RESUMEN
OBJECTIVE: to describe the feelings expressed by health professionals when caring for child and adolescent victims of sexual violence from the theoretical perspective of Symbolic Interactionism. METHOD: qualitative research carried out with 30 female health professionals. An instrument was used consisting of closed questions for sociodemographic data and a script with open questions for interviews. The data was organized and analyzed using Nvivo software version 12, according to Bardin's proposal, from the perspective of Symbolic Interactionism in the work of Charles Morris. The project was approved by the Research Ethics Committee. RESULTS: five thematic categories emerged, revealing feelings of empathy, fear, indignation, suffering, and consternation. These feelings remained in the interviewees' memories, making caring for child and adolescent victims of sexual violence a moving and difficult experience that deeply marks the life of the health professional. CONCLUSION: there is a need to adopt strategies to support the mental health of professionals who work in services that provide general care to children and adolescents, considering that there is a possibility that they will provide care to child and adolescent victims of sexual violence in compliance with pre-existing public policies. HIGHLIGHTS: (1) Feelings stem from individual impressions in line with social interaction. (2) Caring for child and adolescent victims has a negative impact on professionals' emotions. (3) Service managers need to pay attention to the health of professionals who assist victims.
Asunto(s)
Personal de Salud , Investigación Cualitativa , Delitos Sexuales , Humanos , Femenino , Adolescente , Niño , Personal de Salud/psicología , Delitos Sexuales/psicología , Adulto , Emociones , Persona de Mediana Edad , Empatía , Abuso Sexual Infantil/psicología , Actitud del Personal de Salud , Víctimas de Crimen/psicologíaRESUMEN
This article aims to know the perception of women on obstetric violence from a racial perspective. This was a qualitative study carried out in a public maternity hospital with 25 women in the city of Salvador, Bahia, Brazil. Data were collected through semi-structured interviews and participant observation from November 2021 to February 2022. Content analysis was used to organize the data obtained through the interviews. The results were analyzed through the theoretical contributions of intersectionality, focusing on the interaction between obstetric violence and obstetric racism. The narratives discuss issues of obstetric violence, institutional racism, and how these experiences are permeated by issues of race, gender, and class. Questions related to the feelings of these women regarding the experience of violence at the time of childbirth care were also highlighted. Obstetric racism denies reproductive rights and hinders access to respectful and equitable care for black women.
O objetivo deste artigo é conhecer a percepção de mulheres sobre a violência obstétrica em uma perspectiva racial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada em uma maternidade pública, com 25 mulheres, no município de Salvador, Bahia, Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e observação participante, no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Utilizou-se, para organização dos dados obtidos através das entrevistas, a análise de conteúdo. Os resultados foram analisados através das contribuições teóricas da interseccionalidade, tendo como foco a interação entre violência obstétrica e racismo obstétrico. As narrativas discorrem sobre questões da violência obstétrica, racismo institucional, e como essas vivências são permeadas pelas questões de raça, gênero e classe. Foram apontadas também questões relacionadas aos sentimentos dessas mulheres frente a vivência da violência no momento da assistência ao parto. O racismo obstétrico nega os direitos reprodutivos e dificulta o acesso a uma assistência respeitosa e equânime as mulheres negras.
Asunto(s)
Investigación Cualitativa , Racismo , Violencia , Adulto , Femenino , Humanos , Embarazo , Adulto Joven , Brasil , Parto Obstétrico/psicología , Accesibilidad a los Servicios de Salud , Maternidades , Entrevistas como Asunto , Racismo/psicología , Derechos Sexuales y Reproductivos , Violencia/etnología , Población Negra/psicología , ObstetriciaRESUMEN
Resumo O objetivo deste artigo é conhecer a percepção de mulheres sobre a violência obstétrica em uma perspectiva racial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada em uma maternidade pública, com 25 mulheres, no município de Salvador, Bahia, Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e observação participante, no período de novembro de 2021 a fevereiro de 2022. Utilizou-se, para organização dos dados obtidos através das entrevistas, a análise de conteúdo. Os resultados foram analisados através das contribuições teóricas da interseccionalidade, tendo como foco a interação entre violência obstétrica e racismo obstétrico. As narrativas discorrem sobre questões da violência obstétrica, racismo institucional, e como essas vivências são permeadas pelas questões de raça, gênero e classe. Foram apontadas também questões relacionadas aos sentimentos dessas mulheres frente a vivência da violência no momento da assistência ao parto. O racismo obstétrico nega os direitos reprodutivos e dificulta o acesso a uma assistência respeitosa e equânime as mulheres negras.
