%) patients. All patients completed the 2-year follow-up. There was no ROM difference at any time between the two groups (p> 0.005). Flexion and extension gain was maximum at three months and remained unchanged until two years. Neither flexion nor extension returned to normal, missing around 10°. Pronation and supination returned to normal. All three functional scores showed almost complete recovery of elbow function after three months postoperatively, with no difference between the groups. No group had complications, no reoperation, and no implant removal. Conclusion PIBT had similar results in ROM and functional score compared to BTC. Both had low complication rates and no need for implant removal. Level of evidence I; Randomized Trial.
RESUMO Objetivo Avaliar o resultado funcional do tratamento das fraturas transversas desviadas do olécrano (Mayo 2A) após o tratamento com parafuso intramedular com banda de tensão (PIBT) em comparação com a banda de tensão clássica (BTC). Métodos Foram coletados prospectivamente todas as fraturas transversas do olécrano desviadas de 2012 a 2016 e randomizá-las em dois grupos: PIBT e BTC. A amplitude de movimento (ADM) foi medida após 2 e 5 semanas, 3 e 6 meses e 1 e 2 anos. As avaliações funcionais (DASH, Oxford Elbow Score e Mayo Elbow Performance Index) foram realizadas após 3 e 6 meses e 1 e 2 anos. As complicações foram coletadas até 2 anos de acompanhamento. Resultados Foram incluídos 22 pacientes, 11 em cada grupo. A idade média foi de 47,9 anos, e o lado esquerdo foi lesado em 13 (59,0%) pacientes. Todos os pacientes completaram o acompanhamento de 2 anos. Não houve diferença na ADM em nenhum momento entre os dois grupos (p> 0,005). O ganho de flexão e extensão foi máximo aos 3 meses e permaneceu inalterado até 2 anos. Nem a flexão nem a extensão voltaram ao normal, faltando em torno de 10º. A pronação e a supinação voltaram ao normal. Todos os três escores funcionais mostraram uma recuperação quase completa da função do cotovelo após 3 meses de pós-operatório, sem diferença entre os grupos. Nenhum grupo apresentou complicações, nem reoperação ou retirada do implante. Conclusão O PIBT teve resultados semelhantes na ADM e pontuação funcional em comparação com o BTC. Ambos tiveram baixas taxas de complicações e não há necessidade de remover implantes. Nível de evidência I; Estudo clínico randomizado.