RESUMEN
Objective The purpose of this study was to evaluate the perinatal outcomes in pregnant women who use illicit drugs. Methods A retrospective observational study of patients who, at the time of delivery, were sent to or who spontaneously sought a public maternity hospital in the eastern area of São Paulo city. We compared the perinatal outcomes of two distinct groups of pregnant women - illicit drugs users and non-users - that gave birth in the same period and analyzed the obstetric and neonatal variables. We used Student's t-test to calculate the averages among the groups, and the Chi-square test or Fisher's exact test to compare categorical data from each group. Results We analyzed 166 women (83 users and 83 non-users) in both groups with a mean of age of 26 years. Ninety-five percent of the drug users would use crack or pure cocaine alone or associated with other psychoactive substances during pregnancy. Approximately half of the users group made no prenatal visit, compared with 2.4% in the non-users group (p < 0.001). Low birth weight (2,620 g versus 3,333 g on average, p < 0.001) and maternal syphilis (15.7% versus 0%, p < 0.001) were associated with the use of these illicit drugs. Conclusions The use of illicit drugs, mainly crack cocaine, represents an important perinatal risk. Any medical intervention in this population should combine adherence to prenatal care with strategies for reducing maternal exposure to illicit drugs.
Asunto(s)
Drogas Ilícitas/efectos adversos , Complicaciones del Embarazo , Trastornos Relacionados con Sustancias , Adulto , Femenino , Humanos , Recién Nacido , Enfermedades del Recién Nacido/epidemiología , Embarazo , Complicaciones del Embarazo/epidemiología , Resultado del Embarazo , Estudios Retrospectivos , Trastornos Relacionados con Sustancias/epidemiologíaRESUMEN
Abstract Objective The purpose of this study was to evaluate the perinatal outcomes in pregnant women who use illicit drugs. Methods A retrospective observational study of patients who, at the time of delivery, were sent to or who spontaneously sought a public maternity hospital in the eastern area of São Paulo city. We compared the perinatal outcomes of two distinct groups of pregnant women - illicit drugs users and non-users - that gave birth in the same period and analyzed the obstetric and neonatal variables. We used Student's t-test to calculate the averages among the groups, and the Chi-square test or Fisher's exact test to compare categorical data from each group. Results We analyzed 166 women (83 users and 83 non-users) in both groups with a mean of age of 26 years. Ninety-five percent of the drug users would use crack or pure cocaine alone or associated with other psychoactive substances during pregnancy. Approximately half of the users group made no prenatal visit, compared with 2.4% in the non-users group (p < 0.001). Low birth weight (2,620 g versus 3,333 g on average, p < 0.001) and maternal syphilis (15.7% versus 0%, p < 0.001) were associated with the use of these illicit drugs. Conclusions The use of illicit drugs, mainly crack cocaine, represents an important perinatal risk. Any medical intervention in this population should combine adherence to prenatal care with strategies for reducing maternal exposure to illicit drugs.
Resumo Objetivo Avaliar o resultado perinatal das gestantes usuárias de drogas ilícitas. Métodos: estudo retrospectivo, observacional de gestantes que procuraram espontaneamente ou foramencaminhadas nomomento do parto paramaternidade pública na Zona Leste do município de São Paulo. Comparamos os resultados perinatais do grupo de gestantes que utilizaram drogas ilícitas com um grupo de não usuárias, que tiveram o parto no mesmo período, para análise das variáveis obstétricas e neonatais. O teste t de Student foi utilizado para cálculo das médias entre os grupos. O teste do Quiquadrado e exato de Fisher foram usados para comparação de dados categóricos de cada grupo. Resultados Avaliamos 166 mulheres (83 usuárias e 83 não usuárias), com uma média de idade de 26 anos, em ambos os grupos. A cocaína pura ou sob a forma de crack foi utilizada isolada ou associada a outras substâncias psicoativas em 95% das que referiram uso de drogas durante a gravidez. Aproximadamente metade das usuárias não teve nenhuma consulta pré-natal enquanto que entre as não usuárias apenas 2,4% não tiveram consultas de pré-natal (p < 0,001). A menor média de peso ao nascer (2620 g versus 3333 g, p < 0,001) e a presença de sífilis materna (15,7% versus 0%, p < 0,001) foram associados ao uso de drogas ilícitas. Conclusão O uso de drogas ilícitas, principalmente crack, é um fator de risco perinatal significativo. Qualquer abordagem médica nesse grupo de gestantes usuárias de drogas ilícitas deve combinar a adesão ao pré-natal com estratégias voltadas à redução da exposição materna a essas substâncias.