RESUMEN
O objetivo deste trabalho é avaliar condições de vida, trabalho e saúde dos pescadores artesanais em um município do Sul do Brasil. É um estudo descritivo que incluiu trabalhadores de pesca com 18 anos ou mais. A entrevista foi realizada face a face e o questionário aplicado era único e padronizado. Continha informações sociodemográficas, condições de pesca, hábitos de vida e saúde. A qualidade de vida foi avaliada pelo WHOQOL-BREF. Foram entrevistados 160 pescadores, com média de idade de 48,9 (± 12,4) anos. A maioria era do sexo masculino (64,4%), com ensino fundamental completo (65,6%) e praticavam arrasto de rede (55,0%). Cerca de um terço deles fazia uso de álcool (38,7%) e 46,8% referiram consumo abusivo nos últimos 30 dias. Um quarto dos pescadores fumava (26,9%) e quase a totalidade tinha prática insuficiente de atividade física (93,1%). Doenças osteomusculares acometeram 65,6% deles e 52,5% sofreram acidente de trabalho. Referente à qualidade de vida, o domínio ambiente apresentou a menor média de escore. Fomentar estudos com esse público-alvo é essencial para implementar ações de prevenção e promoção da saúde, além de políticas de assistência aos pescadores para diminuir vulnerabilidades e garantir qualidade de vida.
This descriptive study evaluates the living, working and health conditions of artisanal fishing workers in a Southern Brazilian city. Fishing workers aged 18 and over were interviewed in person and answered a unique and standardized questionnaire, which covered sociodemographic information, fishing conditions, life habits and health. Quality of life was evaluated by the WHOQOL-bref. A total of 160 fishing workers were interviewed, with a mean age of 48.9 (± 12.4 years). Most were male (64.4%), with complete elementary school (65.6%) and practiced fishing net trawling (55.0%). About a third of them drank alcohol (38.7%), and 46.8% reported abusive consumption in the last 30 days. About a quarter reported smoking (26.9%) and most declared insufficient physical activity (93.1%). Musculoskeletal diseases affected 65.6% of the sample and 52.5% suffered occupational accidents. Regarding quality of life, the environment domain showed the lowest score. Conducting studies with this target population is essential to implement prevention and health promotion actions, as well as aid policies to reduce vulnerabilities and ensure quality of life.
El objetivo de este estudio es evaluar las condiciones de vida, trabajo y salud de los pescadores artesanales de un municipio del Sur de Brasil. Se trata de un estudio descriptivo que incluyó a trabajadores de la pesca con edad igual o superior a 18 años. La entrevista se realizó cara a cara, y el cuestionario aplicado fue único y estandarizado. Y estaba compuesto por información sociodemográfica, condiciones de pesca, hábitos de vida y salud. La calidad de vida se evaluó mediante WHOQOL-BREF. Se realizó entrevistas a 160 pescadores, cuya edad promedio fue de 48,9 (± 12,4) años. La mayoría de ellos eran del sexo masculino (64,4%), tenían estudios primarios completos (65,6%) y practicaban la pesca de arrastre (55,0%). Cerca de un tercio de ellos consumía alcohol (38,7%) y el 46,8% reportó un consumo abusivo en los últimos treinta días. Una cuarta parte de los pescadores reportó fumar (26,9%) y casi todos tenían actividad física insuficiente (93,1%). Las enfermedades musculoesqueléticas afectaron al 65,6% de ellos, y el 52,5% sufrió un accidente de trabajo. En cuanto a la calidad de vida, el dominio ambiente tuvo un puntaje promedio más bajo. Fomentar estudios con este público objetivo es fundamental para implementar acciones de prevención y promoción de la salud, así como políticas de asistencia a los pescadores para reducir vulnerabilidades y asegurarles calidad de vida.