Abstract This article aims to know the perception of women on obstetric violence from a racial perspective. This was a qualitative study carried out in a public maternity hospital with 25 women in the city of Salvador, Bahia, Brazil. Data were collected through semi-structured interviews and participant observation from November 2021 to February 2022. Content analysis was used to organize the data obtained through the interviews. The results were analyzed through the theoretical contributions of intersectionality, focusing on the interaction between obstetric violence and obstetric racism. The narratives discuss issues of obstetric violence, institutional racism, and how these experiences are permeated by issues of race, gender, and class. Questions related to the feelings of these women regarding the experience of violence at the time of childbirth care were also highlighted. Obstetric racism denies reproductive rights and hinders access to respectful and equitable care for black women.
RESUMEN
Abstract Objective: to describe the feelings expressed by health professionals when caring for child and adolescent victims of sexual violence from the theoretical perspective of Symbolic Interactionism. Method: qualitative research carried out with 30 female health professionals. An instrument was used consisting of closed questions for sociodemographic data and a script with open questions for interviews. The data was organized and analyzed using Nvivo software version 12, according to Bardin's proposal, from the perspective of Symbolic Interactionism in the work of Charles Morris. The project was approved by the Research Ethics Committee. Results: five thematic categories emerged, revealing feelings of empathy, fear, indignation, suffering, and consternation. These feelings remained in the interviewees' memories, making caring for child and adolescent victims of sexual violence a moving and difficult experience that deeply marks the life of the health professional. Conclusion: there is a need to adopt strategies to support the mental health of professionals who work in services that provide general care to children and adolescents, considering that there is a possibility that they will provide care to child and adolescent victims of sexual violence in compliance with pre-existing public policies.
Resumo Objetivo: descrever sentimentos expressos por profissionais de saúde no atendimento a vítimas infantojuvenis da violência sexual na perspectiva teórica do Interacionismo Simbólico. Método: pesquisa qualitativa realizada com 30 mulheres profissionais da saúde. Foi aplicado instrumento composto de questões fechadas para dados sociodemográficos e roteiro com perguntas abertas para a entrevista. Os dados foram organizados e analisados no software Nvivo versão 12, de acordo com a proposta de Bardin, sob a ótica do Interacionismo Simbólico na obra de Charles Morris. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: emergiram cinco categorias temáticas que revelaram sentimentos de empatia, medo, indignação, sofrimento e consternação. Tais sentimentos permaneceram na memória das entrevistadas, tornando o atendimento a vítimas infantojuvenis da violência sexual uma experiência tocante, difícil e que marca profundamente a vida do profissional de saúde. Conclusão: há necessidade de adotar estratégias de apoio à saúde mental de profissionais que atuam em serviços que prestam atendimento geral a crianças e adolescentes, considerando que existe a possibilidade de estes atenderem a vítimas infantojuvenis da violência sexual em respeito às políticas públicas preexistentes.
Resumen Objetivo: describir los sentimientos expresados por los profesionales de la salud en la atención a víctimas infantojuveniles de violencia sexual desde la perspectiva teórica del Interaccionismo Simbólico. Métodos: investigación cualitativa realizada con 30 profesionales de salud. Se utilizó un instrumento compuesto por preguntas cerradas para los datos sociodemográficos y un guión con preguntas abiertas para la entrevista. Los datos fueron organizados y analizados utilizando el software Nvivo versión 12, de acuerdo con la propuesta de Bardin, desde la perspectiva del Interaccionismo Simbólico en la obra de Charles Morris. El proyecto fue aprobado por el Comité de Ética de la Investigación. Resultados: surgieron cinco categorías temáticas que revelaron sentimientos de empatía, miedo, indignación, sufrimiento y consternación. Estos sentimientos permanecieron en la memoria de los entrevistados, convirtiendo la atención a infantojuveniles víctimas de violencia sexual en una experiencia conmovedora y difícil que marca profundamente la vida del profesional de salud. Conclusión: es necesario adoptar estrategias de apoyo a la salud mental de los profesionales que actúan en servicios de atención general a infantojuveniles, considerando que existe la posibilidad de que atiendan a infantojuveniles víctimas de violencia sexual en cumplimiento de políticas públicas preexistentes.