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Adulto , Complicaciones del Embarazo , Drogas Ilícitas/efectos adversos , Trastornos Relacionados con Sustancias , Complicaciones del Embarazo/epidemiología , Resultado del Embarazo , Estudios Retrospectivos , Trastornos Relacionados con Sustancias/epidemiología , Enfermedades del Recién Nacido/epidemiologíaRESUMEN
PURPOSE: to determine the efficacy and safety of dinoprostone and misoprostol for the induction of vaginal childbirth, with or without the use of oxytocin in nulliparous women. METHODS: in this retrospective observational study, 238 patients were subjected to the induction of delivery from January 2008 to February 2010 with the use of misoprostol 25 mcg by the vaginal route or a pessary containing 10 mg of dinoprostone. A total of 184 patients were selected, with the following characteristics: nulliparous, gestational age of 37-42 weeks, singleton pregnancies, cephalic presentation, intact membranes, and Bishop score < 3. Obstetric and neonatal data were analyzed and compared between groups. The Student t-test, chi-square test and Fisher's exact test were used for statistical analysis, with the level of significance set at p<0.05. RESULTS: the rate of vaginal childbirth did not differ significantly in patients who used misoprostol and dinoprostone (43.2% versus 50%; p = 0.35, respectively). The ripening of cervix was higher in the group treated with misoprostol (87.3% versus 75.6%, p=0.04). The use of oxytocin was necessary in 58.8% of the misoprostol group and 57.3% in the dinoprostone group after the ripening of cervix. Failed induction was the primary indication of caesarean section delivery in both groups, with no significant difference between them. Fetal and maternal adverse events, such as tachysystole and Apgar scores were similar. CONCLUSION: dinoprostone and misoprostol are both effective for vaginal childbirth induction, although they need to be combined with oxytocin. They showed a similar safety profile, with misoprostol being more efficient regarding cervical ripening.
Asunto(s)
Dinoprostona/uso terapéutico , Trabajo de Parto Inducido , Misoprostol/uso terapéutico , Oxitócicos/uso terapéutico , Femenino , Humanos , Paridad , Embarazo , Estudios Retrospectivos , Adulto JovenRESUMEN
OBJETIVO: verificar a eficácia e a segurança de dinoprostone e misoprostol para indução do parto vaginal, com ou sem o uso de ocitocina em nulíparas. MÉTODOS: realizou-se estudo retrospectivo, observacional, envolvendo 238 pacientes que foram submetidas à indução do parto de janeiro de 2008 a fevereiro de 2010 com uso de misoprostol 25 mcg via vaginal ou pessário contendo 10 mg de dinoprostone. Desse grupo, foram selecionadas 184 pacientes, que apresentavam as seguintes características: nulíparas, gestação entre 37 e 42 semanas, feto único, apresentação cefálica, membranas íntegras e índice de Bishop < 3. Os resultados obstétricos e neonatais foram analisados e comparados entre ambos os grupos. A análise estatística foi realizada com o teste t, Chi quadrado e exato de Fisher, adotando-se como nível de significância valores p<0,05. RESULTADOS: a taxa de parto vaginal não foi estatisticamente diferente em pacientes que utilizaram misoprostol e dinoprostone (43,2 versus 50 por cento, p=0,35), respectivamente. O amadurecimento do colo foi superior no grupo com misoprostol (87,3 versus 75,6 por cento, p=0,04). Foi necessária a utilização da ocitocina em 58,8 por cento no grupo com misoprostol e 57,3 por cento no grupo com dinoprostone após o amadurecimento do colo. Falha de indução foi a principal indicação do parto cesárea em ambos os grupos, sem diferença estatística significante. Eventos adversos maternos e fetais, como taquissistolia e índices de Apgar foram similares. CONCLUSÃO: dinoprostone e misoprostol são eficazes para indução do parto vaginal, embora seja necessária a associação com ocitocina, apresentando perfil de segurança semelhante, sendo misoprostol mais eficiente no amadurecimento do colo uterino.
