RESUMEN
This essay provides a theoretical reflection on the challenges of meeting the Sustainable Development Goals of the 2030 Agenda, considering its motto of "leave no one behind". To exemplify these challenges, we discuss noncommunicable diseases (NCDs), one of the main issues on the global health agenda before the COVID-19 pandemic, and the political and economic dimensions that determine their presence and global spread. After a brief overview of NCDs, the text seeks to answer three questions: In "Leaving no one behind?" we list some themes to reflect on how and who has historically been left behind, delving a little deeper into the examples in "Who has been left behind in the world?" and "Who has been left behind in Brazil?". Using data from the most relevant and recent literature on the subject, we discuss the challenges and some ways to leave no one behind in a world where the mean of production has historically made some social groups vulnerable, especially black and Indigenous populations. In our final remarks, we draw inspiration from the Sankofa ideogram to remember that the answers to the sustainable development we seek may lie somewhere in our most primordial and traditional past. And that it is necessary to invest on building new paths from different worldviews and approaches to epistemology on the other side of the abyssal line.
Este ensaio traz uma reflexão teórica sobre os desafios para alcançar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, considerando seu lema de "não deixar ninguém para trás". Para exemplificar esses desafios, apresenta-se como pano de fundo as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), um dos principais temas da agenda da saúde global antes da pandemia de COVID-19, discutindo as dimensões políticas e econômicas que determinam sua presença e avanço global. Após um breve panorama sobre as DCNT, busca-se responder a três perguntas: em "Sem deixar ninguém para trás?", elencamos alguns temas para refletir sobre como e quem tem ficado historicamente para trás, aprofundando um pouco mais os exemplos ao adentrar em "Quem tem ficado para trás no mundo?" e "Quem tem ficado para trás no Brasil?". A partir de dados da literatura mais relevante e recente sobre o tema, apresentamos os desafios e alguns caminhos para não deixar ninguém para trás em um mundo em que o modo de produção tem historicamente vulnerabilizado alguns grupos sociais, com destaque para a população negra e a população indígena. Trazemos nas considerações finais a inspiração do ideograma Sankofa para lembrar que as respostas para o desenvolvimento sustentável que buscamos podem estar em algum lugar de nosso passado mais originário e tradicional, e que é preciso apostar na construção de novos caminhos a partir de outras epistemologias e cosmovisões presentes do outro lado da linha abissal.
Este ensayo aporta una reflexión teórica acerca de los desafíos para lograr las metas de los Objetivos de Desarrollo Sostenible de la Agenda 2030, teniendo en cuenta su lema "no dejar a nadie atrás". Para ejemplificar estos desafíos, tomamos como telón de fondo las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT), uno de los principales temas de la agenda de salud global antes de la pandemia de COVID-19, discutiendo las dimensiones políticas y económicas que determinan su presencia y avance global. Después de un breve panorama de las ECNT, el texto busca responder tres preguntas: En "¿Sin dejar a nadie atrás?" enumeramos algunos temas para reflexionar sobre cómo y quién ha quedado históricamente atrás, profundizando un poco más los ejemplos al centrarse en "¿Quién ha quedado atrás en el mundo?" y "¿Quién ha quedado atrás en Brasil?". Con base en datos de la literatura más relevante y reciente sobre el tema, presentamos los desafíos y algunas maneras de no dejar a nadie atrás en un mundo en el que el modo de producción ha vulnerabilizado históricamente a algunos grupos sociales, con énfasis en la población negra y en la población indígena. En nuestras consideraciones finales, nos inspiramos en el ideograma de Sankofa para recordar que las respuestas al desarrollo sostenible que buscamos pueden estar en algún lugar de nuestro pasado más original y tradicional. Y es necesario apostar por la construcción de nuevos caminos basados en otras epistemologías y cosmovisiones presentes al otro lado de la línea abisal.
Asunto(s)
COVID-19 , Salud Global , Enfermedades no Transmisibles , Desarrollo Sostenible , Humanos , Enfermedades no Transmisibles/prevención & control , Enfermedades no Transmisibles/epidemiología , Desarrollo Sostenible/tendencias , Brasil , COVID-19/epidemiología , COVID-19/prevención & control , Pandemias/prevención & control , SARS-CoV-2RESUMEN
Resumo: Este ensaio traz uma reflexão teórica sobre os desafios para alcançar as metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, considerando seu lema de "não deixar ninguém para trás". Para exemplificar esses desafios, apresenta-se como pano de fundo as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), um dos principais temas da agenda da saúde global antes da pandemia de COVID-19, discutindo as dimensões políticas e econômicas que determinam sua presença e avanço global. Após um breve panorama sobre as DCNT, busca-se responder a três perguntas: em "Sem deixar ninguém para trás?", elencamos alguns temas para refletir sobre como e quem tem ficado historicamente para trás, aprofundando um pouco mais os exemplos ao adentrar em "Quem tem ficado para trás no mundo?" e "Quem tem ficado para trás no Brasil?". A partir de dados da literatura mais relevante e recente sobre o tema, apresentamos os desafios e alguns caminhos para não deixar ninguém para trás em um mundo em que o modo de produção tem historicamente vulnerabilizado alguns grupos sociais, com destaque para a população negra e a população indígena. Trazemos nas considerações finais a inspiração do ideograma Sankofa para lembrar que as respostas para o desenvolvimento sustentável que buscamos podem estar em algum lugar de nosso passado mais originário e tradicional, e que é preciso apostar na construção de novos caminhos a partir de outras epistemologias e cosmovisões presentes do outro lado da linha abissal.
Abstract: This essay provides a theoretical reflection on the challenges of meeting the Sustainable Development Goals of the 2030 Agenda, considering its motto of "leave no one behind". To exemplify these challenges, we discuss noncommunicable diseases (NCDs), one of the main issues on the global health agenda before the COVID-19 pandemic, and the political and economic dimensions that determine their presence and global spread. After a brief overview of NCDs, the text seeks to answer three questions: In "Leaving no one behind?" we list some themes to reflect on how and who has historically been left behind, delving a little deeper into the examples in "Who has been left behind in the world?" and "Who has been left behind in Brazil?". Using data from the most relevant and recent literature on the subject, we discuss the challenges and some ways to leave no one behind in a world where the mean of production has historically made some social groups vulnerable, especially black and Indigenous populations. In our final remarks, we draw inspiration from the Sankofa ideogram to remember that the answers to the sustainable development we seek may lie somewhere in our most primordial and traditional past. And that it is necessary to invest on building new paths from different worldviews and approaches to epistemology on the other side of the abyssal line.
Resumen: Este ensayo aporta una reflexión teórica acerca de los desafíos para lograr las metas de los Objetivos de Desarrollo Sostenible de la Agenda 2030, teniendo en cuenta su lema "no dejar a nadie atrás". Para ejemplificar estos desafíos, tomamos como telón de fondo las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT), uno de los principales temas de la agenda de salud global antes de la pandemia de COVID-19, discutiendo las dimensiones políticas y económicas que determinan su presencia y avance global. Después de un breve panorama de las ECNT, el texto busca responder tres preguntas: En "¿Sin dejar a nadie atrás?" enumeramos algunos temas para reflexionar sobre cómo y quién ha quedado históricamente atrás, profundizando un poco más los ejemplos al centrarse en "¿Quién ha quedado atrás en el mundo?" y "¿Quién ha quedado atrás en Brasil?". Con base en datos de la literatura más relevante y reciente sobre el tema, presentamos los desafíos y algunas maneras de no dejar a nadie atrás en un mundo en el que el modo de producción ha vulnerabilizado históricamente a algunos grupos sociales, con énfasis en la población negra y en la población indígena. En nuestras consideraciones finales, nos inspiramos en el ideograma de Sankofa para recordar que las respuestas al desarrollo sostenible que buscamos pueden estar en algún lugar de nuestro pasado más original y tradicional. Y es necesario apostar por la construcción de nuevos caminos basados en otras epistemologías y cosmovisiones presentes al otro lado de la línea abisal.
