RESUMEN
Segundo o autor, nesse texto de abertura de uma coletânea de textos clínicos, o título Quando o Outro é mau... faz eco aos termos mais sólidos, mais sensíveis e mais úteis da psiquiatria a paranoia, a perseguição , recorrendo a uma expressão que pertence à língua comum, ou quase, uma vez que o Outro mau se entende com um O maiúsculo, selo lacaniano dessa expressão familiar. Ao escolher esse título, busca-se fazer vibrar uma corda, isso que se reconhece, se encontra e permite reagrupar certo número de fenômenos funcionando como uma isca para seis colegas que puderam pescar, em sua prática, casos que, por algum aspecto, lhes pareciam levar a marca do Outro mau(AU)
Asunto(s)
HumanosRESUMEN
Neste texto, Jacques-Alain Miller trata as relações entre o discurso do analista e discurso do mestre sob a égide da Garantia. A partir das preguntas sobre o que é de fato a Garantia e o que é o título de Analista Membro da Escola concedido pela Comissão da Garantia da Escola ele discorre sobre o meio através do qual o grupo analítico da Associação Mundial de Psicanálise AMP se faz representar no discurso do mestre, na medida em que este grupo se constituiu em associação legal, regida pela lei e laureada pelo governo, há alguns anos, com o título de utilidade pública. Em contrapartida, o título de AE diz respeito à psicanálise. A Escola é assim comparável a um morcego, um ser ambíguo, com asas analíticas e patas sociais, em uma dupla postulação: uma para o discurso analítico e outra para o discurso do mestre. Através da associação, o discurso analítico se submete abertamente ao discurso do mestre ao mesmo tempo em que, às escondidas, ele o subverte. Subversão e submissão ao mesmo tempo.(AU)
RESUMEN
Este texto de Jacques-Alain Miller é de grande relevância para esclarecer a prática psicanalítica. O autor discute os princípios da psicanálise dita pura e sua presença nas aplicações mais diversas da psicanálise. Segundo ele, não se trata tanto da confusão entre a psicanálise pura e a psicanálise aplicada à terapêutica. Essa confusão tem um alcance limitado, uma vez que nesses dois casos, se admitimos que eles se distinguem, trata-se de psicanálise. A confusão que importa verdadeiramente é aquela que mistura, em nome da terapêutica, o que é psicanálise e o que não é. A partir disso, o autor traça uma distinção bem nítida entre psicanálise e psicoterapia que lhe serve como um divisor de águas do que se espera alcançar de uma e de outra, demonstrando como esta diferença evita que o praticante da psicanálise se iluda com as terapêuticas adaptativas ao sentido comum. Jacques-Alain Miller demonstra então como, ainda que não se deixe de encontrar efeitos terapêuticos em psicanálise, o horizonte do gozo fora-do-sentido e do sinthoma é o que há de mais puro a se visar na psicanálise(AU)
RESUMEN
Essa intervenção de J.-A. Miller merece destaque, pois ele expõe aqui uma teoria acerca da Escola e defende sua tese: a vida de uma Escola deve ser interpretada analiticamente, reconhecendo que a lógica coletiva proposta por Lacan não havia sido bem entendida até então. Miller retoma inicialmente Freud em Psicologia dos grupos e análise de eu sobre o coletivo constituído por uma multiplicidade de indivíduos que tomam o mesmo objeto como Ideal do eu. A partir da leitura de Lacan, discrimina dois tipos, diversos e opostos, de enunciação: o primeiro é um discurso emitido do lugar do Ideal que se estabelece sobre a oposição nós/eles, e que, por isso, intensifica a alienação subjetiva ao Ideal; já o segundo interpreta o coletivo, remetendo cada um de seus membros à solidão de sua relação com o Ideal. Ou seja, o primeiro se apoia na sugestão massificante, o segundo é interpretativo e desmassificante. Este é o paradoxo da Escola e a aposta de Lacan: de que seja possível uma comunidade entre sujeitos que sabem, por sua própria análise, o que é o Ideal e o que é a solidão subjetiva. Este é o desejo de Escola para Lacan: uma soma de solidões subjetivas, incomparáveis, ou seja, sujeitos habitados por uma extimidade de um mais-de-gozar singular a cada um. Miller diz ainda que constituir uma Escola não é senão subjetivá-la, fazer da Escola um sujeito, um $, afirmando então: a Escola é um sujeito(AU)
