RESUMEN
BACKGROUND: Atrial fibrillation (AF) is a risk factor for cerebral ischemia. Identifying the presence of AF, especially in paroxysmal cases, may take time and lacks clear support in the literature regarding the optimal investigative approach; in resource-limited settings, identifying a higher-risk group for AF can assist in planning further investigation. OBJECTIVE: To develop a scoring tool to predict the risk of incident AF in the poststroke follow-up. METHODS: A retrospective longitudinal study with data collected from electronic medical records of patients hospitalized and followed up for cerebral ischemia from 2014 to 2021 at a tertiary stroke center. Demographic, clinical, laboratory, electrocardiogram, and echocardiogram data, as well as neuroimaging data, were collected. Stepwise logistic regression was employed to identify associated variables. A score with integer numbers was created based on beta coefficients. Calibration and validation were performed to evaluate accuracy. RESULTS: We included 872 patients in the final analysis. The score was created with left atrial diameter ≥ 42 mm (2 points), age ≥ 70 years (1 point), presence of septal aneurysm (2 points), and score ≥ 6 points at admission on the National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS; 1 point). The score ranges from 0 to 6. Patients with a score ≥ 2 points had a fivefold increased risk of having AF detected in the follow-up. The area under the curve (AUC) was of 0.77 (0.72-0.85). CONCLUSION: We were able structure an accurate risk score tool for incident AF, which could be validated in multicenter samples in future studies.
ANTECEDENTES: Fibrilação atrial (FA) é um fator de risco para isquemia cerebral. Identificar a presença de FA, especialmente em casos paroxísticos, pode demandar tempo, e não há fundamentos claros na literatura quanto ao melhor método de proceder à investigação; em locais de parcos recursos, identificar um grupo de mais alto risco de FA pode auxiliar no planejamento da investigação complementar. OBJETIVO: Desenvolver uma ferramenta de escore para prever o risco de FA no acompanhamento após acidente vascular cerebral (AVC). MéTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo, com dados coletados dos prontuários eletrônicos de pacientes hospitalizados e acompanhados ambulatorialmente por isquemia cerebral, de 2014 a 2021, em um centro de AVC terciário. Foram coleados dados demográficos, clínicos, laboratoriais, de eletrocardiograma e ecocardiograma, além de dados de neuroimagem. Mediante uma regressão logística por stepwise, foram identificadas variáveis associadas. Um escore com números inteiros foi criado com base nos coeficientes beta. Calibração e validação foram realizadas para avaliar a precisão. RESULTADOS: Foram incluídos 872 pacientes na análise final. O escore foi criado com diâmetro de átrio esquerdo ≥ 42 mm (2 pontos), idade ≥ 70 anos (1 ponto), presença de aneurisma septal (2 pontos) e pontuação à admissão ≥ 6 na escala de AVC dos National Institutes of Health (National Institutes of Health Stroke Scale, NIHSS, em inglês; 1 ponto). O escore tem pontuação que varia de 0 a 6. Pacientes com escore ≥ 2 pontos tiveram cinco vezes mais risco de terem FA detectada no acompanhamento. A área sob a curva (area under curve, AUC, em inglês) foi de 0.77 (0.720.85). CONCLUSãO: Pudemos estruturar uma ferramenta precisa de escore de risco de FA, a qual poderá ser validada em amostras multicêntricas em estudos futuros.
Asunto(s)
Fibrilación Atrial , Humanos , Fibrilación Atrial/diagnóstico por imagen , Fibrilación Atrial/etiología , Masculino , Femenino , Anciano , Estudios Retrospectivos , Factores de Riesgo , Persona de Mediana Edad , Estudios Longitudinales , Medición de Riesgo/métodos , Accidente Cerebrovascular/etiología , Accidente Cerebrovascular/diagnóstico por imagen , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Anciano de 80 o más Años , Valor Predictivo de las Pruebas , Modelos Logísticos , Accidente Cerebrovascular Isquémico/diagnóstico por imagen , Accidente Cerebrovascular Isquémico/etiología , Isquemia Encefálica/diagnóstico por imagen , Isquemia Encefálica/etiologíaRESUMEN
BACKGROUND: Patients with severe coronavirus disease-19 (COVID-19) may require the use of invasive mechanical ventilation (MV) for prolonged periods. Aggressive MV parameters have been associated with changes in intracranial pressure (ICP) in patients with acute intracranial disorders. Significant ICP elevation could compromise intracranial compliance (ICC) and cerebrovascular hemodynamics (CVH). However, the effects of these parameters in individuals without neurological disorders have not yet been evaluated. OBJECTIVE: To evaluate ICC in patients on MV with COVID-19 infection compared to other diagnoses, to better characterize the effects of MV and COVID-19 upon ICC. We also compared between the ICC in patients with COVID-19 who did not require MV and healthy volunteers, to assess the isolated effect of COVID-19 upon ICC. METHODS: This was an exploratory, observational study with a convenience sample. The ICC was evaluated with a noninvasive ICP monitoring device. The P2/P1 ratio was calculated by dividing the amplitude of these two points, being defined as "abnormal" when P2 > P1. The statistical analysis was performed using a mixed linear model with random effects to compare the P2/P1 ratio in all four groups on the first monitoring day. RESULTS: A convenience sample of 78 subjects (15 MV-COVID-19, 15 MV non-COVID-19, 24 non-MV-COVID-19, and 24 healthy participants) was prospectively enrolled. There was no difference in P2/P1 ratios between MV patients with and without COVID-19, nor between non-MV patients with COVID-19 and healthy volunteers. However, the P2/P1 ratio was higher in COVID-19 patients with MV use than in those without it. CONCLUSION: This exploratory analysis suggests that COVID-19 does not impair ICC.