RESUMEN
Introduction: the National Policy for Permanent Health Education is a strategy for training workers in the Brazilian Unified Health System.Objective: we sought to evaluate the implementation of the Permanent Health Education Policy from the perspective of professionals from the Expanded Center for Family Health and Primary Care in the city of Vitória, Espírito Santo.Methods: this is a case study, quantitative and qualitative research, with triangulation of methods. A Logic Model and an Analysis and Judgment Matrix were prepared based on document analysis and scientific literature.Results: 49 questionnaires were applied and 28 interviews were conducted with health professionals with at least one year of experience in the position. A descriptive analysis of the quantitative data (absolute and relative frequencies) was performed using SPSS version 21.0, and thematic content analysis of the interviews was conducted using MAXQDA (22.0.1), with the results being applied to the matrix, following the score for each classification level of the criteria provided for in the Governance, Technical Quality, and Sustainability dimensions.Conclusion: the full degree of implementation of the policy was obtained in the view of the teams, with facilitating factors such as the good performance of the Technical School of Health.
Introdução: a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde é uma estratégia para formação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde.Objetivo: buscou-se avaliar a implementação da Política de Educação Permanente em Saúde na visão de profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Primária do município de Vitória, Espírito Santo.Método: trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, do tipo estudo de caso, com triangulação de métodos. Foram elaborados um Modelo Lógico e uma Matriz de Análise e Julgamento a partir de análise documental e da literatura científica.Resultados: foram aplicados 49 questionários e realizadas 28 entrevistas com profissionais de saúde com pelo menos um ano de atuação no cargo. Foi realizada a análise descritiva dos dados quantitativos (frequências absolutas e relativas), por meio do SPSS versão 21.0, e a análise de conteúdo temática das entrevistas, com auxílio do MAXQDA (22.0.1), sendo os resultados aplicados na matriz, seguindo a pontuação de cada nível de classificação dos critérios previstos nas dimensões Governança, Qualidade Técnica e Sustentabilidade. Conclusão: obteve-se o grau pleno de implementação da política na visão das equipes, com fatores facilitadores como a boa atuação da Escola Técnica de Saúde.
RESUMEN
Resumo O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS), como parte do Sistema Único de Saúde (SUS), é responsável pela atenção à saúde dos povos indígenas do Brasil. Em âmbito local, são os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) os responsáveis pela gestão, planejamento e organização do processo de trabalho das equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSI), que realizam a atenção primária à saúde para essa população. O objetivo do estudo foi analisar como ocorrem o planejamento e a gestão do processo de trabalho das EMSI. Foi realizado um estudo de casos múltiplos holístico, considerando sete DSEI como unidades de análise. A principal fonte de dados utilizada foi a entrevista e, de forma complementar, a observação direta. Os resultados indicaram que, de forma geral, o planejamento está presente na organização do processo de trabalho das equipes, com variações entre os DSEI. A efetivação das ações planejadas foi relacionada à disponibilidade de diferentes recursos: funcionamento adequado do sistema de informação e a articulação intra e intersetorial do SasiSUS. Como conclusão, apontou-se a necessidade de radicalização da participação no planejamento e na gestão, necessária a uma ação coordenada para garantia da atenção diferenciada e dos princípios do SUS.
Abstract The Indigenous Health Care Subsystem (SasiSUS), as part of the Brazilian National Health System (SUS), is responsible for health care for indigenous peoples in Brazil. At the local level, the Special Indigenous Health Districts (DSEI) are responsible for managing, planning, and organizing the work process of the multidisciplinary indigenous health teams (EMSI), which provide primary health care for this population. The objective of the study was to analyze how the planning and the management of the EMSI work process occurs. A holistic multiple-case study was carried out, considering seven DSEI as units of analysis. The main source of data used were interviews and, in a complementary way, direct observation. The results indicated that, in general, planning is present in the organization of the teams' work process, with variations between the DSEI. Carrying out the planned actions was related to the availability of different resources: adequate functioning of the information system and the intra and intersectoral articulation of SasiSUS. As a conclusion, the need to radicalize participation in planning and management, necessary for a coordinated action to guarantee differentiated care and the principles of SUS, was pointed out.
Asunto(s)
Sistema Único de Salud , Sistemas Locales de Salud , Gestión en Salud , Planificación en Salud , Servicios de Salud del IndígenaRESUMEN
OBJECTIVE: To analyze the temporal trend of mortality rate due to HIV/AIDS defining and non-HIV/AIDS defining illnesses in Brazil between 2000 and 2018. METHODS: This was an ecological time series study, using data from the Mortality Information System, in Brazil and the Federative Units. Trend analysis was performed by means of Prais-Winsten regression model, according to overall mortality rate, sex, age group, marital status and race/skin color. RESULTS: A total of 237,435 deaths were recorded in the period. In the country, defining illnesses showed higher rates (7.4 to 4.4 deaths/100,000 inhabitants in the period) than those observed among non-defining diseases (0.4 to 0.8 death/100,000 inhabitants in the period). It could be seen a decrease in overall mortality due to defining diseases (-6.3%; 95%CI -8.8;-3.8); while it increased due to non-defining diseases (11.0%; 95%CI 6.5;15.7). CONCLUSION: There was a change in HIV/AIDS mortality profile over the years, with a decrease in deaths due to HIV/AIDS-defining diseases.
Asunto(s)
Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida/epidemiología , Brasil/epidemiología , Humanos , Sistemas de Información , Factores de TiempoRESUMEN
Resumo O artigo apresenta uma prospecção da produção científica brasileira sobre a saúde da população negra (SPN) publicada em periódicos científicos. Trata-se de uma revisão de escopo rápida, combinada com análise temática e bibliométrica. As buscas foram realizadas em quatro bases indexadas. Foram selecionados 519 trabalhos em consonância com os eixos temáticos e subtemas estratégicos da Agenda de Prioridades de Pesquisa do Ministério da Saúde e das diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Os dados mostraram estudos publicados entre 1969 e 2022, a maioria deles com abordagem quantitativa. Entre os selecionados, 65 foram especificamente sobre a população negra e 54 sobre a população quilombola. A análise dos termos mais recorrentes nos títulos dos trabalhos selecionados mostrou que prevaleceram aspectos epidemiológicos e condições de saúde e doença. Observou-se limitações nos descritores de indexação hoje disponíveis, que não abrangem a terminologia mais adequada conceitualmente. O artigo contribui para consolidar o conhecimento sobre a produção científica relacionada com a SPN, subsidiando também a discussão em torno de uma agenda prioritária propositiva para pesquisas com vistas a aprimorar as políticas de saúde para essa população, superar o racismo e denunciar as violações de direitos.