RESUMEN
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of vitamin A deficiency (VAD) in children and associated risk factors. DESIGN: Analysis of data from a cross-sectional multicentre study performed in the primary care units of the municipalities from January to June 2015. The children's legal guardians answered a socio-economic questionnaire, and the children's blood samples were obtained by venipuncture. Plasma retinol was determined by HPLC. Plasma retinol values of <0·70 µmol/l were considered VDA. Poisson multiple regression with robust variance was used. Values of P < 0·05 were considered significant. The data were analysed in the SPSS software, 21.0. SETTING: Forty-eight poorest municipalities in the South Region of Brazil. PARTICIPANTS: Children (n 1503) aged 12-59 months. RESULTS: The prevalence of VAD in the sample was 1·9 % (95 % CI (0·5, 6·8)). The following risk factors were associated with the outcome in the final explanatory model: family received Bolsa Familia program benefits (PR = 3·19; 95 % CI (1·69, 6·02)), child was not being breastfed (PR = 5·22; 95 % CI (1·68, 16·18)) and stunting (PR = 4·75; 95 % CI (2·10, 10·73)). CONCLUSIONS: VAD did not represent a public health problem for children living in socio-economically vulnerable municipalities in the South Region of Brazil, suggesting a new panorama of this nutritional deficiency even in regions of low socio-economic conditions in these three states. Thus, in view of the current nutritional transition scenario, it is necessary to continuously monitor and improve public policies related to vitamin A supplementation in the country.
Asunto(s)
Deficiencia de Vitamina A , Femenino , Humanos , Niño , Deficiencia de Vitamina A/epidemiología , Vitamina A , Ciudades , Brasil/epidemiología , Estudios Transversales , Factores de Riesgo , PrevalenciaRESUMEN
Introdução: A insegurança alimentar (IA) é caracterizada pela falta de acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas. Nos últimos anos, uma tendência de crescimento em sua prevalência vem sendo observada, e fatores sociodemográficos parecem influenciar a IA. Objetivo: Verificar a prevalência de IA e seus fatores associados em domicílios de um município do sul de Santa Catarina. Métodos: Estudo transversal de base populacional, conduzido em Criciúma-SC em 2019, com indivíduos com ≥18 anos. Todos os domicílios nos quais o chefe da família (indivíduo que contribuía com a maior parte da renda domiciliar) participou da pesquisa foram incluídos nas análises. A IA domiciliar foi avaliada através da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, e características sociodemográficas e alimentares foram avaliadas como variáveis independentes. Para avaliar as associaçõesentre IA e as variáveis independentes, foram realizadas análises ajustadas utilizando-se Regressão de Poisson, considerando nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 439 domicílios e 562 indivíduos. A prevalência de IA foi de 25,8%, sendo maior nos domicílios com: moradores entre 18 e 29 anos (RP=1,72; IC95%1,08-2,76) e entre 30 e 39 anos (RP=2,02; IC95%1,35-3,03),de cor parda (RP=1,47; IC95% 1,01-2,13), menores de 18 anos de idade (RP=1,70; IC95% 1,16;2,47),e que realizavam 1-2 refeições diárias (RP=2,29; IC95% 1,15-4,60), todos comparados com seus pares. Ademais, a renda apresentou tendência linear inversa com a IA, isto é, conforme a diminuição da renda, maior a prevalência de IA domiciliar (<0,001). Conclusão: Um em cada quatro domicílios apresenta IA,sendo esse desfecho influenciado por fatores demográficos, socioeconômicos e nutricionais. Diante desses achados, será possível direcionar as ações e políticas públicas para agarantia da alimentação adequada à população.