ANTECEDENTES: Pacientes com doença grave por coronavírus-19 (COVID-19) podem necessitar do uso de ventilação mecânica (VM) invasiva por um período prolongado. Parâmetros agressivos de VM têm sido associados a alterações na pressão intracraniana (PIC) em pacientes com doenças intracranianas agudas. Elevações significativas da PIC podem comprometer a complacência intracraniana (CIC) e a hemodinâmica cerebrovascular (HVC). No entanto, os efeitos desses parâmetros em indivíduos sem doenças neurológicas ainda não foram sistematicamente avaliados. OBJETIVO: Avaliar a CIC em pacientes em VM com COVID-19 comparados com outros diagnósticos, para melhor caracterizar os efeitos da VM e COVID-19 sobre a CIC. Também foi feita a comparação entre a CIC em pacientes com COVID-19 sem VM e voluntários saudáveis, para avaliar o efeito isolado da COVID-19 sobre a ICC. MéTODOS: Trata-se de um estudo exploratório, observacional com amostra por conveniência. A CIC foi avaliada com um dispositivo não invasivo de monitoramento da PIC. A relação P2/P1 foi calculada dividindo-se a amplitude desses dois pontos, sendo definida como "anormal" quando P2 > P1. A análise estatística foi realizada usando um modelo linear misto com efeitos aleatórios para comparar a relação P2/P1 nos quatro grupos no primeiro dia de monitoramento. RESULTADOS: Uma amostra de conveniência com 78 voluntários (15 COVID-19 em VM, 15 sem COVID-19 em VM, 24 com COVID em respiração espontânea e 24 saudáveis) foram prospectivamente incluídos. Não houve diferença nas razões P2/P1 entre pacientes em VM com e sem COVID-19, nem entre pacientes sem VM com COVID-19 ou saudáveis. No entanto, a relação P2/P1 foi maior em pacientes com COVID-19 com uso de VM do que naqueles sem. CONCLUSãO: Os dados dessa análise exploratória sugerem que a COVID-19 não prejudica a CIC.
Asunto(s)
COVID-19 , Presión Intracraneal , Respiración Artificial , Humanos , COVID-19/fisiopatología , COVID-19/complicaciones , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Presión Intracraneal/fisiología , Adulto , Anciano , SARS-CoV-2 , Circulación Cerebrovascular/fisiología , Estudios de Casos y Controles , Hipertensión Intracraneal/fisiopatologíaRESUMEN
Digital health is significantly transforming stroke care, particularly in remote and economically diverse regions, by harnessing mobile and wireless technologies, big data, and artificial intelligence (AI). Despite the promising advancements, a notable gap exists in the formal clinical validation of many digital health applications, raising concerns about their efficacy and safety in real-world clinical settings. Our review systematically explores the landscape of digital health in stroke care, assessing the development, validation, and implementation of various digital tools. We adopted a comprehensive search strategy, scrutinizing peer-reviewed articles published between January 2015 and January 2024, to gather evidence on the effectiveness of digital health interventions. A rigorous quality assessment was conducted to ensure the reliability of the included studies, with findings synthesized to underscore key technological innovations and their clinical outcomes. Ethical considerations were meticulously observed to maintain data confidentiality and integrity. Our findings highlight the transformative potential of mobile health technologies, AI, and telemedicine in improving diagnostic accuracy, treatment efficacy, and patient outcomes in stroke care. Our paper delves into the evolution and impact of digital health in cerebrovascular prevention, diagnosis, rehabilitation and stroke treatment, emphasizing the digital health's role in enhancing access to expert care, mitigating treatment delays and improving outcomes. However, the review also underscores the critical need for rigorous clinical validation and ethical considerations in the development and deployment of digital health technologies to ensure their safe and effective integration into stroke care practices.
A saúde digital está transformando significativamente o cuidado com o acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em regiões remotas e economicamente diversas, ao aproveitar tecnologias móveis e sem fio, big data e inteligência artificial (IA). Apesar dos avanços promissores, existe uma lacuna notável na validação clínica formal de muitas aplicações de saúde digital, levantando preocupações sobre sua eficácia e segurança em ambientes clínicos do mundo real. Nossa revisão explora sistematicamente a paisagem da saúde digital no cuidado do AVC, avaliando o desenvolvimento, validação e implementação de várias ferramentas digitais. Adotamos uma estratégia de busca abrangente, examinando artigos revisados por pares publicados entre janeiro de 2015 e janeiro de 2024, para reunir evidências sobre a eficácia das intervenções de saúde digital. Uma avaliação de qualidade rigorosa foi conduzida para garantir a confiabilidade dos estudos incluídos, com os achados sintetizados para destacar as principais inovações tecnológicas e seus resultados clínicos. Considerações éticas foram meticulosamente observadas para manter a confidencialidade e integridade dos dados. Nossas descobertas destacam o potencial transformador das tecnologias de saúde móvel, IA e telemedicina em melhorar a precisão diagnóstica, a eficácia do tratamento e os resultados dos pacientes no cuidado do AVC. Nosso artigo aprofunda-se na evolução e impacto da saúde digital na prevenção, diagnóstico, reabilitação e tratamento do AVC, enfatizando seu papel em melhorar o acesso ao cuidado especializado, mitigar atrasos no tratamento e melhorar os desfechos. No entanto, a revisão também sublinha a necessidade crítica de validação clínica rigorosa e considerações éticas no desenvolvimento e implantação de tecnologias de saúde digital para garantir sua integração segura e eficaz nas práticas de cuidado do AVC.
