RESUMEN
O estudo tem como objetivo apresentar o processo de adaptação da Escala de Crenças sobre Punições Físicas (ECPF) para o contexto brasileiro, bem como as evidências iniciais de dimensionalidade e precisão da escala para uma amostra de brasileiros. Além disso, investigou-se se gênero, faixa etária, parentalidade, histórico de maus-tratos na infância e histórico de violência por parceiro íntimo exercem influência sobre os níveis de crenças sobre punições físicas. Participaram 257 indivíduos, sendo 196 (76,3%) do gênero feminino. Os resultados indicaram que a versão brasileira da escala apresentou melhores índices de ajuste na estrutura unifatorial (TLI = 0,96; RMSEA [90% I.C.] = 0,08 (0,08 - 0,09). As cargas fatoriais variaram de 0,31 a 0,91. Identificou-se, também, que os níveis de crenças sobre punições físicas foram influenciados pelo gênero e idade dos participantes. Os resultados obtidos são favoráveis ao uso da ECPF em amostras brasileiras.(AU)
The study aimed to adapt the Physical Punishment Beliefs Scale to the Brazilian context, and presents the initial evidence of dimensionality and reliability of the scale for a Brazilian sample. It was also investigated whether gender, age group, parenting, history of child maltreatment, and history of intimate partner violence influenced the beliefs related to the levels of physical punishment. Participants were 257 individuals, 196 (76.3%) of whom were female. The results indicated that the Brazilian version of the scale presented better fit indices for the single factor structure (TLI = .96; RMSEA [90% I.C.] = .08 (.08 - .09). The factor loadings ranged from .31 to .91. It was also identified that the beliefs related to the levels of physical punishment were influenced by gender and age group. The results obtained are favorable for the use of the scale in Brazilian samples.(AU)
El estudio tiene como objetivo presentar el proceso de adaptación de la Escala de Creencias sobre Castigos Físicos (ECPF) para el contexto brasileño, así como las evidencias iniciales de dimensionalidad y precisión de la escala para una muestra de brasileños. Además, se investigó si el género, el grupo de edad, la parentalidad, los antecedentes del maltrato infantil y los antecedentes de violencia de pareja influyen en los niveles de creencias sobre el castigo físico. Participaron 257 indivíduos, de las cuales 196 (76,3%) eran mujeres. Los resultados indicaron que la versión brasileña de la escala presentó mejores índices de ajuste en la estructura unifactorial (TLI = 0,96; [90% I.C.]. = 0,08 (0,08 - 0,09). Las cargas factoriales oscilaron entre 0,21 y 0,91. También se identificó que los niveles de creencias sobre castigos físicos fueron influenciados por el género y la edad de los participantes. Los resultados obtenidos son favorables al uso de la ECPF en muestras brasileñas.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adolescente , Adulto , Persona de Mediana Edad , Anciano , Adulto Joven , Castigo/psicología , Maltrato a los Niños/psicología , Responsabilidad Parental/psicología , Crianza del Niño/psicología , Encuestas y Cuestionarios , Reproducibilidad de los Resultados , Análisis Factorial , Distribución por Edad y Sexo , Violencia de Pareja/psicología , Factores SociodemográficosRESUMEN
Este estudo visou traduzir, adaptar e verificar evidências de validade da Escala de Crenças sobre Violência Conjugal (ECVC), bem como investigou diferenças nos índices de concordância com crenças legitimadoras de violência conjugal, considerando as variáveis gênero, escolaridade e possuir filhos. Os participantes foram adultos brasileiros (N = 1.337), maiores de 18 anos, sendo 66,34% pertencentes ao gênero feminino e 33,65% masculino. Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias e exploratórias, e análise de comparação das médias através de uma ANOVA. Os 25 itens da escala apresentaram cargas fatoriais superiores a 0,46. A versão brasileira da escala apresentou estrutura unidimensional. Foi observado que os três indicadores utilizados para avaliar a consistência interna apresentaram valores satisfatórios. Por fim, identificou-se que participantes do gênero masculino, com menor escolaridade e com filhos apresentaram maior concordância com crenças legitimadoras de violência conjugal. Os resultados encontrados reforçam as qualidades psicométricas da escala indicando sua aplicabilidade. (AU)