Introduction: Food insecurity (FI) is characterized by the lack of access to food in adequate quantity and quality. In recent years, there has been an upward trend in FI, and sociodemographic factors seem to influence it. Objective: To verify the prevalence of FI and its associated factors in households in a municipality in southern Santa Catarina. Methods: Population-based cross-sectional study, conducted in Criciúma-SC in 2019, with individuals aged ≥18 years. The analysis included all families in which the head of the household (individual who contributed most of the household income) participated in the research. The Brazilian food insecurity scale assessed the household FI, and sociodemographic and food characteristics were evaluated as independent variables. The study performed adjusted analyses using Poisson regression, considering a significance level of 5% to evaluate the associations between FI and the independent variables. Results: Four hundred and thirty-nine households and five hundred and sixty-two individuals participated in the study. The prevalence of FI was 25.8%, being higher in households with residents between 18 and 29 years of age (PR=1.72; 95% CI 1.08-2.76) and between 30 and 39 years of age (PR=2.02; 95% CI 1.35-3.03), mixed race (PR=1.47; 95% CI 1.01-2.13), under 18 years of age (PR=1.70; 95% CI 1.16;2.47), and who ate 1-2 meals daily (PR=2.29; 95% CI 1.15-4.60), all compared with their peers. In addition, income showed an inverse linear trend with FI, which means that as income decreases, the prevalence of home FI increases (<0.001). Conclusion: One in four households is FI, and demographic, socioeconomic, and nutritional factors influence this outcome. Given these findings, it will be possible to direct public actions and policies to ensure adequate food for the population.
Asunto(s)
Humanos , Inseguridad Alimentaria , Vivienda , Brasil , Prevalencia , Factores Sociodemográficos , Vulnerabilidad SocialRESUMEN
Few studies have investigated the simultaneous effect of individual and contextual factors on the occurrences of anemia. This study aims to evaluate the variability of children's hemoglobin levels from municipalities in social vulnerability and its association with factors of individual and municipal nature. This is a cross-sectional, multi-center study, with children data (12-59 months) collected from 48 municipalities of the Southern region of Brazil, that were included in the Brazil Without Poverty Plan. Individuals' data were collected using a structured questionnaire, and secondary and ecological data of children's municipalities were collected via national surveys and institutional websites. The outcome was defined as the hemoglobin level obtained by HemoCue. A multilevel analysis was performed using Generalized Linear Models for Location Scale and Shape using R, with a 5% significance level. A total of 1,501 children were evaluated. The mean hemoglobin level was 12.8g/dL (95%CI: 12.7-12.8), with significant variability between municipalities. Lower values of hemoglobin were observed in children who lived in municipalities with a higher urbanization rate and a lower number of Community Health Agents, in relation to the reference categories. At the individual level, lower hemoglobin values were identified for children under 24 months, not enrolled at daycares, who were beneficiaries of the conditional cash transfer program and diagnosed with underweight. The results shed light on important factors at the municipal and the individual levels that were associated to the hemoglobin levels of children living in municipalities in social vulnerability.
Asunto(s)
Hemoglobinas , Pobreza , Brasil/epidemiología , Niño , Ciudades , Estudios Transversales , HumanosRESUMEN
Abstract: Few studies have investigated the simultaneous effect of individual and contextual factors on the occurrences of anemia. This study aims to evaluate the variability of children's hemoglobin levels from municipalities in social vulnerability and its association with factors of individual and municipal nature. This is a cross-sectional, multi-center study, with children data (12-59 months) collected from 48 municipalities of the Southern region of Brazil, that were included in the Brazil Without Poverty Plan. Individuals' data were collected using a structured questionnaire, and secondary and ecological data of children's municipalities were collected via national surveys and institutional websites. The outcome was defined as the hemoglobin level obtained by HemoCue. A multilevel analysis was performed using Generalized Linear Models for Location Scale and Shape using R, with a 5% significance level. A total of 1,501 children were evaluated. The mean hemoglobin level was 12.8g/dL (95%CI: 12.7-12.8), with significant variability between municipalities. Lower values of hemoglobin were observed in children who lived in municipalities with a higher urbanization rate and a lower number of Community Health Agents, in relation to the reference categories. At the individual level, lower hemoglobin values were identified for children under 24 months, not enrolled at daycares, who were beneficiaries of the conditional cash transfer program and diagnosed with underweight. The results shed light on important factors at the municipal and the individual levels that were associated to the hemoglobin levels of children living in municipalities in social vulnerability.
