RESUMEN
This study evaluated the effect of diets containing low levels of soluble and insoluble fiber sources on performance, diarrhea score, chemical and physical characteristics of feces, and behavior in weaning piglets. Thirty-six weaned piglets of 30 days of age with an initial body weight of 8.8 kg were distributed in 36 pens using a completely randomized design in an experimental period of 21 days. The experimental treatments were the Control diet (CONT), the Control diet + 1% beet pulp inclusion (SBP), and the Control diet + 1% lignocellulose inclusion (LCE, Arbocel®). Feed and water were available ad libitum. Body weight and feed intake were measured weekly to calculate the average daily intake, weight gain, and feed conversion ratio. The fecal consistency was determined visually twice daily, classifying feces according to three scores. To determine fecal pH and concentration of fecal short-chain fatty acids (SCFA), samples of fresh feces were collected two weeks after weaning and measured by a digital pH meter and gas chromatography, respectively. The behavior of piglets was observed once a week, using four animals per treatment, from 14:00 to 16:00, every 12 min. Fibre sources had no effect (P>0.05) on performance, except in the period 15 to 21 days after weaning, which was a tendency (P=0.061) of feed intake decrease in SBP and LCE diets. Fiber sources did not affect the fecal consistency score (P>0.05). However, piglets fed SBP and LCE showed a tendency (P<0.10) to have less diarrhea incidence 15 to 21 days post-weaning and in the entire experimental period. Fecal pH and SCFA concentration were not influenced by fiber source (P>0.05), with acetic, propionic, and butyric acids representing around 71%, 19%, and 10% of the total, respectively. Fiber sources did not influence the social and feeding behavior of weaning piglets (P>0.05). Diets containing 1% fiber sources did not alter performance, diarrhea score, fecal pH, fecal SCFA concentration, or feeding and social behavior of weaned piglets.(AU)
O estudo avaliou o efeito de dietas contendo baixos níveis de fontes de fibra solúvel e insolúvel sobre o desempenho, escore de diarreia, características químicas e físicas das fezes e comportamento de leitões desmamados. Trinta e seis leitões desmamados, com 30 dias de idade e peso vivo inicial de 8,8 kg, foram distribuídos em 36 baias, totalizando 12 repetições por tratamento, em um delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos experimentais foram: dieta controle (CONT), dieta controle + 1% de inclusão de polpa de beterraba (SBP) e dieta controle + 1% de inclusão de lignocelulose (LCE, Arbocel®). A ração e a água foram disponibilizadas ad libitum durante os 21 dias experimentais. O consumo médio diário de ração (CRM), ganho de peso diário (GPD) e a conversão alimentar (CA) foram medidos semanalmente. A consistência fecal foi determinada visualmente duas vezes por dia, classificando as fezes de acordo com três classificações. Amostras frescas de fezes, colhidas no 14° dia experimental, foram usadas para determinação do pH e ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). O pH foi medido utilizando pHmetro digital, enquanto os AGCC foram determinados com auxílio de cromatografia gasosa. Para avaliar o comportamento foram observados quatro leitões por tratamento, uma vez por semana, das 14:00 às 16:00, a cada 12 minutos. As fontes de fibra não apresentaram efeito (P>0,05) sobre as variáveis de desempenho, exceto no período de 15 a 21 dias pós desmame, onde se observou uma tendência (P=0,061) de redução no consumo médio nos leitões que receberam as dietas contendo SBP e LCE. Não foi observado efeito das fontes de fibra sobre o escore de consistência fecal (P>0,05), embora leitões alimentados com SBP e LCE apresentaram uma tendência (P<0,10) de redução na incidência de diarreia no período de 15 a 21 dias pós desmame e no período total. O pH e a concentração de AGCC não foram influenciados pelas fontes de fibra (P>0,05), onde entres os tratamentos os perfis dos ácidos acético, propiônico e butírico foram semelhantes 71%, 19% e 10%, respectivamente. Não houve efeito das fontes de fibra sobre os comportamentos social e alimentar dos leitões (P>0,05). Dietas contendo 1% de fontes de fibra não alteram o desempenho, escore de diarreia, pH fecal, concentração de ácidos graxos voláteis nas fezes, bem como o comportamento alimentar e social de leitões desmamados.(AU)