Asunto(s)
Inteligencia Artificial , Accidente Cerebrovascular , Telemedicina , Humanos , Accidente Cerebrovascular/terapia , Salud DigitalRESUMEN
BACKGROUND: Understanding the causes of intracerebral hemorrhage (ICH) is crucial for effective treatment and preventing recurrences. The SMASH-U scale is a suggested method for classifying and predicting the outcomes of ICH. OBJECTIVE: To describe the SMASH-U classification and outcomes by etiology in patients admitted to a comprehensive stroke center in São Paulo, Brazil. METHODS: A retrospective analysis was conducted on patients admitted to the hospital or outpatient clinic between April 2015 and January 2018. Two stroke neurologists evaluated the SMASH-U classification, and patients with incomplete medical records were excluded. RESULTS: Out of the 2000 patients with a stroke diagnosis evaluated, 140 were included in the final analysis. The mean age was 57.9 (± 15.5) years, and 54.3% were male. Hypertension was the most frequent etiology, accounting for 41.4% of cases, followed by amyloid angiopathy (18.5%) and structural lesions (14.1%). Structural lesions were more common among women and patients under 45 years old. Favorable outcomes were observed in 61% of patients with structural lesions, compared to 10% of patients with medication-related etiologies. CONCLUSION: This study provides important evidence regarding the etiological classification of Brazilian patients with ICH. Hypertension and amyloid angiopathy were the most frequent causes, while structural lesions and systemic diseases were more common in younger patients.
ANTECEDENTES: Compreender as causas da hemorragia intracerebral (HIC) é crucial para o tratamento eficaz e prevenção de recorrências. A escala SMASH-U é um método sugerido para classificar e prever os resultados da HIC. OBJETIVO: Descrever a classificação SMASH-U e os resultados por etiologia em pacientes admitidos em um centro de acidente vascular cerebral (AVC) em São Paulo, Brasil. MéTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva de pacientes admitidos no hospital ou ambulatório entre abril de 2015 e janeiro de 2018. Dois neurologistas especializados em doenças cerebrovasculares avaliaram a classificação SMASH-U e pacientes com prontuários incompletos foram excluídos. RESULTADOS: Dos 2000 pacientes com diagnóstico de AVC avaliados, 140 foram incluídos na análise final. A idade média foi de 57,9 (±15,5) anos e 54,3% eram do sexo masculino. A hipertensão foi a etiologia mais frequente, correspondendo a 41,4% dos casos, seguida pela angiopatia amiloide (18,5%) e lesões estruturais (14,1%). As lesões estruturais foram mais comuns em mulheres e pacientes com menos de 45 anos. Resultados favoráveis foram observados em 61% dos pacientes com lesões estruturais, em comparação com 10% dos pacientes com etiologias relacionadas a medicamentos. CONCLUSãO: Este estudo fornece evidências importantes sobre a classificação etiológica de pacientes brasileiros com HIC. A hipertensão e a angiopatia amiloide foram as causas mais frequentes, enquanto lesões estruturais e doenças sistêmicas foram mais comuns em pacientes mais jovens.
Asunto(s)
Angiopatía Amiloide Cerebral , Hipertensión , Accidente Cerebrovascular , Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Brasil/epidemiología , Estudios Retrospectivos , Hemorragia Cerebral/complicaciones , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Hipertensión/complicacionesRESUMEN
Abstract Background Understanding the causes of intracerebral hemorrhage (ICH) is crucial for effective treatment and preventing recurrences. The SMASH-U scale is a suggested method for classifying and predicting the outcomes of ICH. Objective To describe the SMASH-U classification and outcomes by etiology in patients admitted to a comprehensive stroke center in São Paulo, Brazil. Methods A retrospective analysis was conducted on patients admitted to the hospital or outpatient clinic between April 2015 and January 2018. Two stroke neurologists evaluated the SMASH-U classification, and patients with incomplete medical records were excluded. Results Out of the 2000 patients with a stroke diagnosis evaluated, 140 were included in the final analysis. The mean age was 57.9 (± 15.5) years, and 54.3% were male. Hypertension was the most frequent etiology, accounting for 41.4% of cases, followed by amyloid angiopathy (18.5%) and structural lesions (14.1%). Structural lesions were more common among women and patients under 45 years old. Favorable outcomes were observed in 61% of patients with structural lesions, compared to 10% of patients with medication-related etiologies. Conclusion This study provides important evidence regarding the etiological classification of Brazilian patients with ICH. Hypertension and amyloid angiopathy were the most frequent causes, while structural lesions and systemic diseases were more common in younger patients.