RESUMEN
Esse texto de Jacques-Alain Miller corresponde a duas aulas de seu curso O parceiro-sintoma de 1997-1998. Na primeira aula, ele retoma a diferença entre as modalidades de gozo, destacadas por Lacan no Seminário 20, mais ainda, mostrando a articulação entre elas assim como suas diferenças. Mostra também como, na modalidade fálica de gozo, predomina o mais de gozar da parceria com o fetiche; já no gozo feminino, devido à falta de limite, o amor convém melhor à parceria. Na segunda aula, de forma muito irônica, Miller propõe uma psicologia contrapondo figuras e atributos que ilustram o modo fálico e o modo feminino de gozo como o herói e a burguesa, a bússola e a perda, o sintoma e a devastação, a prudência e o risco, dentre outros. No entanto, sem se deixar que nos percamos no imaginário dessa psicologia, ele destaca o rigor da elaboração lógica de Lacan a respeito do gozo segundo as condições que permitem ou não permitem fazer conjunto cujas consequências determinam um gozo restrito e outro irrestrito(AU)
Asunto(s)
HumanosRESUMEN
Nesta conferência, pronunciada na inauguração do Centro Descartes em Buenos Aires, Jacques-Alain Miller nos leva a perguntar quais poderiam ser os princípios orientadores da pesquisa em psicanálise e a qual virtude a pesquisa em psicanálise deve satisfazer. A seu ver, deve ser uma virtude fria, não habitualmente considerada no registro das virtudes, a virtude cartesiana da precisão. A partir dessa proposta, o autor considera as ideias claras e distintas, essenciais para Descartes, cujo modelo proveniente das matemáticas promoveu uma matematização do mundo. Também para a psicanálise, a precisão é uma virtude na atenção aos detalhes, no passo a passo, nas entrevistas preliminares e na interpretação porque a ética da psicanálise visa o bem-dizer, como ensina Lacan. Com seu característico bem-dizer, famoso pela clareza, Jacques-Alain Miller prossegue, ensinando ao longo do texto a pensar a clínica psicanalítica segundo a ordem da razão de Lacan com Descartes(AU)
RESUMEN
Neste texto, Jacques-Alain Miller apresenta o artigo princeps de Lacan, intitulado "A juventude de Gide ou a letra e o desejo", de 1958, no qual comenta o trabalho de Jean Delay, sobre o escritor literário, segundo uma perspectiva que articula sua obra à sua vida. O texto publicado aqui reúne a transcrição e a tradução das duas primeiras partes de quatro apresentações feitas por J.-A. Miller, no fim de 1988, em seu seminário de estudos aprofundados. A escolha do tema não deixava de se relacionar com a ocorrência do Encontro Internacional do Campo Freudiano que iria ter lugar em Paris em julho de 1989 sobre o tema traços de perversão. O ensino de Miller, neste texto, elucida muito a perversão tema tão difícil do ponto de vista de uma análise clínica - assim como nos orienta no pensamento lacaniano sobre o tema. Foi publicado originalmente em Opção Lacaniana Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, nº 22, agosto de 1998. Optamos por dividir o texto em duas partes nesta segunda edição em Opção Lacaniana Online. Desta forma, o número 17 trouxe as duas primeiras sessões e este número 18 traz as outras duas(AU)
Asunto(s)
HumanosRESUMEN