Asunto(s)
Animales , Porcinos/fisiología , Fibras de la Dieta/análisis , Alimentación Animal/análisis , Ácidos Grasos Volátiles/análisis , Aditivos Alimentarios/análisisRESUMEN
ABSTRACT: The aim of this study was to measure the nitrogen (N) balance of pigs fed with lysine-limiting diets containing practical levels of wheat bran (WB) or soybean hulls (SH). Twelve pigs with average weights of 57.36±2.01 and 72.68±3.24 kg were used in trials 1 and 2, respectively. In trial 1, treatments were CT1 - control diet and WB - diet with inclusion of 15% WB. In trial 2, CT2 - control diet and SH - diet with inclusion of 6% SH. Fibrous diets increased (P<0.05) the fecal N in 63.54 and 60.55% in relation to CT1 and CT2, respectively. The urinary N was higher (P<0.05) in pigs receiving the WB diet, but was not influenced in the trial with SH. The N retention (NRET) was higher (P>0.05) in pigs ingesting the WB diet; although, when the proportion of NRET was expressed relative to N ingested (NING) there was no difference (P>0.05) between treatments. Inclusion of SH did not affect (P>0.05) the NRET when the result was expressed in absolute or proportional terms. In conclusion, inclusion of practical levels of WB and SH does not significantly affect the metabolic costs involved with nitrogen metabolism. However, only WB was able to contribute to the N balance of pigs, while the relative amount of N added by SH was fully recovered in feces.
RESUMO: O objetivo deste estudo foi medir o balanço de nitrogênio (N) de suínos alimentados com dietas limitantes em lisina contendo níveis práticos de inclusão de farelo de trigo (FT) ou casca de soja (CS). Foram utilizados 24 suínos machos castrados com peso médio inicial de 57,36±2,01 kg e 72,68±3,24 kg nos experimentos 1 e 2, respectivamente. No experimento 1 os tratamentos foram CT1 - dieta controle, e FT - dieta com inclusão de 15% de FT. No experimento 2 CT2 - dieta controle, e CS - dieta com inclusão de 6% CS. As dietas fibrosas aumentaram (P<0,05) o N fecal em 64,54 e 60,55% em relação a CT1 e CT2, respectivamente. O N urinário foi maior (P<0,05) nos suínos que receberam a dieta FT, mas não foi afetado no experimento com CS. A retenção de N (NRET) foi maior (P<0,05) nos suínos alimentados com a dieta FT, entretanto quando a proporção do NRET foi expressa em relação ao N ingerido (NING) não houve diferença entre os tratamentos (P<0,05). A inclusão de CS não afetou (P<0,05) a NRET quando os resultados foram expressos em termos absolutos ou proporcionais. Em conclusão, a inclusão de níveis práticos de FT ou CS não afeta significativamente o custo metabólico envolvido no metabolismo de N. Entretanto, apenas o FT foi capaz de contribuir para o balanço de N dos suínos, enquanto a quantidade N relativa a adição de CS foi totalmente recuperada nas fezes.
RESUMEN
Two experiments were carried out to study the effects of grinding of soybean hulls (SH) on starting pigs (15-30 kg) diets. Experiment I consisted of a digestibility trial with 12 barrows, initial average body weight 21.9±1.29 kg, in which the best digestibility coefficient (DC) of DM and GE was obtained with SH ground through a 2.5mm screen mesh, evaluated for CP and ME, a best DC was attained with 3.0 mm screen mesh. In the Experiment II, five diets with increasing SH (2.5 mm) levels (0, 3, 6, 9 and 12 percent) for starting piglets were formulated. A quadratic response in daily weight gain (DWG) occurred, according to SH inclusion. Worst DWG occurred at 7.75 percent SH inclusion. Daily feed intake, feed: gain ratio and plasma urea nitrogen were not affected by inclusion levels. In conclusion, although soybean hull grinding improves the digestible nutrients, inclusion of SH on starting pig diets is economically unfeasible.
