RESUMEN
A veia safena magna é usualmente utilizada como conduto em derivações vasculares. Sua degeneração e dilatação aneurismática são raras e têm causas desconhecidas. Este relato trata-se de um paciente masculino de 32 anos, hígido, que evolui, 19 anos depois de uma reconstrução arterial com enxerto venoso, com o aneurisma do enxerto. Foi tratado com substituição do mesmo por prótese de PTFE, evoluindo sem intercorrências. A microscopia mostrou área de dissecção da parede do enxerto com deposição de células espumosas.
The saphenous vein is usually used as a conduit in vascular bypass. Its degeneration and aneurysm are rare and have unknown causes. This report comes from a male patient 32 years old, healthy, evolving, 19 years later of an arterial reconstruction with venous graft with the aneurysm of this graft. He was treated with replacement of it by PTFE bypass, evolving without complications. Microscopy showed dissection area of the graft wall with deposition of foam cells.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Adulto , Aneurisma/diagnóstico , Prótesis e Implantes , Vena SafenaRESUMEN
CONTEXTO: A insuficiência renal crônica é uma doença de alta prevalência e morbidade, o que determina queda da qualidade de vida. Pacientes em hemodiálise necessitam de um acesso vascular que permita a conexão da circulação do paciente ao circuito externo de hemodiálise. Dentre os acessos disponíveis, as fístulas arteriovenosas (FAV) são as que mais se aproximam do acesso ideal. OBJETIVO: Avaliar a perviedade precoce das FAV, identificando os fatores relacionados ao insucesso destas. MÉTODOS: Foram acompanhados todos os pacientes submetidos à confecção das FAV no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, no período de agosto de 2008 a janeiro de 2009, avaliando-se a perviedade destas no 1º, 10º e 30º pós-operatório. Foram realizadas 31 FAV no período, apresentando-se média de idade de 63,06 anos, sendo 18 pacientes do sexo masculino e 13 do feminino. RESULTADOS: Vinte e seis FAV foram distais, todas radiocefálicas; quatro foram proximais, das quais duas braquiocefálicas e duas braquiobasílicas superficializadas; uma FAV confeccionada com alça de politetrafluoretileno (PTFE) fêmoro-femoral esquerda. A taxa de perviedade no primeiro mês foi de 71 por cento dos casos. O uso de cateteres venosos centrais apresentou-se como fator de risco para oclusão da FAV (p=0,01). As FAV continuam sendo o acesso vascular para hemodiálise mais aceito e mais seguro. A indicação precoce para confecção das FAV é de fundamental importância, evitando-se, assim, o uso de cateteres e suas complicações. CONCLUSÕES: A perviedade precoce encontrada neste estudo é semelhante à da literatura, e o uso prévio de cateteres é o fator de risco mais significativo para oclusão precoce desta.
BACKGROUND: Chronic renal failure is a disease of high prevalence and high morbidity, which impairs the patients' quality of life. Patients on hemodialysis need a vascular access for connection with the hemodialysis equipment. Arteriovenous fistulas (AVF) are the best option for this purpose. OBJECTIVE: To evaluate the early patency of AVFs and to identify the causes of their failure. METHODS: All patients AVF underwent operations for dialysis from August, 2008 to January, 2009. The AVF patency was evaluated on the 1st, 10th and 30th postoperative days. Thirty-one operations for AVF were performed in our hospital in the period; 18 patients were males and the mean age was 63.03 years. RESULTS: Twenty-six AVF were distal, all radial-cephalic; four were proximal, out of which two were brachiocephalic and two were brachiobasilic; one AVF was a femoral-femoral loop PTFE graft. The patency rate in the first month was of 71 percent. The use of central venous catheters was a risk factor for AVF occlusion (p=0.01). AVF remains the most accepted and safe vascular access. Early performance of the AVF is very important to avoid the complications resulting from long-term use of central venous catheters. CONCLUSIONS: Data regarding early patency found in this study were similar to those found in literature, and the use of central venous catheters before performing AVF is an important risk factor for occlusion.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Diálisis Renal/métodos , Fístula Arteriovenosa/diagnóstico , Insuficiencia Renal Crónica/diagnóstico , Calidad de Vida/psicología , Cateterismo/enfermería , Grado de Desobstrucción Vascular , PrevalenciaRESUMEN
A insuficiência renal crônica (IRC) tem alta prevalência e a maior parte dos pacientes acometidos está em programa de hemodiálise necessitando, portanto, de acesso vascular. As fístulas arteriovenosas (FAV) são os acessos mais indicados e duradouros. Mesmo em casos de complicações, deve-se tentar o salvamento desses acessos. Trabalhos da literatura mostram a possibilidade de salvamento das FAV's, mesmo de maneira tardia. Deve-se tentar sempre a reparação do acesso atual, evitando o esgotamento do sistema venoso. Este trabalho relata o caso de uma paciente de 69 anos com IRC apresentando uma trombose de FAV braquiocefálica com drenagem para veia basílica por ramos colaterais, o que a tornou maturada. Essa veia foi utilizada no reparo do acesso, evitando o uso de cateteres.