PURPOSE: to determine the efficacy and safety of dinoprostone and misoprostol for the induction of vaginal childbirth, with or without the use of oxytocin in nulliparous women. METHODS: in this retrospective observational study, 238 patients were subjected to the induction of delivery from January 2008 to February 2010 with the use of misoprostol 25 mcg by the vaginal route or a pessary containing 10 mg of dinoprostone. A total of 184 patients were selected, with the following characteristics: nulliparous, gestational age of 37-42 weeks, singleton pregnancies, cephalic presentation, intact membranes, and Bishop score < 3. Obstetric and neonatal data were analyzed and compared between groups. The Student t-test, chi-square test and Fisher's exact test were used for statistical analysis, with the level of significance set at p<0.05. RESULTS: the rate of vaginal childbirth did not differ significantly in patients who used misoprostol and dinoprostone (43.2 percent versus 50 percent; p = 0.35, respectively). The ripening of cervix was higher in the group treated with misoprostol (87.3 percent versus 75.6 percent, p=0.04). The use of oxytocin was necessary in 58.8 percent of the misoprostol group and 57.3 percent in the dinoprostone group after the ripening of cervix. Failed induction was the primary indication of caesarean section delivery in both groups, with no significant difference between them. Fetal and maternal adverse events, such as tachysystole and Apgar scores were similar. CONCLUSION: dinoprostone and misoprostol are both effective for vaginal childbirth induction, although they need to be combined with oxytocin. They showed a similar safety profile, with misoprostol being more efficient regarding cervical ripening.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adulto , Maduración Cervical , Misoprostol/farmacocinética , Resultado del Embarazo , Prostaglandinas A Sintéticas/farmacocinética , Trabajo de Parto Inducido/métodosRESUMEN
A etiologia do parto prematuro permanece incerta. A maioria dos trabalhos nessa área tem evidenciado o papel dos fatores de risco pré-natais, sociais e maternos. Entretanto, ocorre atualmente grande interesse sobre interação genética e meio ambiente na etiologia do parto prematuro, a partir da associação entre infecção do trato genital, com a vaginose bacteriana e o parto prematuro espontâneo. Sabe-se hoje que polimorfismos nos genes de citocinas interferem em sua própria produção, como também na presença e severidade do processo inflamatório. Um polimorfismo em uma citocina (THF-2) e a presença de vaginose bacteriana sintomática revelou possível predisposição genética para o parto prematuro. Interação entre genes e meio ambiente assume assim implicação importante na pesquisa sobre etiologia, prevenção e terapêutica do parto prematuro.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Factor de Necrosis Tumoral alfa , Vaginosis Bacteriana , Ambiente , Trabajo de Parto Prematuro , Predisposición Genética a la EnfermedadRESUMEN
Este estudo tem como objetivo ressaltar a importância de se fazer intervenções educativas durante o pré-natal, para se obter a adesão da gestante hipertensa ao tratamento...
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Educación del Paciente como Asunto , Atención Prenatal , Educación en Salud , HipertensiónRESUMEN
Evitar a prematuridade continua sendo grande desafio ao obstetra. Apesar de todo o avanço da medicina, as taxas de morbimortalidade neonatal devido a prematuridade permanecem estáveis em patamares elevados, muito provavelmente, devido não apenas ao conhecimento incompleto dos fatores etiológicos e da fisiopatologia do trabalho de parto pré-termo, mas pelo fato de se tratar de problema de ordem médica, educacional e social, o que o torna muito mais complexo. É imprescindível a melhora da assistência pré-natal como um todo, procurando-se identificar aqueles casos de maior risco para a prematuridade a fim de que possamos diagnosticar os estágios iniciais do trabalho de parto pré-termo e com isto, não só impedir ou postergar o nascimento, mas permitir que este ocorra em melhores condições. Dentre os fatores de risco associados à ocorrência de episódios indesejáveis durante o período gestacional, diversos estudos e evidências clínicas sustentam o importante papel que as infecções maternas exercem sobre o nascer prematuro. Neste artigo de atualização procurou-se mostrar os diversos fatores associados à prematuridade, dando ênfase a doença periodontal que tem se mostrado fator relevante, nos estudos realizados nesta última década
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Trabajo de Parto Prematuro , Atención Prenatal , Enfermedades Periodontales , Mortalidad Infantil , Factores de RiesgoAsunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adolescente , Perinatología , Embarazo en Adolescencia , Mortalidad Perinatal , Recién Nacido de Bajo PesoRESUMEN
Diabete Melito é uma doença sistêmica de caráter crônico e evolutivo que envolve alteraçöes no metabolismo de carboidratos, lipídios, proteínas e eletrólitos. Diabetes gestacional, em termos estritos, é definido como intolerância aos carboidratos, iniciando na gravidez e desaparecendo após o parto. A melhor proposiçäo para diagnóstico na gestaçäo é avaliar o risco da gestante: para a mulher de alto risco recomenda-se glicemia de jejum na primeira consulta de pré-natal; para a de risco médio, entre 24 e 28 semanas de gestaçäo; na de baixo risco, näo há necessidade inicial desse exame. A influência do diabete na gravidez depende do controle glicêmico. No entanto, seu tratamento necessita motivaçäo, adesäo à dieta e, muitas vezes, aprendizagem da aplicaçäo da insulina e auto-monitorizaçäo do perfil glicêmico. A manutençäo da euglicemia no período pré-concepcional e na gestaçäo previne a hipertensäo da gravidez, as complicaçöes infecciosas e vasculares e também as perdas fetais, as malformaçöes congênitas e a prematuridade.