Foram conduzidos dois experimentos para estudar os efeitos da moagem da casca de soja (CS) nas dietas de leitões na fase inicial (15-30 kg). O Experimento I consistiu de um ensaio de digestibilidade com 12 suínos machos castrados, com peso inicial médio de 21,9±1,29 kg. O melhor coeficiente de digestibilidade (CD) da MS e EB foi obtido com a peneira 3,0 mm. No Experimento II, foram formuladas cinco dietas com níveis crescentes (0, 3, 6, 9 e 12 por cento) de CS (2,5 mm) para suínos na fase inicial. Foi obtida resposta quadrática para ganho diário de peso (GDP) em função dos níveis crescentes de CS. Pior GDP ocorreu com 7,75 por cento de inclusão de CS. Consumo diário de ração, conversão alimentar e nitrogênio da uréia plasmática não foram influenciados pela inclusão da CS. Conclui-se que, embora a moagem melhore a digestibilidade dos nutrientes da casca de soja, a sua inclusão nas dietas de suínos na fase inicial é economicamente inviável.
RESUMEN
O experimento foi conduzido com o objetivo de verificar o efeito da inclusão de diferentes níveis de casca (CS) de soja em dietas isoenergéticas para suínos em crescimento e terminação. Quarenta suínos híbridos, machos castrados e fêmeas, com peso inicial de 27,8 ± 2,1kg, foram bloqueados por peso e distribuídos ao acaso em cinco tratamentos, com quatro repetições de dois animais/baia (unidade experimental). Os tratamentos consistiram da inclusão de 0; 4; 8; 12 e 16 por cento de CS moída (2,5mm) em dietas isoenergéticas (16,4 e 15,0 por cento PB e 3.385 e 3.390kcal ED kg-1) para as fases de crescimento e terminação, respectivamente. Nenhuma variável de desempenho foi influenciada pela inclusão de CS nas dietas. Os níveis crescentes de CS promoveram redução linear da espessura de toucinho (ET), do rendimento de carcaça quente (RCQ) e do rendimento de carcaça fria (RCF) e aumento da quebra por resfriamento (QR). Para as variáveis peso de carcaça quente (PCQ) e peso de carcaça fria (PCF), foram observados efeitos quadráticos, sendo os menores valores observados com 8,0 por cento de inclusão de CS. O aumento do nível de CS na dieta elevou a QR, que piorou o rendimento de carcaça e diminuiu a ET. Não houve diferença para comprimento de carcaça, peso de pernil, área de olho de lombo e relação carne: gordura. Os resultados sugerem que a inclusão de até 16 por cento de CS nas dietas dos suínos em crescimento/terminação não altera seu desempenho e pode produzir carcaças mais magras.
The experiment was carried out to verify the effect of different soybean hull (SH) inclusion levels on isoenergetic growing-finishing pig diets. Forty crossbred pigs, barrows and gilts, with 27.8 ± 2.1kg of BW, were blocked according to the weight and distributed in a randomized way in five treatments, with four replicates of two pigs per pen (experimental unit). The treatments consisted of the inclusion of 0; 4; 8; 12 and 16 percent of ground SH (2.5mm) on isoenergetic diets (16.4 and 15.0 percent CP and 3,385 and 3,390 kcal DE kg-1 for growing and finishing phases, respectively. None of the performance parameters were influenced by SH inclusion on diets. The crescent SH levels promoted linear reduction on the back fat thickness (BT) and an increase of shrinkage chilling (SCh), hot carcass yield (HCY) and cold carcass yield (CCY). To the variables hot carcass weight (HCW) and cold carcass weight (CCW) were observed quadratic effects and smaller values were observed with 8.0 percent of SH inclusion. The SH increase level also increase the SCh, worst the carcass yield and decrease the BT. No difference was observed to the length carcass, ham weight, loin muscle area and meat: fat ratio. The results suggest that the inclusion up to 16 percent of SH on growing-finishing pigs diets does not change their performance and can produce leaner carcasses.