This study aimed to translate, adapt, and verify the evidence of validity of the Belief Scale on Conjugal Violence (Escala de Crenças sobre Violência Conjugal - ECVC), as well as to investigate differences in the indices of agreement with legitimizing beliefs of conjugal violence, considering the variables gender, education, and having children. Participants were Brazilian adults (N = 1,337), over 18 years old, 66.34% of whom were women and 33.65% men. Confirmatory and exploratory factor analyses were conducted, as well as a comparison of means using ANOVA. The 25 items on the scale presented factorial loadings greater than 0.46. The Brazilian version of the scale had a unidimensional structure, and the three indicators used to assess internal consistency showed satisfactory values. Finally, results indicated that men with less education and with children showed greater agreement with beliefs legitimizing conjugal violence. The results reinforce the psychometric qualities of the scale, indicating its applicability. (AU)
Este estudio tuvo como objetivo traducir, adaptar y verificar evidencias de validez de la Escala de Creencias sobre Violencia Conyugal (ECVC), así como investigar diferencias en los índices de concordancia con las creencias legitimadoras de violencia conyugal, considerando las variables género, educación y tener hijos. Los participantes eran adultos brasileños (N = 1.337), mayores de 18 años, de los cuales el 66,34% eran mujeres y el 33,65% hombres. Se realizaron análisis factoriales confirmatorios y exploratorios, y análisis de comparación de medias a través de ANOVA. Los 25 ítems de la escala presentaron cargas factoriales superiores a 0,46. La versión brasileña de la escala tenía una estructura unidimensional. Se observó que los tres indicadores utilizados para evaluar la consistencia interna presentaron valores satisfactorios. Finalmente, se identificó que los varones, con menor nivel educativo y con hijos, mostraron mayor acuerdo con las creencias legitimadoras de la violencia conyugal. Los resultados encontrados denotan las cualidades psicométricas de la escala, reforzando su aplicabilidad. (AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Adulto Joven , Violencia Doméstica/psicología , Violencia contra la Mujer , Conflicto Familiar/psicología , Psicometría , Factores Socioeconómicos , Reproducibilidad de los Resultados , Análisis de Varianza , Análisis FactorialRESUMEN
Estudos da área de Psicologia indicam a existência de uma correlação entre vitimização múltipla e maior complexidade na sintomatologia. Contudo, há mulheres expostas à adversidade cumulativa que não desenvolvem problemas de ajustamento psicológico. Este estudo procurou identificar as estratégias de copingpelas quais as mulheres, com e sem sintomatologia depressiva, lidam com a vitimização múltipla que sofreram ao longo da vida. Para tal, recorreu-se a um roteiro de entrevistas semiestruturadas, o qual foi administrado a 30 mulheres com perguntas sobre as suas histórias de vida. Os conteúdos das entrevistas posteriormente foram alvo de uma análise temática, cujos resultados revelam a presença de um copingdiversificado, heterogêneo e espontâneo, que se caracteriza por ser essencialmente de tipo ativo (e.g., resolução de problemas, autoconfiança, procura de apoiosocial). As mulheres com e sem sintomatologia depressiva reportam, sobretudo, estratégias de copingfocado no problema face à vitimização. Os resultados reforçam a necessidade de, nos processos de apoio, se identificar e potenciar tais mecanismos de copingativados pelas vítimas de forma a promover o seu ajustamento psicológico.(AU)
Research suggests the existence of a relationship between multiple victimization and greater symptomatology complexity. However, some women exposed to cumulative adversity do not develop psychological adjustment issues. With that in mind, this study aimed to identify womens coping strategies to deal with lifetime multiple victimization. For such a purpose, thirty semi-structured interviews were conducted with women, focusing on their life stories. The content of the interviews was subjected to thematic analysis. Results revealed that these women used diverse and spontaneous coping strategies. In addition, these coping strategies are heterogeneous and can be labeled as active (e.g., problem solving, self-confidence, search for social support). Moreover, women with and without depressive symptoms mostly report problem-focused coping strategies in face of victimization. In conclusion, results reinforce the need, regarding support processes, to identify and promote coping mechanisms spontaneously activated by the victims in order to favor their psychological adjustment(AU)
La investigación documenta la existencia de una relación entre la victimización múltiple y mayor complejidad en la sintomatología. Sin embargo, hay mujeres expuestas a adversidad acumulada que no desarrollan problemas de ajuste psicológico. Este estudio trata de identificar las estrategias de copingde las mujeres ante la victimización múltiple sufrida durante toda la vida. Las 30 entrevistas semiestructuradas acerca de sus historias de vida fueron sometidas a un análisis temático. Los resultados patentizan la presencia de un copingdiverso, heterogéneo y espontáneo, que se caracteriza por ser activo (por ejemplo, la resolución de problemas, la autoconfianza, la búsqueda de apoyo social). Las mujeres con y sin síntomas depresivos expresan estrategias de copingcentralizadas en la resolución de problemas ante la victimización. Los resultados refuerzan la necesidad de, en los procesos de apoyo, se identificar y desarrollar esas estrategias activadas autónomamente por las víctimas con el fin de favorecer su adaptación psicológica(AU)
