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INTRODUÇÃO: A osteorradionecrose (ORN) é uma complicação associada ao tratamento radioterápico em região de cabeça e pescoço, caracteriza-se como a formação de osso necrótico e desvitalizado. Possui sinais e sintomas como dor, formação de fístula intra ou extraoral, exposição óssea, trismo, fratura patológica e sequestro ósseo. A proposta terapêutica mais eficaz é o debridamento ósseo e dos tecidos moles afetados associado a antibioticoterapia. A radioterapia reduz a vascularização do tecido, causando hipóxia e reduzindo sua capacidade de regeneração tecidual. Diante de um caso de trauma, a reparação não será efetiva e o tecido pode progredir para um tecido necrótico e desvitalizado. RELATO DE CASO: Paciente gênero feminino, 59 anos com diagnóstico de Insuficiência Mitral grave estágio D de provável etiologia reumática, fibrilação atrial em uso de anticoagulante antagonista de vitamina K, histórico de tratamento radioterápico de neoplasia de língua há oito anos e extração dentária recente. Como queixa principal, dor de difícil controle medicamentoso. Ao exame físico extraoral apresentava edema, hiperemia em região submandibular direita efístula com drenagem de exsudato purulento.No exame físico intraoral desdentada total superior e inferior sem uso de prótese dentáriacom presença de exposição óssea em rebordo alveolar de aproximadamente 5cm na região inferior anterior e posterior do lado direito. A hipótese diagnóstica foi de ORN. Conduta realizada em conjunto com equipe de cirurgia bucomaxilofacial de serviço externofoi debridamento de tecido ósseo necrótico em região de rebordo alveolar até região de parassínfise esquerda para remoção de tecido ósseo desvitalizado, antibioticoterapia e acompanhamento odontológico semanal com sessões de laserterapia de baixa potência e terapia fotodinâmica. Após a realização de cirurgia cardíaca para troca da valva paciente evoluiu com fratura patológica em mandíbula e foiencaminhada para ressecção parcial de mandíbulasob anestesia geral. No pós-operatório apresentoudiscreta assimetria facial, ausência de exposição óssea e regressão total da sintomatologia dolorosa. CONSIDERAÇÕESFINAIS: O manejo da ORN é considerado desafiador em pacientes tratados com radioterapia de cabeça e pescoço. O caso evidencia a importânciado diagnóstico e tratamento correto para evitar complicações tardias que reduzam a qualidade de vida. O cirurgião-dentista deve estar atento à prevenção dessa condição.

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PURPOSE: To evaluate the accuracy of three-dimensional (3D) soft tissue prediction in bimaxillary orthognathic surgery. METHODS: Cone-beam computed tomographs of 88 patients with class II (n = 46) and class III (n = 42) malocclusions, who underwent bimaxillary orthognathic surgery, were included in this retrospective study. 3D soft tissue prediction and postoperative outcome were compared by using ten landmarks of facial soft tissues. Patients' sex and age were also assessed. Results were analyzed using a mixed model methodology (p < 0.05). RESULTS: The success criterion adopted was a mean discrepancy of < 2 mm. Most mandibular landmarks indicated a tendency for underprediction with a downward direction in class II patients, with some values > 2 mm. In class III, there was overprediction with a downward direction for the mandibular landmarks, with values < 2 mm. More accurate results were found in female and older patients. CONCLUSIONS: 3D surgical planning showed clinically acceptable results for predicting soft tissues in patients undergoing bimaxillary orthognathic surgery, with more accurate results for class III patients. Although some differences were found when age and sex were interacted, a consistent association between these variables could not be stated. These results support the clinician, as accuracy can provide a strong guide to the surgeon when planning surgical orthodontic treatment.

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OBJECTIVE: This retrospective and observational study evaluated the accuracy of a 3D virtual surgical planning (VSP) for the maxillary positioning and orientation in patients undergoing bimaxillary orthognathic surgery, comparing the planned and postoperative outcomes. SETTING AND SAMPLE POPULATION: Seventy consecutive patients of both sexes, who were submitted to bimaxillary orthognathic surgery between 2015 and 2019 were included in our study. MATERIAL AND METHODS: The patients were evaluated by fusing preoperative planning and postoperative outcome using cone-beam computed tomography scan evaluation. Three-dimensional VSP and postoperative outcomes were compared by using three linear and three angular measurements. The main outcome interest was the difference between the VSP movement, and the surgical movement obtained. The success criterion adopted was a mean linear difference of <2 mm and a mean angular difference of <4°. RESULTS: Results were analysed using a linear mixed model with fixed and random effects, at α = .05. No significant statistical differences were found for linear and angular measurements between the planned and postsurgical outcomes (P > .05). All overlapping points presented values within the range considered clinically irrelevant (<2 mm; <1°). CONCLUSIONS: Three-dimensional VSP was executed with a high degree of accuracy. When comparing the planned and postsurgical outcomes, all overlapping points presented values within the range considered clinically irrelevant.