Asunto(s)
Femenino , Embarazo , Diabetes GestacionalRESUMEN
CONTEXT: Misoprostol, a synthetic E1 methyl analog prostaglandin, is at present receiving attention as a cervical modifier and labor induction agent. However, there is still a need for better determination of its safety and effectiveness. OBJECTIVE: To compare intravaginal misoprostol versus intravenous oxytocin for cervical ripening and labor induction in pregnant women with unripe cervices. DESIGN: Randomized controlled trial. SETTING: The study was performed at the Leonor Mendes de Barros Maternity Hospital between November 1998 and December 2000. PARTICIPANTS: 210 pregnant women with intact membranes and indication for labor induction were selected. PROCEDURES: The women randomly received 25 æg of vaginal misoprostol every 4 hours, not exceeding 8 doses (105 women), or oxytocin in a continuous infusion (105 women). MAIN MEASUREMENTS: The main parameters measured were: latent period, time from induction to vaginal delivery, delivery route, occurrence of vaginal delivery with time, occurrence of uterine tonus alterations, hypoxia and neonatal morbidity. To verify the statistical significance of the differences between the groups, the chi-squared, Student t and log-rank tests were used. RESULTS: There were no significant differences between the groups concerning conditions for labor induction, age, parity, race, marital status, family income, initial Bishop Index and number of prenatal visits. The cesarean section rate, latent period and period from induction to vaginal delivery were significantly lower for the misoprostol group. With regard to uterine tonus alterations, tachysystole was significantly more common in the misoprostol group. However, there was no difference in hypoxia and neonatal morbidity between the groups. CONCLUSION: 25 æg of misoprostol used vaginally every 4 hours is safer and more efficient for cervical ripening and labor induction than oxytocin
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Adulto , Oxitocina , Abortivos no Esteroideos , Misoprostol , Trabajo de Parto Inducido , Tiempo de Reacción , Embarazo Prolongado , Resultado del Tratamiento , Maduración CervicalAsunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Oxitocina , Prostaglandinas , Misoprostol , Trabajo de Parto Inducido , Embarazo de Alto Riesgo , Contracción UterinaRESUMEN
O objetivo deste estudo foi comparar a efetividade e segurança do misoprostol intravaginal versus ocitocina endovenosa no amadurecimento cervical e indução do parto em gestantes com colo uterino desfavorável e feto vivo. Foi um ensaio controlado aleatório, realizado no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, em São Paulo, no periódo de novembrode 2000. Foram sujeitos do estudo, 210 gestantes com idade gestacional igual ou superior a 37 semanas e membranas integras, que necessitaram de indução do trabalho d parto, as quais receberam, de acordo com a randomização, 25 ug de misoprostol a cada 4 horas até 8 dose (105 mulheres), ou infusão contínua de ocitocina (2-20mU/min; 105 mulheres). As principais variavéis estudadas foram:período de latência, tempo do início da indução até o parto vaginal, tipo de parto, incidência de parto vaginal em 24 horas, alterações da contratilidade uterina, hipóxia e morbidade neonatal. Os procedimentos estatísticos utilizados foram cálculo de médias, desvio padrão e teste t para as variáveis numéricas contínuas, x2 para as variáveis categóricas e x2 trend para as categorica sordenadas. Para avaliar período de latência e tempo da indução ao parto vagial , foi utilizado análise de sobrevivência, através de tabelas de vida, com a significância estastística avaliada pelo método de Kaplan-Meyer através do teste de loog-rank.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Persona de Mediana Edad , Abortivos no Esteroideos/administración & dosificación , Misoprostol/administración & dosificación , Oxitocina , Oxitocina/uso terapéutico , Oxitócicos/administración & dosificación , Trabajo de Parto InducidoRESUMEN
