RESUMEN
Objetivo: analisar a visita na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na perspectiva de pacientes e familiares. Metodologia: estudo qualitativo, realizado em hospital do noroeste do Paraná. Realizou-se busca no mês de maio de 2018 através da análise de prontuários dos pacientes pós-alta da UTI e seus respectivos familiares. Obteve-se nove entrevistas, oriundas de três pacientes e seis familiares. As entrevistas foram transcritas e submetidas a análise de conteúdo. Resultados: O tempo médio de internação foi de 15 dias. Emergiram três categorias: "Percepções prévias à visita na UTI-A", que destaca o preconceito e a falta de informação em relação ao ambiente e o prognóstico dos pacientes; "Sentimentos positivos frente à visita na UTI-A", a qual compreende a sensação de segurança, diminuição do estresse e da ansiedade após a visita no setor, apresentando, ainda, a religiosidade como ponto de fortalecimento; "Organização da visita como determinante da experiência", a qual destaca que a orientação dos familiares acerca da unidade diminuía o desconforto com a visita. Ademais, relataram a insatisfação com os horários de visitação. Considerações finais: Apesar de sentimentos prévios vinculados ao medo, associado à hostilidade da UTI, a visita é percebida positivamente pelos pacientes e familiares, e pode ser facilitada/melhorada por meios organizacionais.
Objective: to analyze the visit at the Intensive Care Unit (ICU) from the perspective of patients and their families. Methodology: it is a qualitative study, performed in a hospital in the northwest of Paraná. A search was carried out in May 2018 through the analysis of medical records of post-discharge ICU patients and their respective relatives. Nine interviews were obtained, from three patients and six relatives. The interviews were transcribed and submitted to content analysis. Results: The mean time of hospitalization was 15 days. Three categories emerged: "Perceptions prior to ICU-A visit", which highlights prejudice and lack of information regarding the environment and the prognosis of patients; "Positive feelings about the visit at the ICU-A", which includes the feeling of security, decreased stress and anxiety after the visit in the sector, also presenting religiosity as a strengthening point; "Organization of the visit as a determinant of the experience", which highlights that the orientation of family members about the unit decreased the discomfort with the visit. In addition, they reported dissatisfaction with visiting times. Final considerations: Despite previous feelings related to fear, associated with ICU hostility, the visit is perceived positively by patients and their families, and can be facilitated / improved by organizational means.