Neste texto, Jacques-Alain Miller apresenta o artigo princeps de Lacan, intitulado "A juventude de Gide ou a letra e o desejo", de 1958, no qual comenta o trabalho de Jean Delay, sobre o escritor literário, segundo uma perspectiva que articula sua obra à sua vida. O texto publicado aqui reúne a transcrição e a tradução das duas primeiras partes de quatro apresentações feitas por J.-A. Miller, no fim de 1988, em seu seminário de estudos aprofundados. A escolha do tema não deixava de se relacionar com a ocorrência do Encontro Internacional do Campo Freudiano que iria ter lugar em Paris em julho de 1989 sobre o tema traços de perversão. O ensino de Miller, neste texto, elucida muito a perversão tema tão difícil do ponto de vista de uma análise clínica - assim como nos orienta no pensamento lacaniano sobre o tema. Foi publicado originalmente em Opção Lacaniana Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, nº 22, agosto de 1998. Optamos por dividir o texto em duas partes nesta segunda edição em Opção Lacaniana Online. Desta forma, este número 17 traz as duas primeiras sessões e o número 18 trará as outras duas(AU)
RESUMEN
Neste texto que intitulamos Je suis Charlie a partir da frase que correu mundo, agrupamos quatro comentários de Jacques-Alain Miller nos quais ele faz uma análise sobre o atentado terrorista que atingiu o jornal satírico francês Charlie Hebdo, em 7 de janeiro de 2015 em Paris. Abordando "O retorno da blasfêmia", "A ilusão lírica", "O amor pela polícia" e "O segredo de Charlie", Jacques-Alain Miller, com sua conhecida vivacidade crítica, sustenta uma leitura psicanalítica dos acontecimentos políticos. Valendo-se de Lacan, que previu a escalada da segregação e o triunfo da religião, ele aponta ao sagrado que mobiliza êxtases e furores ao ponto de se matar ou morrer por ele; compara o lugar e o valor dado à polícia pela população durante os movimentos estudantis de 1968 e após o recente atentado; e no último comentário, numa análise bastante requintada, discute o desejo de Charlie levantando três teses e acentuando um paradoxo. A tese heroica: eram combatentes da liberdade de expressão; a tese ignóbil: visavam fazer dinheiro; e por fim, a tese clínica: estariam em uma posição suicida e melancólica. Para Jacques-Alain Miller, a terceira tese merece consideração, mas empalidece diante da primeira, uma vez que o heroísmo de um melancólico, assim como o de um psicótico, de um perverso ou de um neurótico, continua a ser um heroísmo. Enquanto o órgão satírico se torna objeto das mesmas ameaças que Charlie, ele se compromete com seus colegas a "rir de tudo", exceto da "liberdade de poder fazê-lo", sustentado assim a ética de um desejo decidido.(AU)
Asunto(s)
HumanosRESUMEN
Neste texto, Jacques-Alain Miller trabalha a demonstração de Lacan que o objeto só encontra seu justo lugar na psicanálise ao se submeter à função de castração. Ele destaca que essa demonstração compreende três tempos, sucessivamente: a homossexualidade feminina, a perversão masculina e fobia infantil. Discutida através da posição maternal perante o objeto criança, Jaques-Alain Miller afirma que a metáfora paterna remete a uma divisão que impõe, na ordem do desejo, que o objeto criança não seja tudo para o sujeito materno. Quer dizer que há uma condição de não-todo, o objeto criança não deve ser tudo para o sujeito materno, pois o desejo da mãe deve se dirigir e ser atraído para um homem. Isso exige, portanto, que o pai seja, também, um homem. A criança divide assim, no sujeito feminino, a mãe e a mulher. E é essencial que ela divida. Logo o autor conclui que a metáfora infantil pode se inscrever como a consequência da metáfora paterna. Ela só é bem sucedida se não fixa o sujeito na identificação fálica mas se, ao contrário, lhe dá acesso à significação fálica, na modalidade da castração simbólica, o que torna necessário que seja preservado o não-todo do desejo feminino.(AU)
