RESUMEN
O manejo de distúrbios psiquiátricos durante a gestação, particularmente de quadros depressivos e de transtornos bipolares, é uma tarefa complexa. Este artigo revisa o conhecimento atual sobre o possível impacto dos transtornos de humor não-tratados sobre o desenvolvimento fetal. Também são reexaminados os possíveis riscos de teratogenicidade associados ao uso dos diversos antidepressivos, estabilizadores de humor, antipsicóticos e benzodiazepínicos durante a gestação. Dá-se ênfase ao fato de que nenhuma decisão clínica é isenta de risco. Desse modo, psiquiatras e demais profissionais atuantes na área de saúde mental devem buscar uma estratégia terapêutica que reduza ao máximo o risco de exposição da/do mãe/feto ao transtorno psíquico, bem como aos possíveis efeitos teratogênicos dos psicofármacos utilizados