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Biota neotrop. (Online, Ed. port.) ; 13(4): 90-98, Oct-Dec/2013. tab, graf
Artículo en Inglés | LILACS | ID: lil-703574

RESUMEN

Samples from individuals of the populations of Sotalia guianensis (Guiana) and Pontoporia blainvillei (Franciscana) dolphins living in the Babitonga Bay estuary (26° 28′ S/48° 50′ W), and samples from individuals of a second population of P. blainvillei from a nearshore area (26° 38′ S/48° 41′ W), were collected and analyzed along with their prey between 2000 and 2006, to determine the carbon and nitrogen stable isotope ratios and to verify differences in their feeding ecology. No differences were found in the median ð15N values of Guiana (15.2‰) and Franciscana (15.9‰) dolphins living in Babitonga Bay, nor of nearshore Franciscana (15.0‰) individuals, suggesting no variation in the trophic level of these populations. However, the lack of more information on the isotopic compositions of their putative prey in the nearshore areas prevents the ability to draw definitive conclusions on this issue. The estuarine Franciscana and Guiana dolphin populations presented mean ð13C values of approximately −15.7‰, which were not statistically different from nearshore Franciscana individuals (−14.8‰). Based on stomach content analyses of these species from a previous study, it was reported that there was little overlap in the diet of estuarine Franciscanas and Guiana dolphins. However, based on the similarity of the ð13C values between these two species and of their putative prey, it appears that in fact there is an overlap in the diet of these two species. Based solely on stable isotope analysis, it was not possible to differentiate between estuarine and nearshore Franciscana populations, making it difficult to conclude whether captured nearshore specimens were indeed yearlong residents of these areas. Finally, this study suggests that Franciscana and Guiana dolphin populations are sharing the same resources, mostly L. brevis, D. rhombeus, and S. rastrifer. Therefore, the combination of resource sharing and commercial exploitation of their prey makes these two cetacean species vulnerable.


Amostras de tecido de indivíduos pertencentes às populações de Sotalia guianensis (boto-cinza) e Pontoporia blainvillei (toninha) que vivem no estuário da Baía da Babitonga (26° 28′ S/48° 50′ W) e de uma segunda população de P. blainvillei da área costeira (26° 38′ S/48° 41′ W) foram coletadas entre os anos 2000 e 2006 para determinar as composições de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio, assim como de suas presas para analisar diferenças na ecologia alimentar. Não foram detectadas diferenças nos valores médios de ð15N entre os botos-cinza (15.2‰) e as toninhas (15.9‰) que vivem na Baía da Babitonga, e entre indivíduos de toninhas da área costeira (15.0‰), sugerindo que não existe variação no nível trófico destas populações. Contudo, a ausência de informações mais completas sobre a composição isotópica das presas na área costeira limita a proposição de conclusões mais definitivas sobre esta temática. As populações estuarinas de toninhas e botos-cinza apresentaram valores médios de ð13C de aproximadamente −15.7‰, que não apresentaram diferença estatística com relação às toninhas da área costeira (−14.8‰). Baseado na análise de conteúdos estomacais destas espécies num estudo anterior sugere-se que não há sobreposição na dieta das toninhas e botos-cinza do estuário. Contudo, baseado na similaridade dos valores de ð13C entre estas espécies e nos distintos valores de ð13C de suas presas, há indícios de que de fato existe uma sobreposição na dieta destas duas populações. Com base apenas na análise de isótopos estáveis não foi possível diferenciar a população estuarina e costeira de toninhas, tornando-se difícil concluir se os indivíduos capturados acidentalmente na área costeira eram residentes de longo prazo. Finalmente, este estudo sugere que toninhas e botos-cinza estão compartilhando os mesmos recursos, principalmente L. brevis, D. rhombeus e S. rastrifer. Portanto, a exploração comercial dessas espécies pode ameaçar a sobrevivência do boto-cinza e das toninhas na Baía da Babitonga.

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