RESUMEN
J.-A. Miller assinala que a leitura desse seminário deve levar em conta sua tessitura temporal havendo, portanto, de uma lição a outra, avanços, correções, mudanças de perspectiva que demandam ser destacadas e precisadas a cada vez. Propõe então seguir um fio que se espessa ao longo das elaborações apresentadas por Lacan: o fio da fantasia, uma vez que este seminário contém e elabora a primeira lógica da fantasia construída por ele. Adverte que as novas construções de Lacan não anulam as antigas, mas as prolongam. Assim, os leitores do Seminário 6 que se formaram pelo ensino posterior de Lacan precisam considerar que esse seminário foi elaborado na distância entre pulsão e fantasia. Ou seja, é preciso um esforço para poder se deixar ensinar pela perspectiva proposta nele por Lacan sobre a experiência do desejo. J.-A. Miller também ressalta, na segunda parte do seminário, uma retomada de um sonho analisado pela psicanalista inglesa Ella Sharpe, em que Lacan procede a uma consulta metódica da fantasia e do sonho; em seguida, as sete lições sobre Hamlet; por fim, na última parte, como Lacan discorre sobre a fantasia fundamental e o corte que, para ele na época, era o modo mais eficaz da interpretação. J.-A. Miller finaliza sua apresentação enfatizando a atualidade deste seminário, escrito há cinquenta anos.(AU)
RESUMEN
Jacques-Alain Miller apresenta algumas reflexões sobre o que Jacques Lacan acrescentou ao conceito de ato, que é um tema recorrente em suas reflexões e em seu ensino. Abordando os conceitos de ato analítico, de passagem ao ato e de ato suicida, Miller avança ao dizer que, ao mesmo tempo em que o ato é indiferente ao seu futuro, fora de sentido, para que haja ato, é preciso que o sujeito seja modificado por certo franqueamento significante, pois o ato tem sempre o lugar de um dizer que o enquadra e fixa esse ato. Miller conclui o texto esclarecendo que foi em posição de passar ao ato que Lacan pôde elaborar alguns dos pontos mais preciosos de seu ensino e, por meio dele, revelar o que é, de certa forma, o verdadeiro Lacan.(AU)
RESUMEN
Este texto traz uma entrevista feita pelo jornal francês Le Point ao psicanalista Jacques-Alain Miller por ocasião do lançamento da versão estabelecida por ele de O Seminário, livro 6: o desejo e sua interpretação de Jacques Lacan. Questões sobre a distância entre o desejo e a biologia, a ordem e a normalização social são discutidas. O desejo, do qual Lacan foi um professor, não se limita ao Édipo. Disso decorre, aponta Miller, o elogio da perversão que, no sentido de Lacan, traduz uma rebelião contra a identificação conformista que assegura a manutenção da rotina social. Além da entrevista, o texto apresenta com exclusividade trechos de um Seminário inédito sobre o assunto.(AU)
RESUMEN
J.-A. Miller retraça neste artigo as vias trilhadas no ensino de Lacan que permitiram dar à voz seu estatuto de objeto a. Na tradição psicanalítica, um tratamento privilegiado foi dado aos objetos oral e anal inscritos nos estágios de desenvolvimento. Com isso dois objetos, o vocal e o escópico, não foram destacados. Jacques-Alain Miller demonstra que a leitura estrutural permitiu a Lacan resolver o problema da relação entre estes objetos, menos atrelados às necessidades das demandas, e o sujeito do desejo. Lacan destacou assim estes dois novos objetos: o olhar e a voz, generalizando o estatuto do objeto a e desatrelando-o da perspectiva desenvolvimentista. O objeto a é definido então como uma consistência lógica, que se encarna numa parte que cai do corpo, sob a forma