RESUMEN
Foram analisadas 600 pacientes com leiomioma uterino (LU), atendidas na Escola Paulista de Medicina, que se submeteram a terapêutica cirúrgica entre 1976 e 1987. O exame histopatológico das peças cirúrgicas confirmou a presença de neoplasia benigna e, na maioria das vezes, surpeendeu outras patologias associadas. Estudaram-se também, como grupo controle, 150 úteros (de histerectomias), procurando-se conhecer a freqüência dessas entidades patológicas associadas em näo portadoras de LU. As principais associaçöes encontradas foram: cervicite crônica, adenomiose, cistos foliculars, alteraçöes tubárias - congestäo, edema e processo inflamatório -, pólipos uterinos, hiperplasia endometrial, endometriose, neoplasias do ovário e do endométrio. A coexistência dessas condiçöes patológicas ocorreu em 71,17% dos casos. O leiomioma é a neoplasia mais freqüente do útero e da pelve (18,19). A coexistência do tumor com outras entidades patológicas é pouco citada na literatura, assim como suas possíveis inter-relaçöes. Por causa da alta freqüência do leiomioma na populaçäo, poder-se ia associa-lo, apenas de forma fortuita, a outras entidades nosológicas do trato genital. Interessados em saber se haveria patologias secundárias ao leiomioma ou coexistência meramente casual, e também se as associaçöes teriam o mesmo denominador comum, fizemos o presente estudo