RESUMEN
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anemia é uma condição comum em pacientes graves. A transfusão de hemoderivados aumenta de forma significativa o risco de transmissão de agentes infecciosos e afeta o perfil imunológico. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de anemia e a prática de transfusão de hemácias em UTI brasileiras. MÉTODO: Estudo prospectivo, multicêntrico, realizado em 19 UTI em um período de duas semanas. A presença de anemia, as indicações e a utilização de concentrados de hemácias, foram avaliadas diariamente. As complicações que ocorreram durante a internação na UTI e após a transfusão da primeira unidade de concentrado de hemácias foram registradas. RESULTADOS: Um total de 33 por cento apresentava anemia na admissão na UTI e esta proporção aumentou para 55 por cento no final de sete dias de internação. Um total de 348 unidades de concentrado de hemácias foi transfundido em 86 pacientes (36,5 por cento). A média de suas unidades por paciente foi 4,1 ± 3,3 U. O nível de hemoglobina limiar para a transfusão de CH foi 7,7 ± 1,1 g/dL. Pacientes transfundidos tinham mais disfunções orgânicas avaliadas pelo escore SOFA (7,9 ± 4,6 versus 5,6 ± 3,8, transfundidos versus não transfundidos, p < 0,05). As taxas de mortalidade foram 43,5 por cento e 36,3 por cento em pacientes transfundidos e não transfundidos, respectivamente (RR 0,61-11,7, NS). Pacientes transfundidos tiveram número maior de complicações (1,58 ± 0,66 versus 1,33 ± 0,49, p = 0,0001). CONCLUSÕES: A anemia é comum em UTI brasileiras. O limiar transfusional de hemoglobina foi menor do que o observado em outros paises.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Anemia of critical illness is a multifactorial condition caused by blood loss, frequent phlebotomies and inadequate production of red blood cells (RBC). Controversy surrounds the most appropriate hemoglobin concentration "trigger" for transfusion of RBC. We aimed to evaluate transfusion practices in Brazilian ICUs. METHODS: A prospective study throughout a 2-week period in 19 Brazilian ICUs. Hemoglobin (Hb) level, transfusion rate, organ dysfunction assessment and 28-day mortality were evaluated. Primary indication for transfusion and pretransfusion hemoglobin level were collected for each transfusion. RESULTS: Two hundred thirty-one patients with an ICU length of stay longer than 48h were included. An Hb level lower than 10 g/dL was found in 33 percent on admission in the ICU. A total of 348 RBC units were transfused in 86 patients (36.5 percent). The mean pretransfusion hemoglobin level was 7.7 ± 1.1 g/dL. Transfused-patients had significantly higher SOFA score (7.9 ± 4.6 vs 5.6 ± 3.8, p < 0.05, respectively), days on mechanical ventilation (10.7 ± 8.2 vs 7.2 ± 6.4, p < 0.05) and days on vasoactive drugs (6.7 ± 6.4 vs 4.2 ± 4.0, p < 0.05) than non-transfused patients despite similar APACHE II scores (15.2 ± 8.1 vs 14.2 ± 8.1, NS). Transfused patients had higher mortality rate (43.5 percent) than non-transfused patients (36.3 percent) (RR 0.60-1.15, NS). Only one patient (0.28 percent) had febrile non-hemolytic transfusion and urticarial reactions. CONCLUSIONS: Anemia is common in critically ill patients.It seems from the present study that transfusion practices in Brazil have had a more restrictive approach with a lower limit "transfusion trigger".
