RESUMEN
RESUMO Objetivo Avaliar se existe associação entre a presença de disfagia orofaríngea e a frequência de exacerbações em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Métodos Estudo transversal, para o qual foram recrutados pacientes com DPOC (Volume expiratório forçado no 1º segundo [VEF1]/Capacidade vital forçada [CVF] <0,7 após uso de broncodilatador), sem exacerbação dos sintomas nas últimas seis semanas, que realizavam acompanhamento ambulatorial e responderam ao questionário de autoavaliação para risco de disfagia. Além disso, foram submetidos à avaliação clínica e videofluoroscópica da deglutição. Resultados Vinte e sete pacientes com diagnóstico de DPOC responderam ao questionário de autoavaliação e realizaram a avaliação clínica da deglutição. Dezoito (66,7%) foram submetidos à avaliação instrumental por meio do exame de videofluoroscopia. A média de idade dos pacientes avaliados foi de 62,7 anos, sendo a maioria mulheres (63%), e mais da metade dos pacientes (70,4%) possuía fenótipo exacerbador. Observou-se associação significativa (p=0,039) entre os pacientes com diagnóstico de disfagia e o número de exacerbações no último ano. Conclusão A presença da disfagia orofaríngea deve ser considerada nos pacientes portadores de DPOC que apresentam o fenótipo exacerbador.
ABSTRACT Purpose To assess whether there is an association between the presence of oropharyngeal dysphagia and the frequency of exacerbations in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD). Methods This is a cross-sectional study. Patients with COPD (forced expiratory volume in the first second [FEV1] / forced vital capacity [FVC] <0.7 after bronchodilator use) were recruited, with no exacerbation of symptoms in the last six weeks, who underwent outpatient follow-up and answered the questionnaire of self-assessment for risk of dysphagia. In addition, they underwent clinical and videofluoroscopic evaluation of swallowing. Results Twenty-seven patients diagnosed with COPD answered the self-assessment questionnaire and underwent the clinical evaluation of swallowing. Eighteen (66.7%) underwent instrumental evaluation through the videofluoroscopy exam. The mean age was 62.7 years, with the majority of females (63%) and more than half of patients (70.4%) having an exacerbator phenotype. A significant association (p = 0.039) was observed between patients diagnosed with dysphagia and the number of exacerbations in the last year. Conclusion The presence of oropharyngeal dysphagia should be considered in patients with COPD presenting an exacerbator phenotype.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Fenotipo , Trastornos de Deglución/diagnóstico por imagen , Enfermedad Pulmonar Obstructiva Crónica/diagnóstico , Orofaringe , Índice de Severidad de la Enfermedad , Broncodilatadores , Estudios Transversales , Progresión de la Enfermedad , Autoevaluación DiagnósticaRESUMEN
Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são locais destinados à atenção e cuidados de pacientes clinicamente comprometidos. A intervenção fonoaudiológica precoce visa identificar rapidamente a disfagia, prevenindo suas complicações clínicas. A avaliação clínica à beira do leito é atualmente a forma mais utilizada. Objetivo: relacionar a presença de disfagia e as complicações clínicas em pacientes adultos com diferentes doenças de base, internados em uma UTI. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, realizado por análise de protocolos fonoaudiológicos dos pacientes atendidos em uma UTI, entre julho de 2012 e abril de 2014. Esta pesquisa foi aprovada pelos Comitês de Ética em Pesquisa das instituições participantes. Resultados: A amostra contou com 110 pacientes, a maioria encaminhada com quadro clínico de alteração pulmonar e/ou neurológica, com média de idade de 60,3 anos. Encontraram-se associações significativas da disfagia com o diagnóstico de desnutrição (p=0,020) e uma tendência de associação com os pacientes submetidos à traqueostomia (p=0,058). Observou-se que o tempo de ventilação mecânica é quatro dias superior, em mediana, nos pacientes com disfagia, e que a cada dia que um paciente passa em ventilação mecânica aumenta em 10% a chance de apresentar alteração de deglutição. Conclusão: As complicações clínicas encontradas nos pacientes submetidos à avaliação fonoaudiológica com diagnóstico de disfagia foram a desnutrição e a idade, visto que o grau de disfagia varia e se agrava com o avançar da idade. A atuação fonoaudiológica permite o diagnóstico precoce da disfagia, reduzindo o tempo de internação hospitalar e proporcionando melhor qualidade de vida.