Resumo: Poucos estudos investigaram o efeito simultâneo dos fatores individuais e contextuais sobre a ocorrência da anemia. O estudo procura avaliar a variabilidade dos níveis de hemoglobina em crianças de municípios com vulnerabilidade social e a associação com fatores individuais e municipais. Foi realizado um estudo transversal com dados de crianças de idade pré-escolar (12-59 meses) de um estudo multicêntrico em 48 municípios do Sul do Brasil, incluídos no Plano Brasil Sem Miséria. Os dados dos indivíduos foram coletados com um questionário estruturado, e os dados secundários e ecológicos dos municípios das crianças foram obtidos através de inquéritos nacionais e websites institucionais. O desfecho foi definido como o nível de hemoglobina, obtido com o sistema HemoCue. Foi realizada análise multinível usando modelos lineares generalizados para posição, escala e forma, no R, com nível de 5% de significância . Foram avaliadas 1.501 crianças. O nível médio de hemoglobina foi 12,8g/dL (IC95%: 12,7-12,8), com variabilidade significativa entre os municípios. Níveis de hemoglobina mais baixos foram observados nas crianças em municípios com taxas de urbanização mais altas e menor número de agentes comunitários de saúde, comparado com as categorias de referência. Em nível individual, níveis de hemoglobina mais baixos foram identificados em crianças abaixo de 24 meses, não matriculadas em creches, beneficiárias do Programa Bolsa Família e diagnosticadas com baixo peso. Os resultados destacam fatores importantes nos níveis municipal e individual que estão associados com os níveis de hemoglobina em crianças de municípios com vulnerabilidade social.
Resumen: Pocos estudios han investigado el efecto simultáneo de los factores individuales y contextuales en la incidencia de anemia. El objetivo de este estudio fue evaluar la variabilidad de los niveles de hemoglobina en niños socialmente vulnerables en municipios del sur de Brasil y su asociación con factores en el nivel individual y municipal. Se trata de un estudio trasversal con datos de niños (12-59 meses), procedentes de un estudio multicéntrico, realizado en 48 municipios de la región sur de Brasil, incluidos en el Plan Brasil sin Pobreza. Se recogieron los datos de los participantes, usando un cuestionario estructurado, así como datos secundarios y ecológicos de los municipios de los niños, a través de encuestas nacionales y sitios web institucionales. El resultado se definió como el nivel de hemoglobina obtenido por HemoCue. Se realizó un análisis multinivel, usando modelos lineales generalizados para la escala de localización y forma usando R, con un nivel de un 5% de significancia. Un total de 1.501 niños fueron evaluados. La media de nivel de hemoglobina fue 12,8g/dL (95%CI: 12,7-12,8), con una significativa variabilidad entre municipios. Los valores más bajos de hemoglobina se observaron en niños que vivían en municipios con unas tasas más altas de urbanización, y un número de agentes de salud comunitario más bajo, en relación con las categorías de referencia. En el nivel individual, los valores de hemoglobina más bajos fueron identificados en niños con menos de 24 meses, no matriculados en guarderías, beneficiarios de ayudas económicas, enmarcadas en programas de ayuda económica, y diagnosticados como con bajo peso. Los resultados aclararon importantes factores en el nivel municipal e individual que estaban asociados a los niveles de hemoglobina de niños residentes en municipios, así como vulnerables socialmente.
Asunto(s)
Humanos , Niño , Pobreza , Hemoglobinas , Brasil/epidemiología , Estudios Transversales , CiudadesRESUMEN
The study aimed to identify factors associated with the introduction of inappropriate complementary feeding in the first year of life in children living in municipalities (counties) with low socioeconomic statusl. This was a cross-sectional multicenter study in 1,567 children 12 to 59 months of age in 48 municipalities participating in the Brazil Without Poverty plan in the South of Brazil. A structured questionnaire was applied to the children's parents to obtain socio-demographic information and the age at which inappropriate complementary foods were introduced for the first time in complementary feeding. Prevalence of introduction of sugar before four months of age was 35.5% (n = 497; 95%CI: 33.1-38.0). The prevalence rates for the introduction of cookies/crackers, creamy yogurt, and jelly before six months of age were 20.4% (n = 287; 95%CI: 18.3-22.3), 24.8% (n = 349; 95%CI: 22.4-27.1), and 13.8% (n = 192; 95%CI: 12.0-15.7), respectively. Associations were identified between low maternal schooling (PR = 1.25; 95%CI: 1.03-1.51) and low monthly family income (PR = 1.22; CI95%: 1.01-1.48) and the introduction of inappropriate complementary feeding. The study identified the introduction of inappropriate complementary feeding in the first year of life among children in municipalities with high socioeconomic vulnerability in the South of Brazil, associated with low maternal schooling and low monthly family income.