Abstract The article presents a perspective on the Brazilian scientific production on the health of the black population (SPN) published in scientific journals. We performed a rapid scoping review combined with thematic and bibliometric analysis. Our search included four indexed databases. We retrieved 519 studies in line with the thematic axes and strategic underlying themes of the Agenda of Research Priorities of the Ministry of Health and the guidelines of the National Policy for the Comprehensive Health of the Black Population. The data mainly returned quantitative studies published from 1969 to 2022. Sixty-five of the selected studies were explicitly about the black population and 54 about the quilombola population. The analysis of the most recurrent terms in the titles of the selected studies evidenced that epidemiological aspects and health and disease conditions prevailed. We observed limitations in the currently available indexing descriptors, which do not cover the most conceptually appropriate terminology. This paper consolidates knowledge about the SPN-related scientific production. It supports the discussion on a propositional priority research agenda to improve health policies for this population, overcome racism, and denounce rights violations.
RESUMEN
The article presents a perspective on the Brazilian scientific production on the health of the black population (SPN) published in scientific journals. We performed a rapid scoping review combined with thematic and bibliometric analysis. Our search included four indexed databases. We retrieved 519 studies in line with the thematic axes and strategic underlying themes of the Agenda of Research Priorities of the Ministry of Health and the guidelines of the National Policy for the Comprehensive Health of the Black Population. The data mainly returned quantitative studies published from 1969 to 2022. Sixty-five of the selected studies were explicitly about the black population and 54 about the quilombola population. The analysis of the most recurrent terms in the titles of the selected studies evidenced that epidemiological aspects and health and disease conditions prevailed. We observed limitations in the currently available indexing descriptors, which do not cover the most conceptually appropriate terminology. This paper consolidates knowledge about the SPN-related scientific production. It supports the discussion on a propositional priority research agenda to improve health policies for this population, overcome racism, and denounce rights violations.
O artigo apresenta uma prospecção da produção científica brasileira sobre a saúde da população negra (SPN) publicada em periódicos científicos. Trata-se de uma revisão de escopo rápida, combinada com análise temática e bibliométrica. As buscas foram realizadas em quatro bases indexadas. Foram selecionados 519 trabalhos em consonância com os eixos temáticos e subtemas estratégicos da Agenda de Prioridades de Pesquisa do Ministério da Saúde e das diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Os dados mostraram estudos publicados entre 1969 e 2022, a maioria deles com abordagem quantitativa. Entre os selecionados, 65 foram especificamente sobre a população negra e 54 sobre a população quilombola. A análise dos termos mais recorrentes nos títulos dos trabalhos selecionados mostrou que prevaleceram aspectos epidemiológicos e condições de saúde e doença. Observou-se limitações nos descritores de indexação hoje disponíveis, que não abrangem a terminologia mais adequada conceitualmente. O artigo contribui para consolidar o conhecimento sobre a produção científica relacionada com a SPN, subsidiando também a discussão em torno de uma agenda prioritária propositiva para pesquisas com vistas a aprimorar as políticas de saúde para essa população, superar o racismo e denunciar as violações de direitos.
Asunto(s)
Indización y Redacción de Resúmenes , Bibliometría , Brasil , Bases de Datos Factuales , HumanosRESUMEN
The article's objective is to present the results of the study on the evaluability of the Information System on Indigenous Health (SIASI) and its implications for local health administration. The study was performed with the following stages: description of the intervention, description of potential users, and context analysis (internal and external). The following data collection techniques were adopted: document analysis, interviews with key informants, and a workshop. Modeling of the SIASI in the Special Indigenous Health District Upper Solimões River (Amazonas State) and Special Indigenous Health District Eastern Roraima (Roraima State) allowed a schematic view of the system's mode of functioning, considering the peculiarities of the decentralized and centralized information flow. Context analysis pointed to acknowledgment of the SIASI as a tool for organization of the work process in the multidisciplinary indigenous health team (EMSI) and for follow-up of the health situation, despite low utilization of the information in the territories. Persistent challenges include infrastructure problems and fragmentation of information, causing an increase in rework in feeding the data. One key feature is the creation of the Local SIASI Panel, generating dynamic and interactive reports on the health situation. In conclusion, the capacity for use of the SIASI as a tool to support local management can be enhanced by expanding the decentralization of the information flow.
O objetivo do artigo é apresentar os resultados do estudo de avaliabilidade do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) e suas implicações para a gestão em saúde no nível local. O estudo foi desenvolvido com base nas seguintes etapas: descrição da intervenção, descrição dos usuários potenciais e análise de contexto (interno e externo). Para tanto, adotaram-se as seguintes técnicas de coleta de dados: análise documental, entrevistas com informantes-chave e oficina de trabalho. A modelização do SIASI no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões (Amazonas) e no DSEI Leste Roraima (Roraima) possibilitou a visualização esquemática do modo de funcionamento do sistema, considerando-se as peculiaridades do fluxo de informação descentralizado e centralizado. A análise de contexto aponta para o reconhecimento do SIASI como ferramenta para a organização do processo de trabalho das equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSI) e o acompanhamento da situação de saúde, ainda que ocorra baixa utilização das informações nos territórios. Entre os desafios, persistem os problemas de infraestrutura e a fragmentação das informações, provocando aumento do retrabalho na alimentação dos dados. Como potencialidade, destaca-se a criação do Painel SIASI Local, que gera relatórios dinâmicos e interativos sobre a situação de saúde. Conclui-se que a capacidade de utilização do SIASI como ferramenta de apoio à gestão pelo nível local pode ser potencializada com a ampliação do processo de descentralização do fluxo de informações.
El objetivo del artículo es presentar los resultados del estudio de evaluabilidad del Sistema de Información de Atención en Salud al Indígena (SIASI) y sus implicaciones para la gestión sanitaria en el nivel local. El estudio se desarrolló en base a las siguientes etapas: descripción de la intervención, descripción de los usuarios potenciales y análisis de contexto (interno y externo). Para tal fin se adoptaron las siguientes técnicas de recogida de datos: análisis documental, entrevistas con informantes-clave y taller de trabajo. La modelización del SIASI en el Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões (Amazonas) y en el DSEI Leste Roraima (Roraima) posibilitó la visualización esquemática del modo de funcionamiento del sistema, considerándose las peculiaridades del flujo de información descentralizado y centralizado. El análisis de contexto apunta al reconocimiento del SIASI como herramienta para la organización del proceso de trabajo de los equipos multidisciplinares de salud indígena (EMSI) y el seguimiento de la situación de salud, aunque exista una baja utilización de la información en los territorios. Entre los desafíos persisten los problemas de infraestructura y fragmentación de la información, provocando un aumento del retrabajo en la alimentación de datos. Como potencialidad se destaca la creación del Panel SIASI Local que genera informes dinámicos e interactivos sobre la situación de salud. Se concluye que la capacidad de utilización del SIASI como herramienta de apoyo a la gestión por parte del nivel local puede potenciarse con la ampliación del proceso de descentralización del flujo de información.