Introduction: The Intensive Care Units (ICUs) are premises for the attention and care of medically compromised patients. Early speech-language therapy aims to quickly identify dysphagia, preventing clinical complications. Clinical evaluation at the bedside is a currently used form to identify. Objective: To relate the presence of dysphagia and clinical complications in adult patients with different underlying diseases hospitalized in an ICU. Methods: A retrospective, descriptive study conducted by analysis of speech-language therapy protocols of patients admitted to an ICU from July 2012 to April 2014. This study was approved by the Ethics Committee in Research of the participating institutions. Results: The sample included 110 patients, most sent with clinical pulmonary and / or neurological disorder, with mean age of 60.3 years. They found significant associations of dysphagia diagnosed with malnutrition (p = 0.020) and a trend of association with patients undergoing tracheostomy (p = 0.058). It was observed that the mechanical ventilation is superior four days, on average, in patients with dysphagia and that every day that a patient goes on mechanical ventilation increases by 10% the chance to present swallowing change. Conclusion: The clinical complications found in patients undergoing clinical assessment with dysphagia were malnutrition and age, whose dysphagia level varies and worsens with age. The speech therapy allows early diagnosis of dysphagia, reducing the length of hospital stay and providing better quality of life to the patient.
Introducción: Unidades de cuidados intensivos (UCI) son premisas para la atención y cuidado de los pacientes médicamente comprometidos. Terapia del habla temprana tiene como objetivo identificar rápidamente la disfagia, la prevención de complicaciones clínicas. La evaluación clínica a pie de cama es actualmente la forma más ampliamente utilizada. Objetivo: relacionar la presencia de disfagia y complicaciones clínicas en pacientes adultos hospitalizados en una UCI. Metodos: Estudio retrospectivo, descriptivo llevado a cabo mediante el análisis de protocolos de terapia del habla de los pacientes ingresados en una UCI de julio de 2012 hasta abril de 2014. Este estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de las instituciones participantes. Resultados: La muestra incluyó a 110 pacientes, la mayoría enviados con clínica pulmonar y / o trastorno neurológico, con edad media de 60,3 años. Ellos encontraron asociaciones significativas de disfagia diagnosticados con desnutrición (p = 0,020) y una tendencia a la asociación con los pacientes sometidos a traqueotomía (p = 0,058). Se observó que la ventilación mecánica es superior a cuatro días, en promedio, en los pacientes con disfagia y que cada día que un paciente va en aumento de la ventilación mecánica en un 10% la posibilidad de presentar tragar cambio. Conclusión: Las complicaciones clínicas encontradas en pacientes con el diagnóstico disfagia eran la desnutrición y la edad. La terapia del habla permite el diagnóstico precoz de la disfagia, la reducción de la duración de la estancia hospitalaria y ofrece una mejor calidad de vida.
Asunto(s)
Humanos , Persona de Mediana Edad , Cuidados Críticos , Deglución , Trastornos de Deglución , Unidades de Cuidados Intensivos , Intubación Intratraqueal , TraqueostomíaRESUMEN
O objetivo deste estudo foi verificar a ocorrência de disfagia após acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico agudo durante as primeiras 48 horas de aparecimento dos sintomas para o estabelecimento de uma possível relação entre o nível de comprometimento neurológico e o grau de severidade da disfagia. Após a admissão hospitalar de emergência, três pacientes passaram por avaliação clínica neurológica, composta por exame físico geral, exame neurológico e aplicação da NationalInstitute of Health Stroke Scale (NIHSS); e avaliação clínica da deglutição por meio do Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD). Dos pacientes avaliados, um apresentou deglutição funcional, com NIHSS 11, e dois apresentaram disfagia orofaríngea leve e moderada, sendo o NIHSS 15 e 19, respectivamente. O fluxo do serviço e a procura tardia dos pacientes por auxílio médico determinaram o baixo número de amostra. Os resultados obtidos confirmam os dados da literatura em relação à gravidade do paciente neurológico e à manifestação de disfagia.
The aim of this case study was to verify the occurrence of dysphagia in acute ischemic stroke within 48 hours after the onset of the first symptoms, in order to establish a possible relationship between the level of neurologic impairment and the severity degree of dysphagia. After emergency hospital admission, three patients underwent neurological clinical evaluation (general physical examination, neurological examination, and application of the National Institute of Health Stroke Scale - NIHSS), and clinical assessment of swallowing using the Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD - Speech-Language Pathology Protocol for Risk Evaluation for Dysphagia). One of the patients presented functional swallowing (NIHSS score 11), while the other two had mild and moderate oropharyngeal dysphagia (NIHSS scores 15 and 19, respectively). The service flow and the delay on the patients' search for medical care determined the small sample. The findings corroborate literature data regarding the severity of the neurological condition and the manifestation of dysphagia.
