RESUMEN
Resumo Fundamento Os resultados de estudos anteriores sobre a relação entre ácido úrico sérico (AUS) e o risco de doença cardiovascular (DCV) até agora são inconsistentes devido aos fatores de confusão causados por outros fatores de risco cardiovascular conhecidos. Objetivos Este estudo tem o objetivo de avaliar a relação entre o AUS e as DCV incidentes em chineses de meia-idade e idosos, que foram estratificados de acordo com o índice de massa corporal (IMC). Métodos Recrutamos 5.721 participantes com idades entre 40 e 75 anos que não tinham diagnóstico de DCV na linha de base, e que foram monitorados de 2008 a 2017. Os participantes foram categorizados em quintis de AUS. A regressão de Cox e a análise de sobrevivência de Kaplan-Meier foram utilizadas para comparar a incidência de DCV entre os grupos de AUS. As correlações entre AUS e a incidência de DCV em grupos com IMC e circunferência de cintura (CC) variados também foram analisadas. Um P valor <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados Durante um período médio de monitoramento de 7,6 anos, a incidência de DCV aumentou com o AUS (teste de Log-rank p<0,001). Em comparação com o primeiro quintil, as razões de risco padronizadas (intervalos de confiança de 95%) para p desenvolvimento de DCV foram 1,08 (0,78-1,65), 1,17 (0,88-1,77), 1,47 (1,12-2,21), e 1,68 (1,28-2,44) para o segundo, terceiro, quarto e quinto quintis, respectivamente. Essa relação ficou mais clara em participantes com IMC e CC normais. A razão de risco ajustada para cada aumento de 100 μmol/L de AUS foi de 1,13 (intervalo de confiança de 95%: 1,02-1,39) para eventos de DCV. Conclusões O AUS alto é um fator de risco de DCV independente em pessoas de meia-idade e idosas do norte da China. Esse efeito é mantido mesmo depois da estratificação de acordo com medidas de magreza/obesidade.
Abstract Background The results of previous studies of the relationship between serum uric acid (SUA) and the risk of cardiovascular disease (CVD) have been inconsistent due to confounding factors caused by other known cardiovascular risk factors. Objectives This study aimed to evaluate the relationship between SUA and incident CVD in middle-aged and elderly Chinese people, who were stratified according to body mass index (BMI). Methods This study recruited 5,721 participants of 40-75 years of age, who were free of CVD at baseline and who underwent follow-up from 2008 to 2017. Participants were categorized in SUA quintiles. Cox proportional hazard and Kaplan-Meier survival analysis were used to compare CVD incidence among the SUA groups. The correlations between SUA and CVD incidence in groups with differing BMI and waist circumference (WC) were also analyzed. A P value <0.05 was considered statistically significant. Results During a mean follow-up period of 7.6 years, CVD incidence increased with SUA (log-rank test p<0. 001). Compared with the first quintile, the adjusted hazard ratios (95% confidence interval (CI)) for the development of CVD were 1.08 (0.78-1.65), 1.17 (0.88-1.77), 1.47 (1.12-2.21), and 1.68 (1.28-2.44) for the second to fifth quintiles, respectively. This relationship was clearer in participants with normal BMI and WC. The adjusted hazard ratio for each 100 μmol/L increase in SUA was 1.13 (95% CI: 1.02-1.39) for CVD events. Conclusions High SUA is an independent risk factor for CVD in middle-aged and elderly northern Chinese people. This effect is maintained even after stratification according to measures of leanness/obesity.
Asunto(s)
Humanos , Ácido Úrico , Enfermedades Cardiovasculares/etiología , Enfermedades Cardiovasculares/epidemiología , China/epidemiología , Factores de Riesgo , Estudios de Cohortes , Persona de Mediana EdadRESUMEN
BACKGROUND: The results of previous studies of the relationship between serum uric acid (SUA) and the risk of cardiovascular disease (CVD) have been inconsistent due to confounding factors caused by other known cardiovascular risk factors. OBJECTIVES: This study aimed to evaluate the relationship between SUA and incident CVD in middle-aged and elderly Chinese people, who were stratified according to body mass index (BMI). METHODS: This study recruited 5,721 participants of 40-75 years of age, who were free of CVD at baseline and who underwent follow-up from 2008 to 2017. Participants were categorized in SUA quintiles. Cox proportional hazard and Kaplan-Meier survival analysis were used to compare CVD incidence among the SUA groups. The correlations between SUA and CVD incidence in groups with differing BMI and waist circumference (WC) were also analyzed. A P value <0.05 was considered statistically significant. RESULTS: During a mean follow-up period of 7.6 years, CVD incidence increased with SUA (log-rank test p<0. 001). Compared with the first quintile, the adjusted hazard ratios (95% confidence interval (CI)) for the development of CVD were 1.08 (0.78-1.65), 1.17 (0.88-1.77), 1.47 (1.12-2.21), and 1.68 (1.28-2.44) for the second to fifth quintiles, respectively. This relationship was clearer in participants with normal BMI and WC. The adjusted hazard ratio for each 100 µmol/L increase in SUA was 1.13 (95% CI: 1.02-1.39) for CVD events. CONCLUSIONS: High SUA is an independent risk factor for CVD in middle-aged and elderly northern Chinese people. This effect is maintained even after stratification according to measures of leanness/obesity.
FUNDAMENTO: Os resultados de estudos anteriores sobre a relação entre ácido úrico sérico (AUS) e o risco de doença cardiovascular (DCV) até agora são inconsistentes devido aos fatores de confusão causados por outros fatores de risco cardiovascular conhecidos. OBJETIVOS: Este estudo tem o objetivo de avaliar a relação entre o AUS e as DCV incidentes em chineses de meia-idade e idosos, que foram estratificados de acordo com o índice de massa corporal (IMC). MÉTODOS: Recrutamos 5.721 participantes com idades entre 40 e 75 anos que não tinham diagnóstico de DCV na linha de base, e que foram monitorados de 2008 a 2017. Os participantes foram categorizados em quintis de AUS. A regressão de Cox e a análise de sobrevivência de Kaplan-Meier foram utilizadas para comparar a incidência de DCV entre os grupos de AUS. As correlações entre AUS e a incidência de DCV em grupos com IMC e circunferência de cintura (CC) variados também foram analisadas. Um P valor <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS: Durante um período médio de monitoramento de 7,6 anos, a incidência de DCV aumentou com o AUS (teste de Log-rank p<0,001). Em comparação com o primeiro quintil, as razões de risco padronizadas (intervalos de confiança de 95%) para p desenvolvimento de DCV foram 1,08 (0,781,65), 1,17 (0,881,77), 1,47 (1,122,21), e 1,68 (1,282,44) para o segundo, terceiro, quarto e quinto quintis, respectivamente. Essa relação ficou mais clara em participantes com IMC e CC normais. A razão de risco ajustada para cada aumento de 100 µmol/L de AUS foi de 1,13 (intervalo de confiança de 95%: 1,021,39) para eventos de DCV. CONCLUSÕES: O AUS alto é um fator de risco de DCV independente em pessoas de meia-idade e idosas do norte da China. Esse efeito é mantido mesmo depois da estratificação de acordo com medidas de magreza/obesidade.