RESUMEN
Introducción: en marzo de 2020 la Organización Mundial de la Salud (OMS) declaró la pandemia de COVID-19. En Uruguay, más de 60.000 niños han cursado la enfermedad, requiriendo internación unos 500. Tres fallecieron. Objetivos: describir las características epidemiológicas de menores de 15 años con diagnóstico de COVID-19 controlados en un programa de seguimiento ambulatorio, su nexo epidemiológico y comparar los resultados de 2020 y 2021. Metodología: trabajo descriptivo de menores de 15 con confirmación etiológica de SARS-CoV-2 asistidos por el programa entre marzo de 2020 y junio de 2021. Variables: sexo, edad, procedencia, nexo epidemiológico y síntomas. Se compararon las variables entre los dos períodos de estudio. Resultados: se siguieron 1.328 pacientes, 663 (49,9%) sexo masculino. Menores de 6 años, 341 (25,6%); de 6 a 11, 608 (45,7%), y de 12 años o más, 379 (28,7%). El nexo epidemiológico fue mayoritariamente intrafamiliar (conviviente 867, no conviviente 144). En 2020 hubo 132 pacientes positivos, 35 (26,5%) menores de 6 (uno menor al año); 66 (50%) sintomáticos: 49 síntomas respiratorios altos (37,1%), 35 fiebre (26,5%), siete cefalea (5,3%), 60 asintomáticos. En 2021 hubo 1.196 pacientes positivos, 306 (25%) menores de 6 (dos recién nacidos y 43 menores de 1 año); 791 (66%) sintomáticos: 500 síntomas respiratorios altos (41,8%), 355 fiebre (29,7%), cefalea 212 (17,7%), 352 asintomáticos. En 2021 aumentaron los sintomáticos, la cefalea y las infecciones intrafamiliares (p <0,05). El porcentaje de contagios en centros educativos tuvo un descenso estadísticamente significativo. Conclusiones: en ambos periodos predominaron los escolares, con aparición de casos en niños menores de un año en 2021. Los niños se contagiaron en domicilio. Los pacientes sintomáticos predominaron en 2021, en particular aquellos con cefalea.
Summary: Introduction: in March 2020, the WHO declared the COVID-19 pandemic. In Uruguay, more than 60,000 children have had the disease, 500 of them requiring hospitalization. Three died. Objectives: to describe the epidemiological characteristics of children under 15 years of age diagnosed with COVID-19 controlled in an outpatient follow-up program, their epidemiological trace, and to compare results for 2020 and 2021. Methodology: descriptive study of children under 15 years of age with etiological confirmation of SARS-CoV-2 assisted by the program between March 2020 and June 2021. Variables: sex, age, origin, epidemiological link and symptoms. Variables were compared between the 2 study periods. Results: 1,328 patients were followed up, 663 (49.9%) male. Under 6 years old, 341 (25.6%), from 6 to 11, 608 (45.7%) and 12 years or older, 379 (28.7%). The epidemiological trace was mainly within the family (867 living together, 144 not living together). In 2020 there were 132 positive patients, 35 (26.5%) under 6 (1 under a year); 66 (50%) symptomatic: 49 upper respiratory symptoms (37.1%), 35 fever (26.5%), 7 headache (5.3%), 60 asymptomatic. In 2021, there were 1,196 positive patients, 306 (25%) under 6 (2 newborns and 43 under 1 year); 791 (66%) symptomatic: 500 upper respiratory symptoms (41.8%), 355 fever (29.7%), headache 212 (17.7%), 352 asymptomatic. In 2021, symptoms, headache and intrafamily infections increased (p < 0.05). The percentage of infections taking place at schools had a statistically significant decrease. Conclusions: in both periods, schoolchildren predominated, with cases appearing in children under one year of age in 2021. The children were infected at home. Symptomatic patients predominated in 2021, particularly those with headache.
Introdução: em março de 2020, a OMS declarou a pandemia de COVID-19. No Uruguai, mais de 60.000 crianças tiveram a doença, 500 delas necessitaram de internação. Três morreram. Objetivos: descrever as características epidemiológicas de crianças menores de 15 anos diagnosticadas com COVID-19 controladas em programa de acompanhamento ambulatorial, seu vínculo epidemiológico e comparar os resultados de 2020 e 2021. Metodologia: trabalho descritivo de crianças menores de 15 anos com confirmação etiológica de SARS-CoV-2 atendidas pelo programa entre março de 2020 e junho de 2021. Variáveis: sexo, idade, procedência, vínculo epidemiológico e sintomas. As variáveis foram comparadas entre os 2 períodos de estudo. Resultados: 1.328 pacientes foram acompanhados, 663 (49,9%) do sexo masculino. Menores de 6 anos, 341 (25,6%), de 6 a 11, 608 (45,7%) e 12 anos ou mais, 379 (28,7%). O vínculo epidemiológico foi principalmente no âmbito familiar (867 moram juntos, 144 não moram juntos). Em 2020 houve 132 pacientes positivos, 35 (26,5%) menores de 6 anos (1 menor de um ano); 66 (50%) sintomáticos: 49 sintomas respiratórios superiores (37,1%), 35 febre (26,5%), 7 cefaleia (5,3%), 60 assintomáticos. Em 2021 houve 1.196 pacientes positivos, 306 (25%) menores de 6 anos (2 recém-nascidos e 43 menores de 1 ano); 791 (66%) sintomáticos: 500 sintomas respiratórios superiores (48,1%), 355 febre (29,7%), cefaleia 212 (17,7%), 352 assintomáticos. Em 2021, os sintomas, cefaleia e infecções intrafamiliares aumentaram (p < 0,05). A porcentagem de infecções em centros educacionais teve uma diminuição estatisticamente significativa. Conclusões: em ambos períodos predominaram os escolares, com aparecimento de casos em menores de um ano em 2021. As crianças foram infectadas em casa. Pacientes sintomáticos predominaram em 2021, particularmente aqueles com cefaleia.