RESUMEN
Objetivo: Relatar a ocorrência de Hipoglicemia Hiperinsulinêmica Persistente da Infância em gêmeos, forma de apresentação ainda não descrita na literatura. Métodos: Relato de convulsões em gêmeos univitelinos, filhos de pais consagüíneos, com hipoglicemia persistente levando ao quadro convulsivo. Na investigação etiológica da hipoglicemia, foram realizadas dosagens de hormônios tireóideos (T4 e TSH), insulina, cortisol e hormônio de crescimento: teste de estímulo com glucagem (para avaliação da relação insulina/glicose) e esstudo histopatolóogico do pâncreas. Resultados: A investigação laboratorial mostrou hiperinsulinemia e hiploglicemia persistentes, confirmadas pelo teste de estímulo com glucagem. O exame de tecido pancreático revelou persistência de ilhotas pancreáticas de primeira geração, com hiperplasia e hipertrofia das ilhotas de Langherhans, confirmando o diagnóstico de Hipoglicemia Hiperinsulinêmica Persistente da Infância (nova denominação para nesidioblastose). Conclusões: Embora rara, esta condição deve ser suspeitada precocemente entre as hipoglicemias do lactente, mesmo fora do período neonatal, especialmente se houver consangüinidade entre os pais. A terapêutica adequada deve ser instalada rapidamente a fim de evitar seqüelas neurológicas
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Recién Nacido , Enfermedades en Gemelos , Glucagón , HipoglucemiaRESUMEN
Objetivo: Avaliar a freqüência dos principais vírus respiratórios em crianças internadas por doença do trato respiratório inferior em hospital universitário. Métodos: Foi realizado estudo prospectivo que incluiu duas coortes de crianças internadas no período de abril a julho de 1996. Os grupos selecionados segundo a presença de patologia deo trato respiratório inferior: Grupo A - com doença aguda (tempo de história inferior a sete dias), e B-sem patologia respiratória presente ou recente. Os parâmetros para definiçäo de doença do trato respiratório inferior incluíram alteraçöes na propedêutica pulmonar e/ou às radiografias simples do tórax. Foram pré-definidos critérios clínicos e radiológicos para classificaçäo das doenças do trato respiratório inferior no grupo A. Foi coletado, à internaçäo, material da nasofaringe de todas as crianças para detecçäo de vírus, através de cultura em meio celular e por imunofluorescência direta. Resultados: Foram selecionados 201 casos, 126 no grupo A e 75 no grupo B. Foram identificados vírus em 71 crianças do grupo A (56,4 por cento), enquanto eram somente 3 no grupo B (4,0 por cento). Nas crianças do grupo A foi predominante o vírus respiratório sincicial, detectado em 66 casos, sendo também identificados adenovírus (4) e influenza (1) em outros pacientes. No grupo B foram identificados dois pacientes com vírus respiratório sincicial e um com adenovírus. Os pacientes do grupo A que apresentavam vírus respiratório sincicial tinham mediana de idade (3 meses) menor do que os outros casos deste grupo (13 meses) e apresentavam mais sibilância ao exame físico (78,7 por cento versus 33,3 por cento). Este vírus esteve associado à maior parte dos casos de broquiolite (84 por cento) e à metade das pneumonias (46,4 por cento). Conclusöes: Os autores constataram uma significativa presença de vírus na maior parte dos casos de crianças internadas com patologia aguda do trato respitatório inferior...
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Niño , Neumonía , Infecciones por Virus Sincitial Respiratorio , Virus Sincitiales Respiratorios , Infecciones del Sistema RespiratorioRESUMEN
Objetivo: Avaliar a eficácia da dexametasona como terapêutica adjuvante à antibioticoterapia nas crianças internadas com meningite meningogócica. Métodos: Foi realizado estudo clínico retrospectivo, comparativo, com crianças internadas na enfermaris de pediatria de hospital inversitário por meningite meningocócica comprovada laboratorialmente. Foram excluídos os casos que apresentaram estado de choque à internaçäo ou faleceram nas primeiras 24 horas de internaçäo. Durante o període de 1987 a 1989, foram tratadas 33 crianças somente com antibióticos (grupo A), enquanto que, de 1990 a 1993, 66 crianças receberam adicionalmente dexametasona (12mg/m²/24h) por via endenosa durante quatro dias durante a internaçäo (grupo B). Os dois grupos foram avaliados quanto à homogeneidade através de índices prognósticos e análises de características clínicas e laboratoriais, a partir dos registros obtidos da internaçäo. Os parâmetros utilizados para analisar a eficácia terapêutica da dexametasona foram o número de complicaçöes neurológicas e sistêmicas detectadas nos dois grupos durante a internaçäo; e valores liquóricos (contagem de leucócitos, glico e proteinorraquia) verificados entre 9§ e 11§ dias de hospitalizaçäo. Resultados: O perfil dos dois grupos constituídos (A e B) foi homogêneo quanto à gravidade e características clínico-laboratoriais. Foram reconhecidas 9 complicaçöes entre as criançäs do grupo A (27,2 por cento) e 21 (31,8 por cento) entre as do grupo B, diferença näo significativa. Tambem näo foram observadas diferenças entre os dois grupos nos valores quimiocitológicos do líquor obtido entre o 9§ e 11§ dia de internaçäo...
Asunto(s)
Humanos , Niño , Dexametasona/uso terapéutico , Meningitis Meningocócica , Neisseria meningitidisRESUMEN
Em estudo aberto e prospectivo, avaliou-se, em crianças com infecçäo urinária (IU) complicada, a eficácia de esquema terapêutico ambulatorial com ceftriaxona, intramuscular, dose única diária - 50 a 70 mg/kg, durante 8 a 10 dias. Os pacientes, selecionados inicialmente, apresentavam pelo menos 2 dos seguintes critérios clínicos : idade inferior a 6 meses, sinais de toxemia, forte suspeita ou presença comprovada de alteraçöes morfofuncionais das vias urinárias, dor lombar em maiores de 4 anos. Comprovou-se bacteriúria significativa em urocultura quantitativa em 40 pacientes (21 do sexo masculino, 19 do sexo feminino), cuja idade variou de 15 dias a 6 anos e 9 meses com mediana de 3 meses. Radiologicamente, evidenciou-se refluxo vesicoureteral em 6 crianças, válvula de uretra posterior em 1 e bexiga neurogênica em 4. Os principais agentes bacterianos isolados foram Escherichia coli(30 pacientes), Klebsiella(4) e Proteus(4). O esquema antimicrobiano foi eficaz para 38 pacientes(95 por cento), havendo falha em 1 caso e reinfecçäo sintomática em outro. Conclui-se que a terapêutica da IU complicada em crianças pode ser realizada ambulatorialmente com ceftriaxona intramuscular, sendo uma alternativa a hospitalizaçäo e a medicaçäo endovenosa desses pacientes.