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anemia , Unidades de Cuidados Intensivos , Transfusión de Eritrocitos/estadística & datos numéricos , Transfusión de Eritrocitos/tendenciasRESUMEN
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Anemia of critical illness is a multifactorial condition caused by blood loss, frequent phlebotomies and inadequate production of red blood cells (RBC). Controversy surrounds the most appropriate hemoglobin concentration "trigger" for transfusion of RBC. We aimed to evaluate transfusion practices in Brazilian ICUs. METHODS: A prospective study throughout a 2-week period in 19 Brazilian ICUs. Hemoglobin (Hb) level, transfusion rate, organ dysfunction assessment and 28-day mortality were evaluated. Primary indication for transfusion and pretransfusion hemoglobin level were collected for each transfusion. RESULTS: Two hundred thirty-one patients with an ICU length of stay longer than 48h were included. An Hb level lower than 10 g/dL was found in 33% on admission in the ICU. A total of 348 RBC units were transfused in 86 patients (36.5%). The mean pretransfusion hemoglobin level was 7.7 ± 1.1 g/dL. Transfused-patients had significantly higher SOFA score (7.9 ± 4.6 vs 5.6 ± 3.8, p < 0.05, respectively), days on mechanical ventilation (10.7 ± 8.2 vs 7.2 ± 6.4, p < 0.05) and days on vasoactive drugs (6.7 ± 6.4 vs 4.2 ± 4.0, p < 0.05) than non-transfused patients despite similar APACHE II scores (15.2 ± 8.1 vs 14.2 ± 8.1, NS). Transfused patients had higher mortality rate (43.5%) than non-transfused patients (36.3%) (RR 0.60-1.15, NS). Only one patient (0.28%) had febrile non-hemolytic transfusion and urticarial reactions. CONCLUSIONS: Anemia is common in critically ill patients.It seems from the present study that transfusion practices in Brazil have had a more restrictive approach with a lower limit "transfusion trigger".
RESUMEN
Dezessete pacientes com forma leve ou moderada de hipertensäo arterial foram tratados com a associaçäo de metoprolol (100 mg) e de hidroclorotiazida (12,5mg) em dose única diária durante 2 meses, após um período placebo de 15 dias. A média das idades foi 43,6 + ou - 11,9 anos. Observou-se queda significativa da pressäo arterial sistólica (PAS) e da diastólica (PAD): na fase de placebo PAS = 165,6 + ou - 17,3 e PAD = 103,4 + ou - 7,4 e após 2 meses de tratamento, PAS = 148,3 + ou - 25,0 e PAD = 92,1 + ou - 13,4 mmHg (p <0,05), na posiçäo supina. O comportamento da pressäo arterial medida na posiçäo ortostálica foi similar. Näo houve alteraçäo na freqüência cardíaca dos pacientes: na fase de placebo, 71,7 + ou - 9,1 e 76.1 + ou - 9,8 e após 2 meses de tratamento, 72,3 + ou - 11,8 e 74,1 + ou - 11,7 bpm (p >0,05) medidas efetuadas na posiçäo supina e ortostática, respectivamente. Houve queda significativa dos níveis plasmáticos de potásio após 1 mês de tratamento, corrigida espontaneamente após 2 meses na fase de placebo, 4,69 + ou - 0,38; após 1 mês de tratamento, 4,25 + ou - 0,48 mEq/1. Os valores médios do ácido úrico sérico (mg%) näo apresentaram variaçäo significante nos diferentes períodos estudados (na fase de placebo, 6,1 + ou - 1,6; após 1 mês de tratamento, 6,4 + ou - 1,8 e após 2 meses, 6,2 + ou - 1,6). Concluiu-se que a associaçäo é efetiva, num período de 60 dias, no tratamento de pacientes de hipertensäo arterial leve ou moderada. A ausência de efeitos colaterais consideráveis foi atribuída à baixa dose empregada (AU)1 e após 2 meses de tratamento, 4,47 + ou - 0,50 mEq/1. Os valores médios do ácido úrico sérico (mg%) näo apresentaram variaçäo significante nos diferentes períodos estudados (na fase de placebo, 6,1 + ou - 1,6; após 1 mês de tratamento, 6,4 + ou - 1,8 e após 2 meses, 6,2 + ou - 1,6). Concluiu-se que a associaçäo é efetiva, num período de 60 dias, no tratamento de pacientes de hipertensäo arterial leve ou moderada. A ausência de efeitos colaterais consideráveis foi atribuída à baixa dose empregada