Asunto(s)
Sistemas de Información , Brasil , HumanosRESUMEN
The study aimed to describe knowledge and risk practices related to HIV infection in three Brazilian cities in the general population, men 15 to 24 years of age living without a partner, and men that reported sex with other men (MSM) at least once in life. This was a cross-sectional household-based study with three-stage cluster sampling (census tracts, households, individuals) stratified by sex, age group (15-24; 25-34; 35-44; 45-59), and conjugal status in the individual selection. We estimated the proportions and 95% confidence intervals (95%CI) of indicators of knowledge, HIV testing, sexual behavior, and self-rated risk. We analyzed 5,764 individuals in Campo Grande, 3,745 in Curitiba, and 3,900 in Florianópolis. Low levels of knowledge were found for preventive methods, especially PrEP. Unprotected sex practices were frequent in the three municipalities. Lifetime HIV test rates were 57.2% (95%CI: 55.1-59.2) in Curitiba, 64.3% (95%CI: 62.7-66.0) in Campo Grande, and 65.9% (95%CI: 64.0-67.7) in Florianópolis. Among men 15-24 years of age, the proportions of stimulant drug use and unprotected sexual practices were higher than in the other age groups. Lifetime HIV test rates exceeded 80% in MSM. More than 30% of MSM were receptive partners in anal sex without condoms, and fewer than 5% assessed their risk as high. More effective communication strategies are needed on prevention of HIV infection, including increased knowledge that could motivate safer sexual practices.
O objetivo do estudo foi descrever o conhecimento e práticas de risco à infecção pelo HIV na amostra total de cada município, entre homens de 15 a 24 anos que vivem sem companheiro(a), e homens que fizeram sexo com homems (HSH) pelo menos uma vez na vida em três cidades brasileiras. Foi realizado estudo de corte transversal de base domiciliar com amostragem por conglomerados em três estágios (setores censitários, domicílios, indivíduos), com estratificação por sexo, faixa etária (15-24; 25-34; 35-44; 45-59) e vive com companheiro(a) na seleção do indivíduo. Estimaram-se proporções e intervalos de 95% de confiança (IC95%) de indicadores de conhecimento, testagem do HIV, comportamento sexual e autoavaliação do risco. Foram analisados 5.764 indivíduos em Campo Grande, 3.745 em Curitiba e 3.900 em Florianópolis. Baixo nível de conhecimento foi encontrado para os métodos de prevenção, sobretudo para profilaxia pré-exposição (PrEP). Práticas de sexo desprotegido foram frequentes nos três municípios. As proporções de teste de HIV na vida foram 57,2% (IC95%: 55,1-59,2) em Curitiba, 64,3% (IC95%: 62,7-66,0) em Campo Grande, e 65,9% (IC95%: 64,0-67,7) em Florianópolis. Entre homens de 15-24 anos, proporções de uso de drogas estimulantes e práticas sexuais desprotegidas foram mais altas que nos demais grupos etários. Entre os HSH, as proporções de teste de HIV na vida foram superiores a 80%. Mais de 30% foram parceiros receptivos no sexo anal sem uso de preservativo, e menos de 5% avaliam seu risco como alto. É preciso adotar estratégias de comunicação mais eficazes sobre a prevenção da infecção do HIV, incluindo a ampliação de conhecimentos que poderiam motivar práticas sexuais mais seguras.
El objetivo fue describir el conocimiento y prácticas de riesgo para la infección por el HIV en la muestra total de cada municipio, entre hombres de 15 a 24 años que viven sin compañero(a), y hombres que practicaron sexo con hombres (HSH) por lo menos una vez en la vida en tres ciudades brasileñas. Se trata de un estudio de corte transversal con base domiciliaria, con una muestra por conglomerados en tres fases (sectores censales, domicilios, individuos), con estratificación por sexo, franja de edad (15-24; 25-34; 35-44; 45-59) y vive con compañero(a) en la selección del individuo. Se estimaron las proporciones e intervalos de 95% de confianza (IC95%) de indicadores de conocimiento, testeo del VIH, comportamiento sexual y autoevaluación del riesgo. Se analizaron a 5.764 individuos en Campo Grande, 3.745 en Curitiba y 3.900 en Florianópolis. Se encontró un bajo nivel de conocimiento respecto a los métodos de prevención, sobre todo para PrEP. Fueron frecuentes las prácticas de sexo desprotegido en los tres municipios. Las proporciones de tests de VIH en la vida fueron 57,2% (IC95%: 55,1-59,2) en Curitiba, 64,3% (IC95%: 62,7-66,0) en Campo Grande, y 65,9% (IC95%: 64,0-67,7) en Florianópolis. Entre hombres de 15-24 años, las proporciones de uso de drogas estimulantes y prácticas sexuales desprotegidas fueron más altas que en los demás grupos de edad. Entre los HSH, las proporciones de test de VIH en la vida fueron superiores a 80%. Más de un 30% fueron parejas receptivas en el sexo anal, sin uso de preservativo, y menos de un 5% evalúan su riesgo como alto. Es necesario adoptar estrategias de comunicación más eficaces sobre la prevención de la infección contra el VIH, incluyendo la ampliación de conocimientos que podrían motivar prácticas sexuales más seguras.
Asunto(s)
Infecciones por VIH , Minorías Sexuales y de Género , Brasil/epidemiología , Ciudades/epidemiología , Condones , Estudios Transversales , Femenino , Infecciones por VIH/diagnóstico , Infecciones por VIH/epidemiología , Infecciones por VIH/prevención & control , Homosexualidad Masculina , Humanos , Masculino , Asunción de Riesgos , Conducta Sexual , Parejas SexualesRESUMEN
This study aims to analyze the linkage to HIV/AIDS treatment among Men who have Sex with Men (MSM) of the project "A Hora é Agora" in Curitiba, Paraná, Brazil. The concept of vulnerability with its three axes, namely, the individual, social, and programmatic, was the theoretical framework. The barriers from testing up to the onset of the treatment were mapped through linkage registration and minutes from supervisory meetings. In the individual axis, the data revealed that the MSM struggled to address the HIV diagnosis, besides psychological problems that could cause the delay in starting treatment. Considering the social axis, stigma/discrimination was identified in the service at the Basic Health Care Network and within the families, delaying the disclosure of serology. Lastly, in the programmatic axis, the MSM found barriers in accessing the health services due to requests to repeat the HIV test, changing doctors due to poor service, and difficulties in conducting further tests, which adversely reflected on health care. In order to overcome these barriers, it is recommended not only a macro-structural work within this group, but also an investment in the micropolitics, which will enable a real change of attitude, continued care, and a stance related to approaches of care and the defense of life.
Este estudo tem por objetivo analisar a vinculação ao tratamento de HIV/Aids de Homens que fazem Sexo com Homens (HSH) no Projeto A Hora é Agora, na cidade de Curitiba, Paraná. O conceito de vulnerabilidade com seus três eixos: individual, social e programático foi considerado o marco teórico. Realizou-se levantamento das barreiras enfrentadas pelos sujeitos da testagem até o início do tratamento, por meio de registro da linkagem e atas das reuniões de supervisão. Os dados revelaram que, no plano individual, os HSH tiveram dificuldade em aceitar o diagnóstico de HIV, além de problemas psicológicos que podem ter acarretado na demora de início do tratamento. No eixo social, o estigma/discriminação foi identificado no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e na família, protelando a revelação da sorologia. Por fim, no eixo programático, os HSH encontraram entraves no acesso aos serviços de saúde em função: dos pedidos para repetirem o teste de HIV; mudança de médico pelo mau atendimento; e obstáculos na realização de outros exames, refletindo negativamente no cuidado da saúde. Para a superação dessas barreiras recomenda-se uma atuação não apenas macroestrutural frente a esse grupo, mas um investimento na micropolítica, possibilitando uma mudança real de atitude, cuidado contínuo e postura frente a abordagem do cuidador e a defesa da vida.
