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Rev. med. (Säo Paulo) ; 91(4): 229-240, out.-dez. 2012. ilus, tab, graf
Artículo en Portugués | LILACS | ID: lil-747307

RESUMEN

Dentre as diversas etiologias da insuficiência cardíaca, a miocardiopatia chagásica é considerada a mais agressiva. Como não há tratamento capaz de reverter a evolução da doença o transplante cardíaco torna-se a únicaopção. Foram analisados 107 pacientes portadores da doença de Chagas submetidos a transplante cardíaco, com idades compreendidas entre 11 e 62 anos (42,7±15,3 anos). Os pacientesportadores de megaesôfago e megacólon sintomáticos são automaticamente excluídos dos programas de transplante devido a uma maior possibilidade de complicações no pós-operatório a curto e longo prazo. A expectativa de resultados inferiores para o transplante em chagásicos em relação às demais cardiomiopatias não foi confirmada e, paradoxalmente,se encontram melhores taxas de sobrevida. Notou-se uma mortalidade imediata de 17,7% (19 casos), sendo as principais causas de morte: infecção (6 casos, 31,5%), disfunção do enxerto (6 casos, 31,5%), rejeição (4 casos 21,1%), parada cardiorrespiratória súbita (2 casos 10,5%) e incompatibilidades ABO (1 caso 5,3%). Tardiamente ao transplante, 27 (25,2%) pacientes morreram, sendo as principais causas de morte: rejeição (6 casos, 22,2%), infecção (6 casos, 22,2%), linfoma (4 casos, 14,8%), Kaposi (2 casos, 7,4%), pericardite constritiva (2 casos, 7,4%) e reativação da doença de Chagas no sistemanervoso central (1 caso, 7,1%). Por fim, pode-se concluir que: 1) o transplante cardíaco ainda é a única forma capazde modificar a evolução natural da cardiomiopatia chagásica; 2) o diagnóstico precoce aliado à rápida introdução de benzonidazol leva a um reconhecimento de padrões histológicosnormais do miocárdio sem que haja sequelas e 3) as doses de imunossupressores empregadas devem ser inferiores às utilizadas em outras etiologias.


Among the several etiologies of heart failure, the chagasic myocardiopathy is considered the most aggressive. Once there is no treatment capable of reverting the disease evolution, the heart transplantation becomes the only option. We analyzed 107 patients with Chagas disease submitted to heart transplantation, aged between 11 and 62 years (42.7 ± 15.3 years). Patients with symptomatic megacolon andmegaesophagus are automatically excluded from transplant programs due to a higher possibility of postoperative short and long term complications. The expectation of inferior results for the transplantation of chagasic patients in comparison with other myocardiopathies was not confirmed and, paradoxically, were found better survival rates. We noticed an immediatemortality rated in 17.7% (19 cases), whose main cause of death were: infection (6 cases, 31.5%), graft dysfunction (6 cases, 31.5%), rejection (4 cases 21,1%), sudden cardiopulmonary arrest (2 cases 10.5%) and ABO incompatibilities (1 case 5,3%). Late after transplant, 27 (25.2%) patients died, and the majorcauses were: rejection (6 cases, 22.2%), infection (6 casos, 22.2%), lymphoma (4 cases, 14.8%), Kaposi sarcoma (2 cases, 7.4%), constrictive pericarditis (2 cases, 7.4%) and Chagas disease reactivation in the central nervous system (1 case, 7.1%). Finally, the conclusions are: 1) heart transplantation is still the only way to modify the natural course of chagasicmyocardiopathy, 2) early diagnosis coupled to the rapid introduction of benzonidazol leads to a pattern recognition of normal myocardial histology without sequelae and 3) the doses of immunosuppressants used should be lower than those usedin other etiologies.


Asunto(s)
Humanos , Niño , Adolescente , Adulto Joven , Persona de Mediana Edad , Cardiomiopatía Chagásica/diagnóstico , Cardiomiopatía Chagásica/etiología , Cardiomiopatías , Enfermedad de Chagas/etiología , Terapia de Inmunosupresión , Rechazo de Injerto/prevención & control , Trasplante de Corazón , Trasplante/efectos adversos
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