RESUMEN
A mucosite oral é um dos efeitos adversos mais frequente e debilitantes em pacientes submetidos ao transplante de medula óssea (TMO). O Laser de Baixa Potência (LBP) tem sido estabelecido como importante ferramenta na prevenção de mucosite, durante o condicionamento com quimioterapia de altas doses no TMO. No entanto, protocolos que suportam tais intervenções variam e os fatores de riscos para mucosite em pacientes com diferentes tipos de neoplasias e condicionamentos mesmo recebendo a prevenção com o LBP são ainda desconhecidos. Este trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência de mucosite, sua relação com os parâmetros clínicos e fatores preditivos em pacientes submetidos ao TMO e que receberam a prevenção com LBP. Foi realizada uma análise retrospectiva de 374 pacientes consecutivos que foram submetidos ao TMO no A.C. Camargo Cancer Center, entre o período de janeiro de 2006 a janeiro de 2013. Todos os pacientes receberam profilaxia para mucosite oral com LBP, utilizando protocolo único, desde o primeiro dia do condicionamento até o D+2 (2 dias após a infusão da medula óssea). Os pacientes continuaram a receber o LBP nos casos de mucosite oral >= grau 2 até a remissão completa das lesões. Os dados clínicos como neutropenia febril, dor em boca, uso de alimentação parenteral e o uso de morfina foram coletados diariamente através dos prontuários dos pacientes desde o primeiro dia de internação até a alta hospitalar. As variáveis clínicas como idade, peso e função renal foram coletadas no dia da internação para o condicionamento. Dos 374 pacientes selecionados para este estudo, 37 (9%) pacientes foram excluídos, totalizando assim, 337 pacientes. Destes, 43 (12,76%) não apresentaram mucosite, 166 (49,25%) manifestaram mucosite grau 1, 84 (24,93%) grau 2, 32 (9,50%) grau 3 e 12 (3,56%) grau 4.
Os pacientes com mucosite grau ? 2, apresentaram uma média de 1,4 dias de dor em boca comparado com 9,2 dias nos pacientes com mucosite ? 3 (p<0,0001). Em relação ao tempo de hospitalização, nos pacientes com mucosite grau ? 2, a média foi de 27,16 dias comparado com 36,07 nos com mucosite grau ?3 (p<0,0001). Através do modelo de regressão logística, observou-se que a cada aumento em uma unidade de creatinina a chance de ocorrer mucosite grau ? 3 foi 4,3 vezes maior (RC= 4,37; 95% IC: 1,68 - 11,32; p=0,0024). Além disso, os pacientes submetidos ao transplante alogênico apresentaram cerca de 5,97 vezes mais chance de apresentar mucosite grau ? 3 comparado com os pacientes submetidos ao transplante autólogo (RC= 5,97; 95% IC: 3,02 - 11,99; p<0,001). O estudo concluiu que a incidência e intensidade da mucosite oral severa foi baixa nos pacientes submetidos ao TMO, provavelmente devido à profilaxia com o LBP. Além disso, quanto maior a severidade da mucosite oral, maior o tempo de dor em boca, uso de alimentação parenteral, uso de morfina e período de internação. O transplante alogênico e o aumento no nível sérico de creatinina foram considerados fatores de risco para ocorrência de mucosite oral severa. Novos estudos são necessários para definir protocolos específicos para o LBP nestes pacientes com maior risco para o desenvolvimento de mucosite severa.
Oral mucositis is one of the most common and debilitating adverse effects in patients undergoing bone marrow transplantation (BMT). The low-power laser (LBP) has been established as an important tool in the prevention of mucositis, during conditioning with high-dose chemotherapy in BMT. However, protocols that support such intervention vary and risk factors for mucositis in patients with different types of neoplasms and conditioning protocols are still unknown. This study aimed to assess the prevalence of mucositis, its relationship with clinical parameters and predictive factors in patients undergoing BMT and receiving prevention with LBP. A retrospective analysis was performed concerning 374 patients who were submitted consecutively to BMT at the AC Camargo Cancer Center, from January 2006 to January 2013. All patients received prophylaxis for oral mucositis with LBP using only protocol from the first day of conditioning until D + 2 (2 days after the infusion of the bone marrow). Patients continued to receive the LBP in the case of oral mucositis grade >= 2 until the complete remission of the lesions. Clinical data, such as febrile neutropenia, mouth pain, parenteral nutrition usage and the use of morphine were collected daily through the medical records of patients from the first day of admission until discharge. The clinical variables such as age, weight and renal function data were collected on the day of admission for conditioning. Of the 374 patients selected for this study, 37 (9%) were excluded, totaling 337 patients...
Asunto(s)
Estomatitis/complicaciones , Estomatitis/diagnóstico , Terapia por Láser/métodos , Terapia por Láser , Trasplante de Médula Ósea/métodos , Trasplante de Médula ÓseaRESUMEN
Objetivo: Correlacionar medidas lineares entre radiografias panorâmicas digitais (DPan) e tomografias computadorizadas cone beam (TCcb) na região do seio maxilar. Método: Foram selecionados exames aos pares de 71 sítios, 37 do lado direito e 34 do lado esquerdo, das radiografias panorâmicas digitais e suas correspondentes tomografias computadorizadas cone beam. As radiografias panorâmicas foram obtidas por meio do aparelhoOrthopantomograph® e foram analisadas por meio do software Image Tool v.3.0. As tomografias computadorizadas cone beam foram obtidas pelo tomógrafo i-CAT e analisadas pelo software Dental Slice. As mensurações foram realizadas por medidas lineares da distância da cortical inferior do seio maxilar até a cúspide incisal mais pronunciada do molar. Resultados: A comparação entre medidas apresentou concordância moderada e os valores foram estatisticamente (p<0,05) maiores nas medições da radiografia panorâmica digital compensada, com ampliação de 1,75 a 2,15 mm (8 a 9%), do que as medidas na tomografia computadorizada cone beam. Conclusão: Conclui-se que há necessidade de adicionar margem de segurança de 2,5 mm (10,5%) na região do seio maxilar, após a compensação da magnificação da imagem, quando for utilizada a radiografia panorâmica para planejamento cirúrgico para implantes dentários...
Objective: To correlate linear measurements between digital panoramic radiographs (DPan) and cone beam computed tomography images (CBCT) of the maxillary sinus area. Method: Seventy-one paired site exams were selected, 37 from the right side and 34 from the left side, on digital panoramic radiographs and their corresponding CBCT images. The panoramic radiographs were obtained by the Orthopantomograph®evice and analyzed by the Image Tool v.3.0 software. The CBCT images were obtained by the i-CAT tomograph and analyzed by the Dental Slice software. Linear measurements of the distance between the lower cortical of the maxillary sinus to the sharpest molar cusp. Results: Comparison of the measurements revealed a moderate agreement and the values were significantly higher in the measurements on the compensated digital panoramic radiographs (p<0.05) with 1.75 to 2.15 mm (8 to 9%) magnification, compared with the CBCT images.Conclusion: It may be concluded that when panoramic radiographs are used in the surgical planning for dental implants, a safety margin of 2.5 mm (10.5%) should be added in the maxillary sinus area after compensating for image magnification...