RESUMEN
OBJETIVOS: Revisar os trabalhos publicados sobre os principais aspectos da bronquiolite obliterante pós-infecciosa, relacionados com sua história, etiologia, epidemiologia, fatores de risco, patogenia, alterações histológicas, manifestações clínicas, exames complementares, critérios diagnósticos, diagnóstico diferencial, tratamento e prognóstico. FONTES DOS DADOS: Realizou-se uma revisão não sistemática nas bases de dados MEDLINE e LILACS, selecionando-se 66 referências mais relevantes. SÍNTESE DOS DADOS: Na bronquiolite obliterante pós-infecciosa ocorre lesão do epitélio respiratório, e a gravidade clínica está relacionada aos diferentes graus de lesão e ao processo inflamatório. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, na exclusão dos principais diagnósticos diferenciais e no auxílio dos exames complementares. A tomografia computadorizada de alta resolução, principalmente com imagens em inspiração e expiração, possibilta a avaliação das pequenas vias aéreas. As provas de função pulmonar caracterizam-se por padrão obstrutivo fixo com redução acentuada do FEF25-75 por cento. O tratamento não está bem estabelecido, e o uso de corticoides tem sido preconizado em forma de pulsoterapia ou por via inalatória em elevadas doses, no entanto, os dados da literatura a respeito de sua eficácia ainda são escassos. O prognóstico a longo prazo é variável, podendo haver melhora clínica ou evolução para insuficiência respiratória crônica e óbito. CONCLUSÃO: A bronquiolite obliterante pós-infecciosa é uma doença que cursa com elevada morbidade e deve ser abordada por equipe multidisciplinar com acompanhamento em longo prazo.
OBJECTIVES: To review publications about the main features of post-infectious bronchiolitis obliterans and its history, etiology, epidemiology, risk factors, pathogenesis, histological findings, clinical presentation, complementary tests, diagnostic criteria, differential diagnosis, treatment and prognosis. SOURCES: Non-systematic review of MEDLINE and LILACS databases and selection of 66 most relevant studies. SUMMARY OF THE FINDINGS: In the post-infectious bronchiolitis obliterans there is an insult to respiratory epithelial cells, and its clinical severity is associated with the degree of lesion and inflammation. Diagnosis is made according to clinical signs and symptoms, by exclusion of main differential diagnoses and with the aid of complementary tests. High resolution CT, particularly images obtained during inspiration and expiration, provide information for the evaluation of the small airways. Pulmonary function tests show fixed airway obstructions and marked decrease of FEF25-75 percent. Treatment has not been definitely established, and corticoids have been administered as pulse therapy or by inhalation of high doses of steroids. However, data about its efficacy are scarce in the literature. Long-term prognosis is variable, and there might be either clinical improvement or deterioration into respiratory insufficiency and death. CONCLUSION: Post-infectious bronchiolitis obliterans is a disease with a high morbidity rate; it should be treated by a multidisciplinary team, and patients should be followed up for a long period of time.
Asunto(s)
Niño , Humanos , Bronquiolitis Obliterante/diagnóstico , Infecciones Bacterianas/complicaciones , Bronquiolitis Obliterante/tratamiento farmacológico , Bronquiolitis Obliterante/etiología , Pronóstico , Factores de Riesgo , Virosis/complicacionesRESUMEN
Objetivo: Identificar possíveis efeitos adversos em pacientes em corticoterapia inalatória. Metodologia: Foram selecionados 15 pacientes de forma aleatória simples no período de dezembro de 2005 a abril de 2006. Participaram do estudo crianças entre 6 e 18 anos, matriculadas em um ambulatório especializado de Pneumologia Pediátrica com diagnóstico de asma e rinite alérgica associada. Todas usavam corticoterapia inalatória há, pelo menos, 10 semanas (proprionato de fluticasona dose média de 300 mcg/dia). Os pacientes foram submetidos a exame oftalmológico completo, com anamnese, ectoscopia, exame das pupilas e motilidade ocular, refração com avaliação da acuidade visual, biomicroscopia, oftalmoscopia binocular indireta e monocular direta e tonometria de aplanação (Goldman). Especial atenção foi dada à biomicroscopia, para pesquisa de catarata cortisônica, e à tonometria e oftalmoscopia, para investigação de glaucoma cortisônico. Resultados: A idade média foi 11,46 anos, sendo 11 pacientes do sexo masculino e 4 do sexo feminino. A pressão ocular média foi de 12 mmHg. Apenas um paciente apresentou alterações compatíveis com glaucoma, confirmado pela oftalmoscopia oftalmoscopia, que mostrou escavação ótica glaucomatosa unilateral. No entanto, esse paciente tinha história prévia de uso prolongado de colírio de corticoide. Um paciente apresentava estrabismo divergente. Oito pacientes apresentavam queixa espontânea ou estimulada de prurido ocular, corroborando a associação entre asma e rinoconjuntivite alérgica. Nenhum paciente apresentou alterações sugestivas de catarata cortisônica. Conclusões: Complicações oftalmológicas são incomuns e pouco prováveis quando se utilizam doses preconizadas de corticoide inalatório. Pacientes em uso de doses elevadas ou por tempo prolongado devem ser submetidos a avaliações oftalmológicas periódicas.
Objective: To identify possible adverse effects in patients using inhaled corticosteroid therapy. Methodology: Fifteen patients (between 6 and 18 years old) were randomly selected from a Pediatric Pulmonology Ambulatory from December 2005 to April 2006. All of them were using inhaled corticosteroid therapy for asthma associated with allergic rhinitis, for at least 10 weeks tonome(fluticasone mean dose 300 mcg/day). Patients were submitted to complete ophthalmological exam, including anmnese, ectoscopy, pupils exam, ocular mobility, visual acuity, biomicroscopy, binocular indirect and monocular direct ophthalmoscopy and tonometry (Goldman). Special attention was given to biomicroscopy, searching for cataract, and to tonometry and ophthalmoscopy, searching for glaucoma due to corticosteroid. Results: mean age of the patients was 11.46 years, with 11 males and 4 females. Mean ocular pressure was 12 mmHg. Only one patient showed evidence of glaucoma, but he had used corticosteroid collyrium for a long period. One patient showed divergent strabismus. Eight patients complained about ocular itch, supporting the association between asthma and allergic rhinoconjunctivitis. No patient presented cataract. Conclusions: Ophthalmological complications are uncommon when using recommended doses of inhaled corticosteroid for asthma treatment. Patients using high doses or for long periods should be submitted to periodic ophthalmological evaluation.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Niño , Adolescente , Administración por Inhalación , Asma/terapia , Catarata/etiología , Corticoesteroides/uso terapéutico , Estudios de Evaluación como Asunto , Glaucoma/diagnóstico , Glaucoma/etiología , Rinitis Alérgica Estacional/terapiaRESUMEN
Este estudo tem como objetivo discutir sobre os exames laboratoriais nas pneumonias na infância, com ênfase nos consensos mais recentes nos temas. As pneumonias na infância são prevalentes e responsáveis por um número significativo de internações e óbitos. O diagnóstico baseia-se, na maioria das vezes, nos achados clínicos e radiológicos. A realização de alguns exames inespecíficos para diferenciação do agente etiológico. O artigo também apresenta o nível de evidência dos exames relatados nos consensos e o custo de alguns deles.