Asunto(s)
Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida , Infecciones por VIH , Minorías Sexuales y de Género , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida/tratamiento farmacológico , Femenino , Infecciones por VIH/diagnóstico , Infecciones por VIH/tratamiento farmacológico , Homosexualidad Masculina/psicología , Humanos , Masculino , Estigma SocialRESUMEN
Resumo Este estudo tem por objetivo analisar a vinculação ao tratamento de HIV/Aids de Homens que fazem Sexo com Homens (HSH) no Projeto A Hora é Agora, na cidade de Curitiba, Paraná. O conceito de vulnerabilidade com seus três eixos: individual, social e programático foi considerado o marco teórico. Realizou-se levantamento das barreiras enfrentadas pelos sujeitos da testagem até o início do tratamento, por meio de registro da linkagem e atas das reuniões de supervisão. Os dados revelaram que, no plano individual, os HSH tiveram dificuldade em aceitar o diagnóstico de HIV, além de problemas psicológicos que podem ter acarretado na demora de início do tratamento. No eixo social, o estigma/discriminação foi identificado no atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e na família, protelando a revelação da sorologia. Por fim, no eixo programático, os HSH encontraram entraves no acesso aos serviços de saúde em função: dos pedidos para repetirem o teste de HIV; mudança de médico pelo mau atendimento; e obstáculos na realização de outros exames, refletindo negativamente no cuidado da saúde. Para a superação dessas barreiras recomenda-se uma atuação não apenas macroestrutural frente a esse grupo, mas um investimento na micropolítica, possibilitando uma mudança real de atitude, cuidado contínuo e postura frente a abordagem do cuidador e a defesa da vida.
Abstract This study aims to analyze the linkage to HIV/AIDS treatment among Men who have Sex with Men (MSM) of the project "A Hora é Agora" in Curitiba, Paraná, Brazil. The concept of vulnerability with its three axes, namely, the individual, social, and programmatic, was the theoretical framework. The barriers from testing up to the onset of the treatment were mapped through linkage registration and minutes from supervisory meetings. In the individual axis, the data revealed that the MSM struggled to address the HIV diagnosis, besides psychological problems that could cause the delay in starting treatment. Considering the social axis, stigma/discrimination was identified in the service at the Basic Health Care Network and within the families, delaying the disclosure of serology. Lastly, in the programmatic axis, the MSM found barriers in accessing the health services due to requests to repeat the HIV test, changing doctors due to poor service, and difficulties in conducting further tests, which adversely reflected on health care. In order to overcome these barriers, it is recommended not only a macro-structural work within this group, but also an investment in the micropolitics, which will enable a real change of attitude, continued care, and a stance related to approaches of care and the defense of life.
RESUMEN
This investigation analyzed the trend of HIV/AIDS mortality by sociodemographic characteristics in the Brazilian states from 2000 to 2018. This is an ecological study of time-series of standardized rates of mortality from AIDS overall, by gender, age group, marital status, and ethnicity/skin color, employing the Prais-Winsten generalized linear model. The results showed that the states with the highest rates were Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, and Santa Catarina. The trend was increasing in the North and Northeast. Men had higher rates than women and the general population. The most advanced age groups showed a growing trend. The analysis by marital status showed higher and growing rates among the unmarried. Blacks had higher rates, except for Paraná, with a mainly increasing trend. Mortality due to HIV/AIDS had different trends by sociodemographic characteristics, with a need for preventive and care actions for men, adults, older adults, unmarried, and black people due to the change in the mortality profile.
A investigação analisou a tendência da mortalidade por HIV/Aids segundo características sociodemográficas nos estados brasileiros entre 2000 e 2018. Estudo ecológico de série temporal das taxas padronizadas de mortalidade por Aids geral, por sexo, faixa etária, estado civil e raça/cor. Foi utilizado o modelo linear generalizado de Prais-Winsten. Os resultados do estudo evidenciaram que os estados com as maiores taxas foram Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A tendência foi crescente nas regiões Norte e Nordeste. Os homens tiveram taxas mais elevadas quando comparados às mulheres e à população geral. Quanto às faixas etárias, as mais avançadas mostraram tendência a crescimento. A análise de acordo com o estado civil evidenciou taxas mais elevadas entre os não casados e tendência a crescimento concentrada nesta população. De acordo com raça/cor, identificou-se que os negros apresentaram maiores taxas, exceto no Paraná, e a tendência foi majoritariamente crescente. A mortalidade por HIV/Aids apresenta tendências distintas segundo as características sociodemográficas, verificando-se necessidade de ações de prevenção e cuidado aos homens, adultos, idosos, não casados e negros em vista de mudança no perfil da mortalidade.
Asunto(s)
Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida , Anciano , Brasil/epidemiología , Femenino , Humanos , Modelos Lineales , Masculino , Estado Civil , Factores de TiempoRESUMEN
Resumo A investigação analisou a tendência da mortalidade por HIV/Aids segundo características sociodemográficas nos estados brasileiros entre 2000 e 2018. Estudo ecológico de série temporal das taxas padronizadas de mortalidade por Aids geral, por sexo, faixa etária, estado civil e raça/cor. Foi utilizado o modelo linear generalizado de Prais-Winsten. Os resultados do estudo evidenciaram que os estados com as maiores taxas foram Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. A tendência foi crescente nas regiões Norte e Nordeste. Os homens tiveram taxas mais elevadas quando comparados às mulheres e à população geral. Quanto às faixas etárias, as mais avançadas mostraram tendência a crescimento. A análise de acordo com o estado civil evidenciou taxas mais elevadas entre os não casados e tendência a crescimento concentrada nesta população. De acordo com raça/cor, identificou-se que os negros apresentaram maiores taxas, exceto no Paraná, e a tendência foi majoritariamente crescente. A mortalidade por HIV/Aids apresenta tendências distintas segundo as características sociodemográficas, verificando-se necessidade de ações de prevenção e cuidado aos homens, adultos, idosos, não casados e negros em vista de mudança no perfil da mortalidade.
Abstract This investigation analyzed the trend of HIV/AIDS mortality by sociodemographic characteristics in the Brazilian states from 2000 to 2018. This is an ecological study of time-series of standardized rates of mortality from AIDS overall, by gender, age group, marital status, and ethnicity/skin color, employing the Prais-Winsten generalized linear model. The results showed that the states with the highest rates were Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, and Santa Catarina. The trend was increasing in the North and Northeast. Men had higher rates than women and the general population. The most advanced age groups showed a growing trend. The analysis by marital status showed higher and growing rates among the unmarried. Blacks had higher rates, except for Paraná, with a mainly increasing trend. Mortality due to HIV/AIDS had different trends by sociodemographic characteristics, with a need for preventive and care actions for men, adults, older adults, unmarried, and black people due to the change in the mortality profile.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida , Factores de Tiempo , Brasil/epidemiología , Modelos Lineales , Estado CivilRESUMEN
Objetivo: Analisar a tendência temporal da taxa mortalidade por doenças definidoras e não definidoras de HIV/aids no Brasil entre 2000 e 2018. Métodos: Estudo ecológico de série temporal, com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade, no Brasil e Unidades da Federação. Utilizou-se a regressão de Prais-Winsten para a análise de tendências, de acordo com taxa de mortalidade geral, sexo, faixa etária, estado civil e raça/cor da pele. Resultados: Foram registrados 237.435 óbitos no período. No país, as doenças definidoras apresentaram taxas mais elevadas (7,4 a 4,4 óbitos/100 mil habitantes no período) que as observadas entre as não definidoras (0,4 a 0,8 óbito/100 mil hab. no período). A mortalidade geral por doenças definidoras foi decrescente (-6,3%; IC95% -8,8;-3,8); e por doenças não definidoras, crescente (11,0%; IC95% 6,5;15,7). Conclusão: Houve mudança no perfil de mortalidade por HIV/aids no decorrer dos anos observados, verificando-se decréscimo de óbitos por doenças definidoras de HIV/aids.
