RESUMEN
O artigo propõe a discussão sobre o problema da intersubjetividade em Husserl e Sartre. São examinadas a teoria sartriana do être-pour-autrui, do ser-para-outrem, e a teoria husserliana da Einfühlung, da intropatia (ou, para utilizar uma expressão mais corrente, da empatia), enquanto forma de fundo da experiência de um outro sujeito. O autor analisa, em Husserl, a existência de um solipsismo metodológico destinado a mostrar que o sentido da subjectividade é a intersubjectividade comunitária, na empatia e na comunicação. Em Sartre, ao invés, constata-se uma afirmação inicial de outrem como a inultrapassável presença de uma liberdade que aniquila a minha própria, deixando-me ver nela, apenas, a minha própria imagem como objecto, e que para sempre me enclausura numa sombria solidão.(AU)
This article discusses the intersubjectivity issue in Husserl and Sartre. It goes over Sartres être-pour-autrui (being-to-another) theory and Husserls Einfühlung, of intropathy theory (or the empathy theory, to use a term of current use), as background form of another subjects experience. As for Husserls thoughts, the author examines the existence of a methodological solipsism, meant to demonstrate the meaning of subjectivity is communitarian intersubjectivity, in both empathy and communication. In Sartres writings, however, there is an opening affirmative of another with the unsurpassable presence of a liberty which annihilates my own, allowing me to see in it just my own image as an object, and which, encapsules me forever in gloomy loneliness.(AU)
Asunto(s)
Psicología , Empatía , FilosofíaRESUMEN
O artigo propõe a discussão sobre o problema da intersubjetividade em Husserl e Sartre. São examinadas a teoria sartriana do être-pour-autrui, do ser-para-outrem, e a teoria husserliana da Einfühlung, da intropatia (ou, para utilizar uma expressão mais corrente, da empatia), enquanto forma de fundo da experiência de um outro sujeito. O autor analisa, em Husserl, a existência de um solipsismo metodológico destinado a mostrar que o sentido da subjectividade é a intersubjectividade comunitária, na empatia e na comunicação. Em Sartre, ao invés, constata-se uma afirmação inicial de outrem como a inultrapassável presença de uma liberdade que aniquila a minha própria, deixando-me ver nela, apenas, a minha própria imagem como objecto, e que para sempre me enclausura numa sombria solidão
This article discusses the intersubjectivity issue in Husserl and Sartre. It goes over Sartres être-pour-autrui (being-to-another) theory and Husserls Einfühlung, of intropathy theory (or the empathy theory, to use a term of current use), as background form of another subjects experience. As for Husserls thoughts, the author examines the existence of a methodological solipsism, meant to demonstrate the meaning of subjectivity is communitarian intersubjectivity, in both empathy and communication. In Sartres writings, however, there is an opening affirmative of another with the unsurpassable presence of a liberty which annihilates my own, allowing me to see in it just my own image as an object, and which, encapsules me forever in gloomy loneliness
Asunto(s)
Filosofía , Psicología , EmpatíaRESUMEN
Neste artigo, examino a teoria sartreana do conflito. Ela é a tese fundamental de Sartre no que se refere à descrição fenomenológica das relações interpessoais. Sublinho as dívidas de Sartre relativamente a Hegel e a Husserl, e sigo a evolução da tese sartreana desde La Transcendance de lEgo até LÊtre et le Néant. O artigo procura mostrar alguns dos problemas da Teoria do Conflito de Sartre. Primeiramente, há um problema no que diz respeito à maneira como Sartre focaliza suas descrições exclusivamente no relacionamento face-a-face. Em segundo lugar, há um outro problema no modo como Sartre tenta descrever a consciência de um alter-ego como um tipo de consciência de si ou de autoconsciência (a consciência de um alter-ego é, para Sartre, o mesmo que a consciência de si próprio como um ser-para-o-outrem), em vez de uma intenção direta no plano pré-reflexivo. Termino com uma apreciação negativa da tese de Sartre.(AU)
In this paper, I examine conflict theory as the fundamental thesis of Sartres phenomenological description of interpersonal relationships. I stress Sartres debts toward Hegel and Husserl, and I follow his evolution from La transcendance de lego till Lêtre et le néant. I intend to show several problems in Sartres conflict thesis. First, there is a problem regarding the way Sartre focuses his descriptions exclusively on the face-to-face relationship. Second, there is another problem regarding Sartres attempt to describe the relation to an alter ego as a kind of self-consciousness (consciousness of an alter ego is the same as self-consciousness as a being-for-other), instead of a direct intention in the pre-reflexive area. I finish with a negative appraisal of Sartres thesis.(AU)
En este articulo, examino la teoría del conflicto de Sartre. Esta es la tesis fundamental de Sartre en lo que se refire a la descripción fenomenológica de las relaciones interpersonales. Dando enfasis en las influencias de Hegel y Husserl sobre Sartre, sigo la evolución de la tesis sartreana desde La Transcendance de lEgo hasta LÊtre et le Néant. El articulo apresenta algunos de los problemas de la Teoria del Conflicto de Sartre. En primer lugar tenemos el problema de la manera como Sartre foca sus descripciones en la relación de uno a otro. En segundo lugar, tenemos el problema de la descripción de la consciência de un alter-ego como una consciência de si o autoconsciência (la consciência de un alter-ego es, para Sartre, lo mismo que la consciência de si-mismo como un serpara- el-otro). El texto finda con la apreciación negativa de la tesis de Sartre.(AU)