RESUMEN
OBJETIVO: Analisar variáveis maternas e infantis associadas à ocorrência de anemia em crianças atendidas por serviços de atenção básica à saúde do município de São Paulo. MÉTODOS: Participaram do estudo 357 crianças, de quatro a 24 meses, de três serviços de atenção básica à saúde da região sul da cidade. As variáveis foram separadas em categorias relacionadas à mãe e à criança. A dosagem de hemoglobina foi realizada por punção digital, com ponto de corte de 11g/dL para o diagnóstico de anemia. O teste t de Student foi aplicado para comparar as médias de hemoglobina de dois grupos independentes; a ANOVA, para três ou mais grupos; e o teste de Mann-Whitney para comparar a velocidade de crescimento e o grupo etário. RESULTADOS: A prevalência de hemoglobina abaixo de 11g/dL foi de 60 por cento. Entre as variáveis maternas, não se constatou associação com a ocorrência de anemia. Houve associação entre anemia, gênero da criança e velocidade de ganho de peso. Quanto à alimentação, não foi encontrada associação entre tempo de aleitamento materno e anemia, mas houve associação com a ingestão quantitativa e qualitativamente pobre em ferro. CONCLUSÕES: A alta prevalência de anemia relacionou-se ao gênero masculino, no qual a velocidade de crescimento em menores de seis meses e naqueles com 18 a 24 meses foi maior, além de se associar à baixa ingestão de ferro na dieta.
OBJECTIVE: To analyze mother and child factors associated with the occurrence of anemia in children assisted at primary health care centers in São Paulo city, Brazil. METHODS: The study enrolled 357 children from four to 24 months assisted at three health care centers in the southern region of the city. Possible factors associated to anemia and related to mother and children characteristics were categorized. Hemoglobin was determined by digital puncture and the cut value for anemia diagnosis was 11g/dL. Student t test was used to compare the hemoglobin means of two independent groups; ANOVA for three or more independent groups, and Mann-Whitney was used to test the association of anemia and age group or speed of growing. RESULTS: The prevalence of anemia was 60 percent. Anemia was not associated to maternal variables. Weight gain and male gender were associated to a higher prevalence of anemia. Anemia was also associated with poor qualitative or quantitative ingestion of iron. The occurrence of anemia was not avoided by breastfeeding practice. CONCLUSIONS: The high prevalence of anemia was related to masculine gender, which had a faster speed of weight gain in children less than six months old and from 18 to 24 months old. Anemia was also related to low ingestion of iron in the diet.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Lactante , Anemia , Deficiencias de Hierro , Dieta , Servicios de SaludRESUMEN
OBJETIVO: Verificar se houve diferenças nos resultados obstétricos e neonatais de três grupos de gestantes adolescentes atendidas em Hospital Assistencial na Região Sul de São Paulo. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudados, retrospectivamente, os resultados obstétricos e neonatais de gestantes assim divididas: Grupo I: 10 gestantes de 13 a 15 anos incompletos; Grupo II: 80 gestantes de 15 a 17 anos incompletos; Grupo III: 256 gestantes de 17 a 20 anos incompletos. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significantes nos resultados entre os grupos estudados. CONCLUSÕES: Nossos resultados sugerem que os malefícios advindos da gestação na adolescência parecem ser principalmente de ordem psíquica e social; do ponto de vista biológico, não parece haver diferenças significantes nos resultados obstétricos e neonatais
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Embarazo en AdolescenciaRESUMEN
Objetivo: Identificar fatores associados ao baixo peso ao nascer em uma maternidade de nível secundário no Município de São Paulo. Métodos: Estudo retrospectivo analítico feito a partir de informações dos prontuários de parturientes atendidas na Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo (SP), de janeiro a dezembro de 2003. Foram inclúídas gestantes com feto único que deram à luz a nascidos vivos e excluíram-se prontuários com informações completas. Em relação às parturientes, forma coletados dados demográficos, obstétricos e de escolaridade. Os dados neonatais coletados compreenderam a idade gestacional eo peso ao nascer, estratificado por faixa de peso inferior a 2.500 g e igual ou maior que 2.500 g.