de dejeto. O autor acentua que foi a experiência clínica com a psicose que permitiu a Lacan formular esses objetos a partir do olhar do Outro que se impõe ao sujeito, patente no delírio de observação, e da voz fora-do-sentido, presente no automatismo mental. Retomando o famoso comentário de Lacan sobre a alucinação da injúria Porca atribuída, por uma paciente de Sainte-Anne, ao vizinho, na qual a voz aparece como a parte da cadeia significante que não pode ser assumida pelo sujeito (seu mais-de gozar), conclui, afirmando: se falamos tanto é justamente para que não apareça a ameaça daquilo que não se pode dizer".(AU)
RESUMEN
No presente artigo, J.-A. Miller retoma o comentário do papa Bento 16 sobre o texto do Grão Rabino da França, Gilles Berheim, a fim de expressar de forma veemente sua posição contra a utilização do saber psicanalítico visando a dar suporte aos argumentos contrários ao Projeto de Lei, na França, relativo ao casamento para todos.(AU)
RESUMEN
Jacques-Alain Miller expõe uma perspectiva presente no final do ensino de Lacan que atinge algumas coordenadas fundamentais como a fala, a linguagem, a letra, e determina um novo regime da interpretação. A fala, marcada pela estrutura do diálogo, em que um sujeito se move pela vontade-de-dizer ao Outro, é reconsiderada com o conceito de lalíngua, que não se move pelo sentido, mas pelo gozo, por um querer-gozar. A fala sob o regime de aparola não inclui o diálogo, trata-se de monólogo, em que não há comunicação, há autismo. No que diz respeito ao conceito de pulsão, Miller enfatiza que Lacan inicialmente estruturou-a considerando o modelo da comunicação, da fala, apresentando-a como um querer-gozar sob o domínio do querer-dizer. Com aparola, a pulsão domina a fala, pois a perspectiva vigente é a do gozo e não a da comunicação. Outra linha norteadora do texto se refere ao conceito de inconsciente estruturado como uma linguagem, que perde preeminência em função da vertente imposta pelos dos conceitos de aparola e de lalíngua, onde é o gozo que fala. Essa reordenação conceitual repercute no conceito de interpretação, porque se não há diálogo, não há interpretação. Miller finaliza concluindo que a interpretação deve incidir como limite ao não-diálogo, ao monólogo autista do gozo, de tal modo que é o próprio real que se assegura pela interpretação(AU)
RESUMEN
Neste texto, Jacques-Alain Miller trabalha a defasagem entre escutar e dizer, entre escrever e ler que organiza o lugar da interpretação analítica. Ele destaca que há duas dimensões, dois lugares do dito: o que alcança o ouvido e o que nele é compreendido. Tais dimensões são defasadas, discordantes. Aponta, a partir disso, que a interpretação analítica, obrigatória e necessária, trabalha sobre essa dupla defasagem. O que se diz no que se escuta, o que se lê no que se escreve, depende da interpretação e esta tem como base lalíngua, na medida em que o inconsciente é feito dela. Logo, a interpretação lacaniana baseada em lalíngua ataca a própria relação daquilo que se escuta no que se diz. Seu lugar e meio é o equívoco cuja ressonância atinge, através da letra, o real do gozo(AU)
RESUMEN
O autor busca obstinadamente o que o momento cognitivista pode ensinar sobre o discurso analítico. A formulação do neurônio ao nó poderia resumir, graças à ajuda da assonância das palavras, a trajetória da teoria psicanalítica dos inícios de Freud ao último Lacan. Mas poderíamos dizer que os nós ocupam o lugar dessa quantidade material que é colocada como premissa por Freud quando ele tenta elaborar uma psicologia que seja científica. Para que seja científica, ela deve tratar de algo material. Coloca-se a questão do que faz a correlação fundada ou não? entre ciência e matéria.
