RESUMEN

No esforço de classificar a conceituação da palavra 'Imaginário', termo por demais amplo e ambíguo, a autora analisa as contribuições de Sartre, Lacan, Bachelard, Durand e Castoriadis. Conclui que a teoria da 'imaginação radical' e do 'imaginário social instituinte' de Castoriadis se mostra a mais apta a descrever os processos de mútua construção da sociedade e do sujeito (AU)

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No esforço de classificar a conceituação da palavra "Imaginário", termo por demais amplo e ambíguo, a autora analisa as contribuições de Sartre, Lacan, Bachelard, Durand e Castoriadis. Conclui que a teoria da "imaginação radical" e do "imaginário social instituinte" de Castoriadis se mostra a mais apta a descrever os processos de mútua construção da sociedade e do sujeito

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Para ilustrar os problemas levantados pela aplicação de testes psicológicos em grupos cujos padrões culturais diferem amplamente dos de grupos a partir do qual os testes foram elaborados, são descritos três exemplos: a aplicação de testes psicofísicos por Rivers em ilhéus do estreito de Torres; a do Rorschach e PMK por Baldus em índios Kaingang; e a do Rorschach em sacerdotisas dos cultos afro-brasileiros do Recife, por Ribeiro. Conclui-se que o uso de técnicas projetivas, nessas condições, pouco ou nada acrescenta à psicologia nem à antropologia (AU)

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Para ilustrar os problemas levantados pela aplicaçäo de testes psicológicos em grupos cujos padröes culturais diferem amplamente dos de grupos a partir do qual os testes foram elaborados, säo descritos três exemplos: a aplicaçäo de testes psicofísicos por Rivers em ilhéus do estreito de Torres; a dom Rorschach e PMK por Baldus em índios Kaingang; e a do Rorschach em sacerdotisas dos cultos afro-brasileiros do Recife, por Ribeiro. Concluiu-se que o uso de técnicas projetivas, nessas condiçöes, pouco ou nada acrescenta à psicologia neam à antropologia

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Este artigo propoe uma reflexao critica acerca da premissa de racionalidade vigente nas ciencias sociais, mostrando como a realizacao e a publicacao de pesquisas de opiniao se inserem entre os mecanismos de manutencao do monopolio da definicao legitima da realidade social.

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Este artifo propöe-se examinar em que medida o campo do saber e da prática psicanalítica poderia ser descrito, segundo os modelos de análise da sociologia da religiäo e da antropologia das práticas mágicas. Eficácia simbólica, elaboraçäo de códico esotérico, estratégias diversas concorrem para fazer dos psicanalistas adversários temíveis, na disputa que os mesmos travam tanto com as religiöes oficiais com com os cultos periféricos, para assegurar-se do monopólio da gestäo dos bens de salvaçäo

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Partindo de uma avaliacao critica dos estudos classicos sobre a possessao, dominados por enfoque psiquiatrico, o presente artigo propoe-se analisar as formas pelas quais a elaboracao da identidade mitica se articula com a vivencia da alteridade propiciada pelo transe ritual no candomble. O processo iniciatico pode ser visto como progressiva construcao simbolica do corpo, que integra paradoxal estipulacao de limites e transgressoes, onde a incorporacao do orixa representaria a sintese dos aspectos antagonicos da personalidade.

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Este artigo propoe-se examinar em que medida o campo do saber e da pratica psicanilitica poderia ser descrito, segundo os modelos de analise da sociologia da religiao e da antropologia das praticas magicas. Eficacia simbolica, elaboracao de codigo esoterico, estrategias diversas concorrem para fazer dos psicanalistas adversarios temiveis, na disputa que os mesmos travam tanto com as religioes oficiais como com os cultos perifericos, para assegurar-se do monopolio da gestao dos bens de salvacao.

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Nascida na confluencia da psicologia e da antropologia, a psicologia da cultura vem pleiteando seu reconhecimento como area relativamente autonoma. Incorporando a chamada psicologia historica, dedica-se especificamente ao estudo das modalidades de construcao da pessoa, em culturas e epocas diversas. Seu desenvolvimento, alem de introduzir visao relativizante, implica a revisao critica de varias teorias da psicologia tradicional.

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Propoe uma reflexao critica sobre as teorias classicas de psicologia da personalidade, comprometidas com supostos etnocentricos, a tal ponto que e questionada a utilidade de metodos de pesquisa derivados destas teorias, quando o objeto de investigacao se situa fora da cultura euro-americana. Nessa perspectiva, o metodo fenomenologico afirma-se como o unico enfoque capaz de assegurar o respeito do outro e a correta descricao de sua realidade.

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Visa confrontar as observacoes do artigo precedente com outros trabalhos que descrevem o mundo da prostituicao feminina. Os mesmos mecanismos de reificacao e despersonalizacao aparecem em ambas as situacoes e sao interpretados como expressao da violencia intrinseca das relacoes de poder na sociedade global.

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A autora analisa as referencias bibliograficas da obra antropologica de Freud,principalmente, de Totem e tabu. O estudo sistematico dos autores citados permite evidenciar os aspectos que fazem de Freud um homem do seu tempo e, particularmente, a adesao irrestrita a ideologia evolucionista. No entanto, Freud utiliza as fontes de maneira muito passoal, criando mais do que interpreta. Conclui a autora que essa vertente da obra freudiana, hoje desprovida de validade frente a antropologia contemporanea, apresenta relevante valor psicologico, expresso na criacao de um grande mito tragico.

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A autora propõe-se a esclarecer o significado do percepto morcego, protótipo da resposta banal no teste de Rorschach. As ciências naturais mostram que estes mamíferos, que se situam, em ordem de importância numérica, logo após os roedores, são animais extremamente úteis ao homem, e que certas espécies são até bonitas do ponto de vista estético.O estudo comparativo dos mitos do morcego permite observar que este mamífero, hoje em dia confundido com o vampiro, não é universalmente considerado como maléfico. Na China é um símbolo de felicidade. Na civilização ocidental, a sua duplicidade natural tornou-o símbolo de estranheza.A autora conclui que, no Rorschach, o morcego expressa a própria ambigüidade do sujeito (AU)