Identificar os fatores associados à introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida, entre crianças residentes em municípios de baixo nível socioeconômico. Estudo multicêntrico transversal com 1.567 crianças de 12 a 59 meses de idade residentes em 48 municípios participantes do plano Brasil Sem Miséria da Região Sul do Brasil. Aplicou-se questionário estruturado aos responsáveis pelas crianças para a obtenção das informações sociodemográficas e idade na qual alimentos não recomendados foram introduzidos pela primeira vez na alimentação complementar. A prevalência de introdução de açúcar antes dos quatro meses de idade da criança foi de 35,5% (n = 497; IC95%: 33,1-38,0). As prevalências de introdução de biscoito doce/salgado, queijo petit suisse e gelatina antes do sexto mês de vida da criança foram de 20,4% (n = 287; IC95%: 18,3-22,3), 24,8% (n = 349; IC95%: 22,4-27,1) e 13,8% (n = 192; IC95%: 12,0-15,7), respectivamente. Identificou-se associação entre a menor escolaridade materna (RP = 1,25; IC95%: 1,03-1,51) e a menor renda mensal familiar (RP = 1,22; IC95%: 1,01-1,48) com a introdução de alimentos não recomendados. Verificou-se a introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida entre crianças residentes em municípios de alta vulnerabilidade socioeconômica da Região Sul do Brasil, e esta prática associou-se à menor escolaridade materna e menor renda familiar mensal.
El estudio tuvo como fin identificar los factores asociados a la introducción de alimentos no recomendados durante el primer año de vida, entre niños residentes en municipios con un bajo nivel socioeconómico. Se trata de un estudio multicéntrico transversal con 1.567 niños de 12 a 59 meses de edad, residentes en 48 municipios participantes en el plan Brasil Sin Miseria de la región Sur de Brasil. Se aplicó un cuestionario estructurado a los responsables de los niños para la obtención de la información sociodemográfica y la edad en la que los alimentos no recomendados se introdujeron por primera vez en la alimentación complementaria. La prevalencia de introducción del aúcar, antes de los cuatro meses de edad del niño, fue de un 35,5% (n = 497; IC95%: 33,1-38,0). Las prevalencias de la introducción de galletas dulce/saladas, queso petit suisse y gelatina antes del sexto mes de vida del niño fueron de un 20,4% (n = 287; IC95%: 18,3-22,3), un 24,8% (n = 349; IC95%: 22,4-27,1) y un 13,8% (n = 192; IC95%: 12,0-15,7), respectivamente. Se identificó una asociación entre la menor escolaridad materna (RP = 1,25; IC95%: 1,03-1,51) y la menor renta mensual familiar (RP = 1,22; IC95%: 1,01-1,48), con la introducción de alimentos no recomendados. Se verificó la introducción de alimentos no recomendados durante el primer año de vida entre niños residentes en municipios de alta vulnerabilidad socioeconómica de la región Sur de Brasil, y esta práctica se asoció a una menor escolaridad materna y una menor renta familiar mensual.
