RESUMEN

Este trabalho investigou a presença de ansiedade e depressão em estudantes universitários que, simultaneamente, mantinham atividade profissional, buscando verificar possíveis correlações entre estes sintomas com o desconforto físico no trabalho. Os dados foram coletados através do Inventário de Depressão de Beck (BDI - Beck Depression Inventory) e o Inventário de Ansiedade Traço - Estado (IDATE). Foram avaliados 104 indivíduos sendo 85 (81,7 por cento) do sexo feminino. A idade média da amostra foi de 20,64 +/- 7,86 anos. Do total dos indivíduos estudados, 65 (62,5 por cento) praticavam atividade física regular e 77 (74 por cento) queixavam-se de alguma forma de desconforto físico. Os escores das escalas de ansiedade e de depressão foram comparados a partir da divisão da amostra em dois grupos segundo diferentes critérios. O fato de praticar ou não esportes ou ser do sexo feminino ou masculino não se associou a escores diferentes em nenhuma das escalas. Os indivíduos com desconforto em membros superiores apresentaram escores mais elevados em todas as três escalas. O desconforto em região lombar relacionou-se com escores maores de depressão e ansiedade-estado. Escores mais elevados de depressão também foram encontrados entre aqueles indivíduos com desconforto em região cervical e em membros inferiores. Indivíduos com maiores níveis de ansiedade traço foram encontrados entre aqueles com desconforto em geral, desconforto em membros inferiores e aqueles que trabalhavam com digitação. As implicações destes achados para a melhora do conforto nas situações de trabalho e estudo são discutidas (AU)