Resumo Antecedentes Compreender as causas da hemorragia intracerebral (HIC) é crucial para o tratamento eficaz e prevenção de recorrências. A escala SMASH-U é um método sugerido para classificar e prever os resultados da HIC. Objetivo Descrever a classificação SMASH-U e os resultados por etiologia em pacientes admitidos em um centro de acidente vascular cerebral (AVC) em São Paulo, Brasil. Métodos Foi realizada uma análise retrospectiva de pacientes admitidos no hospital ou ambulatório entre abril de 2015 e janeiro de 2018. Dois neurologistas especializados em doenças cerebrovasculares avaliaram a classificação SMASH-U e pacientes com prontuários incompletos foram excluídos. Resultados Dos 2000 pacientes com diagnóstico de AVC avaliados, 140 foram incluídos na análise final. A idade média foi de 57,9 (±15,5) anos e 54,3% eram do sexo masculino. A hipertensão foi a etiologia mais frequente, correspondendo a 41,4% dos casos, seguida pela angiopatia amiloide (18,5%) e lesões estruturais (14,1%). As lesões estruturais foram mais comuns em mulheres e pacientes com menos de 45 anos. Resultados favoráveis foram observados em 61% dos pacientes com lesões estruturais, em comparação com 10% dos pacientes com etiologias relacionadas a medicamentos. Conclusão Este estudo fornece evidências importantes sobre a classificação etiológica de pacientes brasileiros com HIC. A hipertensão e a angiopatia amiloide foram as causas mais frequentes, enquanto lesões estruturais e doenças sistêmicas foram mais comuns em pacientes mais jovens.
RESUMEN
Abstract Background Atrial fibrillation (AF) is a risk factor for cerebral ischemia. Identifying the presence of AF, especially in paroxysmal cases, may take time and lacks clear support in the literature regarding the optimal investigative approach; in resource-limited settings, identifying a higher-risk group for AF can assist in planning further investigation. Objective To develop a scoring tool to predict the risk of incident AF in the poststroke follow-up. Methods A retrospective longitudinal study with data collected from electronic medical records of patients hospitalized and followed up for cerebral ischemia from 2014 to 2021 at a tertiary stroke center. Demographic, clinical, laboratory, electrocardiogram, and echocardiogram data, as well as neuroimaging data, were collected. Stepwise logistic regression was employed to identify associated variables. A score with integer numbers was created based on beta coefficients. Calibration and validation were performed to evaluate accuracy. Results We included 872 patients in the final analysis. The score was created with left atrial diameter ≥ 42 mm (2 points), age ≥ 70 years (1 point), presence of septal aneurysm (2 points), and score ≥ 6 points at admission on the National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS; 1 point). The score ranges from 0 to 6. Patients with a score ≥ 2 points had a fivefold increased risk of having AF detected in the follow-up. The area under the curve (AUC) was of 0.77 (0.72-0.85). Conclusion We were able structure an accurate risk score tool for incident AF, which could be validated in multicenter samples in future studies.
Resumo Antecedentes Fibrilação atrial (FA) é um fator de risco para isquemia cerebral. Identificar a presença de FA, especialmente em casos paroxísticos, pode demandar tempo, e não há fundamentos claros na literatura quanto ao melhor método de proceder à investigação; em locais de parcos recursos, identificar um grupo de mais alto risco de FA pode auxiliar no planejamento da investigação complementar. Objetivo Desenvolver uma ferramenta de escore para prever o risco de FA no acompanhamento após acidente vascular cerebral (AVC). Métodos Estudo longitudinal retrospectivo, com dados coletados dos prontuários eletrônicos de pacientes hospitalizados e acompanhados ambulatorialmente por isquemia cerebral, de 2014 a 2021, em um centro de AVC terciário. Foram coleados dados demográficos, clínicos, laboratoriais, de eletrocardiograma e ecocardiograma, além de dados de neuroimagem. Mediante uma regressão logística por stepwise, foram identificadas variáveis associadas. Um escore com números inteiros foi criado com base nos coeficientes beta. Calibração e validação foram realizadas para avaliar a precisão. Resultados Foram incluídos 872 pacientes na análise final. O escore foi criado com diâmetro de átrio esquerdo ≥ 42 mm (2 pontos), idade ≥ 70 anos (1 ponto), presença de aneurisma septal (2 pontos) e pontuação à admissão ≥ 6 na escala de AVC dos National Institutes of Health (National Institutes of Health Stroke Scale, NIHSS, em inglês; 1 ponto). O escore tem pontuação que varia de 0 a 6. Pacientes com escore ≥ 2 pontos tiveram cinco vezes mais risco de terem FA detectada no acompanhamento. A área sob a curva (area under curve, AUC, em inglês) foi de 0.77 (0.72-0.85). Conclusão Pudemos estruturar uma ferramenta precisa de escore de risco de FA, a qual poderá ser validada em amostras multicêntricas em estudos futuros.
RESUMEN
Abstract Digital health is significantly transforming stroke care, particularly in remote and economically diverse regions, by harnessing mobile and wireless technologies, big data, and artificial intelligence (AI). Despite the promising advancements, a notable gap exists in the formal clinical validation of many digital health applications, raising concerns about their efficacy and safety in real-world clinical settings. Our review systematically explores the landscape of digital health in stroke care, assessing the development, validation, and implementation of various digital tools. We adopted a comprehensive search strategy, scrutinizing peer-reviewed articles published between January 2015 and January 2024, to gather evidence on the effectiveness of digital health interventions. A rigorous quality assessment was conducted to ensure the reliability of the included studies, with findings synthesized to underscore key technological innovations and their clinical outcomes. Ethical considerations were meticulously observed to maintain data confidentiality and integrity. Our findings highlight the transformative potential of mobile health technologies, AI, and telemedicine in improving diagnostic accuracy, treatment efficacy, and patient outcomes in stroke care. Our paper delves into the evolution and impact of digital health in cerebrovascular prevention, diagnosis, rehabilitation and stroke treatment, emphasizing the digital health's role in enhancing access to expert care, mitigating treatment delays and improving outcomes. However, the review also underscores the critical need for rigorous clinical validation and ethical considerations in the development and deployment of digital health technologies to ensure their safe and effective integration into stroke care practices.