Asunto(s)
Lactancia Materna/estadística & datos numéricos , Conducta Alimentaria , Alimentos Infantiles/estadística & datos numéricos , Fenómenos Fisiológicos Nutricionales del Lactante , Adulto , Brasil , Preescolar , Estudios Transversales , Femenino , Humanos , Lactante , Masculino , Madres , Factores Socioeconómicos , Encuestas y Cuestionarios , Adulto JovenRESUMEN
Identificar os fatores associados à introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida, entre crianças residentes em municípios de baixo nível socioeconômico. Estudo multicêntrico transversal com 1.567 crianças de 12 a 59 meses de idade residentes em 48 municípios participantes do plano Brasil Sem Miséria da Região Sul do Brasil. Aplicou-se questionário estruturado aos responsáveis pelas crianças para a obtenção das informações sociodemográficas e idade na qual alimentos não recomendados foram introduzidos pela primeira vez na alimentação complementar. A prevalência de introdução de açúcar antes dos quatro meses de idade da criança foi de 35,5% (n = 497; IC95%: 33,1-38,0). As prevalências de introdução de biscoito doce/salgado, queijo petit suisse e gelatina antes do sexto mês de vida da criança foram de 20,4% (n = 287; IC95%: 18,3-22,3), 24,8% (n = 349; IC95%: 22,4-27,1) e 13,8% (n = 192; IC95%: 12,0-15,7), respectivamente. Identificou-se associação entre a menor escolaridade materna (RP = 1,25; IC95%: 1,03-1,51) e a menor renda mensal familiar (RP = 1,22; IC95%: 1,01-1,48) com a introdução de alimentos não recomendados. Verificou-se a introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida entre crianças residentes em municípios de alta vulnerabilidade socioeconômica da Região Sul do Brasil, e esta prática associou-se à menor escolaridade materna e menor renda familiar mensal.
El estudio tuvo como fin identificar los factores asociados a la introducción de alimentos no recomendados durante el primer año de vida, entre niños residentes en municipios con un bajo nivel socioeconómico. Se trata de un estudio multicéntrico transversal con 1.567 niños de 12 a 59 meses de edad, residentes en 48 municipios participantes en el plan Brasil Sin Miseria de la región Sur de Brasil. Se aplicó un cuestionario estructurado a los responsables de los niños para la obtención de la información sociodemográfica y la edad en la que los alimentos no recomendados se introdujeron por primera vez en la alimentación complementaria. La prevalencia de introducción del aúcar, antes de los cuatro meses de edad del niño, fue de un 35,5% (n = 497; IC95%: 33,1-38,0). Las prevalencias de la introducción de galletas dulce/saladas, queso petit suisse y gelatina antes del sexto mes de vida del niño fueron de un 20,4% (n = 287; IC95%: 18,3-22,3), un 24,8% (n = 349; IC95%: 22,4-27,1) y un 13,8% (n = 192; IC95%: 12,0-15,7), respectivamente. Se identificó una asociación entre la menor escolaridad materna (RP = 1,25; IC95%: 1,03-1,51) y la menor renta mensual familiar (RP = 1,22; IC95%: 1,01-1,48), con la introducción de alimentos no recomendados. Se verificó la introducción de alimentos no recomendados durante el primer año de vida entre niños residentes en municipios de alta vulnerabilidad socioeconómica de la región Sur de Brasil, y esta práctica se asoció a una menor escolaridad materna y una menor renta familiar mensual.
