RESUMEN
Resumo Fundamento As arritmias ventriculares (AVs) são a principal causa de mortalidade e morbidade hospitalar em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) e sua relação com o tiol é desconhecida. Objetivo Investigar a relação entre os níveis plasmáticos de tióis e os níveis de troponina em pacientes com SCA e estimar o desenvolvimento de AV intra-hospitalar durante a internação. Método O estudo incluiu 231 pacientes consecutivos com SCA com supradesnivelamento do segmento ST (SCA-SDST) e pacientes com SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SCA-SSDST). Após a aplicação dos critérios de exclusão, 191 pacientes foram incluídos na análise estatística. Os pacientes foram classificados em dois grupos: grupo SCA-SDST (n=94) e grupo SCA-SSDST (n=97). Os níveis plasmáticos de tiol, dissulfeto e troponina foram medidos e a razão de troponina para tiol nativo (RTTN) foi calculada. Considerou-se estatisticamente significativo um valor de p bilateral inferior a 0,05. Resultados Tiol nativo plasmático, tiol total, dissulfeto e suas razões foram semelhantes entre os grupos. A RTTN se mostrou significativamente maior no grupo SCA-SDST em comparação com o grupo SCA-SSDST. Houve correlação negativa significativa entre os níveis de troponina e tiol. Verificou-se que o tiol nativo é preditor independente do desenvolvimento de AV em pacientes com SCA-SDST e em todos os pacientes com SCA. Verificou-se que o RTTN é preditor independente do desenvolvimento de AV em pacientes com SCA-SSDST e em todos os pacientes com SCA. Conclusão Os níveis plasmáticos de tiol podem ser usados para identificar pacientes com alto risco de desenvolvimento de AV intra-hospitalar em pacientes com SCA. A correlação entre os níveis de troponina e tiol pode sugerir que os tióis possam ser marcadores importantes para o diagnóstico e prognóstico da SCA com a ajuda de estudos futuros.
Abstract Background Ventricular arrhythmias (VAs) are the main cause of in-hospital mortality and morbidity in acute coronary syndrome (ACS) patients and its relationship with thiol is not known. Objective To investigate the relationship between plasma thiol levels and troponin levels in patients with ACS and to estimate in-hospital VA development during hospital stay. Method The study included 231 consecutive ST-segment elevation ACS (STE-ACS) and non-ST-segment elevation ACS (NSTE-ACS) patients. After application of exclusion criteria, 191 patients were included in the statistical analysis. Patients were classified into two groups: STE-ACS group (n=94) and NSTE-ACS group (n=97). Plasma thiol, disulphide and troponin levels were measured and troponin-to-native thiol ratio (TNTR) was calculated. A two-sided p value of less than 0.05 was considered to be statistically significant. Results Plasma native thiol, total thiol, disulphide and their ratios were similar between the groups. TNTR was significantly higher in the STE-ACS group compared to the NSTE-ACS group. Troponin and thiol levels correlated negatively and significantly. Native thiol was found to be an independent predictor of VA development in STE-ACS patients and in all ACS patients. TNTR was found to be an independent predictor of VA development in NSTE-ACS patients and in all ACS patients. Conclusion Plasma thiol levels can be used to identify ACS patients at high risk for in-hospital VA development. Correlation between troponin and thiol levels may suggest that thiols may be an important marker for diagnosis and prognosis of ACS with the help of future studies.
Asunto(s)
Humanos , Síndrome Coronario Agudo/diagnóstico , Arritmias Cardíacas , Compuestos de Sulfhidrilo , Troponina , Biomarcadores , HospitalesRESUMEN
BACKGROUND: Ventricular arrhythmias (VAs) are the main cause of in-hospital mortality and morbidity in acute coronary syndrome (ACS) patients and its relationship with thiol is not known. OBJECTIVE: To investigate the relationship between plasma thiol levels and troponin levels in patients with ACS and to estimate in-hospital VA development during hospital stay. METHOD: The study included 231 consecutive ST-segment elevation ACS (STE-ACS) and non-ST-segment elevation ACS (NSTE-ACS) patients. After application of exclusion criteria, 191 patients were included in the statistical analysis. Patients were classified into two groups: STE-ACS group (n=94) and NSTE-ACS group (n=97). Plasma thiol, disulphide and troponin levels were measured and troponin-to-native thiol ratio (TNTR) was calculated. A two-sided p value of less than 0.05 was considered to be statistically significant. RESULTS: Plasma native thiol, total thiol, disulphide and their ratios were similar between the groups. TNTR was significantly higher in the STE-ACS group compared to the NSTE-ACS group. Troponin and thiol levels correlated negatively and significantly. Native thiol was found to be an independent predictor of VA development in STE-ACS patients and in all ACS patients. TNTR was found to be an independent predictor of VA development in NSTE-ACS patients and in all ACS patients. CONCLUSION: Plasma thiol levels can be used to identify ACS patients at high risk for in-hospital VA development. Correlation between troponin and thiol levels may suggest that thiols may be an important marker for diagnosis and prognosis of ACS with the help of future studies.
FUNDAMENTO: As arritmias ventriculares (AVs) são a principal causa de mortalidade e morbidade hospitalar em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) e sua relação com o tiol é desconhecida. OBJETIVO: Investigar a relação entre os níveis plasmáticos de tióis e os níveis de troponina em pacientes com SCA e estimar o desenvolvimento de AV intra-hospitalar durante a internação. MÉTODO: O estudo incluiu 231 pacientes consecutivos com SCA com supradesnivelamento do segmento ST (SCA-SDST) e pacientes com SCA sem supradesnivelamento do segmento ST (SCA-SSDST). Após a aplicação dos critérios de exclusão, 191 pacientes foram incluídos na análise estatística. Os pacientes foram classificados em dois grupos: grupo SCA-SDST (n=94) e grupo SCA-SSDST (n=97). Os níveis plasmáticos de tiol, dissulfeto e troponina foram medidos e a razão de troponina para tiol nativo (RTTN) foi calculada. Considerou-se estatisticamente significativo um valor de p bilateral inferior a 0,05. RESULTADOS: Tiol nativo plasmático, tiol total, dissulfeto e suas razões foram semelhantes entre os grupos. A RTTN se mostrou significativamente maior no grupo SCA-SDST em comparação com o grupo SCA-SSDST. Houve correlação negativa significativa entre os níveis de troponina e tiol. Verificou-se que o tiol nativo é preditor independente do desenvolvimento de AV em pacientes com SCA-SDST e em todos os pacientes com SCA. Verificou-se que o RTTN é preditor independente do desenvolvimento de AV em pacientes com SCA-SSDST e em todos os pacientes com SCA. CONCLUSÃO: Os níveis plasmáticos de tiol podem ser usados para identificar pacientes com alto risco de desenvolvimento de AV intra-hospitalar em pacientes com SCA. A correlação entre os níveis de troponina e tiol pode sugerir que os tióis possam ser marcadores importantes para o diagnóstico e prognóstico da SCA com a ajuda de estudos futuros.