Objetivo: Analizar la tendencia temporal de la tasa de mortalidad por enfermedades definitorias y no definitorias de VIH/SIDA en Brasil entre 2000 y 2018. Métodos: Estudio de serie temporal ecológica con datos del Sistema de Información de Mortalidad de Brasil y Unidades de la Federación. Se utilizó la regresión de Prais-Winsten para analizar las tendencias según tasa de mortalidad general, sexo, grupo de edad, estado civil y raza/color. Resultados: Se registraron 237.435 muertes en el período. En el país, las enfermedades definitorias presentaron tasas superiores (7,4 a 4,4 óbitos/100 mil habitantes en el período) que las observadas entre las enfermedades no definitorias (0,4 a 0,8 óbito/100 mil habitantes en el período). La mortalidad general por enfermedades definitorias estaba disminuyendo (-6,3%; IC95% -8,8;-3,8) y para las enfermedades no definitorias estaba aumentando (11,0%; IC95% 6,5;-15,7). Conclusión: Hubo un cambio en el perfil de mortalidad por VIH/SIDA a lo largo de los años, con una disminución en las muertes por enfermedades definitorias de VIH/SIDA.
Objective: To analyze the temporal trend of mortality rate due to HIV/AIDS defining and non-HIV/AIDS defining illnesses in Brazil between 2000 and 2018. Methods: This was an ecological time series study, using data from the Mortality Information System, in Brazil and the Federative Units. Trend analysis was performed by means of Prais-Winsten regression model, according to overall mortality rate, sex, age group, marital status and race/skin color. Results: A total of 237,435 deaths were recorded in the period. In the country, defining illnesses showed higher rates (7.4 to 4.4 deaths/100,000 inhabitants in the period) than those observed among non-defining diseases (0.4 to 0.8 death/100,000 inhabitants in the period). It could be seen a decrease in overall mortality due to defining diseases (-6.3%; 95%CI -8.8;-3.8); while it increased due to non-defining diseases (11.0%; 95%CI 6.5;15.7). Conclusion: There was a change in HIV/AIDS mortality profile over the years, with a decrease in deaths due to HIV/AIDS-defining diseases.
Asunto(s)
Humanos , Infecciones por VIH/mortalidad , Infecciones por VIH/epidemiología , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida/mortalidad , Factores de Tiempo , Brasil , Estudios de Series Temporales , Síndrome de Inmunodeficiencia Adquirida/epidemiologíaRESUMEN
O objetivo do estudo foi descrever o conhecimento e práticas de risco à infecção pelo HIV na amostra total de cada município, entre homens de 15 a 24 anos que vivem sem companheiro(a), e homens que fizeram sexo com homems (HSH) pelo menos uma vez na vida em três cidades brasileiras. Foi realizado estudo de corte transversal de base domiciliar com amostragem por conglomerados em três estágios (setores censitários, domicílios, indivíduos), com estratificação por sexo, faixa etária (15-24; 25-34; 35-44; 45-59) e vive com companheiro(a) na seleção do indivíduo. Estimaram-se proporções e intervalos de 95% de confiança (IC95%) de indicadores de conhecimento, testagem do HIV, comportamento sexual e autoavaliação do risco. Foram analisados 5.764 indivíduos em Campo Grande, 3.745 em Curitiba e 3.900 em Florianópolis. Baixo nível de conhecimento foi encontrado para os métodos de prevenção, sobretudo para profilaxia pré-exposição (PrEP). Práticas de sexo desprotegido foram frequentes nos três municípios. As proporções de teste de HIV na vida foram 57,2% (IC95%: 55,1-59,2) em Curitiba, 64,3% (IC95%: 62,7-66,0) em Campo Grande, e 65,9% (IC95%: 64,0-67,7) em Florianópolis. Entre homens de 15-24 anos, proporções de uso de drogas estimulantes e práticas sexuais desprotegidas foram mais altas que nos demais grupos etários. Entre os HSH, as proporções de teste de HIV na vida foram superiores a 80%. Mais de 30% foram parceiros receptivos no sexo anal sem uso de preservativo, e menos de 5% avaliam seu risco como alto. É preciso adotar estratégias de comunicação mais eficazes sobre a prevenção da infecção do HIV, incluindo a ampliação de conhecimentos que poderiam motivar práticas sexuais mais seguras.
El objetivo fue describir el conocimiento y prácticas de riesgo para la infección por el HIV en la muestra total de cada municipio, entre hombres de 15 a 24 años que viven sin compañero(a), y hombres que practicaron sexo con hombres (HSH) por lo menos una vez en la vida en tres ciudades brasileñas. Se trata de un estudio de corte transversal con base domiciliaria, con una muestra por conglomerados en tres fases (sectores censales, domicilios, individuos), con estratificación por sexo, franja de edad (15-24; 25-34; 35-44; 45-59) y vive con compañero(a) en la selección del individuo. Se estimaron las proporciones e intervalos de 95% de confianza (IC95%) de indicadores de conocimiento, testeo del VIH, comportamiento sexual y autoevaluación del riesgo. Se analizaron a 5.764 individuos en Campo Grande, 3.745 en Curitiba y 3.900 en Florianópolis. Se encontró un bajo nivel de conocimiento respecto a los métodos de prevención, sobre todo para PrEP. Fueron frecuentes las prácticas de sexo desprotegido en los tres municipios. Las proporciones de tests de VIH en la vida fueron 57,2% (IC95%: 55,1-59,2) en Curitiba, 64,3% (IC95%: 62,7-66,0) en Campo Grande, y 65,9% (IC95%: 64,0-67,7) en Florianópolis. Entre hombres de 15-24 años, las proporciones de uso de drogas estimulantes y prácticas sexuales desprotegidas fueron más altas que en los demás grupos de edad. Entre los HSH, las proporciones de test de VIH en la vida fueron superiores a 80%. Más de un 30% fueron parejas receptivas en el sexo anal, sin uso de preservativo, y menos de un 5% evalúan su riesgo como alto. Es necesario adoptar estrategias de comunicación más eficaces sobre la prevención de la infección contra el VIH, incluyendo la ampliación de conocimientos que podrían motivar prácticas sexuales más seguras.
