RESUMEN

Os autores se propõem a analisar o luto pela perda de um filho. Partiu-se de uma experiência clínica, na coordenação de um grupo de apoio aos pais que perderam os filhos em mortes trágicas, que acontece na Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. O material clínico é exposto na forma de itens de temas recorrentes e, predominantes, nas sessões do grupo. A partir disso, se relaciona o material ao conceito de trauma para Winnicott. Abordando a questão do luto normal, como foi proposto por Freud, os autores discutem a peculiaridade do luto pela morte de um filho. Surgem as questões: seria este um luto elaborável? Poderia se falar em trabalho de luto normal nesta situação? Quais as peculiaridades deste luto? São levantadas três hipóteses para este caso especifico: a ruptura da ordem geracional característica da perda de um filho; o efeito regressivante da situação traumática e o ódio inconsciente dos pais. Privilegiando-se um viés winnicottiano, durante a discussão, os autores apontam o posicionamento da psicanálise frente a esse tipo de perda e as próprias resistências internas ao assunto(AU)

Asunto(s)

RESUMEN

A partir de algumas situações da clínica, os autores propõem-se a refletir sobre as relações entre a noção de segredo traumático e uma certa temporalidade que o caracteriza. Pensam que determinados pacientes, portadores de um conhecimento não revelável (em geral de origem sexual, referentes a si mesmo ou a grupo familiar), trazem para a anãlise uma vivência temporal própria dessa área do segredo que irá requerer a constituição de um tempo compartilhado pelo par analista-analisado. Consideram que a interrupção traumática de um espaço/tempo de jogo-devaneio-imaginação dá lugar a um espaço/tempo de concretudes-eventos-fatos acumulativos inadequados para o sonhar e para uma memória reconstrutiva e refutável. Uma memória tipo operatória e acompanhada por falhas simbólicas com limitações óbvias no livre associar e nos registros emocionais referentes à intimidade e à privacidade(AU)

Asunto(s)

RESUMEN

O trabalho como título indica, trata da solidäo. Seus pontos de origem localizam-se em dois textos: "O Sentimento de Solidäo", de M. Klein e "A Capacidade para estar Só de D. Winnicott. Os autores procuram apontar tanto as diferenças que sobressaem nas duas concepçöes, bem como as aproximaçöes que em geral säo pouco observadas. Säo esboçados alguns entendimentos sobre os primórdios do desenvolvimento principalmente relacionados com as diferenciaçöes do "ser" e com o "sentimento oceânico"

Asunto(s)

RESUMEN

O autor, no presente trabalho, se propoe a examinar um conjunto de fenomenos transferenciais-contratransferenciais na adolescencia, correlacionando-os com as perturbacoes decorrentes dos estados confusionais e, de outra parte, com todas as possibilidades de uma aguda percepcao realistica. E um tema que tangencia questoes como as da verdade psiquica, o mundo (interno e externo) objetivamente percebido, a mentira e a falsificacao.

Asunto(s)

RESUMEN

E notoria a falta de atençao dada a contratransferencia no tratamento psicanalitico de crianças e adolescentes, assim como a escassez de trabalhos publicados sobre o tema. Estes fatos contrastam com a importante sobrecarga que a contratransferencia representa na analise desses pacientes e, provavelmente, constitui o principal fator de deserçao de analistas infantis que, cada vez mais, passam a atender pacientes adultos. Dos fatores que exacerbam o stress contratransferencial, podem-se salientar: a presença dos pais no setting e as coiçoes especificas da criança ou adolescente como paciente - presença marcada da agressao, seduçao e sexualidade infantil, o ego mais debil, a comunicaçao atraves de formas mais primitivas e de dificil entendimento, maior intensidade da transferencia positiva e negativa. Toda complexidade desta situaçao provoca internas reaçoes no analista, ansiedade, raivas, culpas e um risco maior de fuga do trabalho analitico.

Asunto(s)