RESUMEN
Fudamento: O Peptídeo Natriurético Cerebral (BNP) tem se mostrado um importante auxiliar no diagnóstico diferencial de dispnéia na sala de emergência, entretanto,a sua exatidão varia de acordo com o achado ecocardiográfico que se quer predizer. Objetivo: Avaliar o desempenho do BNP como preditor de insuficiência mitral(IM), pelo menos moderada, em pacientes com queixa de dispnéia. Métodos: Imediatamente após a anamnese e o exame físico foi realizada a coleta de sangue para a dosagem de BNP, seguida pelo ecocardiograma transtorácico. Para a análise da função ventricular (VE)foi utilizado critério subjetivo, assim como para a quantificação da regurgitação mitral(análise do jato regurgitante pelo Doppler colorido e pulsado), sendo a IM considerada significativa, quando maior igual moderada. O poder discriminatório do BNP para detectar IM significativa foi analisado através da área sobre a curva ROC(ASROC), nos seguintes contextos: 1)em toda a população amostral; 2)apenas nos pacientes com disfunção sistólica de VE (DSVE); 3)apenas nos pacientes sem disfunção sistólica de VE(SDSVE). Também foi realizada a ASROC para a disfunção sistólica de VE +IM(DSVEIM) na população amostral. Resultados: foram analisados 250 pacientes(47,7 por cento masculinos), com idade média de 77,4 anos. A correlação entre o BNP e a IM foi considerada boa(r igual 0,488 com p igual 0,000001). As ASROC foram 0,866(95 por cento CI 0,804-0,928), 0,815(95 por cento CI 0,695-0,936) e 0,800(95 por cento 0,685-0,915) para respectivamente TP, SDVE e DSVE. A ARSROC para a DSVEIM foi 0,906(95 POR CENTO CI 0,855-0,957). Conclusão: a magnitude de IM aumenta o BNP de forma linear. O poder discriminatório do BNP para IM foi bom(ASROC maior igual a 0,8), tanto na população amostral quanto nos subgrupos DSVE e SDSVE, porém foi maior para discriminar DSVEIM