RESUMEN
BACKGROUND: The presence of comorbidities is quite common in older adults. However, the effects of comorbidities on the course of acute low back pain (LBP) are not fully understood. OBJECTIVE: To investigate the effects of the number and severity of comorbidities on the severity of pain and disability 3 months from baseline in people with an acute episode of non-specific LBP. METHODS: Data from the Back Complaints in the Elders study, a cohort that enrolled 602 community-dwelling older adults with acute LBP at baseline, were used in these analyses. Comorbidities, pain intensity and disability were assessed using the Self-Administered Comorbidities Questionnaire (SCQ), the Numeric Rating Scale (NRS) and the Roland-Morris Disability Questionnaire (RMDQ), respectively. Age, sex, marital status, education, income and body mass index were covariates. RESULTS: The mean age of participants was 67.6 ± 7.0 years. Both pain and disability scores decreased from 7.2 (95% confidence interval [95% CI] 7.0-7.4) to 5.8 (95% CI 5.5-6.1) in NRS and from 13.5 (95% CI 13.0-14.1) to 12.0 (95% CI 11.4-12.7) in RMDQ 3 months from baseline. The linear regression analysis showed a significant association between SCQ scores at baseline and pain (coefficient = 0.16, 95% CI 0.08-0.24; P < 0.001) or disability (coefficient = 0.29, 95% CI 0.16-0.41; P < 0.001) scores at the 3-month follow-up, after adjusting for confounders. Participants with highest SCQ scores were less likely to report improvement of at least 30% in pain (OR: 0.41, 95% CI 0.22-0.79; P = 0.008) and disability (OR: 0.42, 95% CI 0.28-0.85; P = 0.015). CONCLUSION: The presence and severity of comorbidities were independently associated with the prognosis of acute non-specific LBP in older adults.
Asunto(s)
Dolor de la Región Lumbar/epidemiología , Factores de Edad , Anciano , Brasil/epidemiología , Comorbilidad , Femenino , Humanos , Estudios Longitudinales , Masculino , Dimensión del Dolor , Índice de Severidad de la Enfermedad , Factores Sexuales , Factores Socioeconómicos , Encuestas y CuestionariosRESUMEN
Numerous studies have associated the apolipoprotein E (apoE) ε4 allele with worse health status, but few have assessed the existence of genotype-dependent variations in functional performance. Among participants in the Bambuí Health and Aging Study, Minas Gerais State, Brazil, 1,408 elderly underwent apoE genotyping. Functionality was assessed with a questionnaire, and individuals were classified as dependent in basic activities of daily living (BADLs), instrumental activities of daily living (IADLs), and mobility. The association between apoE genotype and functional status was assessed by logistic regression, taking confounding factors into account. Presence of ε4 allele was associated with lower odds of mobility deficit (OR = 0.65; 95%CI: 0.47-0.92) in the adjusted analysis. There were no significant differences in relation to presence of dependency in BADLs and IADLs. The reasons are not entirely understood, but they may involve the role of ε4 allele as a "thrifty gene" in a sample exposed to high risk of infectious and nutritional diseases in the past.
Asunto(s)
Actividades Cotidianas , Apolipoproteína E4/genética , Limitación de la Movilidad , Polimorfismo Genético/genética , Anciano , Brasil , Estudios de Cohortes , Evaluación de la Discapacidad , Femenino , Genotipo , Humanos , MasculinoRESUMEN
Abstract Numerous studies have associated the apolipoprotein E (apoE) ε4 allele with worse health status, but few have assessed the existence of genotype-dependent variations in functional performance. Among participants in the Bambuí Health and Aging Study, Minas Gerais State, Brazil, 1,408 elderly underwent apoE genotyping. Functionality was assessed with a questionnaire, and individuals were classified as dependent in basic activities of daily living (BADLs), instrumental activities of daily living (IADLs), and mobility. The association between apoE genotype and functional status was assessed by logistic regression, taking confounding factors into account. Presence of ε4 allele was associated with lower odds of mobility deficit (OR = 0.65; 95%CI: 0.47-0.92) in the adjusted analysis. There were no significant differences in relation to presence of dependency in BADLs and IADLs. The reasons are not entirely understood, but they may involve the role of ε4 allele as a "thrifty gene" in a sample exposed to high risk of infectious and nutritional diseases in the past.