Objetivo: avaliar os resultados da assistência ao parto de gestantes com apresentaçäo pélvica. Pacientes e Métodos: estudo descritivo em que foram analisadas 160 gestantes com feto em apresentaçäo pélvica, com recém-nascidos vivos, divididas em 2 grupos conforme o tipo de parto. Foram estudados dados clínicos referentes ao trabalho de parto, parto e recém-nascido (RN). Para os procedimentos estatísticos compararam-se os partos vaginais às cesarianas, utilizando cálculo de médias, desvio-padräo, X² e os testes de Mann-Whitney e t de Student. Resultados: o índice geral de cesárea foi de 81,2 por cento. A idade gestacional e o peso do RN foram significativamente menores no grupo de parto vaginal. A prematuridade e o baixo peso do RN estiveram significativamente associados ao parto vaginal. Somente 14 recém-nascidos tiveram índice de Apgar <7 ao quinto minuto, quase 60 por cento deles no grupo de parto vaginal. Conclusöes: esta populaçäo teve elevadas taxas de cesárea, com maior morbidade perinatal, prematuridade e baixo peso no grupo com parto vaginal. Tais achados näo permitem conclusöes acerca da real associaçäo entre apresentaçäo pélvica, via de parto e resultados perinatais, sendo necessário o controle pela idade gestacional e paridade, além de uma decisäo aleatória sobre a via de parto.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Recién Nacido , Adulto , Parto Normal , Presentación de Nalgas , Cesárea , Recien Nacido Prematuro , Trabajo de Parto , Edad GestacionalRESUMEN
Objetivo: avaliar a via de parto em um grupo de gestantes primíparas de baixa renda com uma cesárea anterior e os fatores associados à repetição da cesárea no segundo parto. Pacientes e métodos: realizou-se um estudo caso-controle com 356 gestantes atendidas de janeiro de 1993 a janeiro de 1996 na Maternidade do CAISM/ UNICAMP. Constituíram os casos as 153 gestantes que tiveram o segundo parto por cesárea, e os controles, as 203 que tiveram o segundo parto vaginal. Para a análise utilizaram-se médias, desvio padrão, teste t de Student, teste de Mann?Whitney, X² e "odds ratio" (OR) e IC 95 por cento para cada possível fator associado à realização de cesárea no segundo parto. Resultados: a via do segundo parto foi vaginal em 57 por cento das vezes. Dentre as diversas variáveis estudadas, as que mostraram estar significativamente associadas à realizaçãao de cesárea no segundo parto foram: maior idade materna (para mulheres com 35 anos ou mais, OR = 16,4), antecedente de abortamento (OR = 2,09), indução do trabalho de parto (OR = 3,83), rotura prematura de membranas (OR = 2 ,83), e não-realização de analgesia durante o período de dilatação (OR = 5,3), o diagnóstico de algum sinal de vitalidade fetal alterada (OR = 2,7) e a ocorrência do parto à tarde (OR = 1,92). Conclusões: os resultados indicam que os fatores associados a repetição de cesárea em mulheres com uma cicatriz de cesárea nesta população são predominantemente médicos, mas há a possibilidade de se proporem intervenções dirigidas a diminuir o índice de repetição de cesáreas
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Embarazo , Niño , Adulto , Cesárea , Trabajo de Parto , Analgesia ObstétricaRESUMEN
Objetivo: avaliar a prevalência de anticorpos anticardiolipina entre gestantes com óbito fetal intra-uterino. Pacientes e métodos: foi um estudo de corte transversal que avaliou 109 gestantes hospitalizadas com o diagnóstico de morte fetal intra-uterina e idade gestacional de 20 semanas ou mais, durante o período de maio de 1998 a setembro de 1999, da Maternidade da Universidade Estadual de Campinas e do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros, em São Paulo. Estas mulheres foram submetidas a exames laboratoriais de rotina para a identficação da causa do óbito, incluindo a determinação sérica do anticorpo anticardiolipina, por meio dos níveis de IgG e IgM. Os resultados de IgG são expressos em unidades GPL e os de IgM em unidades MPL, sendo considerados positivos, nos dois casos, os valores acima de 10 unidades. Os procedimentos estatísticos utilizados foram o cálculo de médias, desvio padrão e comparação dos grupos por testes t de Student, Fisher e X². Resultados: a prevalência de positividade para o anticorpo anticardiolipina foi de 18,3 por cento. As mulheres eram predominantemente jovens, com média de idade em torno de 27 anos. As principais causas identificadas de morte foram: hipertensão (26,1 por cento), hemorragia durante o terceiro trimestre de gestação (9,9 por cento) e malformação fetal (8,1 por cento). Em cerca de um terço dos casos, a causa da morte fetal não foi identificada. Considerando os 20 casos com positividade para anticorpo anticardiolipina, a proporção de causas não identfcadas caiu para 29 por cento. Conclusões: é importante determinar a presença de anticorpos anticardiolipina em mulheres com perdas fetais com o propósito de elucidar outras causas de morte fetal, especialmente a síndrome antifosfolípide e demais situações corretatas. Para estes casos é necessário o aconselhamento e o tratamento destas mulheres em gravidezes futuras