The study aimed to describe knowledge and risk practices related to HIV infection in three Brazilian cities in the general population, men 15 to 24 years of age living without a partner, and men that reported sex with other men (MSM) at least once in life. This was a cross-sectional household-based study with three-stage cluster sampling (census tracts, households, individuals) stratified by sex, age group (15-24; 25-34; 35-44; 45-59), and conjugal status in the individual selection. We estimated the proportions and 95% confidence intervals (95%CI) of indicators of knowledge, HIV testing, sexual behavior, and self-rated risk. We analyzed 5,764 individuals in Campo Grande, 3,745 in Curitiba, and 3,900 in Florianópolis. Low levels of knowledge were found for preventive methods, especially PrEP. Unprotected sex practices were frequent in the three municipalities. Lifetime HIV test rates were 57.2% (95%CI: 55.1-59.2) in Curitiba, 64.3% (95%CI: 62.7-66.0) in Campo Grande, and 65.9% (95%CI: 64.0-67.7) in Florianópolis. Among men 15-24 years of age, the proportions of stimulant drug use and unprotected sexual practices were higher than in the other age groups. Lifetime HIV test rates exceeded 80% in MSM. More than 30% of MSM were receptive partners in anal sex without condoms, and fewer than 5% assessed their risk as high. More effective communication strategies are needed on prevention of HIV infection, including increased knowledge that could motivate safer sexual practices.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Infecciones por VIH/diagnóstico , Infecciones por VIH/epidemiología , Minorías Sexuales y de Género , Asunción de Riesgos , Conducta Sexual , Brasil/epidemiología , Parejas Sexuales , Infecciones por VIH/prevención & control , Estudios Transversales , Ciudades/epidemiología , Condones , Homosexualidad MasculinaRESUMEN
O objetivo do artigo é apresentar os resultados do estudo de avaliabilidade do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) e suas implicações para a gestão em saúde no nível local. O estudo foi desenvolvido com base nas seguintes etapas: descrição da intervenção, descrição dos usuários potenciais e análise de contexto (interno e externo). Para tanto, adotaram-se as seguintes técnicas de coleta de dados: análise documental, entrevistas com informantes-chave e oficina de trabalho. A modelização do SIASI no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões (Amazonas) e no DSEI Leste Roraima (Roraima) possibilitou a visualização esquemática do modo de funcionamento do sistema, considerando-se as peculiaridades do fluxo de informação descentralizado e centralizado. A análise de contexto aponta para o reconhecimento do SIASI como ferramenta para a organização do processo de trabalho das equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSI) e o acompanhamento da situação de saúde, ainda que ocorra baixa utilização das informações nos territórios. Entre os desafios, persistem os problemas de infraestrutura e a fragmentação das informações, provocando aumento do retrabalho na alimentação dos dados. Como potencialidade, destaca-se a criação do Painel SIASI Local, que gera relatórios dinâmicos e interativos sobre a situação de saúde. Conclui-se que a capacidade de utilização do SIASI como ferramenta de apoio à gestão pelo nível local pode ser potencializada com a ampliação do processo de descentralização do fluxo de informações.
The article's objective is to present the results of the study on the evaluability of the Information System on Indigenous Health (SIASI) and its implications for local health administration. The study was performed with the following stages: description of the intervention, description of potential users, and context analysis (internal and external). The following data collection techniques were adopted: document analysis, interviews with key informants, and a workshop. Modeling of the SIASI in the Special Indigenous Health District Upper Solimões River (Amazonas State) and Special Indigenous Health District Eastern Roraima (Roraima State) allowed a schematic view of the system's mode of functioning, considering the peculiarities of the decentralized and centralized information flow. Context analysis pointed to acknowledgment of the SIASI as a tool for organization of the work process in the multidisciplinary indigenous health team (EMSI) and for follow-up of the health situation, despite low utilization of the information in the territories. Persistent challenges include infrastructure problems and fragmentation of information, causing an increase in rework in feeding the data. One key feature is the creation of the Local SIASI Panel, generating dynamic and interactive reports on the health situation. In conclusion, the capacity for use of the SIASI as a tool to support local management can be enhanced by expanding the decentralization of the information flow.
El objetivo del artículo es presentar los resultados del estudio de evaluabilidad del Sistema de Información de Atención en Salud al Indígena (SIASI) y sus implicaciones para la gestión sanitaria en el nivel local. El estudio se desarrolló en base a las siguientes etapas: descripción de la intervención, descripción de los usuarios potenciales y análisis de contexto (interno y externo). Para tal fin se adoptaron las siguientes técnicas de recogida de datos: análisis documental, entrevistas con informantes-clave y taller de trabajo. La modelización del SIASI en el Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões (Amazonas) y en el DSEI Leste Roraima (Roraima) posibilitó la visualización esquemática del modo de funcionamiento del sistema, considerándose las peculiaridades del flujo de información descentralizado y centralizado. El análisis de contexto apunta al reconocimiento del SIASI como herramienta para la organización del proceso de trabajo de los equipos multidisciplinares de salud indígena (EMSI) y el seguimiento de la situación de salud, aunque exista una baja utilización de la información en los territorios. Entre los desafíos persisten los problemas de infraestructura y fragmentación de la información, provocando un aumento del retrabajo en la alimentación de datos. Como potencialidad se destaca la creación del Panel SIASI Local que genera informes dinámicos e interactivos sobre la situación de salud. Se concluye que la capacidad de utilización del SIASI como herramienta de apoyo a la gestión por parte del nivel local puede potenciarse con la ampliación del proceso de descentralización del flujo de información.
Asunto(s)
Sistemas de Información , BrasilRESUMEN
RESUMO O advento da pandemia da Covid-19 restringiu o acesso à prevenção e aos serviços de HIV/AIDS, ocasionando efeitos nas condições de vida e saúde dos indivíduos. O objetivo foi analisar o acesso de Homens que fazem Sexo com Homens (HSH) e mulheres trans/travestis às tecnologias de prevenção do HIV, suas práticas sexuais, de sociabilidade e de trabalho no contexto da Covid-19 em Curitiba/PR. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas virtuais, e utilizado o referencial conceitual da vulnerabilidade. A análise foi viabilizada pelo software MaxQDA. Os resultados apontaram que muitos HSH conseguiram se isolar socialmente, restringindo as parcerias sexuais, alguns perderam o emprego, e a diminuição da renda girou entre os autônomos ou profissionais liberais. As mulheres trans/travestis profissionais do sexo tiveram que interromper o isolamento social para retornarem ao trabalho sexual, expondo-se ao novo coronavírus. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) foi utilizada entre aqueles(as) que já estavam em uso. A oferta da PrEP e da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) foram mantidas, mas sofreram mudanças. Os serviços especializados adequaram o atendimento, mas geraram exposição dos(as) usuários(as) e revelação do status sorológico. Como conclusão, destaca-se a necessidade de serviços de HIV contínuos em emergências de saúde pública, entendidos como um direito que deve ser garantido pelo Estado.
ABSTRACT The COVID-19 pandemic has restricted access to HIV/AIDS prevention and services, affecting individual living and health conditions. We aimed to analyze the access of Men Who Have Sex with Men (MSM) and transgender women to HIV prevention technologies, their sexual, sociability, and work practices during the COVID-19 pandemic in Curitiba (PR), Brazil. We implemented virtual semi-structured interviews and adopted the conceptual framework of vulnerability. The MaxQDA software facilitated the analysis. The results showed that many MSM managed to isolate themselves socially, restricting sexual partnerships while some lost their jobs, and income decline revolved among self-employed or freelancers. Female/trans sex workers had to stop social distancing to return to sex work, exposing themselves to the coronavirus. Pre-Exposure Prophylaxis (PrEP) was adopted by those already using it. The of PrEP and Post-Exposure Prophylaxis (PEP) offer was preserved but modified. Specialized services adapted the attendance but generated users' exposure and serological status disclosure. In conclusion, we highlight the need for continuous HIV services in public health emergencies, a State-guaranteed right.