Resumo Inúmeros estudos têm associado o alelo ε4 da apolipoproteína E (apoE) com pior condição de saúde, mas poucos avaliaram a existência de variações genótipo-dependentes no desempenho funcional. Entre os participantes da coorte de Bambuí, Minas Gerais, Brasil, 1.408 idosos foram submetidos à genotipagem da apoE. A funcionalidade foi avaliada por questionário, sendo os indivíduos classificados em dependentes para atividades básicas da vida diária (ABVDs), atividades instrumentais da vida diária (AIVDs) e mobilidade. A associação entre o genótipo da apoE e o estado funcional foi avaliada pela regressão logística, considerando variáveis de confusão. A presença do alelo ε4 foi associada a uma menor chance de déficit na mobilidade (OR = 0,65; IC95%: 0,47-0,92), na análise ajustada. Não houve diferenças significativas em relação à presença de incapacidades em ABVDs e AIVDs. Os motivos não estão completamente compreendidos, mas podem envolver o seu papel como um "thrifty gene" em uma amostra exposta a um risco elevado de doenças infecciosas e nutricionais no passado.
Resumen Innumerables estudios han asociado el alelo ε4 de la apolipoproteína E (apoE) con una peor condición de salud, pero pocos evaluaron la existencia de variaciones genotipo-dependientes en el desempeño funcional. Entre los participantes de la cohorte de Bambuí, Minas Gerais, Brasil, 1.408 ancianos fueron sometidos a una determinación del genotipo de la apoE. La funcionalidad fue evaluada por cuestionario, siendo los individuos clasificados en: dependientes para actividades básicas de la vida diaria (ABVDs), actividades instrumentales de la vida diaria (AIVDs) y movilidad. La asociación entre el genotipo de la apoE y el estado funcional fue evaluada por regresión logística, considerando variables de confusión. La presencia del alelo ε4 fue asociada a una menor probabilidad de déficit en la movilidad (OR = 0,65; IC95%: 0,47-0,92) en el análisis ajustado. No hubo diferencias significativas en relación con la presencia de incapacidades en ABVDs y AIVDs. Los motivos no están completamente claros, pero pueden están involucrados por su papel como un "thrifty gene" en una muestra expuesta a un riesgo elevado de enfermedades infecciosas y nutricionales en el pasado.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Polimorfismo Genético/genética , Actividades Cotidianas , Limitación de la Movilidad , Apolipoproteína E4/genética , Brasil , Estudios de Cohortes , Evaluación de la Discapacidad , GenotipoRESUMEN
Vários estudos tem demonstrado o papel da genética no envelhecimento mas ainda não se sabe como os genes influenciam esse processo, sendo possível o envolvimento de vários genes, cada um deles com apenas um modesto efeito. Entre os genes potencialmente relacionados ao envelhecimento mais estudados, destaca-se o gene da apolipoproteína E. Além de participar do transporte de lipídeos, essa apolipoproteína tem papel importante na aterosclerose, no reparo e manutenção de células do sistema nervoso central e na inflamação. Inúmeros estudos tem associado o alelo ε4 da apoE a doenças comuns em idosos como a doença arterial coronariana, o acidente vascular encefálico e a doença de Alzheimer. Mais recentemente, o gene da apolipoproteína E também tem sido considerado um gene da vulnerabilidade já que portadores de ε4 apresentam um pior prognóstico em várias outras condições clínicas como traumatismo craniano, doença arterial periférica e diabetes. Idosos mais vulneráveis tendem a acumular mais incapacidades com o envelhecimento e, se o gene da apolipoproteína E for realmente um gene ligado a vulnerabilidade, é possível imaginar que existam variações genótipo-dependentes no desempenho funcional dos idosos. Para avaliar a associação do genótipo da apolipoproteína E com incapacidade funcional e com um fenótipo de envelhecimento bem sucedido 1408 idosos incluídos na linha de base do Projeto Bambuí foram submetidos a genotipagem da apolipoproteína E e constituíram a amostra desse estudo...