Resumo A saúde digital está transformando significativamente o cuidado com o acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em regiões remotas e economicamente diversas, ao aproveitar tecnologias móveis e sem fio, big data e inteligência artificial (IA). Apesar dos avanços promissores, existe uma lacuna notável na validação clínica formal de muitas aplicações de saúde digital, levantando preocupações sobre sua eficácia e segurança em ambientes clínicos do mundo real. Nossa revisão explora sistematicamente a paisagem da saúde digital no cuidado do AVC, avaliando o desenvolvimento, validação e implementação de várias ferramentas digitais. Adotamos uma estratégia de busca abrangente, examinando artigos revisados por pares publicados entre janeiro de 2015 e janeiro de 2024, para reunir evidências sobre a eficácia das intervenções de saúde digital. Uma avaliação de qualidade rigorosa foi conduzida para garantir a confiabilidade dos estudos incluídos, com os achados sintetizados para destacar as principais inovações tecnológicas e seus resultados clínicos. Considerações éticas foram meticulosamente observadas para manter a confidencialidade e integridade dos dados. Nossas descobertas destacam o potencial transformador das tecnologias de saúde móvel, IA e telemedicina em melhorar a precisão diagnóstica, a eficácia do tratamento e os resultados dos pacientes no cuidado do AVC. Nosso artigo aprofunda-se na evolução e impacto da saúde digital na prevenção, diagnóstico, reabilitação e tratamento do AVC, enfatizando seu papel em melhorar o acesso ao cuidado especializado, mitigar atrasos no tratamento e melhorar os desfechos. No entanto, a revisão também sublinha a necessidade crítica de validação clínica rigorosa e considerações éticas no desenvolvimento e implantação de tecnologias de saúde digital para garantir sua integração segura e eficaz nas práticas de cuidado do AVC.
RESUMEN
Abstract Background Patients with severe coronavirus disease-19 (COVID-19) may require the use of invasive mechanical ventilation (MV) for prolonged periods. Aggressive MV parameters have been associated with changes in intracranial pressure (ICP) in patients with acute intracranial disorders. Significant ICP elevation could compromise intracranial compliance (ICC) and cerebrovascular hemodynamics (CVH). However, the effects of these parameters in individuals without neurological disorders have not yet been evaluated. Objective To evaluate ICC in patients on MV with COVID-19 infection compared to other diagnoses, to better characterize the effects of MV and COVID-19 upon ICC. We also compared between the ICC in patients with COVID-19 who did not require MV and healthy volunteers, to assess the isolated effect of COVID-19 upon ICC. Methods This was an exploratory, observational study with a convenience sample. The ICC was evaluated with a noninvasive ICP monitoring device. The P2/P1 ratio was calculated by dividing the amplitude of these two points, being defined as "abnormal" when P2 > P1. The statistical analysis was performed using a mixed linear model with random effects to compare the P2/P1 ratio in all four groups on the first monitoring day. Results A convenience sample of 78 subjects (15 MV-COVID-19, 15 MV non-COVID-19, 24 non-MV-COVID-19, and 24 healthy participants) was prospectively enrolled. There was no difference in P2/P1 ratios between MV patients with and without COVID-19, nor between non-MV patients with COVID-19 and healthy volunteers. However, the P2/P1 ratio was higher in COVID-19 patients with MV use than in those without it. Conclusion This exploratory analysis suggests that COVID-19 does not impair ICC.
Resumo Antecedentes Pacientes com doença grave por coronavírus-19 (COVID-19) podem necessitar do uso de ventilação mecânica (VM) invasiva por um período prolongado. Parâmetros agressivos de VM têm sido associados a alterações na pressão intracraniana (PIC) em pacientes com doenças intracranianas agudas. Elevações significativas da PIC podem comprometer a complacência intracraniana (CIC) e a hemodinâmica cerebrovascular (HVC). No entanto, os efeitos desses parâmetros em indivíduos sem doenças neurológicas ainda não foram sistematicamente avaliados. Objetivo Avaliar a CIC em pacientes em VM com COVID-19 comparados com outros diagnósticos, para melhor caracterizar os efeitos da VM e COVID-19 sobre a CIC. Também foi feita a comparação entre a CIC em pacientes com COVID-19 sem VM e voluntários saudáveis, para avaliar o efeito isolado da COVID-19 sobre a ICC. Métodos Trata-se de um estudo exploratório, observacional com amostra por conveniência. A CIC foi avaliada com um dispositivo não invasivo de monitoramento da PIC. A relação P2/P1 foi calculada dividindo-se a amplitude desses dois pontos, sendo definida como "anormal" quando P2 > P1. A análise estatística foi realizada usando um modelo linear misto com efeitos aleatórios para comparar a relação P2/P1 nos quatro grupos no primeiro dia de monitoramento. Resultados Uma amostra de conveniência com 78 voluntários (15 COVID-19 em VM, 15 sem COVID-19 em VM, 24 com COVID em respiração espontânea e 24 saudáveis) foram prospectivamente incluídos. Não houve diferença nas razões P2/P1 entre pacientes em VM com e sem COVID-19, nem entre pacientes sem VM com COVID-19 ou saudáveis. No entanto, a relação P2/P1 foi maior em pacientes com COVID-19 com uso de VM do que naqueles sem. Conclusão Os dados dessa análise exploratória sugerem que a COVID-19 não prejudica a CIC.