Asunto(s)
Masculino , Femenino , Humanos , Recién Nacido , Adolescente , Factores de Riesgo , Embarazo , Embarazo en Adolescencia , Recién Nacido , Recién Nacido de Bajo PesoRESUMEN
Objetivo: investigar hipovitaminose A em crianças asmáticas; a presença de asma e rinite alérgica nos familiares delas, e a frequência de rinite alérgica e sinisite em crianças com asma. Métdos: estudo transversal e controlado com 110 crianças de 2 a 6 anos, pacientes dos ambulatórios de Pediatria, Imunologia e Pneumologia Pediátrica da Universidade de Santo Amaro, no período de agosto de 1999 a outubro de 2000. Estudaram-se três grupos: asmáticos com pneumonia anterior (1), asmáticos sem pneumonia anterior (2) e controlo (3). Foram prenchidos os inquéritos de frequência de consumo, com atenção especial aos alimentos fintes de vitamina A. Realizaram-se as dosagens de vitamina A pelo método de cromatografia líquida de alta resolução. Para se estudar as associações entre as variáveis, foram utilizados o teste qui-quadrado, o G de Cochtan, o teste t e análise de variância, considerando-se significante p <- 0,05. Resultados: a intensidade da asma influenciou o crescimento (indicador estatura/idade). Não houve diferença na frequência ou intensidade das asma, de rinite e de sinusite entre os grupos de crianças asmáticas. A comparação dos níveis séricos de vitamina A entre os grupos não mostrou diferença significante. Apenas no grupo de pacientes asmáticos foram encontradas crianças com níveis séricos de vitamina A inferiores aos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde. Da população total estudada, 20 por cento apresentava nível sérico de vitamina A próximo ao limite da normalidade. Conclusões: apesar de não haver significância estatística, só froam encontradas crianças com níveis baixos de vitamina A no grupo de asmáticos, o que sugere a importância de outros trabalhos sobre o assunto.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Preescolar , Niño , Asma/complicaciones , Hipervitaminosis A/complicaciones , Estudios TransversalesRESUMEN
Objetivo: avaliar o impacto da hospitalização sobre o estado nutricional das crianças internadas e identificar potenciais fatores de risco nutricional. Método: estudo de coorte, incluindo 132 crianças de 0 a 120 meses, internadas nas enfermarias pediátricas do Hospital do Grajaú. Foram estudadas associações entre incidência de piora da condição nutricional durante a internação e variáveis socioeconômicas e clínico-epidemiológicas. Para análises bivariadas aplicou-se o teste do x2 e para as multivariadas ajustou-se modelo de regressão logística. Adotou-se como nível de significância estatística p L 0,05. Resultados: apresentaram piora estatisticamente significante na condição nutricional durante a internação: 52,4 por cento das crianças com idade inferior a 24 meses; 56,8 por cento das que tinham níveis de hemoglobina inferior a 11 mg/dL; 50,7 por cento das nascidas de parto normal; 50,9 por cento das que tiveram infeceção prévia das vias aéreas inferiores (IVAI); 62,5 por cento daquelas cujas mães estavam desempregadas; 42,7 por cento das que moravam em casas com mais de quatro moradores; 61 por cento das que foram mantidas em medicação intravenosa por seis dias ou mais; e 53,6 por cento das que tiveram tempo de internação igual ou superior a quatro dias. Conclusão: em hospitais públicos que atendem a maioria das crianças brasileiras, a evolução nutricional durante a internação é insatisfatória, com grande proporção de crianças apresentando piora da condição nutricional. Foram identificados alguns fatores de risco associados a essa piora que podem orientar gerentes, médicos e nutricionistas na priorização de cuidados de promoção nutricional por ocasião da internação. A relevância de tais orientações fica evidente aos constatarmos que no Sistema Único de Saúde ocorrem, no país, aproximadamente 1,5 milhão de internações pediátricas por ano.