The study aimed to identify factors associated with the introduction of inappropriate complementary feeding in the first year of life in children living in municipalities (counties) with low socioeconomic statusl. This was a cross-sectional multicenter study in 1,567 children 12 to 59 months of age in 48 municipalities participating in the Brazil Without Poverty plan in the South of Brazil. A structured questionnaire was applied to the children's parents to obtain socio-demographic information and the age at which inappropriate complementary foods were introduced for the first time in complementary feeding. Prevalence of introduction of sugar before four months of age was 35.5% (n = 497; 95%CI: 33.1-38.0). The prevalence rates for the introduction of cookies/crackers, creamy yogurt, and jelly before six months of age were 20.4% (n = 287; 95%CI: 18.3-22.3), 24.8% (n = 349; 95%CI: 22.4-27.1), and 13.8% (n = 192; 95%CI: 12.0-15.7), respectively. Associations were identified between low maternal schooling (PR = 1.25; 95%CI: 1.03-1.51) and low monthly family income (PR = 1.22; CI95%: 1.01-1.48) and the introduction of inappropriate complementary feeding. The study identified the introduction of inappropriate complementary feeding in the first year of life among children in municipalities with high socioeconomic vulnerability in the South of Brazil, associated with low maternal schooling and low monthly family income.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Lactante , Preescolar , Adulto , Adulto Joven , Lactancia Materna/estadística & datos numéricos , Conducta Alimentaria , Alimentos Infantiles/estadística & datos numéricos , Fenómenos Fisiológicos Nutricionales del Lactante , Factores Socioeconómicos , Brasil , Estudios Transversales , Encuestas y Cuestionarios , MadresRESUMEN
ABSTRACT Objective: To investigate the impact of excessive maternal weight on the early discontinuation of exclusive breastfeeding Methods: This is a longitudinal study including mother-infant dyads of low socioeconomic status receiving prenatal care in Health Care Centers in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. A structured questionnaire was administered to women in the last trimester of pregnancy, including weight measurements. Another interview was conducted six months after delivery, and data on infant feeding practices were collected and maternal height was measured. Maternal nutritional status was assessed using body mass index values according to gestational age. Discontinuation of exclusive breastfeeding before 4 months was considered a low duration rate Results: A total of 619 mother-infant dyads were evaluated. The prevalence of maternal overweight in the third trimester of pregnancy was 51%. The median duration of exclusive breastfeeding was 2.0 months. After adjustment for possible confounding factors, no association between maternal overweight and early discontinuation of exclusive breastfeeding was identified. Maternal smoking was identified as a risk factor (1.23, 95%CI=1.13-1.35) for early discontinuation of exclusive breastfeeding Conclusion: Excessive maternal weight was not confirmed as a risk factor for early discontinuation of exclusive breastfeeding. However, women who reported being smokers had a higher risk of early discontinuation of exclusive breastfeeding than those who did not smoke. This indicates the need for public health interventions to promote smoking cessation during pregnancy and in the postpartum period because of the deleterious effects of this habit on maternal and infant health.
RESUMO Objetivo: Investigar o impacto do excesso de peso gestacional na interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Métodos: Estudo longitudinal com binômios mãe-filho de baixo nível socioeconômico atendidos em Unidades de Saúde de Porto Alegre, Brasil. Foi aplicado questionário estruturado às mulheres no último trimestre de gestação com mensuração de peso. Seis meses após o parto ocorreu nova entrevista onde foram obtidos dados sobre prática alimentar da criança e a altura materna foi mensurada. O estado nutricional gestacional foi avaliado por meio do índice de massa corporal de acordo com a idade gestacional. Foi considerada interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo a interrupção anterior aos 4 meses de vida da criança. Resultados: Analisaram-se 619 binômios mãe-filho. A prevalência de excesso de peso no terceiro trimestre de gestação foi de 51%. A duração mediana do aleitamento materno exclusivo foi de 2,0 meses. Após análise ajustada, não foi identificado efeito do excesso de peso gestacional na interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Em contrapartida, o tabagismo materno foi identificado como fator de risco (1,23, IC95%=1,13-1,35) para interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Conclusão: O excesso de peso materno não confirmou-se como fator de risco para interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Contudo, as mulheres que se declararam fumantes apresentaram maior risco de interromper a prática do que aquelas que não fumavam. Isso reforça a necessidade de ações de saúde pública as quais promovam a cessação do tabagismo no período gestacional e no puerpério em virtude das consequências deletérias deste hábito à saúde materno-infantil.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Lactante , Lactancia Materna , Clase Social , Embarazo , Sobrepeso , Ganancia de Peso Gestacional , Obesidad MaternaRESUMEN
This was a systematic review and meta-analysis of studies evaluating the effectiveness of ferrous sulfate supplementation in the prevention of anemia in children under five. The database search included PubMed, Scopus, LILACS, and SciELO. Articles published between 1980 and 2011 in Spanish, English, or Portuguese were included, using the keywords child, preschool, infant, anemia, prevention, and iron supplementation. The authors selected 13 studies, which showed that regardless of dose and duration of supplementation, daily regimen was more consistently related to improvement in hemoglobin levels (pooled effect 0.56mg/dL, 95%CI: 0.31; 0.81, p < 0.001) as compared to weekly intervention (pooled effect 0.28mg/dL, 95%CI: -0.22; 0.78, p = 0.273). Iron supplementation was not associated with decreased prevalence of anemia, even with daily doses, and administration with other micronutrients did not bring additional benefits compared to the exclusive administration of iron supplement. Daily supplementation of ferrous sulfate was more effective than weekly doses in improving hemoglobin levels.
