RESUMEN
esta pesquisa traz uma abordagem qualitativa exploratória, com objetivo de identificar a percepção dos estudantes da área da saúde sobre a violência obstétrica e sua relação com uma perspectiva bioética pautada nos princípios previstos na Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Para esse fim, foi aplicado questionário eletrônico a 102 estudantes da área da saúde, cujo perfil majoritário era do sexo feminino, de até 25 anos, residentes no Distrito Federal, que não têm filhos. A partir das respostas, pode-se perceber que o conhecimento sobre violência obstétrica não se deu necessariamente no contexto formal acadêmico, tendo ocorrido a partir de sítios da internet e das mídias tradicionais. Com relação ao conhecimento em Bioética, embora a maioria dos participantes tenha afirmado possuir, percebeu-se que ele era limitado quanto ao teor da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos e sua aplicação no caso concreto. Conclui-se que há uma lacuna significativa na formação ética de profissionais de saúde e que a comunidade acadêmica deve estimular o desenvolvimento do pensamento crítico de seus alunos, ao invés de coibi-lo.
the research has an exploratory qualitative approach to identify health students' perception of obstetric violence and its relationship with a bioethical perspective based on the postulates of the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights. For this purpose, an electronic questionnaire was applied to 102 health students, the majority female, up to 25 years of age, and inhabitants of the Federal District, Brazil, without children. From the answers, it is possible to perceive that knowledge about obstetric violence does not necessarily occur in the formal academic context, having considerable importance in the debate among students and other sources of information, such as the internet and media. Concerning knowledge of Bioethics, although most of the participants claimed to have, it is perceived that it was limited in terms of the meaning of the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights and its application in the specific case. It is concluded that there is a significant gap in the ethical training of health professionals and that the academic community should stimulate the development of critical thinking in their students instead of inhibiting it.
la investigación trae un enfoque cualitativo exploratorio, con el propósito de identificar la percepción de los estudiantes del área de salud acerca de la violencia obstétrica y su relación con una perspectiva bioética pautada en los postulados previstos en la Declaración Universal sobre Bioética y Derechos Humanos. Para tal, se aplicó cuestionario electrónico a 102 estudiantes del área de la salud, cuyo perfil mayoritario era del sexo femenino, de hasta 25 años, habitantes del Distrito Federal, Brasil, sin hijos. A partir de las respuestas, se logra percibir que el conocimiento acerca de la violencia obstétrica no necesariamente ocurre en el contexto formal académico, teniendo considerable importancia el debate entre alumnos y otras fuentes de información, como internet y media. En relación con el conocimiento en Bioética, aunque la mayoría de los participantes ha afirmado tener, se percibe que era limitado en cuanto al sentido de la Declaración Universal sobre Bioética y Derechos Humanos y su aplicación en el caso concreto. Se concluye que hay un vacío significativo en la formación ética de profesionales de salud y que la comunidad académica debe estimular el desarrollo del pensamiento crítico de sus estudiantes en lugar de cohibirlo.
RESUMEN
A Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (2005) contemplou a autonomia com três artigos entre seus 15 princípios: autonomia e responsabilidade individual (artigo 5º); consentimento (artigo 6º); indivíduos sem a capacidade para consentir (artigo 7º). Diante da complexidade do tema, este trabalho analisa o artigo 7º da Declaração, com foco especificamente na questão das crianças. Por causa da ausência de competência para que crianças consintam de maneira livre e autônoma, essa autorização é repassada aos responsáveis legais, geralmente pais ou familiares. A inexistência de dispositivos legais que legitimem a decisão dos menores abre espaço para atuação paternalista de profissionais e dos responsáveis legais, que agem visando ao beneficio da criança, a partir de perspectivas próprias. A bioética é responsável por estimular a discussão sobre as possíveis formas e mecanismos de proteção real dos menores de idade, considerados legalmente incapazes de fornecer o próprio consentimento.
The Universal Declaration on Bioethics and Human Rights (2005) contemplated autonomy in three articles among its 15 principles: autonomy and individual responsibility (article 5); consent (article 6); and, persons without the capacity to consent (article 7). In view of the complexity of the mater, this paper analyzes Article 7 of the Declaration, specifically focusing on children. Because of children's lack of competence to freely and autonomously provide their consent, this authorization is passed on to their legal guardians, usually parents or relatives. The absence of legal provisions to legitimize the decision of minors leaves room for paternalistic actions by professionals and legal representatives, who act, based on their own perspectives, for the benefit of children. Bioethics is responsible for stimulating a discussion on possible ways and mechanisms for the real protection of minors, legally regarded as unable to provide their own consent.
La Declaración Universal sobre Bioética y Derechos Humanos (2005) incluyó a la autonomía, con tres articulos, entre sus 15 principios: autonomía y responsabilidad individual (articulo 5); consentimiento (articulo 6); y personas sin capacidad para consentir (articulo 7). Frente a la complejidad del tema, este trabajo analiza el articulo 7 de la Declaración, centrándose específicamente en la cuestión de los niños. Debido a la ausencia de competencia para que los niños presten consentimiento de manera libre y autónoma, esta autorización es desplazada a sus responsables legales, generalmente los padres o familiares. La inexistencia de dispositivos legales que legitimen la decisión de los menores, abre espacio para acciones paternalistas de parte de los profesionales y de los representantes legales, quienes actúan en beneficio de los niños desde sus propias perspectivas. La bioética es responsable de estimular la discusión sobre las posibles formas y mecanismos de protección real de los menores de edad, considerados legalmente como incapaces de proporcionar su propio consentimiento.