RESUMEN
Introduction: Dermatophytosis are very common fungal infections caused by the fungal species Microsporum, Epidermophyton or Trichophyton, which mostly affect the skin, the interdigital region, groin and scalp. Although they do not cause serious diseases, in patients with the human immunodeficiency virus the infection manifests itself and evolves exuberantly, usually with extensive and disseminated lesions. Objective: To review the literature on dermatophytosis in people living with human immunodeficiency virus and to present the experience in clinical care in a patient living with human immunodeficiency virus with extensive and disseminated dermatophytosis. Methods: A literature review on the topic was carried out in the PubMed/National Library of Medicine USA databases, using the keywords dermatophytosis, or dermatophytosis associated with the words AIDS, human immunodeficiency virus or immunodeficiency, from 19882022. The clinical experience showed a patient living with human immunodeficiency virus developing AIDS and presenting with disseminated skin lesions. Samples of the lesion were collected by scraping, which were submitted to culture and there was growth of fungi of the Trichophyton sp genus. A biopsy of the lesion was also performed using the Grocott-Gomori's Methenamine Silver stain. Results: We found 1,014 articles, of which only 34 presented a direct correlation with our paper, and were used to discuss the main themes narrated in this article. We present clinical experience in the management of a patient with human immunodeficiency virus/AIDS and low adherence to antiretroviral treatment, showing extensive and disseminated erythematous-squamous lesions with a clinical diagnosis of tinea corporis, manifesting with a clinical picture usually not found in immunocompetent patients. The diagnosis was confirmed by laboratory tests with isolation of the Trichophyton sp fungus. The patient was treated with oral fluconazole, with complete remission of the clinical picture after two months. She was also thoroughly encouraged to use the prescribed antiretroviral medication correctly. Conclusion: Dermatophytosis in patients living with human immunodeficiency virus can present extensive and disseminated forms. The antifungal treatment is quite effective, with remission of the condition. Antiretroviral therapy is an important adjuvant for better recovery of the sickness.
Introdução: Dermatofitoses são infecções comuns, causadas pelas espécies fúngicas Microsporum, Epidermophyton ou Trichophyton, que acometem preferencialmente a pele da região interdigital, da virilha e do couro cabeludo. Apesar de não causar doenças graves, em pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana, a infecção se manifesta e evolui de forma exuberante, normalmente com lesões extensas e disseminadas. Objetivo: Fazer revisão de literatura sobre dermatofitose em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana e apresentar a experiência na atenção clínica em uma paciente vivendo com o vírus e dermatofitose extensa e disseminada. Métodos: A revisão de literatura sobre o tema baseou-se nos dados do Pubmed/National Library of Medicine, dos Estados Unidos, utilizando-se as palavras-chave dermatofitose, dermatofitose e AIDS, dermatofitose e vírus da imunodeficiência humana, e dermatofitose e imunodeficiência, de 19882022. Descreveu-se a experiência clínica na abordagem de uma paciente vivendo com vírus da imunodeficiência humana, a qual desenvolveu AIDS e apresentou lesões cutâneas disseminadas. Por raspado, foram coletadas amostras da lesão e submetidas à cultura, e constatou-se crescimento de fungos do gênero Trichophyton sp. Realizou-se também biópsia da lesão, corada pelo método da metenamina de prata de Grocott-Gomori. Resultados: Foram encontrados 1.014 artigos, dos quais apenas 34 apresentaram correlação direta com nosso trabalho, e foram utilizados para discorrer sobre os principais temas narrados neste artigo. Apresentou-se experiência clínica na abordagem de uma paciente com vírus da imunodeficiência humana/AIDS e baixa adesão ao tratamento antirretroviral, exibindo lacerações eritematoescamosas extensas e disseminadas, com diagnóstico clínico de Tinea corporis, manifestando-se com quadro clínico usualmente não encontrado em pacientes imunocompetentes. O diagnóstico foi confirmado por exames laboratoriais com isolamento do fungo Trichophyton sp. Tratada com fluconazol via oral, a paciente apresentou remissão parcial das infecções aos dois meses e completa aos seis meses. Também foi exaustivamente estimulada a usar corretamente a medicação antirretroviral prescrita. Conclusão: A dermatofitose em pacientes com vírus da imunodeficiência humana pode se apresentar de forma extensa e disseminada. O tratamento antifúngico é eficaz, com remissão do quadro. A terapia antirretroviral é importante adjuvante para melhor recuperação dos enfermos
Asunto(s)
Humanos , Tiña , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida , VIH , Trichophyton , Epidermophyton , MicrosporumRESUMEN
Introduction: Molluscum contagiosum is a dermatosis caused by a DNA virus of the family Poxvirus and genus Molluscipoxvirus, affecting mainly children, sexually active adults, atopic individuals and immunocompromised patients, especially those with human immunodeficiency virus (HIV) infection. Objective: To describe our experience in caring for patients living with HIV who presented with extensive and severe Molluscum contagiosum, and to conduct a literature review on the subject as well. Methods: An electronic search was carried out in the MEDLINE/PubMed and SciELO databases and in the books: ATLAIDS and AZULAY limited to the period of January 2017 to June 2021. Results: Four clinical cases are reported in people living with HIV with extensive lesions normally not found in immunocompetent patients. The treatment performed in the cases reported in this article was the punctual application of 90% trichloroacetic acid (TCA) to each lesion, with complete remission of the clinical presentation in two patients over a period of three and six months. The other two patients did not receive treatment for molluscum contagiosum as they died because of pulmonary complications. Conclusion: Infection with Molluscum contagiosum in people living with HIV has disseminated forms with large-volume lesions, with substantial stigmatizing aesthetic impairment, and treatment with 100% TCA is quite effective.
Introdução: Molusco contagioso é uma dermatose causada por um vírus de DNA da família poxvírus e do gênero Molluscipoxvirus. Afeta principalmente crianças, adultos sexualmente ativos, indivíduos atópicos e pacientes imunodeprimidos, especialmente aqueles com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Objetivo: Descrever a experiência no atendimento de pacientes vivendo com HIV que apresentaram quadro de molusco contagioso extenso e grave, além de realizar uma revisão da literatura sobre o tema. Métodos: Foi realizada uma pesquisa eletrônica nas bases de dados MEDLINE/PubMed e SciELO e nos livros ATLAIDS e AZULAY, limitada ao período de janeiro de 2017 a junho de 2021. Resultados: São relatados quatro casos clínicos em pessoas que vivem com HIV com lesões extensas normalmente não encontradas em pacientes imunocompetentes O tratamento realizado nos casos relatados nesse artigo foi a aplicação pontual de ácido tricloroacético (ATC) 100% em cada lesão, com a remissão completa do quadro clínico em dois pacientes em um período de tempo entre três e seis meses. Os outros dois pacientes não receberam tratamento para o vírus do molusco contagioso pois evoluíram para óbito em razão de complicações pulmonares. Conclusão: A infecção pelo molusco contagioso em pessoas vivendo com HIV apresenta formas disseminadas com lesões de grande volume, com comprometimento estético estigmatizante importante, e o tratamento com ATC 90% é bastante eficaz.