Asunto(s)
Humanos , Mujeres , Depresión , Ajuste EmocionalRESUMEN
Estudos da área de Psicologia indicam a existência de uma correlação entre vitimização múltipla e maior complexidade na sintomatologia. Contudo, há mulheres expostas à adversidade cumulativa que não desenvolvem problemas de ajustamento psicológico. Este estudo procurou identificar as estratégias de copingpelas quais as mulheres, com e sem sintomatologia depressiva, lidam com a vitimização múltipla que sofreram ao longo da vida. Para tal, recorreu-se a um roteiro de entrevistas semiestruturadas, o qual foi administrado a 30 mulheres com perguntas sobre as suas histórias de vida. Os conteúdos das entrevistas posteriormente foram alvo de uma análise temática, cujos resultados revelam a presença de um copingdiversificado, heterogêneo e espontâneo, que se caracteriza por ser essencialmente de tipo ativo (e.g., resolução de problemas, autoconfiança, procura de apoiosocial). As mulheres com e sem sintomatologia depressiva reportam, sobretudo, estratégias de copingfocado no problema face à vitimização. Os resultados reforçam a necessidade de, nos processos de apoio, se identificar e potenciar tais mecanismos de copingativados pelas vítimas de forma a promover o seu ajustamento psicológico.
Research suggests the existence of a relationship between multiple victimization and greater symptomatology complexity. However, some women exposed to cumulative adversity do not develop psychological adjustment issues. With that in mind, this study aimed to identify womens coping strategies to deal with lifetime multiple victimization. For such a purpose, thirty semi-structured interviews were conducted with women, focusing on their life stories. The content of the interviews was subjected to thematic analysis. Results revealed that these women used diverse and spontaneous coping strategies. In addition, these coping strategies are heterogeneous and can be labeled as active (e.g., problem solving, self-confidence, search for social support). Moreover, women with and without depressive symptoms mostly report problem-focused coping strategies in face of victimization. In conclusion, results reinforce the need, regarding support processes, to identify and promote coping mechanisms spontaneously activated by the victims in order to favor their psychological adjustment.
La investigación documenta la existencia de una relación entre la victimización múltiple y mayor complejidad en la sintomatología. Sin embargo, hay mujeres expuestas a adversidad acumulada que no desarrollan problemas de ajuste psicológico. Este estudio trata de identificar las estrategias de copingde las mujeres ante la victimización múltiple sufrida durante toda la vida. Las 30 entrevistas semiestructuradas acerca de sus historias de vida fueron sometidas a un análisis temático. Los resultados patentizan la presencia de un copingdiverso, heterogéneo y espontáneo, que se caracteriza por ser activo (por ejemplo, la resolución de problemas, la autoconfianza, la búsqueda de apoyo social). Las mujeres con y sin síntomas depresivos expresan estrategias de copingcentralizadas en la resolución de problemas ante la victimización. Los resultados refuerzan la necesidad de, en los procesos de apoyo, se identificar y desarrollar esas estrategias activadas autónomamente por las víctimas con el fin de favorecer su adaptación psicológica.
Asunto(s)
Humanos , Depresión , Mujeres , Ajuste EmocionalRESUMEN
A violência contra os homens na intimidade é um tema controverso e negligenciado. No entanto, são já vários os estudos que avançam que os homens podem ser vítimas na intimidade. Este artigo contempla uma análise metodológica dos estudos de prevalência acerca da violência contra os homens em relações heterossexuais. A violência contra o sexo masculino perpetrada pelo sexo feminino varia de 0.6% a 100%, dependendo do tipo de violência que abrange, do período temporal de referência, bem como do método e da amostra. Os estudos revelam que os homens são, em sua grande maioria, vítimas de violência moderada, sobretudo psicológica. Porém, as insuficiências metodológicas e o conhecimento diminuto em domínios específicos da vitimação íntima contra os homens restringem as conclusões que podem ser extraídas. Importa que as investigações futuras adotem uma abordagem mais inclusiva de ambos os sexos...