Asunto(s)
Anciano , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Trastornos de Deglución/etiología , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Trastornos de Deglución/diagnóstico , Riesgo , Índice de Severidad de la Enfermedad , Patología del Habla y LenguajeRESUMEN
The aim of this case study was to verify the occurrence of dysphagia in acute ischemic stroke within 48 hours after the onset of the first symptoms, in order to establish a possible relationship between the level of neurologic impairment and the severity degree of dysphagia. After emergency hospital admission, three patients underwent neurological clinical evaluation (general physical examination, neurological examination, and application of the National Institute of Health Stroke Scale - NIHSS), and clinical assessment of swallowing using the Protocolo Fonoaudiológico de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD--Speech-Language Pathology Protocol for Risk Evaluation for Dysphagia). One of the patients presented functional swallowing (NIHSS score 11), while the other two had mild and moderate oropharyngeal dysphagia (NIHSS scores 15 and 19, respectively). The service flow and the delay on the patients' search for medical care determined the small sample. The findings corroborate literature data regarding the severity of the neurological condition and the manifestation of dysphagia.
Asunto(s)
Trastornos de Deglución/etiología , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Anciano , Trastornos de Deglución/diagnóstico , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Riesgo , Índice de Severidad de la Enfermedad , Patología del Habla y LenguajeRESUMEN
OBJETIVO: verificar efeitos de um programa de bem-estar vocal aos consultores de um serviço de tele-atendimento para a saúde. MÉTODOS: participaram do estudo 27 consultores do Call Center VivaVoz que foram avaliados pré e pós-treinamento de voz por meio de análise perceptivo-auditiva da qualidade vocal, articulação, velocidade de fala, ressonância, intensidade e freqüência, por meio da emissão de vogais sustentadas e de fala encadeada com contagem de números de 1 à 20 e a emissão dos dias da semana. O registro de voz foi realizado em sistema digital e a escala japonesa GRBAS-I como instrumento de análise. Também foram realizadas a auto-avaliação vocal e o levantamento dos sintomas vocais. Atividades de voz foram divididas em cinco oficinas sobre saúde vocal, técnicas de aquecimento e desaquecimento, articulação e respiração. Análises descritivas e bivariadas foram realizadas, utilizando Teste T para amostras pareadas e Teste de McNemar. RESULTADOS: os resultados pré-intervenção são de que 50 por cento das mulheres e 33 por cento dos homens consultores apresentaram alterações em relação à respiração, 50 por cento das consultoras com alterações na qualidade vocal e 33 por cento dos homens dificuldades em relação à articulação. Após as oficinas, os resultados mostraram melhora da qualidade vocal, do padrão articulatório e da fluência de fala, bem como da satisfação vocal nos relatos dos consultores. CONCLUSÃO: observaram-se mudanças positivas na qualidade do atendimento à população, além da ampliação do conhecimento dos teleatendentes em relação ao uso correto da voz e manutenção do bem-estar vocal.
PURPOSE: to determine effects of a program of vocal well-being for consultants of a call center for health. METHODS: the study involved 27 consultants of the Call Center VivaVoz who were assessed before and after voice training by analysis of perceptual voice quality, articulation, speech rate, resonance, intensity and frequency through the utterance of sustained vowels and connected speech with counting from 1 to 20 and the issue of the week. Voice recording was done in the digital system and the Japanese scale GRBAS-I as an analytical tool. The study also included self-assessment survey of vocal and vocal symptoms. Activities voice were divided into five workshops on vocal health, techniques for heating and cooling, articulation and breathing. Descriptive and bivariate analysis were performed using t test for paired samples and McNemar test. RESULTS: pre-intervention results are that 50 percent of women and 33 percent of male consultants showed changes related to breathing, 50 percent of consultants with changes in vocal quality and 33 percent of men difficulties with the joint. After the workshops, the results showed improved voice quality, standard vocalization and fluency of speech and voice satisfaction reports from consultants. CONCLUSION: there was a positive change in quality of care to the population, in addition to increasing the knowledge on telemarketing staff for the correct use of voice and maintaining the well-being vocal.