RESUMEN
Abstract Over the last three decades, stroke care has undergone significant transformations mainly driven by the introduction of reperfusion therapy and the organization of systems of care. Patients receiving treatment through a well-structured stroke service have a much higher chance of favorable outcomes, thereby decreasing both disability and mortality. In this article, we reviewed the scientific evidence for stroke reperfusion therapy, including thrombolysis and thrombectomy, and its implementation in the public health system in Brazil.
Resumo Nas últimas três décadas, o tratamento do AVC sofreu transformações significativas, impulsionadas principalmente pela introdução das terapias de reperfusão e pela organização dos serviços de AVC. Os pacientes que recebem tratamento em um serviço de AVC bem estruturado têm uma probabilidade muito maior de resultados favoráveis, diminuindo assim a incapacidade funcional e a mortalidade. Neste artigo, revisamos as evidências científicas para as terapias de reperfusão do AVC, incluindo trombólise e trombectomia e sua implementação no sistema público de saúde no Brasil.
RESUMEN
ABSTRACT Background: Hemorrhagic transformation (HT) is a complication in ischemic strokes, regardless of use of reperfusion therapy (RT). There are many predictive scores for estimating the risk of HT. However, most of them include patients also treated with RT. Therefore, this may lead to a misinterpretation of the risk of HT in patients who did not undergo RT. Objective: We aimed to review published predictive scores and analyze their accuracy in our dataset. Methods: We analyzed the accuracy of seven scales. Our dataset was derived from a cohort of 1,565 consecutive patients from 2015 to 2017 who were admitted to a comprehensive stroke center. All patients were evaluated with follow-up neuroimaging within seven days. Comparison of area under the curve (AUC) was performed on each scale, to analyze differences between patients treated with recombinant tissue plasminogen activator (tPA) and those without this treatment. Results: Our dataset provided enough data to assess seven scales, among which six were used among patients with and without tPA treatment. HAT (AUC 0.76), HTI (0.73) and SEDAN (0.70) were the most accurate scores for patients not treated with tPA. SPAN-100 (0.55) had the worst accuracy in both groups. Three of these scores had different cutoffs between study groups. Conclusions: The predictive scores had moderate to fair accuracy for predicting HT in patients treated with tPA. Three scales were more accurate for predicting HT in patients not treated with tPA. Through standardizing these characteristics and including more patients not treated with RT in a large multicenter series, accurate predictive scores may be created.
RESUMO Background: Transformação hemorrágica (TH) é uma complicação frequente no acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico independente do uso de terapia de reperfusão (TR). Diversos escores preditivos de TH foram elaborados. Entretanto, a maioria desses escores incluíram pacientes submetidos a TR — o que pode levar à má interpretação do risco de TH nos pacientes não submetidos a TR. Objetivo: Nosso objetivo é revisar escores preditivos já publicados e analisar a sua acurácia em nossa amostra. Métodos: Analisamos a acurácia de sete escores. Nosso banco foi criado de uma coorte de 1.565 pacientes consecutivos, admitidos entre 2015 e 2017 em um centro avançado de AVC. Os pacientes realizaram neuroimagem de controle em até sete dias. Uma comparação entre áreas abaixo da curva/característica de operação do receptor (AUC) foi realizada, analisando-se as diferenças entre grupos de pacientes tratados ou não com ativador de plasminogênio tecidual recombinante (tPA). Resultados: Nosso banco de dados proporcionou informação suficiente para avaliar sete escores, dos quais seis foram aplicados em pacientes tratados ou não com tPA. HAT (AUC 0,76), HTI (0,73) e SEDAN (0,70) foram os escores mais acurados em pacientes não tratados com tPA. SPAN-100 (0,55) teve a pior acurácia nos grupos. Três desses escores apresentaram diferentes valores de corte entre os grupos. Conclusões: Os escores apresentaram de boa a moderada acurácia na predição de TH em pacientes tratados com tPA. Três escores foram mais acurados em pacientes não tratados com tPA. A parametrização dessas características e a inclusão de mais pacientes não tratados com TR em um estudo multicêntrico poderia levar a escores mais acurados.
