RESUMEN
Os autores avaliam os resultados obtidos no tratamento de 26 pacientes (48 pés) portadores de hálux valgo juvenil, operados com as técnicas de Mitchell (cinco pés), chevron (24 pés) e chevron biplana (19 pés). Aproveitam, também, para avaliar as correlações entre os ângulos de valgismo do hálux, intermetatársico, articular distal metatársico, desvio sesamóideo e comprimento relativo entre o I e o II metatársico.Os pacientes apresentaram idades de 11 a 21 anos (média de 17,29 anos) e distribuíram-se, quanto ao sexo, em dois pacientes do masculino (7,7 por cento) e 24 pacientes do feminino (92,3 por cento), divididos em 24 pés do lado direito (50 por cento) e 24 pés do lado esquerdo (50 por cento). O tempo médio de seguimento dos pacientes foi de cinco anos, variando de três meses a 19 anos. As três técnicas corrigiram de forma significante os ângulos de valgismo do hálux e intermetatársico. O ângulo articular distal metatársico mostrou-se significante na técnica em chevron e principalmente na técnica em chevron biplana. Os autores concluem que: 1) o ângulo articular distal metatársico está diretamente ligado a deformidade em valgo do hálux na população juvenil; 2) a osteotomia em chevron biplana mostrou-se muito superior às outras técnicas, corrigindo de forma satisfatória e eficaz o ângulo articular distal metatársico, com maior taxa de correção para a normalidade; 3) a fórmula metatársica não teve relação com os ângulos de valgismo do hálux, intermetatársico e articular distal metatársico; 4) o metatarso primo varo não apresentou correlação estatisticamente significante com o grau de valgismo do hálux.