La violencia contra los hombres en la intimidad es un tema polémico y omiso. Sin embargo, ya hay varios estudios que avanzan que los hombres pueden ser víctimas en la intimidad. Este artículo incluye un análisis metodológico de los estudios de prevalencia sobre la violencia contra los hombres en relaciones heterosexuales. La violencia perpetrada contra los hombres por las mujeres varía de 0.6% a 100%, dependiendo del tipo de violencia abarcada y del período de tiempo, así como del método y de la muestra. Los estudios revelan que los hombres son en su mayoría víctimas de violencia moderada, sobre todo psicológica. No obstante, las deficiencias metodológicas y el poco conocimiento en áreas específicas de la victimización íntima contra los hombres limitan las conclusiones que pueden extraerse. Es importante que la investigación futura adopte un enfoque más inclusivo para ambos los sexos...
Intimate partner violence against men is controversial and somewhat neglected. However, there are now several studies that show that men are victims in intimacy. This article includes a methodological analysis of studies on the prevalence of violence against men in heterosexual intimate relationships. The prevalence of violence against men perpetrated by women ranges from 0.6% to 100%, depending on the type of violence, the time period of reference, as well as the method and sample used. Studies show that men are mostly victims of moderate violence, mainly psychological. However, methodological shortcomings and insufficient knowledge in specific areas of victimization against men restrict the conclusions that can be drawn. Is critical that the investigations in this area adopt a more inclusive approach and, specifically, methodologies that address both sexes...
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Hombres , Prevalencia , Maltrato ConyugalRESUMEN
A violência contra os homens na intimidade é um tema controverso e negligenciado. No entanto, são já vários os estudos que avançam que os homens podem ser vítimas na intimidade. Este artigo contempla uma análise metodológica dos estudos de prevalência acerca da violência contra os homens em relações heterossexuais. A violência contra o sexo masculino perpetrada pelo sexo feminino varia de 0.6% a 100%, dependendo do tipo de violência que abrange, do período temporal de referência, bem como do método e da amostra. Os estudos revelam que os homens são, em sua grande maioria, vítimas de violência moderada, sobretudo psicológica. Porém, as insuficiências metodológicas e o conhecimento diminuto em domínios específicos da vitimação íntima contra os homens restringem as conclusões que podem ser extraídas. Importa que as investigações futuras adotem uma abordagem mais inclusiva de ambos os sexos.(AU)
La violencia contra los hombres en la intimidad es un tema polémico y omiso. Sin embargo, ya hay varios estudios que avanzan que los hombres pueden ser víctimas en la intimidad. Este artículo incluye un análisis metodológico de los estudios de prevalencia sobre la violencia contra los hombres en relaciones heterosexuales. La violencia perpetrada contra los hombres por las mujeres varía de 0.6% a 100%, dependiendo del tipo de violencia abarcada y del período de tiempo, así como del método y de la muestra. Los estudios revelan que los hombres son en su mayoría víctimas de violencia moderada, sobre todo psicológica. No obstante, las deficiencias metodológicas y el poco conocimiento en áreas específicas de la victimización íntima contra los hombres limitan las conclusiones que pueden extraerse. Es importante que la investigación futura adopte un enfoque más inclusivo para ambos los sexos.(AU)
Intimate partner violence against men is controversial and somewhat neglected. However, there are now several studies that show that men are victims in intimacy. This article includes a methodological analysis of studies on the prevalence of violence against men in heterosexual intimate relationships. The prevalence of violence against men perpetrated by women ranges from 0.6% to 100%, depending on the type of violence, the time period of reference, as well as the method and sample used. Studies show that men are mostly victims of moderate violence, mainly psychological. However, methodological shortcomings and insufficient knowledge in specific areas of victimization against men restrict the conclusions that can be drawn. Is critical that the investigations in this area adopt a more inclusive approach and, specifically, methodologies that address both sexes.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Hombres , Maltrato Conyugal , PrevalenciaRESUMEN
No contexto internacional assistimos a um crescente reconhecimento científico de que as mulheres, vítimas preferenciais de diferentes formas de vitimação, tendem a coo-experienciar outras formas de vitimação ao longo da vida. Neste artigo realizamos uma revisão sistemática da literatura existente sobre a vitimação múltipla de mulheres ao longo da vida. Conclui-se que predominam os estudos quantitativos de natureza transversal, retrospectivos e com designs descritivos correlacionais, centrados na vitimação múltipla interpessoal, nomeadamente, íntima. Os inventários de autorrelato e as entrevistas semiestruturadas são os instrumentos mais frequentes para avaliar o fenómeno, recorrendo, maioritariamente, a amostras por conveniência, recrutadas em contexto normativo (universitário) ou forense. A prevalência, embora elevada, oscila entre os estudos, reflexo das diferentes amostras e instrumentos utilizados. Quanto ao impacto, os estudos são consensuais na ideia de que quanto maior a vitimação cumulativa, maior o impacto (efeito dose). Finalmente, apresentamos os principais contributos e limitações que derivam desta revisão sistemática.