RESUMEN
BACKGROUND: Hemorrhagic transformation (HT) is a complication in ischemic strokes, regardless of use of reperfusion therapy (RT). There are many predictive scores for estimating the risk of HT. However, most of them include patients also treated with RT. Therefore, this may lead to a misinterpretation of the risk of HT in patients who did not undergo RT. OBJECTIVE: We aimed to review published predictive scores and analyze their accuracy in our dataset. METHODS: We analyzed the accuracy of seven scales. Our dataset was derived from a cohort of 1,565 consecutive patients from 2015 to 2017 who were admitted to a comprehensive stroke center. All patients were evaluated with follow-up neuroimaging within seven days. Comparison of area under the curve (AUC) was performed on each scale, to analyze differences between patients treated with recombinant tissue plasminogen activator (tPA) and those without this treatment. RESULTS: Our dataset provided enough data to assess seven scales, among which six were used among patients with and without tPA treatment. HAT (AUC 0.76), HTI (0.73) and SEDAN (0.70) were the most accurate scores for patients not treated with tPA. SPAN-100 (0.55) had the worst accuracy in both groups. Three of these scores had different cutoffs between study groups. CONCLUSIONS: The predictive scores had moderate to fair accuracy for predicting HT in patients treated with tPA. Three scales were more accurate for predicting HT in patients not treated with tPA. Through standardizing these characteristics and including more patients not treated with RT in a large multicenter series, accurate predictive scores may be created.
Asunto(s)
Isquemia Encefálica , Hemorragia Cerebral , Accidente Cerebrovascular Isquémico , Isquemia Encefálica/complicaciones , Hemorragia Cerebral/diagnóstico por imagen , Hemorragia Cerebral/etiología , Estudios de Cohortes , Humanos , Accidente Cerebrovascular Isquémico/complicaciones , Terapia Trombolítica , Activador de Tejido Plasminógeno/uso terapéuticoRESUMEN
ABSTRACT Background: Hemorrhagic transformation (HT) is a common complication after ischemic stroke. It may be associated to poor outcomes. Some predictors of HT have been previously identified, but there remain controversies. Objective: To describe the risk factors for HT more frequently reported by a panel of experts surveyed for this project. Methods: We sent a standard questionnaire by e-mail to specialists in Vascular Neurology from 2014 to 2018. Forty-five specialists were contacted and 20 of them responded to the invitation. Predictors cited by three or more specialists were included in a table and ranked by the frequency in which they appeared. A review of the literature looking for published predictive scores of HT was performed, comparing to the answers received. Results: The 20 responding specialists cited 23 different risk factors for HT. The most frequent factors in the order of citation were the volume of ischemia, previous use of antithrombotic medication, neurological severity, age, hyperglycemia at presentation, hypertension on admission, and cardioembolism. Most variables were also found in previously published predictive scores, but they were reported by the authors with divergences of frequency. Conclusion: Although many studies have evaluated HT in patients with acute ischemic stroke, the published risk factors were neither uniform nor in agreement with those cited by the stroke specialists. These findings may be helpful to build a score that can be tested with the goal of improving the prediction of HT.
RESUMO Introdução: A transformação hemorrágica (TH) é uma complicação comum após a isquemia cerebral e pode estar associada a desfechos desfavoráveis. Alguns fatores de risco para TH têm sido identificados, mas ainda há controvérsias. Objetivo: Descrever os fatores de risco para TH mais frequentemente reportados por um painel de especialistas consultados para esse projeto. Métodos: Enviamos um questionário padronizado por e-mail para 45 especialistas em Neurologia Vascular no período de 2014 a 2018. Vinte dos 45 especialistas responderam ao convite. Preditores citados por três ou mais especialistas foram incluídos em uma tabela e classificados pela frequência em que foram reportados. Uma revisão de literatura foi realizada em busca de escores preditivos de TH publicados anteriormente, comparando-os com as respostas recebidas. Resultados: Os 20 especialistas citaram 23 diferentes fatores de risco para TH. Os fatores mais frequentemente citados foram, pela ordem, volume da isquemia, uso prévio de medicação antitrombótica, gravidade neurológica, idade, hiperglicemia na apresentação, hipertensão na admissão e cardioembolismo. A maioria das variáveis também foi incluída em escores preditivos de TH já publicados, mas sem a mesma frequência e com divergências entre os especialistas consultados. Conclusão: Embora muitos estudos tenham avaliado a TH em pacientes com isquemia cerebral, os fatores de risco já publicados não foram uniformes na concordância com aqueles reportados pelos neurologistas vasculares consultados. Esses achados podem ser úteis para elaborar um escore que possa ser testado para aperfeiçoar a predição de transformação hemorrágica.
Asunto(s)
Humanos , Hemorragia Cerebral/diagnóstico , Isquemia Encefálica/diagnóstico , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Hemorragia Cerebral/patología , Factores de Riesgo , Accidente Cerebrovascular/etiologíaRESUMEN
BACKGROUND: Hemorrhagic transformation (HT) is a common complication after ischemic stroke. It may be associated to poor outcomes. Some predictors of HT have been previously identified, but there remain controversies. OBJECTIVE: To describe the risk factors for HT more frequently reported by a panel of experts surveyed for this project. METHODS: We sent a standard questionnaire by e-mail to specialists in Vascular Neurology from 2014 to 2018. Forty-five specialists were contacted and 20 of them responded to the invitation. Predictors cited by three or more specialists were included in a table and ranked by the frequency in which they appeared. A review of the literature looking for published predictive scores of HT was performed, comparing to the answers received. RESULTS: The 20 responding specialists cited 23 different risk factors for HT. The most frequent factors in the order of citation were the volume of ischemia, previous use of antithrombotic medication, neurological severity, age, hyperglycemia at presentation, hypertension on admission, and cardioembolism. Most variables were also found in previously published predictive scores, but they were reported by the authors with divergences of frequency. CONCLUSION: Although many studies have evaluated HT in patients with acute ischemic stroke, the published risk factors were neither uniform nor in agreement with those cited by the stroke specialists. These findings may be helpful to build a score that can be tested with the goal of improving the prediction of HT.