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ABSTRACT Correction of severe vertical bone deficiency in the posterior region of mandibular alveolar ridge requires surgical management if implants are scheduled and cannot have primary stability. The aim of the present study is to report two cases; one treated with alveolar osteogenesis distraction and the other with segmental osteotomy with autologous graft interposition, by describing the surgical steps as well as show the results and experiences acquired with these techniques. We opted for these methods to reconstruct the posterior mandibular region after remarkable vertical bone loss based mainly by the height and thickness of the remaining bone. Alveolar osteogenic distraction is highly advisable when vertical deficiency is severe, and if these cases are treated with the segmental osteotomy and autologous graft interposition, complications as graft failure, necrosis and resorption are more prone to occur due to insufficient vascularization. After bone maturation and bone neoformation secondary to alveolar osteogenic osteogenic distraction and segmental osteotomy with autologous graft interposition, respectively, the two presented case reports were able to securely receive dental implants. In cases of vertical bone loss of the posterior mandibular region, both surgeries currently represent the best choice for bone gain prior dental implants placement for oral rehabilitation, without technical challenges, although biological evidence to assure the superiority of one technique over the other must be further investigated.

RESUMO A correção de deficiência óssea severa em altura na região posterior do rebordo alveolar da mandíbula requer tratamento cirúrgico caso a inserção de implantes dentários seja necessária e não se pode ter uma estabilidade primária. O objetivo do presente estudo é relatar dois casos; um tratado com distração osteogênica alveolar e o outro com osteotomia segmentar associada à interposição de um enxerto autógeno, descrevendo a sequência cirúrgica, bem como mostrar os resultados e as experiências adquiridas com essas técnicas. Optamos por esses métodos para reconstruir a região mandibular posterior baseados principalmente na altura e espessura óssea remanescentes. A distração osteogênica alveolar é altamente recomendável quando essa deficiência é avançada e, se esses casos são tratados com a osteotomia segmentar e interposição de enxerto autógeno, complicações como falha do enxerto, necrose e reabsorção são mais prováveis de ocorrer devido à vascularização sua insuficiente. Após os períodos de reparação e neoformação óssea secundária à distração osteogênica alveolar e à osteotomia segmentar com interposição de enxerto autógeno, respectivamente, os dois casos relatados estavam aptos a receberem seguramente os implantes dentários. Nos casos de perda óssea em altura na região mandibular posterior, ambas as cirurgias representam, atualmente, a melhor escolha para o ganho de estrutura óssea antes da colocação dos implantes dentários e reabilitação oral, sem muita complexidade quanto à técnica cirúrgica, embora ainda sejam necessário estudos posteriores para assegurar a superioridade de uma técnica em relação a outra.

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The calcifying odontogenic cystic tumor (CCOT) is a benign lesion of odontogenic origin characterized by an ameloblastoma-like epithelium with ghost cells that may calcify. Despite broadly considered as a cyst, some investigators prefer to classify it as a neoplasm. Clinically, it occurs predominantly during the third decade of life. No difference in gender prevalence has been observed nor predilection of the lesion between maxilla and mandible. The most affected region extends from the incisor tooth to bicuspids. The classic treatment of the lesion is full excision, although a different approach may be determined by the possible association with another odontogenic tumor. Depending on the tumor size and the vicinity with important structures, decompression may be undertaken before its complete removal. The present report describes a case of CCOT with large proportions, located at the right maxilla and extending to the maxillary sinus, nasal cavity, and orbital floor. The treatment option was surgical decompression as the initial procedure, with satisfactory outcome. After partial remission, the lesion was fully removed, and the post-operative follow-up was uneventful.

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A well fixed endotracheal tube is essential for safety during general anesthesia. In maxillofacial surgeries, securely fixing a nasotracheal tube in place has always been problematic. The aim of this article is to describe a simple but effective technique to fasten the nasotracheal tube using a wire support that allows a full range of head movement without interference in the surgical field. During the last 5 years, this device was successfully used in almost two hundred patients with very few complications.

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O equilíbrio das pressões da língua e dos lábio faz parte dos fatores responsáveis pela posição dos arcos dentais. A macroglossia é um importante fator etiológico de algumas más oclusões ou gera instabilidade no pós-tratamento ortodôntico. Seu diagnóstico é baseado nos achados clínicos, podendo ser usados também dados da cefalometria. Pode ser considerada como anomalia verdadeira ou relativa. A indicação cirúrgica se faz após tentativa de tratamento fonoaudiológico quando há obstrução de vias aéreas, dificultando na fala e instabilidade dos arcos dentais. Várias são as técnicas usadas para a glossectomia parcial. Relatamos dois casos de macroglossia relativa que impediam a finalização do tratamento ortodôntico onde foi necessária a glossectomia parcial. Este trabalho tem a proposta de discutir o diagnótico, as indicações do tratamento e relatar as técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas

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