RESUMEN
RESUMO A pandemia da Covid-19 tem evidenciado as profundas desigualdades da sociedade brasileira para o enfrentamento adequado dessa catástrofe sanitária. Este estudo buscou compreender as repercussões da Covid-19 nos povos indígenas brasileiros e a sua forma de organização no contexto de desigualdade social e vulnerabilidade. Realizou-se uma pesquisa qualitativa a partir da análise de lives. A busca foi feita via plataforma YouTube usando como descritores "coronavírus e indígena" e "covid e população indígena", totalizando 56 lives - que permitiram analisar diversos olhares para o enfrentamento da pandemia, sendo evidente que o ponto de partida para prevenção, vigilância, atenção em saúde e comunicação da Covid-19 entre os povos indígenas é totalmente diferente do resto da população. O protagonismo da sociedade civil indígena está sendo extremamente relevante para o enfrentamento da pandemia. A profunda desigualdade social e as múltiplas vulnerabilidades dos povos indígenas são realidades que devem ser entendidas para superar os enormes desafios produzidos, não somente pela Covid-19, mas fundamentalmente pelo atual contexto de invisibilização, desconhecimento e ataque às sociedades indígenas brasileiras. O controle social ficou muito fragilizado, e urge seu fortalecimento para criar um modelo de saúde diferenciado que realmente contemple os interesses e modos de vida desses povos.
ABSTRACT The COVID-19 pandemic has highlighted the deep inequalities of Brazilian society to address this health-related catastrophe. This study aimed to understand the repercussions of COVID-19 on Brazilian Indigenous peoples and how they organize in the context of social inequalities and vulnerabilities. Qualitative research was conducted based on the analysis of 'lives'. The search was performed on YouTube using descriptors "coronavirus and Indigenous" and "COVID and Indigenous population", totaling 56 live events, which allowed us to analyze different perspectives on the fight against the pandemic showing that the starting point for COVID-19 prevention, surveillance, health care, and communication among Indigenous peoples is different from the rest of the population. The leading role of the Indigenous civil society is highly relevant to the fight against the pandemic. The profound inequality and the multiple vulnerabilities of Indigenous peoples are realities that must be understood to overcome the enormous challenges produced not only by COVID-19 and, fundamentally, the current context of invisibility, ignorance, and attack on Brazilian Indigenous societies. Social control has been weakened, and its strengthening is urgent to create a differentiated health model that considers these people's interests and ways of life.
RESUMEN
This study aimed to evaluate the risk of HIV infection in men who have sex with men (MSM) by developing an index that considers sex partner networks. The index variables were age, ethnicity/skin color, schooling, relationship type, condom use in receptive and insertive relationships, self-perception of the possibility of HIV infection, sexually transmitted infections, and rapid HIV testing results. We used data from a cross-sectional MSM egocentric network survey conducted in Rio de Janeiro between 2014 and 2015. The initial research volunteer is called ego, each partner is called alter, and each pair of people in a relationship is called the dyad. Multiple logistic regression was used to define the coefficients of the equations for the elaboration of the indices. The index ranged from 0 to 1; the closer to 1, the higher the risk of HIV infection. HIV prevalence was 13.9% among egos. The mean egos index with an HIV-reactive test was 57% higher than non-reactive, and the same profile was observed in the index values of dyads. The index allowed the incorporation of network data through the dyads and contributed to the identification of individuals with a higher likelihood of acquiring HIV.
O objetivo do estudo foi avaliar o risco de infecção por HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH) a partir do desenvolvimento de um índice que considere as redes de parceiros sexuais. As variáveis do índice foram faixa etária, raça/cor, escolaridade, tipo de relacionamento, uso de preservativo em relações receptivas e insertivas, autopercepção da chance de se infectar pelo HIV, história de infecções sexualmente transmissíveis, além dos resultados dos testes rápidos para HIV. Foram utilizados dados de uma pesquisa de rede egocêntricas HSH, com desenho transversal, realizada no Rio de Janeiro entre 2014 e 2015. O voluntário inicial da pesquisa é denominado ego, cada parceiro é alter, e cada par de pessoas em um relacionamento é a díade. Utilizou-se regressão logística múltipla para definição dos coeficientes das equações para elaboração dos índices. O índice variou de 0 a 1, quanto mais próximo de 1, maior o risco de infecção por HIV. A prevalência de HIV dos egos foi de 13,9%. A média do índice dos egos com teste HIV reagente foi 57% maior do que aqueles não reagentes, o mesmo perfil foi observado nos valores dos índices das díades. O índice permitiu incorporar os dados das redes por meio das díades e contribuiu para a identificação de indivíduos com maior chance de aquisição do HIV.
Asunto(s)
Infecciones por VIH , Minorías Sexuales y de Género , Brasil/epidemiología , Estudios Transversales , Infecciones por VIH/epidemiología , Homosexualidad Masculina , Humanos , Masculino , Medición de Riesgo , Conducta Sexual , Parejas SexualesRESUMEN
Há barreiras de acesso enfrentadas por homens gays e homens que fazem sexo com outros homens (HSH) à testagem e ao tratamento de HIV/aids devido a fatores estruturais e simbólicos. Daí, o objetivo do estudo que fundamenta este artigo é analisar a implementação das estratégias de comunicação para ampliar a testagem e vincular seu resultado ao tratamento de HIV/aids, em Curitiba (PR), pelo projeto A Hora é Agora (AHA), realizado de dezembro de 2014 a setembro de 2017, visando à maior aproximação dos que o executam com homens gays e HSH e ao desenvolvimento de meios mais efetivos de comunicação, identificando facilidades e dificuldades. Utilizou-se abordagem qualitativa por meio da análise documental do plano de comunicação e dos relatórios de atividades. As lições aprendidas foram a boa aceitação das campanhas 'corpo a corpo' feitas por educadores de pares nos espaços públicos, sobretudo em festas gays, e a necessidade de desenvolver estratégias específicas para HSH que não se identificam como gay.
There are access barriers faced by gay men and men who have sex with men (MSM) to be tested for HIV/ Aids and their treatment due to structural and symbolic factors. Hence, the objective of the study that underlies this article is to analyze the implementation of the communication strategies for expanding the testing and to link its result to treatment for HIV/Aids in Curitiba, Paraná, Brazil, by the project A Hora é Agora (AHA), implemented from December 2014 to September 2017, with the aim of coming closer to gay men and MSM and developing more effective means of communication, identifying facilities and difficulties. A qualitative approach by means of the documental analysis of the communication plan and activity reports was developed. The lessons learned were the good acceptance of the 'face to face' campaigns made by peer educators in public spaces, especially at gay parties, and the need to develop specific strategies for MSM who do not identify themselves as being gay.
Los hombres homosexuales y los hombres que tienen sexo con hombres (HSH) enfrentan barreras de acceso a las pruebas y al tratamiento del VIH/Sida provocadas por factores estructurales y simbólicos. De ahí que el objetivo del estudio presentado en este artículo sea analizar la implementación de estrategias de comunicación para ampliar las pruebas y las vincular al tratamiento del VIH/Sida en Curitiba, Paraná, Brasil, practicada por el proyecto A Hora é Agora (AHA), realizado desde diciembre de 2014 hasta septiembre de 2017, con el objetivo de acercarse más a los hombres homosexuales y HSH y desarrollar medios de comunicación más efectivos, identificando facilidades y dificultades. Se utilizó un enfoque cualitativo por medio del análisis documental del plan de comunicación e informes de actividad. Las lecciones aprendidas fueron la buena aceptación de las campañas "mano a mano" realizadas por los educadores de pares en los espacios públicos, especialmente en las fiestas gay, y la necesidad de desarrollar estrategias específicas para los HSH que no se identifican como gay.