Asunto(s)
Isquemia Encefálica/diagnóstico , Hemorragia Cerebral/diagnóstico , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Hemorragia Cerebral/patología , Humanos , Factores de Riesgo , Accidente Cerebrovascular/etiologíaRESUMEN
Solid organ transplantation is a significant development in the treatment of chronic kidney, liver, heart and lung diseases. This therapeutic approach has increased patient survival and improved quality of life. New surgical techniques and immunosuppressive drugs have been developed to achieve better outcomes. However, the variety of neurological complications following solid organ transplantation is broad and carries prognostic significance. Patients may have involvement of the central or peripheral nervous system due to multiple causes that can vary depending on time of onset after the surgical procedure, the transplanted organ, and the intensity and type of immunosuppressive therapy. Neurological manifestations following solid organ transplantation pose a diagnostic challenge to medical specialists despite extensive investigation. This review aimed to provide a practical approach to help neurologists and clinicians assess and manage solid organ transplant patients presenting with acute or chronic neurological manifestations.
Asunto(s)
Enfermedades del Sistema Nervioso/etiología , Trasplante de Órganos/efectos adversos , HumanosRESUMEN
ABSTRACT Solid organ transplantation is a significant development in the treatment of chronic kidney, liver, heart and lung diseases. This therapeutic approach has increased patient survival and improved quality of life. New surgical techniques and immunosuppressive drugs have been developed to achieve better outcomes. However, the variety of neurological complications following solid organ transplantation is broad and carries prognostic significance. Patients may have involvement of the central or peripheral nervous system due to multiple causes that can vary depending on time of onset after the surgical procedure, the transplanted organ, and the intensity and type of immunosuppressive therapy. Neurological manifestations following solid organ transplantation pose a diagnostic challenge to medical specialists despite extensive investigation. This review aimed to provide a practical approach to help neurologists and clinicians assess and manage solid organ transplant patients presenting with acute or chronic neurological manifestations.
RESUMO O transplante de órgãos sólidos é um importante avanço no tratamento de doenças crônicas renal, hepática e cardíaca. Esta terapia tem aumentado a sobrevida e melhorado a qualidade de vida dos pacientes. Novas técnicas cirúrgicas e imunossupressores tem sido desenvolvidos para alcançar melhores desfechos. Entretanto, a variedade de complicações neurológicas que acompanham o transplante de órgãos sólidos é ampla, e carrega significado prognóstico. Pacientes podem ter acometimento do sistema nervoso central ou periférico devido a múltiplas causas que podem variar conforme o tempo após a realização da cirurgia, órgão transplantado e grau e tipo de terapia de imunossupressão. Manifestações neurológicas após o transplante de órgãos sólidos representam um desafio diagnóstico para médicos especialistas apesar de extensa investigação. O objetivo desta revisão é oferecer uma abordagem prática para ajudar neurologistas e clínicos a avaliar e manejar pacientes com transplante de órgãos sólidos que se apresentem com manifestações neurológicas agudas ou crônicas.
Asunto(s)
Humanos , Trasplante de Órganos/efectos adversos , Enfermedades del Sistema Nervioso/etiologíaRESUMEN
A formação em Medicina é densa e com grandes responsabilidades. Contato com a morte, ambiente competitivo, privação de lazer e sensação de insegurança técnica funcionam como um retrato da formação. Objetiva-se descrever os diferentes processos que interferem no sofrimento psíquico discente em todas as escolas médicas do Ceará. O estudo acompanhou, do segundo ao sexto ano, 40 alunos da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e 20% dos demais estudantes com ingresso comum em todas as outras escolas cearenses. Utilizou-se o Self-Report Questionnaire-20 para avaliar transtornos mentais leves (TML) . A maior prevalência de suspeitos de portar TML foi de 53,3% na Uece, com 20% dos alunos procurando ajuda psicológica. Nas outras escolas, 48,5% foram suspeitos e 18,2% procuraram ajuda. Depressão, insônia, problema pessoal, privação de lazer e insegurança técnica atuaram sobre o sofrimento. A formação médica representa um período de dúvidas, receios e tensões. Os currículos p recisam considerar como os estudantes lidam com a formação. As escolas devem tornar seus serviços de apoio mais integrados à execução dos currículos, focando os dois últimos anos, oferecendo suporte às tensões pessoais e familiares.
Medical training is an intense process that brings considerable responsibilities. Contact with death, a competitive environment, deprivation of leisure and a sense of technical insecurity are typical characteristics of the student's experience. This study aims to describe the different processes that affect psychological distress among students at all the medical schools in Ceará state. The study followed 40 second to sixth year students from the State University of Ceará (UECE) and 20% of the other students admitted by regular means to the other schools in Ceará. The Self-Report Questionnaire-20 was used to evaluate slight mental disorders (SMD) . Suspected cases of SMD were most prevalent at UECE, 53.3% of the students, and 20% had sought psychological help. In the other schools, there were 48.5% suspected cases, and 18.2% who had sought help. Psychological suffering was found to be engaged by depression, insomnia, personal problems, deprivation of leisure and technical insecurity. Medical education is a period of doubts, fears and tensions. The curricula need to consider how students deal with their own training. Schools should improve the integration between their support services and the implementation of the curricula, focusing on the last two years of study, offering support for personal and family tensions.