Os participantes responderam a um questionário para avaliação da funcionalidade e foram classificados de acordo com a presença ou ausência de incapacidades em atividades relacionadas à AVDs, AIVDs e mobilidade. Um subgrupo de idosos que não apresentavam nenhuma dificuldade nas tarefas avaliadas foram considerados idosos com envelhecimento bem sucedido. A associação do genótipo da apolipoproteína E e os fenótipos descritos foi avaliada pela regressão logística múltipla, considerando as possíveis variáveis de confusão.Não houve diferenças significativas em relação a presença de incapacidades em AVDs e AIVDs e o genótipo da apoE mas a presença do alelo ε4 foi associado a uma menor frequência de comprometimento na mobilidade, tanto quando comparado ao grupo ε3ε3 (OR=0,71; IC95%=0,50-1,00), quando comparado aos idosos sem a presença do alelo ε4 (OR=0,69; IC95%=0,49-0,97). A presença do alelo ε4 também foi associada ao envelhecimento bem sucedido, aumentando a chance de um envelhecimento livre de incapacidades em cerca de 40% (OR=1,41; IC95%=1,02-1,94).Em Bambuí a presença do alelo ε4 esteve relacionada a um melhor desempenho funcional em idosos em relação às tarefas de mobilidade, ressaltando a importância de estudos sobre a associação desse genótipo com a funcionalidade de idosos em diferentes populações...
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , /genética , Salud de la Persona con Discapacidad , Anciano/fisiologíaRESUMEN
Vários estudos tem demonstrado o papel da genética no envelhecimento mas ainda não se sabe como os genes influenciam esse processo, sendo possível o envolvimento de vários genes, cada um deles com apenas um modesto efeito. Entre os genes potencialmente relacionados ao envelhecimento mais estudados, destaca-se o gene da apolipoproteína E. Além de participar do transporte de lipídeos, essa apolipoproteína tem papel importante na aterosclerose, no reparo e manutenção de células do sistema nervoso central e na inflamação. Inúmeros estudos tem associado o alelo ε4 da apoE a doenças comuns em idosos como a doença arterial coronariana, o acidente vascular encefálico e a doença de Alzheimer. Mais recentemente, o gene da apolipoproteína E também tem sido considerado um gene da vulnerabilidade já que portadores de ε4 apresentam um pior prognóstico em várias outras condições clínicas como traumatismo craniano, doença arterial periférica e diabetes. Idosos mais vulneráveis tendem a acumular mais incapacidades com o envelhecimento e, se o gene da apolipoproteína E for realmente um gene ligado a vulnerabilidade, é possível imaginar que existam variações genótipo-dependentes no desempenho funcional dos idosos. Para avaliar a associação do genótipo da apolipoproteína E com incapacidade funcional e com um fenótipo de envelhecimento bem sucedido 1408 idosos incluídos na linha de base do Projeto Bambuí foram submetidos a genotipagem da apolipoproteína E e constituíram a amostra desse estudo.
Os participantes responderam a um questionário para avaliação da funcionalidade e foram classificados de acordo com a presença ou ausência de incapacidades em atividades relacionadas à AVDs, AIVDs e mobilidade. Um subgrupo de idosos que não apresentavam nenhuma dificuldade nas tarefas avaliadas foram considerados idosos com envelhecimento bem sucedido. A associação do genótipo da apolipoproteína E e os fenótipos descritos foi avaliada pela regressão logística múltipla, considerando as possíveis variáveis de confusão.Não houve diferenças significativas em relação a presença de incapacidades em AVDs e AIVDs e o genótipo da apoE mas a presença do alelo ε4 foi associado a uma menor frequência de comprometimento na mobilidade, tanto quando comparado ao grupo ε3ε3 (OR=0,71; IC95%=0,50-1,00), quando comparado aos idosos sem a presença do alelo ε4 (OR=0,69; IC95%=0,49-0,97). A presença do alelo ε4 também foi associada ao envelhecimento bem sucedido, aumentando a chance de um envelhecimento livre de incapacidades em cerca de 40% (OR=1,41; IC95%=1,02-1,94).Em Bambuí a presença do alelo ε4 esteve relacionada a um melhor desempenho funcional em idosos em relação às tarefas de mobilidade, ressaltando a importância de estudos sobre a associação desse genótipo com a funcionalidade de idosos em diferentes populações.