Chronic renal insufficiency (CRI) has high prevalence and the majority of the patients are in hemodialysis program and, then, they need a vascular access. Arteriovenous fistulas (AVF) are the more indicated accesses and have a long term use. Even in cases of complications, the salvage of theses accesses must be tried. Researches of literature show the possibility of access salvage of AFV's, even in a long time after the complication. The repair of thepresent access must always be tried, avoiding the depletion of the venous system. This study is a case report of a 69 years-old female patient with CRI presenting thrombosis of a brachial-cefalic AFV with drainage to basilic vein by collateral branches, which maturated that vein. Basilic vein was used on the access repair, avoiding catheter use.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Anciano , Diálisis Renal/enfermería , Fístula Arteriovenosa , Insuficiencia Renal Crónica/patología , TrombosisRESUMEN
Cateteres venosos de longa permanência são amplamente utilizados em pacientes com necessidade de acesso venoso por período prolongado. A infecção relacionada a esses cateteres permanece um desafio na prática clínica. Revisamos a literatura acerca da epidemiologia e tratamento das infecções relacionadas a cateteres. Staphylococcus aureus é a bactéria mais comumente isolada. Os cateteres semi-implantáveis apresentam taxas de infecção maiores que os totalmente implantáveis. O tratamento pode ser feito com locks, antibioticoterapia sistêmica e até mesmo com retirada do cateter, dependendo do tipo de infecção, do microrganismo isolado e das condições clínicas do paciente. O salvamento do cateter deve ser tentado sempre que possível.
Long-term venous catheters are widely used in patients with needs of venous access for prolonged periods. The infection related to these catheters remains a challenge in clinical practice. We reviewed the literature about infection epidemiology and treatment related to catheters. Staphylococcus aureus is the most common isolated bacteria. Tunneled catheters present higher infection rates than implanted ports. Treatment may consist in the use of locks, systemic antibiotics, and even catheter removal, depending on the kind of infection, the isolated microorganism, and the patient's clinical conditions. Catheter salvation should be tried whenever possible.
Asunto(s)
Humanos , Catéteres de Permanencia/microbiología , Diálisis Renal/métodos , Staphylococcus aureus/virología , Infecciones/diagnósticoRESUMEN
A doença cérebro-vascular é hoje uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. Sendo a aterosclerose a principal condição patológica responsável pela doença do sistema vascular encefálico extracraniano. Em geral, as lesões ateromatosas desenvolvem-se nas ramificações ou bifurcações arteriais, sendo a bifurcação das artérias carótidas a localização mais freqüente da doença aterosclerótica do sistema vascular encefálico. A endarterectomia carotídea é considerada o tratamento padrão ouro da estenose crítica da artéria carótida extracraniana, porém nos últimos anos, com a publicação de grandes trials randomizados, o tratamento endovascular vem ganhando destaque como alternativa no tratamento da estenose carotídea (AU)
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Trastornos Cerebrovasculares , Endarterectomía Carotidea , Trastornos Cerebrovasculares/complicaciones , Trastornos Cerebrovasculares/diagnóstico , Trastornos Cerebrovasculares/cirugía , Trastornos Cerebrovasculares/terapiaRESUMEN
A doença cérebro-vascular é hoje uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo. Sendo a aterosclerose a principal condição patológica responsável pela doença do sistema vascular encefálico extracraniano. Em geral, as lesões ateromatosas desenvolvem-se nas ramificações ou bifurcações arteriais, sendo a bifurcação das artérias carótidas a localização mais freqüente da doença aterosclerótica do sistema vascular encefálico. A endarterectomia carotídea é considerada o tratamento padrão ouro da estenose crítica da artéria carótida extracraniana, porém nos últimos anos, com a publicação de grandes trials randomizados, o tratamento endovascular vem ganhando destaque como alternativa no tratamento da estenose carotídea
Asunto(s)