Asunto(s)
Anemia Ferropénica/tratamiento farmacológico , Suplementos Dietéticos , Compuestos Ferrosos/administración & dosificación , Anemia Ferropénica/epidemiología , Anemia Ferropénica/prevención & control , Brasil/epidemiología , Preescolar , Esquema de Medicación , Humanos , Cumplimiento de la Medicación , PrevalenciaRESUMEN
Revisão sistemática e metanálise de estudos que avaliaram a efetividade da suplementação de sulfato ferroso na prevenção da anemia em crianças menores de cinco anos de idade. Foram pesquisadas as bases PubMed, Scopus, SciELO e LILACS e incluídos artigos publicados entre 1980-2011 em espanhol, inglês ou português, utilizando os unitermos: criança, pré-escolar, lactente, anemia, prevenção, suplementação e ferro. Foram selecionados 13 estudos, que mostraram que independentemente da dose e do tempo de suplementação, o esquema diário foi mais consistente na melhoria dos níveis de hemoglobina (efeito combinado 0,56mg/dL, IC95%: 0,31; 0,81, p < 0,001) do que o semanal (efeito combinado 0,28mg/dL, IC95%: -0,22; 0,78, p = 0,273). Não houve efeito da suplementação na redução da prevalência de anemia, mesmo com doses diárias, e a administração conjunta com outros micronutrientes não trouxe benefícios adicionais em comparação com a administração exclusiva do suplemento. A suplementação diária de sulfato ferroso mostrou-se mais efetiva do que doses semanais na melhoria dos níveis de hemoglobina.
This was a systematic review and meta-analysis of studies evaluating the effectiveness of ferrous sulfate supplementation in the prevention of anemia in children under five. The database search included PubMed, Scopus, LILACS, and SciELO. Articles published between 1980 and 2011 in Spanish, English, or Portuguese were included, using the keywords child, preschool, infant, anemia, prevention, and iron supplementation. The authors selected 13 studies, which showed that regardless of dose and duration of supplementation, daily regimen was more consistently related to improvement in hemoglobin levels (pooled effect 0.56mg/dL, 95%CI: 0.31; 0.81, p < 0.001) as compared to weekly intervention (pooled effect 0.28mg/dL, 95%CI: -0.22; 0.78, p = 0.273). Iron supplementation was not associated with decreased prevalence of anemia, even with daily doses, and administration with other micronutrients did not bring additional benefits compared to the exclusive administration of iron supplement. Daily supplementation of ferrous sulfate was more effective than weekly doses in improving hemoglobin levels.
Revisión sistemática y metaanálisis de estudios que evaluaran la efectividad del suplemento de sulfato ferroso para la prevención de anemia en niños menores de cinco años de edad. Fueron investigadas las bases PubMed, Scopus, SciELO y LILACS e incluidos artículos publicados entre 1980-2011 en español, inglés o portugués, utilizando los unitérminos: niño/niña, preescolar, lactante, anemia, prevención, suplemento e hierro. Fueron seleccionados 13 estudios que mostraron que, independientemente de la dosis y tiempo de toma de suplementos, el esquema diario fue más consistente en la mejoría de los niveles de hemoglobina que el esquema semanal. La toma de suplementos no se mostró efectiva en la reducción de la prevalencia de anemia, inclusive con dosis diarias, y la administración conjunta con otros micronutrientes no trajo beneficios adicionales en comparación con la administración exclusiva del suplemento. La toma de suplementos diarios de sulfato ferroso fue más efectiva que las dosis semanales en la mejoría de los niveles de hemoglobina.