There is an increasing scientific recognition that women, primary victims of different forms of interpersonal victimization, tend to co-experience other forms of victimization throughout lifetime. Therefore, we conducted a systematic review of publications on lifetime multiple victimization of women. We found predominantly cross-sectional studies, retrospective and correlational designs, directed to study multiple interpersonal violence, particularly intimate abuse. Self-report inventories and semi-structured interviews were the most commonly strategies used to evaluate the problem, and the most frequent sampling option was convenience samples, recruited in normative (university) or forensic contexts. The prevalence of multiple victimization reported by women, although high, varied between studies, reflecting the different samples and evaluation tools. In terms of impact, the studies were consensual on the idea that the greater the cumulative victimization the greater impact victimization would produce. Finally, we present the main contributions and limitations that draw from this systematic review.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Mujeres Maltratadas , Trastornos de Traumas Acumulados , MujeresRESUMEN
No contexto internacional assistimos a um crescente reconhecimento científico de que as mulheres, vítimas preferenciais de diferentes formas de vitimação, tendem a coo-experienciar outras formas de vitimação ao longo da vida. Neste artigo realizamos uma revisão sistemática da literatura existente sobre a vitimação múltipla de mulheres ao longo da vida. Conclui-se que predominam os estudos quantitativos de natureza transversal, retrospectivos e com designs descritivos correlacionais, centrados na vitimação múltipla interpessoal, nomeadamente, íntima. Os inventários de autorrelato e as entrevistas semiestruturadas são os instrumentos mais frequentes para avaliar o fenómeno, recorrendo, maioritariamente, a amostras por conveniência, recrutadas em contexto normativo (universitário) ou forense. A prevalência, embora elevada, oscila entre os estudos, reflexo das diferentes amostras e instrumentos utilizados. Quanto ao impacto, os estudos são consensuais na ideia de que quanto maior a vitimação cumulativa, maior o impacto (efeito dose). Finalmente, apresentamos os principais contributos e limitações que derivam desta revisão sistemática.(AU)
There is an increasing scientific recognition that women, primary victims of different forms of interpersonal victimization, tend to co-experience other forms of victimization throughout lifetime. Therefore, we conducted a systematic review of publications on lifetime multiple victimization of women. We found predominantly cross-sectional studies, retrospective and correlational designs, directed to study multiple interpersonal violence, particularly intimate abuse. Self-report inventories and semi-structured interviews were the most commonly strategies used to evaluate the problem, and the most frequent sampling option was convenience samples, recruited in normative (university) or forensic contexts. The prevalence of multiple victimization reported by women, although high, varied between studies, reflecting the different samples and evaluation tools. In terms of impact, the studies were consensual on the idea that the greater the cumulative victimization the greater impact victimization would produce. Finally, we present the main contributions and limitations that draw from this systematic review.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Mujeres Maltratadas , Trastornos de Traumas Acumulados , MujeresRESUMEN
A investigação da violência no namoro tem demonstrado a importância da prevenção junto das populações juvenis. Descreve-se uma experiência de prevenção nesse domínio. Os objetivos foram promover a aquisição de conhecimentos acerca do fenômeno; capacitar para o reconhecimento de situações íntimas abusivas; identificar e produzir mudanças nas crenças sócio-culturais que sustentam esse tipo de violência; desenvolver competências para gerir uma situação de violência pelo parceiro; informar acerca dos recursos na comunidade. Os dois ensaios desenvolvidos foram avaliados em diferentes momentos (pré e pós-teste) e um dos ensaios incluiu ainda uma avaliação follow-up. Uma avaliação qualitativa do programa foi também considerada. Na avaliação da eficácia destas intervenções concluímos que as ações desenvolvidas têm efeitos positivos para ambos os sexos, traduzindo-se numa menor tolerância dos participantes face à violência. A concluir, refletimos sobre as limitações deste tipo de ações e apresentamos formas de aperfeiçoar a prevenção junto dos jovens(AU)