Humanos , Adulto , Trastornos Cerebrovasculares , Endarterectomía Carotidea , Trastornos Cerebrovasculares/complicaciones , Trastornos Cerebrovasculares/diagnóstico , Trastornos Cerebrovasculares/cirugía , Trastornos Cerebrovasculares/terapiaRESUMEN
A embolia arterial aguda de membros inferiores possui diversas etiologias, sendo o coração a principal fonte emboligênica. Na grande maioria dos casos, a fibrilação atrial é a responsável pela formação dos trombos. A oclusão de grandes artérias de membros inferiores por êmbolos sépticos tem baixa incidência, e mais comumente está relacionada à endocardite fúngica, sendo raros os casos de etiologia bacteriana. O presente estudo relata o caso de uma paciente de 21 anos, admitida com quadro de dor em membro inferior direito há aproximadamente 10 dias, associada à parestesia e frialdade. Ao exame físico apresentava ausência de pulsos poplíteo e distais, diminuição de temperatura a partir de terço distal da coxa e perfusão capilar lentificada. Realizado arteriografia que evidenciou imagem sugestiva de êmbolo em bifurcação de artéria femoral comum direita. Submetido à exploração cirúrgica, na qual visualizou-se intenso processo inflamatório local e abscesso envolvendo a origem das artérias femoral superfical e profunda, que foram ligadas e ressecadas. Realizado enxerto com veia safena entre as artérias femoral comum e superficial. Durante a investigação diagnóstica, a hemocultura revelou crescimento de S. aureus. Evoluiu no período pós-operatório com quadro de choque cardiogênico; ecocardiograma apresentando espessamento de folhetos de valva mistral, vegetação aderida em folheto anterior associada à imagem sugestiva de ruptura de cordoalha tendínea; necessitando de transferência na urgência, para serviço de cirurgia cardíaca, onde foi submetida à cirurgia de troca valvar. Recebeu alta no 15º pós-operatório com ausência de pulsos distais, porém com melhora dos sintomas, função do membro preservada e boa perfusão periférica. Os eventos embólicos são complicações raras de endocardite bacteriana, porém aumentam a morbidade e mortalidade desta patologia, e seu diagnóstico e tratamento precoces possuem impacto positivo no prognóstico destes casos (AU)
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Endocarditis , Embolia , Extremidad InferiorRESUMEN
A embolia arterial aguda de membros inferiores possui diversas etiologias, sendo o coração a principal fonte emboligênica. Na grande maioria dos casos, a fibrilação atrial é a responsável pela formação dos trombos. A oclusão de grandes artérias de membros inferiores por êmbolos sépticos tem baixa incidência, e mais comumente está relacionada à endocardite fúngica, sendo raros os casos de etiologia bacteriana. O presente estudo relata o caso de uma paciente de 21 anos, admitida com quadro de dor em membro inferior direito há aproximadamente 10 dias, associada à parestesia e frialdade. Ao exame físico apresentava ausência de pulsos poplíteo e distais, diminuição de temperatura a partir de terço distal da coxa e perfusão capilar lentificada. Realizado arteriografia que evidenciou imagem sugestiva de êmbolo em bifurcação de artéria femoral comum direita. Submetido à exploração cirúrgica, na qual visualizou-se intenso processo inflamatório local e abscesso envolvendo a origem das artérias femoral superfical e profunda, que foram ligadas e ressecadas. Realizado enxerto com veia safena entre as artérias femoral comum e superficial. Durante a investigação diagnóstica, a hemocultura revelou crescimento de S. aureus. Evoluiu no período pós-operatório com quadro de choque cardiogênico; ecocardiograma apresentando espessamento de folhetos de valva mistral, vegetação aderida em folheto anterior associada à imagem sugestiva de ruptura de cordoalha tendínea; necessitando de transferência na urgência, para serviço de cirurgia cardíaca, onde foi submetida à cirurgia de troca valvar. Recebeu alta no 15º pós-operatório com ausência de pulsos distais, porém com melhora dos sintomas, função do membro preservada e boa perfusão periférica. Os eventos embólicos são complicações raras de endocardite bacteriana, porém aumentam a morbidade e mortalidade desta patologia, e seu diagnóstico e tratamento precoces possuem impacto positivo no prognóstico destes casos