The author persistently seeks what the cognitivist moment can teach about analytical discourse. The phrase: from the neuron to the node could summarize the analytical speech of the trajectory of the psychoanalytic theory from the beginning of Freud first until the last of Lacan, with the help of the words in assonance. But we could say that these nodes occupy the place of this material quantity which is placed as Freud's premises when he tries to develop a psychology that is scientific. To be scientific, it must address to something that is material. This raises the question of what makes the correlation-founded or not - between science and material.
L'auteur cherche obstinément ce que le moment cognitiviste peut enseigner sur le discours analytique. La formulation "du neurone au noeud" pourrait résumer, grâce à l'aide de lassonance des mots, la trajectoire de la théorie psychanalytique Du début de Freud jusquau dernier Lacan. Mais on pourrait dire que nous occupons la place de cette quantité materielle qui est établie comme prémisse par Freud quand il essaie de développer une psychologie qui est scientifique. Pour être scientifique, elle doit répondre à quelque chose de matériel. La question de ce qui fait la corrélation - fondée ou non? - entre la science et la matière.
Asunto(s)
Ciencia Cognitiva , PsicoanálisisRESUMEN
Nesse texto, J.-A Miller depreende do ensino de Lacan seis paradigmas do gozo. A imaginação do gozo corresponde ao que Lacan retoma do libidinal em Freud como gozo imaginário, obstáculo à elaboração simbólica. A significantização do gozo corresponde ao momento em que Lacan privilegia o estatuto simbólico do falo e reduz a pulsão a uma cadeia significante. Ter levado uma significantização do gozo a seu termo, exige de Lacan situar o gozo impossível, gozo da Coisa fora do significante. O gozo normal corresponde às formulações de um gozo fragmentado em objetos a, situados em uma cavidade do corpo. A elaboração dos quatro discursos corresponde ao gozo discursivo da relação significante/gozo primitivo, do ser prévio ao sistema significante cujo corpo é afetado de gozo. O último paradigma, o gozo da não-relação corresponde às formulações do Seminário 20, que marcam uma virada no ensino de Lacan. A linguagem passa a ser definida como uma elucubração de lalíngua. A disjunção que marca esse paradigma se expressa: entre significante/significado, gozo/Outro, e homem/mulher resumida na fórmula: a relação sexual não existe.(AU)
RESUMEN
O autor busca obstinadamente o que o momento cognitivista pode ensinar sobre o discurso analítico. A formulação do neurônio ao nó poderia resumir, graças à ajuda da assonância das palavras, a trajetória da teoria psicanalítica dos inícios de Freud ao último Lacan. Mas poderíamos dizer que os nós ocupam o lugar dessa quantidade material que é colocada como premissa por Freud quando ele tenta elaborar uma psicologia que seja científica. Para que seja científica, ela deve tratar de algo material. Coloca-se a questão do que faz a correlação fundada ou não? entre ciência e matéria(AU)
The author persistently seeks what the cognitivist moment can teach about analytical discourse. The phrase: from the neuron to the node could summarize the analytical speech of the trajectory of the psychoanalytic theory from the beginning of Freud first until the last of Lacan, with the help of the words in assonance. But we could say that these nodes occupy the place of this material quantity which is placed as Freud's premises when he tries to develop a psychology that is scientific. To be scientific, it must address to something that is material. This raises the question of what makes the correlation-founded or not - between science and material(AU)
L'auteur cherche obstinément ce que le moment cognitiviste peut enseigner sur le discours analytique. La formulation "du neurone au noeud" pourrait résumer, grâce à l'aide de lassonance des mots, la trajectoire de la théorie psychanalytique Du début de Freud jusquau dernier Lacan. Mais on pourrait dire que nous occupons la place de cette quantité materielle qui est établie comme prémisse par Freud quand il essaie de développer une psychologie qui est scientifique. Pour être scientifique, elle doit répondre à quelque chose de matériel. La question de ce qui fait la corrélation - fondée ou non? - entre la science et la matière(AU)